Re: [EVENTO] COBAIA DE ARCEUS II: O INIMIGO AGORA É OUTRO

por **Food** Qua Jun 28 2023, 01:18

Era coisa demais acontecendo. Coisa demais MESMO. Tanto que após o abraço e a conversa que tive com os garotos, havia uma árvore imensa que, quase certeza, não existia pouco antes. Recapitulando um pouco a situação, foi algo mais ou menos assim:

– É claro que eu ia! Bem, a menos que eu não conseguisse ME salvar antes de tudo, mas isso não vem ao caso... – Olhei para Arthur, antes de continuar. – Por sorte, achei o coco dele e agora ele está bem mais alegre e forte! Isso aqui tá meio louco demais pra mim... Parece uma festa fantasia bagunçada, em que eu fui colocada sem contexto. Tem gente de pirata e tem um estranho esboço de um conto de fadas... – Fiz uma pausa de alguns segundos, piscando os olhos. – Isso é completamente irrelevante, né...

Pareciam contextos demais se cruzando naquela ilha. Eu não teria a capacidade de entender tudo, tenho quase certeza, então só tentei aceitar que havia acabado tudo bem, e que poderíamos sair (de fininho se necessário) para longe dali.

Inteiros e numa embarcação, se possível!

– Acho melhor a gente dar o fora logo! Eu não sei, mas algo me diz que tem coisa perigosa por a-

E então teve o som bastante desconfortável, que sinceramente não sei descrever em palavras. Foi um trovão rugindo como um leão e arrastando uma montanha de pedras e terra. Não faz muito sentido, mas aquilo era definitivamente uma árvore GIGANTE!

O "rawr" que ressoou de cima me deu uma raiva que não sei explicar direito o porquê de ter tido. Eu não lembrava do som, mas lembrava da sensação de ouvir ele. Era esquisito, mas eu não tô doida!

– ... Arthur... Algo me diz que o Myers voltou. E para me pegar! – E não era para ser uma piada, mas o sentimento era o exato da referência do filme, então acabei soltando. – Precisamos pegar o Mordred. E rápido.

Apesar da pirata nada simpática que parecia estar próxima do símio de fogo, eu não iria largar o pobre bichinho, ainda mais depois do que prometi comprar para ele!

– Eu vou ter que ir lá. – Disse para os dois garotos, quase como uma despedida curta (e espero que seja só um "até breve!". – Não precisam me esperar, mas seria legal ter onde voltar depois, eu não sei se aguento nadar tanto! – E fui correndo bravamente¹² em direção ao núcleo daquela confusão, onde Mordred estava.

¹Acompanhada bravamente de um armário de músculos de dois metros, bastante motivado.
²Bravamente posicionada para não ser espetada nem alvejada por nada, e me aproximando em distância bravamente segura.

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Karemachena Returns

por **Victoria** Qui Jun 29 2023, 14:34

OFF: Você tem a opção de só dar o fora ou seguir pra última fase, o que desejas?!?!?!

Karemachena, Karemachena, você ta brincando com o perigo, em?! Quando o RAWR enorme tomou conta dos ouvidos de todos ali, tudo cessou: não havia mais gritaria, muito menos conversaiada entre Lian e Ali, o silêncio era absoluto. A única que falara - com uma raiva descabida - foi Karen, que parecia ter ouvido algo ~diferente~ de todos ali.

Ou ouvido ou sentido, porque até mesmo os piratas ficaram com um enorme medo. Desse medo, o que surgiu? Isso mesmo, a fantasia, que pode tanto amenizar quanto aflorar os pavores humanos. Alguns foram para a via do "trovão", cogitando que uma tempestade muito forte estaria por vir, por isso pularam dentro do navio, outros ainda tinham certeza que ouviram um monstro, por isso ergueram suas espadas e olharam para todos os lados, esperando ele aparecer.

Cachinhos Dourados foi do segundo tipo, já decidindo: precisamos cortar este pé de feijão antes que o gigante desça. Pegou sua Cimitarra e tentou dar uma "Machadada" com ela, mas falhou miseravelmente em penetrar a casca daquilo, dando apenas um arranhão. "Água mole e pedra dura", pensou com seus miolos, dando um suspiro e pedindo ajuda.

Três ou quatro piratinhas foram ajudá-la até que ela viu Karen se aproximando e Mordred correndo até sua treinadora, um pouquinho eufórico demais e pulando para um lado e para o outro. "Não precisam me esperar", disse Karemachena, e essa frase resoou no ouvido de Cachinhos. "Ela vai subir?", pensou a pirata, arqueando a sobrancelha e olhando para a maluca...

- Sendo assim... - Pensou em voz alta, metendo a mão no bolso e pegando um frasco verde limão e fluorescente que guardava lá. O frasco era como um pequeno tubo de ensaio muito bem guardado. Quando Karemachena chegou perto o suficiente, entregou a ela de imediato - TOMA! A gente vai te dar retarguarda!

Não, ela não deu nem boa noite antes, tava muito nervosa para lembrar dos bons modos. O item, que fora empurrado em direção ao peito da protagonista, brilhava e era quentinho, além de ter um etiqueta escrito PRODUTO QUÍMICO

[EVENTO] COBAIA DE ARCEUS II: O INIMIGO AGORA É OUTRO - Página 9 5QT2QnI

Inclusive, era a mesmíssima cor que brilhava do farol. Engraçado isso, né?! No mais, Cachinhos deu um assobio e mandou todo mundo se afastar o feijão-enorme, dando espaço para que a moça suba:
- Se precisar de pézinho, podemos dar!

Na visão de Karemachena, havia dois extremos: um grupinho de piratinhas que lhe ajudariam a enfrentar aquele troço, que eram os mesmos que cogitaram que havia um monstro ali, e um segundo grupinho de piratinhas que estavam correndo para algum navio na costa, doidos para ir embora o mais rápido o possível. Karen podia fazer os dois, mas só um era a resposta certa...

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por **Food** Qui Jun 29 2023, 19:21

Vou até o fim...
Curando tudo pro full hp:
Passimian: 2 Potion
Conkeldurr: 7 Potion
Mr Mime: 3 Potion
Monferno: 1 Potion
Só sobra 4 na bag agora.

Era claro que eu estava, no mínimo, com medo! Quer dizer, eu não sei, foi algo como uma sensação de obrigação. Eu estava tentando juntar o máximo de determinação que conseguia num saquinho e levar, mas... Sabe, eu talvez tenha imaginado eles como cacos de vidro, e talvez eles tenham rasgado conforme eu fui andando até o tal pé.

Receber aquele produto radioativo em mãos me fez ter mais certeza das minhas incertezas. Engoli em seco.

– O-obrigada. – Meio relutante, peguei em mãos a garrafa, encarando por alguns segundos. – Pe-pensando bem!

Acho que a determinação tinha ficado com Arthur, que logo colocou sua mãozona no meu ombro, quase como um leve empurro. Olhei para trás e vi o símio me olhar com um sorriso sincero, mexendo sua cabeça em sinais afirmativos e lentos, várias vezes.

Era mais algo que dizia que eu devia cumprir minha função.

– Eu não vou morrer, Arthur. Pare de tratar como uma despedida.

Ele enxugou uma lágrima de seu olho, e ajeitou seu chapéu, pronto para a escalada.

– Bem... Eu realmente preciso ir, mas eu volto! – Disse para os piratinhas que se ofereciam para me ajudar (e não vou entrar no mérito de ter pensado que eles só falavam "rawr" para se comunicar). – Vamos lá, Arthur, Mordred... – E eu queria ter dito isso mais como um "!!!", mas só me restou "...".

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Karemachena Returns

por **Victoria** Sex Jun 30 2023, 12:34

Ok, ok, os piratinhas mereciam um RAWR de comemoração de Karemachena, né? Eles foram muito simpáticos. Claro, foram eles que puseram Karen naquela situação? Sim, mas não foram estes, em específicos. É como dizem: nem todo o pirata...

Mas tudo bem, eles ficariam muito bem sem uma despedida tocante. Quer dizer, Arthur e Karen já haviam feito este sentimentalismo e o ato do Passimian limpar as lágrimas da moçoila já havia feito todos os homens brutos e mulheres gostosas se debruçarem em lágrimas. "Ownt" era a onomatopeia da vez; sem Rawr, Wow ou AAAAA.

Já curados, protegidos e amados, Karemachena continuou falando para si mesma que não iria morrer. Os soldadinhos acreditavam nisso? Não, afinal de contas, todo o doido que fez 'coisa demais' no dia de hoje morreu, então Karen deve morrer também. Claro que não falariam isso em voz alta, muito menos a impediriam de continuar sua voraz luta por vingança; vingança esta que nem ela sabia muito bem que existia.

Os piratinhas estão muito acostumados com a morte, então não acha 'nada demais'. Não é que tão usando a menina para saírem vivos: só acham muito digno da parte dela fazer tal coisa. Se ela não fosse, Cachinhos dourados ia se preparar para ir, caso cortar o pé não fosse suficiente. São piratas comunistas! Você já deve ter visto aquela série 'Chernobyl', né? Pra essa galera, morrer em prol da vida dos próximos é muito heroico! Mesmo o governo sendo um lixo, corrupto e tudo mais.

Enfim, enfim, enfim... Seja lá como, Karen subiu. Ela e seus macacos. Quando chegou lá em cima, pôde ver, sentir e cheirar uma nuvem cujo as bases eram sólidas, como um chão repleto de algodão. A nuvem era alva, mas tinha uma longuíssima extensão e, no polo completamente oposto ao pé-de-feijão, um castelo com as portas abertas...

Quer detalhe deste castelo? Pois bem, já fez esculturas em barra de sabão? Pois é, ele era montado apenas disso: paredes de sabão, sofás de sabão, portas de sabão, tudo de sabão! Tanto era que se Karemachena suasse um tiquinho, sairia escorregando por ai. Os móveis eram todos MUITO GRANDES e isso dificultava muito a compreensão do lugar, afinal de contas, é difícil saber se algo é uma mesa, uma escrivaninha ou um bistrot olhando apenas para seu pé. O mesmo acontecia com os estofados, os objetos decorativos, os defeitos no piso e nas paredes e outras coisas.

O que era possível identificar de fato era que, após um grandíssimo salão, uma porta seguia aberta e de lá saíra o mesmíssimo rugido ameaçador que todos ouviram antes.

Progresso:

por **Food** Sex Jun 30 2023, 16:20

Eu entendo que esses piratinhas não eram os mesmos que contrei antes, mas ainda me surpreendia em ver que eles eram consideravelmente mais amistosos (eu ia falar "menos violentos", mas acho que só mudou o alvo. A intensidade da violência, nem tanto).

Eu estive evitando cogitar isso, mas será que é um sonho? Tudo isso...? Quer dizer, eu sei que é uma situação bem bizarra. E geralmente, quando você nota que está sonhando, não demora muito pra acordar. Mas está ficando absurdo demais, não? Quer dizer... Uma árvore dessa, com um caminho de nuvens e, pra finalizar em grande estilo (GRANDE mesmo), um castelo!

– ... Eu já passei por algum assim em um pesadelo...

Deja vu a parte, eu não poderia vacilar agora, né? Imagine: eu volto timidamente para onde todos os piratinhas estão. Sorrio sem jeito, e digo algo como "Hahah, pensando bem, eu acho que vou embora, sabe! Eu não gosto muito de altura, faz mal pra minha pressão. Tchau!".

Se eu tivesse cara de pau pra isso, não precisaria nem de uma embarcação pra navegar pelo mar.

Acenei com a cabeça na direção do castelo, chamando Arthur e Mordred para vir comigo. Provavelmente pela leve sensação de suspense, não quis falar nada em voz alta, mas eles conseguiram entender meu objetivo.

Inevitavelmente entrei, e... Bem, eu não tenho muito pra falar aqui. As proporções eram tão massivas que eu tinha minhas dúvidas sobre o que era aquilo, mas senti uma vertigem esquisita por ficar encarando coisas TÃO grandes assim.

– Ugh... – Coloquei a mão na cabeça por uns segundos, mas a confusão mental foi interrompida por outro daqueles grunhidos bizarros e familiares.

Mordred foi mais rápida que eu. Ele logo atendeu ao "chamado" e começou a andar na direção do som, curioso. Eu estava um pouco relutante, mas recebi um breve empurrão de Arthur, que gentilmente me sugeria seguir adiante.

Eu quase caí nisso, inclusive.

– Se-se esse sofá é grande, imagina o quanto não deve ser o bumbum que se conforta nele... Eu não sei se quero ser esmagada por um gigante. Eu não me dou bem encarando coisas altas, ficar olhando pra cima dá torcicolo e...

E é claro que tentar argumentar não adiantou em nada. De que adiantava usar lógica naquela altura (há!) do campeonato?!

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Karemachena Returns

por **Victoria** Sex Jun 30 2023, 16:47

E é ai, meus amigos, que as coisa começaram a ficar estranhas. Quer dizer, andar na boca de uma baleia? Ok. Ter seu coco rapitado? Ok. Ser coagida por piratas com Dittos Shinnys? Ok também. Quimeras robôs? Perfeito! Até porque, esta última, Karemachena já viu antes... né?!

AGORA: PÉ DE FEIJÃO E NUVEM GIGANTE COM CASTELO? AI NÃO! FANTASIA DEMAIS!! Bom, eu entendo seu lado, Karen, mas pra mim nunca haverá fantasia demais. Nesse momento, você terá que lidar com a difícil tarefa de encarar a realidade, independente do quão onírica ela pareça. Além disso, há uma questão aqui importante: se é um sonho, então você tem que admitir que sabe quem é Gilatina, porque você mesmo está criando essa fan fic em torno dele. Será que isso significa que é tudo muito importante pra ti?

É, questões...

... agora, vamos ao que interessa? Isso mesmo, a OUSADIA DE MORDRED? Aqui eu devo dizer: temos um macaco e dois frangos. Sim Arthur, você é um FRANGO! Não me engana com isso de ir empurrando Karemachena para ir na frente, você só está fazendo o mesmo que sua treinadora faz sempre com você, que é botar o outro no seu lugar quando vê uma situação de perigo. Foi Mordred que chegou na porta e viu um rastro gelatinoso no chão em tom azul-violeta, além de um bocado de sujeira no interior do batente da porta.

Foi seguindo o rastro com os olhos e via que ele zigzagueava pela sala, indo de uma parede a outra. Quando parava na parede, manchava-a de geleca, depois ia para outra, para outra e para mais outra. Com a distância, foi possível ver que as paredes tinham em si estantes bem lotadas de livros, e tanto as estantes quanto os livros eram colossais.

Por fim, seu olho mirou bem ao fundo da biblioteca (agora identificada como tal) e conseguiu ver com clareza do que se tratava aquele gigante. Graças a distância robusta, tudo ficou mais 'nítido' e Mordred conseguiu juntar as partes da imagem. O que fez com essa clareza? Foi até a porta, olhou profundamente pra Karen e acenou. Logo em seguida fez uma expressão parecida com o emoticon de "pensativo" e começou a chamar os dois frangos para se aproximarem e verem o que viu.

Progresso:

por **Food** Sex Jun 30 2023, 23:27

Foi um breve momento de tensão. Mordred parecia preocupado. Ou, ao menos, observando algo com bastante atenção. Independente do que fosse, o tempo que passou averiguando foi o momento de "descanso" em que eu poderia conversar um pouco com Arthur, depois de tooooda essa movimentação frenética.

– Que bom que achamos ele, né? – Perguntei, cruzando os braços.

Imagino que já estivesse implícito quem era ele, mas talvez para confirmar, o Passimian colocou o coco na minha frente, passando seus braços por cima de mim (já que estava me usando de escudo, aparentemente).

– Sim, ele mesmo. – Estendi a mão para tocar com o dedo indicador; um movimento inofensivo que volte e meia eu fazia com o seu Excocobur.

Ele, é claro, puxou de volta para si, como quase sempre faziaantigamente (ele ainda faz com quem está acabando de conhecer, mas não era pra ser o meu caso...).

Virei a cabeça lentamente para trás.

– Sacana... – E o canalha apenas sorriu, como não sorria faz um tempinho (parece muito tempo, mas é menos de um dia inteiro, se você pensar bem).

Suspirei, olhando para frente novamente. Mordred já nos chamava com sinais. Parecia ter encontrado algo interessante por lá. Um baú de tesouro? Um segundo coco? O orelhão que nos levaria para fora da Matrix?

– É melhor irmos logo. – Disse, apertando o passo e indo na direção do símio de fogo.

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Karemachena Returns

por **Victoria** Sáb Jul 01 2023, 13:41

Ao seguir os passos de Mordred, Karemachena e Arthur viram o mesmo que o Monferno, desde a trilha gelatinosa, até o grand finale da cena: o centro mais ao fundo.

Como dito antes, a distancia 'clarifica' aquilo que é muito grande, funcionando como um zoom -. Como você pode ver, anda me faltando palavras no nosso idioma para descrever as coisas, mas isso simboliza beeeem a estranheza daquilo que vou lhes apresentar. Inicialmente, fiquem com isso aqui:

[EVENTO] COBAIA DE ARCEUS II: O INIMIGO AGORA É OUTRO - Página 9 KZMK1jf

Agora que viu esta imagem, vou te dar a difícil tarefa de desimaginar ela. Perceba bem: há um monstro muito grande, que não decide se é azul ou violeta, que é feito de gelatina e que tem um aroma essencial, e não no sentido mais comum do termo essencial. Ele, a priori, deveria ser visto como assustador e agressivo, além de muito barulhento, mas as coisas não são bem assim...

... a imagem que eu quero que você imagine é esse mesmíssimo ser gelatinoso azul-violeta, mas sentado numa poltroninha de vovô. Suas caudas (?) estavam caídas por cima do braço da poltrona e seu pescoço enorme estava desajeitado para trás do encosto. Sua cabeça? Todinha torta! E por cima do capacete que rondava sua face, havia um monóculo muito simpático e prateado. Nos chãos, um livro que deixara cair por um instante, já que, ao que tudo indicava, o bicho dormia naquela posição de torcicolo.

O fato que mais coadunava com a hipótese da soneca é que, num certo momento, todos viram o dorso do bicho se encher; movimento comum de respiração. Quando o ar ia ser solto, um pequeno-grande buraco negro abriu-se logo abaixo da máscara e o ar saiu aos poucos, num barulho rouco e bastante alto... ou melhor... num ronco.

O Monferno, reparando que era apensa uma formiguinha dentro de uma casa, ousou se aproximar. Foi andando, andando e andando, até que a imagem nítida e distante deixasse de ser tão nítida e distante assim. Passou a se guiar pelo rastro gelatinoso e chegou até o meio do caminho quando um PRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM bastante alto ressoou.

De imediato o monstro tomou um susto, olhando abobalhado para o redor e estendendo as caudas de forma perdida, como se estivesse tentando pegar algo. Quando a consciência retomou seu corpo, ele enfiou uma de suas caudas para dentro do estofado e tirou dali um celular que escorregara outrora. Pressionou uma tela que brilhava verde-limão e botou o apetrecho MINÚSCULO no rosto.
- Bon Jour? - Indagou, com um sotaque francês - Excuse moi, tu as appelé pour le mauvais numéro. Qui parle ici est Gelatino, ce n'est pas Gilatina...

Um silêncio esquisito e imediatamente uma cara de ????????????????? foi ESTAMPADA no rosto do Gelatino. Ele definitivamente ouviu algo que não esperava...

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por **Food** Sáb Jul 01 2023, 21:43

Acho que agora entendi onde o texto queria chegar quando tentou mostrar que eu estava errada em achar castelo, nuvens e uma árvore absurdos demais.

Porque, ali próximo de mim, existia uma criatura imensa, tenebrosa, demoníaca, e... Aparentemente, com bastante etiqueta.

– F-français...?

Antes de tudo, vou descartar as possíveis metapiadas sobre a existência de idiomas ou não.

Mesmo parecendo bastante educado e simpático (e um pouco fofo também, era como um senhorzinho da praça ali), ainda se tratava de uma monstruosidade. Eu não podia simplesmente pedir licença, comer um croissant ou dizer que gosto de parfait.

Acho que agora, Mordred e Arthur tinham uma boa noção do perigo (eu espero). Ao mesmo tempo, o fato do monsieur ter parado de falar me pareceu um sinal preocupante. Espero que ele não tenha visto nenhum intruso no jardim da sua propriedade!

– ... Uh.

Bem, aqui eu acabei me deixando levar e TENTEI parecer minimamente cordial e educada. Dado o meu tamanho, tenho minhas dúvidas se ele iria me enxergar ou sequer ouvir, mas acabei dando alguns passos a frente, onde julguei que estaria sendo vista.

– Bo-bonjour... – Assim não vai dar, Karen. Ele não vai te ouvir falando num tom de voz normal, imagine sussurrando e balbucear? Pensando bem, tem a chance de que nem se você GRITAR você vai conseguir fazê-lo te escutar!

Respirei fundo, concentrando a maior quantidade de oxigênio que eu poderia, nos pulmões, naquele instante.

– BOOOOOONJOOOOOOOOUR!

Logo após o grito, uma espécie de vergonha me atingiu, e só não foi pior do que o arrependimento e o medo de ser esmagada por aquela criatura imensa. Eu não queria assustar ele e parecer hostil por me manter escondida, mas talvez anunciar minha chegada também não fosse das atitudes mais inteligentes...

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Karemachena Returns

por **Victoria** Dom Jul 02 2023, 11:52

O fim daquele telefonema foi um simples "je suis en route", seguido de um levantar desengonçado do Gelatino, que já parecia BEEEEEEM acordado por agora. Num desses passos, Karen tentou se comunicar, porém baixo demais. Ela era, literalmente, um inseto maiorzinho, talvez uma lagartinha de pé, por ser bem compridinha... talvez uma centopeia? Não sei ao certo, mas sei que era mais ou menos esta a escala, então um "bon jour" baixinho não iria ser suficiente.

Fora no segundo Bon Jour que o monsieur inevitavelmente olhou para a direção do som e viu Karemachena, Passimian e Monferno, PORÉEEEEM, apesar de vê-los, não os enxergou muito bem. Ajeitou o monóculo, virou um pouco a cabeça e, depois de tentar entender a imagem, desistiu! Usou um segundo super poder (ou será que é move?) que tinha em seu repertório: um minimize.

Quer dizer, eu não estou dizendo que ele tem este move em seu moveset, apenas estou dizendo que ele poderia muito bem ter esse move no seu moveset, visto que ele conseguiu se minimizar. Reduziu-se o suficiente para ficar com quatro metros, sendo ainda uma monstruosidade, porém uma monstruosidade tamanho-karemachena.

Olhou-a de cima para baixo, botou um de seus tentáculos-cauda no queixo e emitiu um "humph" pensativo. Por um instante, sua única pergunta era:
- qui es-tu? - Mas logo em seguida um estalo lhe fez entender da onde vieram, apesar de não entender muito bem o porquê ou quem eram. Em resposta a si mesmo, prosseguiu - AAAaah! Tu as escaladé le haricot magique... pourquoi?

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