Pokémon Mythology RPG
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01 - O mundo fora da caixa!

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As ruas de Sandgem Town estendiam-se diante de Satoru, revelando um cenário muito diferente da luxuosa mansão que ele deixara para trás. O ar salgado do oceano preenchia seus pulmões enquanto ele caminhava pelas vielas, Piplup ao seu lado, expressando um entusiasmo contagiante. A cidade costeira, com suas casas coloridas e o som distante das ondas quebrando na praia, era um contraste reconfortante com a atmosfera rígida da aristocracia.

A decisão de Satoru de deixar para trás a segurança da mansão não era apenas uma fuga, mas uma busca por autenticidade e significado em sua vida. Ele sentia que cada passo naquelas ruas estreitas o aproximava mais da verdadeira essência do mundo Pokémon.

Ao explorar a cidade, Satoru notou um movimento agitado perto do Centro Pokémon. Um grupo de treinadores trocava histórias e compartilhava experiências. Aquele ambiente vibrante capturou a atenção de Satoru, cujo olhar afiado captava as sutilezas de cada interação.

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Ah, Sandgem! Uma cidade que outrora foi pacata mas que, nos dias de hoje, encontra-se tão movimentada quanto um burgo qualquer. Satoru pode ser novo nessa cidade, mas o pouco que ele vivenciou no laboratório de Rowan já lhe dava um gostinho da movimentação corriqueira da cidade: estagiários para lá e para cá, novatinhos aqui e acolá, pesquisa para dar e vender!

Talvez tenha sido uma revolução Sinnoh aplicar os projetos de pesquisa em seus laboratórios; fizera a política pública mais tarde que os outros continentes mas agora pode colher os louros. O que antes era apenas uma cidade "iniciante", se tornou um antro de treinadores curiosos, doidos para pesquisar, treinar e cuidar de pokémons. Víamos dos mais avançados desafios até os calouros e isso tornava tudo muito plural.

Muitas caras, muitos gêneros, muita cultura e... bleh, em suma, muita diversidade. Era exatamente isso que esperava nosso protagonista no térreo do Centro Pokémon: uma porrada de murmurinho com muitos sotaques, contando esta ou aquela história.

Algumas claramente inventadas, mas fazer o quê, né?! Talvez pudesse espreguiçar os ouvidos e aquecê-los, colhendo uma ou outra história. Se assim fizesse, perceberia que tudo era muuuuito difícil de entender, ainda mais estando de longe. Havia um grupão de seis pessoas próximas do balcão, um grupinho de quatro nas mesinhas próximas da porta e uma dupla batendo papo na máquina de Storage. Do outro lado da porta de vidro, um homem de meia-idade conversando com um Gastly e, atrapalhando as escadas, uma idosa com um Furfrou branco-com-rosa.

Inclusive, era essa mulher que impedia Gojo de passar. Ele acabara de descer do setor dos dormitórios e teria que pedir licença para ela. Digo TERIA, porque isso só seria necessário se algo não tivesse acontecido...

... repentinamente, do grupo de quatro pessoas, uma menina da um grito agudo, daqueles que doi a cabeça. O grito curto revelava que o garoto que estava sentado contigo tinha desmaiado e caído sobre a mesa, convulsionando. Sem saber o que fazer, os três amigos tentaram girar o rosto dele para que ele não engasgasse com sua própria saliva, mas a contração muscular dele era tão forte e involuntária que derrubara um deles no chão.

A idosa na frente correu até a mesa mas, como não tinha nenhum conhecimento médico, ficou apenas por perto assistindo, horrorizada. Demorou alguns segundos para que uma enfermeira surgisse na cena, visto que elas estavam todas lá dentro, no plantão...

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Nesse momento, Satoru sente uma inquietação percorrer seu corpo. Seu instinto protetor o impulsiona a se aproximar da cena, ignorando a idosa e seu Furfrou, que agora olham com curiosidade para a situação. Com um olhar rápido e perspicaz, ele avalia a situação.

O garoto caído, agora cercado pela enfermeira e seus amigos apreensivos, precisa de ajuda imediata. A expressão serena de Satoru dá lugar a uma determinação silenciosa. Entendia que não estava em posição de ajudar em nada, já que existia uma lacuna de conhecimento médico consigo, só que sua determinação se postava a tentar compreender a cena por sentir algo de errado com o cenário que se encontravam.

Ao invés de simplesmente oferecer ajuda, Satoru decide buscar entender a situação. Ele observa o ambiente ao redor, os arredores da mesa onde o garoto desmaiou, procurando por pistas ou sinais que pudessem explicar o que levou a esse acidente. Ele nota se há algum item suspeito ou se algo no comportamento do garoto antes do desmaio poderia indicar a origem do problema.

Sua mente analítica se esforça para absorver cada detalhe, enquanto ele mantém uma postura discreta, não querendo atrapalhar a atuação da enfermeira, mas ao mesmo tempo buscando contribuir de maneira eficaz. Em meio ao tumulto e à preocupação, Satoru se torna um observador atento, ansioso por descobrir as pistas que poderiam lançar luz sobre o que aconteceu naquela cena inesperada.

Ainda que num tom distante, tentou se comunicar com um garoto que fazia parte do grupo que ainda parecia um pouco lúcido, diante toda a situação.

"Isso ocorreu do nada com ele?", Satoru questionava de maneira direta. Sua falta de noção para ler o ambiente sentimental, acabava afetando sua escolha de palavras e como levar uma conversação delicada.

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Olhar mais de perto sempre nos torna capaz de ser afetado pela situação; o choque de perceber o que antes era invisível aos olhos pode simplesmente paralisar. Ao correr os orbes albinos pela cena, acabara inevitavelmente encontrando os orbes convulsionantes do garoto a frente que, pasmem, também eram de uma claridade familiar.

Seus cabelos eram albinos, sua pele tão alva que parecia mais uma "não-cor" do que uma "cor". Nem mesmo o vermelho da convulsão lhe dera um tom. Sua estrutura era mediana e seus traços eram finos, algo típico de um quase-adolescente, que começava a ganhar a grossura no corpo. Num chute, Satoru poderia concluir que ele tinha treze anos, até porque ele era...

... idêntico a si.

Não sei o quão forte foi o choque ao reparar um doppelganger de si naquele salão. Se ele continuasse pelo olhar analítico, poderia perceber que o rapaz estava com as roupas enxarcadas, num nível humanamente impossível de se alcançar por suor em tão pouco tempo. Na sua mão direita, que contraia muito menos que a esquerda, um papel carbono preto - típico instrumento para anotação de lojas mas conservadoras - era segurado com firmeza. Mais cedo ou mais tarde, perdeu a firmeza dos músculos da mão e deixou que o papel caísse, lentamente no chão.

Ninguém parecia notar aquele papel, muito menos dar valor a toda água acumulada que as vestes e cabelo do menino tinham. O curioso ainda foi notar que, na presença de Satoru, a cena pareceu voltar-se muito mais para nosso protagonista do que ao seu doppelganger doente. Até mesmo a enfermeira que estava ali para ajudar congelou por um instante e levantou os olhos para Gojo, um tanto quanto petrificada...

... era como se todos ali achassem assustador o fato de ter um gêmeo idêntico ao doente na sala e ele, estranhamente, não estar fazendo nada.

A multidão deu passagem para que Gojo se aproximasse e o barulho infernal cessou. O único barulho que fora ouvido neste momento foi o da porta automática se abrindo, introduzindo os passos pesados e lentos do homem de meia idade que entrara com seu Gastly.

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O ambiente estava carregado de uma tensão angustiante, e o olhar penetrante de Satoru não podia deixar de captar cada detalhe da cena. Diante do doppelganger convulsionante, uma cascata de pensamentos tumultuava a mente do jovem treinador. O choque inicial começou a ceder lugar a uma urgência para entender o que estava acontecendo e, acima de tudo, para compreender a ligação misteriosa entre ele e o garoto ali presente.

A semelhança física era inegável, mas Satoru também percebeu nuances distintas. Enquanto seus olhos se encontravam, era como se um elo invisível os ligasse. Não era apenas uma cópia física; havia algo mais profundo, uma conexão além da aparência. O papel carbono preto caído ao chão chamava sua atenção, e a curiosidade ardente crescia dentro dele. Além de que, não conseguia conceber ou chegar numa razão para as roupas encharcadas do seu suposto clone.

O jovem Gojo, rompendo a estática atmosfera ao seu redor, abaixou-se para pegar o papel. Seus olhos ágeis rapidamente percorreram em busca anotações.

Enquanto isso, a reação da multidão ao seu redor não escapou ao seu olhar perspicaz. A enfermeira, os treinadores, todos pareciam reagir não apenas à situação de emergência, mas à presença singular de Satoru. Ele se sentia como o epicentro de um mistério que se desdobrava diante de todos, e o desconforto pairava no ar.

O homem de meia-idade com seu Gastly finalmente se aproximou, e Satoru sentiu o peso do olhar cansado sobre ele. Era como se o homem soubesse mais do que estava disposto a revelar. O Gastly, por sua vez, flutuava inquieto, seus olhos etéreos fixos no albino, como se também reconhecesse algo além do visível.

Satoru, mantendo a calma exterior que se tornara sua marca registrada, sentia uma energia interior fervilhante. Ele tinha perguntas, muitas delas, e a necessidade de respostas pulsava em sua mente.

Os segundos se arrastavam, e a sala do Centro Pokémon parecia um palco onde a trama de um enigma complexo estava prestes a se desenrolar. Satoru sabia que sua jornada, até então centrada na busca por insígnias e desafios, estava prestes a se expandir para territórios desconhecidos. No mundo Pokémon, onde a ligação entre treinador e criatura transcendia o comum, ele se encontrava agora diante de um mistério que o conectava a um reflexo de si mesmo de maneiras que desafiavam a compreensão convencional.

Entendia então pela lógica usual do mundo que vivia, que precisava agir, mas não adiantava sozinho. Deslizando sua mão para seu bolso, puxava um pokebola e na tentativa de se precaver do perigo, a jogava no ar e simultâneo a uma espécie de suspiro, convocava seu companheiro: "Venha, Piplup".

A ave azul aparecia no ar, onde pousava com graciosidade e seguidamente se postando ao lado do jovem albino.

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O silêncio das vozes não tornava o cenário vazio, na verdade, o silêncio preenchia. Nunca um silêncio gritou tanto quanto esse; nunca foi possível ouvir tanta tensão de barulho algum. Todos ali presente seguravam a respiração e a soltavam no mínimo intervalo de tempo possível. Era tudo delicado demais.

Gojo, com todos os olhos em si, pegou o papel e, para isso, inevitavelmente teve que se abaixar. Assim que lhe tocou nas mãos pôde virar e ler algo que talvez não esperasse.

Socorro


O papel gritava com ele, por um instante seus sentidos estavam tão aguçados que ele poderia jurar ter ouvido o papel, ao invés de lido ou sentido a enervação daquele pedaço preto. Digo "sentido" por um motivo até curioso: a escrita não fora feito a lápis ou caneta, mas sim raspada com a própria unha do doppelganger, que tirara a parte preta do carbono e deixara o "Socorro" em negativo no papel.

Enquanto lia, um barulho mecânico se fez ouvir atrás de Gojo. Não sei se o garoto identificara o som de primeira, visto que é um som bastante comum em filmes unovianos (lê-se estadunidenses) mas, de qualquer forma, descobriria a razão logo que se levantasse e olhasse bem aquele homem de meia idade e seu Gastly.

Poderia olhá-lo melhor, junto de seu Piplup, mas teria que fazer isso tendo uma arma apontada para si. Não precisa ser muito fã de armas para saber o que é um revolve e quando ele está engatilhado e apontado bem para o centro de sua cabeça, como era o caso. Gojo estava sob a mira de um homem acabado, de barba mal feita e vestido de preto. Ao seu lado, o Gastly abria um sorriso maior que a boca, mostrando as presas por completo e encarando Piplup com seus enormes orbes fantasmagóricos.

O pinguinzinho, tão novato quanto deveria ser, não fazia ideia do que fazer, por isso apenas obedeceu o comando do pistoleiro, que falou com voz firme:
- Não se mexa... - E nada mais foi dito.

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A atmosfera ao redor de Gojo tornou-se ainda mais tensa. O papel com a palavra "Socorro" na mão dele, a arma apontada para sua cabeça, o doppelganger convulsionante e a multidão em suspenso formavam uma teia de mistério e perigo.

O homem de meia idade que parecia liderar aquela situação o encarava com uma expressão cansada, mas seus olhos transmitiam determinação. O Gastly, por outro lado, flutuava ao lado dele com uma aura ameaçadora. O sorriso sinistro do Pokémon fantasma contrastava com a seriedade do momento.

Satoru sentia a urgência de agir, mas a presença da arma o mantinha paralisado. Piplup, ao lado dele, demonstrava um misto de confusão e apreensão, suas pequenas asas trêmulas. Em sua mente, Satoru buscava uma solução, uma estratégia que pudesse desarmar a situação sem colocar em risco a vida de todos ali.

Enquanto isso, o homem de preto mantinha o olhar fixo em Gojo, esperando, talvez, por uma reação precipitada. O silêncio que dominava o ambiente era quase palpável, e o destino de todos ali parecia suspenso no fio da incerteza.

O jovem albino então levantava ambas as mãos ao alto, demonstrando estar rendido, mas se manteve incisivo nas suas palavras: "Quem é você? E o que é isso tudo?", questionou ao homem misterioso.

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Quando os braços começaram a se erguer, o sorriso do Gastly foi diminuindo, deixando que a tensão lhe tomasse conta por completo. Seu treinador, por outro lado, era mais rápido que seu monstro-fantasmagórico, acionando o gatilho da arma tão veloz quanto um reflexo; quase que involuntário.

Quando ativado o mecanismo, o barulho que soou foi um tantinho inesperado, precedendo um esguicho de água relativamente forte, que pegara bem no centro da testa de Gojo. A água tocou-o com uma pressão mediana e uma temperatura baixa e, repentinamente, o rapaz acordou. Ainda num misto de sonolência e susto, as palavras Water Gun lhe soaram a mente, como num chiste ou numa condensação onírica, fazendo do jogo-de-palavras uma projeção esquisita.

Era uma resposta a sua pergunta? Fora o homem que pronunciou? Ou seria simplesmente uma associação livre? Difícil dizer, mas agora Gojo estava acordado e, arrisco dizer, assustado também.

Não digo "assustado" pelo fim da esquete narrativa que se deu aqui: uma arma apontada para sua cabeça pode ser assustador, mas uma Water Gun não oferece tanto medo assim. Por outro lado, a realidade dos fatos não eram das melhores: estava num dormitório do Centro Pokémon, deitado na cama e embrulhado com bastante carinho. Ao seu lado havia uma mesa de cabeceira com um relógio digital marcando três da manhã e, logo do lado do relógio, um Egg Pokémon que Saturo não lembraria onde havia conseguido.

O pior de tudo é que dificilmente Gojo poderia atribuir uma só razão para o seu "acordar". Havia uma barulheira imensa do lado de fora, no pátio de Centro Pokémon. Essa barulheira conhecida era a sirene de uma ambulância que acabava de ser ligada. Em instantes o barulho ficava longínquo, indicando que o automóvel estava partindo para outro lugar.

Suas memórias?! Bem, não lhe faltava só o fato de ter adquirido um ovo pokémon de uma hora pra outra, ele também não sabia como parara ali. Sua última memória era exatamente o que narrara aqui: ao explorar a cidade, o treinador reparou um movimentado Centro Pokémon... isso e, é claro, o sonho que acabara de ter.

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Gojo, ainda um pouco atordoado, lançou um olhar hesitante para o ovo Pokémon ao seu lado. Seus olhos albinos, normalmente afiados e observadores, refletiam agora uma mistura de curiosidade e preocupação. A misteriosa adição ao seu time parecia pulsar com uma energia inexplicável, como se guardasse segredos não revelados. O treinador, que costumava estar no controle de suas ações, sentia-se momentaneamente perdido em meio a esse enigma.

A memória do possível pesadelo que acabara de vivenciar pairava em sua mente como uma sombra indistinta. Imagens fragmentadas, sensações estranhas, mas nada que pudesse ser claramente definido. Era como tentar segurar areia entre os dedos, e Gojo sentia uma inquietude crescente ao se confrontar com o vazio em suas lembranças.

Ainda, o rapaz estava ciente de que não estava no seu estado normal. O toque da água, mesmo que vinda de uma Water Gun, continuava ecoando em sua pele como um lembrete físico daquela experiência peculiar. A determinação em seus olhos, no entanto, superava a confusão momentânea. Ele não era alguém que se deixasse abalar facilmente.

Com cautela, levantou-se da cama, sentindo o chão frio do Centro Pokémon sob seus pés. A agitação lá fora parecia sincronizada com a turbulência em sua mente. Sua decisão de explorar, de enfrentar os mistérios que o rodeavam, era guiada por uma mistura de curiosidade intrínseca e um instinto que o impelia a descobrir a verdade.

O ovo Pokémon ao seu lado, agora seguro em suas mãos, emitia uma suave vibração. Gojo sentiu uma conexão instintiva com aquela pequena vida que aguardava para nascer. Era como se o ovo guardasse não apenas um Pokémon, mas talvez respostas que ele buscava desesperadamente.

Ao tomar a decisão de pegar o ovo, Gojo não estava apenas adicionando uma nova criatura à sua equipe. Ele estava assumindo um compromisso com o desconhecido, aceitando o desafio de desvendar os mistérios entrelaçados em sua própria jornada. O peso do ovo em suas mãos, embora leve fisicamente, carregava consigo a promessa de descobertas, de revelações que poderiam lançar luz sobre as sombras que obscureciam suas memórias.

Dessa forma, determinado e envolto em mistérios, Gojo dirigiu-se para fora do dormitório do Centro Pokémon, pronto para enfrentar o que quer que aguardasse na noite estrelada de Sinnoh. Procurava o motivo do seu despertar.

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OFF: Agora tu pode começar a contar seus posts, já que já está com o Egg contigo (e na sua box). Deixa um marcadorzinho no final do seu post, contando eles. Quando der 40 posts você vai poder chocar o ovo.

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O atordoar do pesadelo não fora suficiente para deixar Gojo impassível: ainda era o homem obstinado que decidira começar a sua aventura hoje. Quando tocou no ovo a sua frente, a narradora aqui pôde ter certeza que não é um medo psíquico que lhe faria dar para trás ou se arrepender de suas escolhas. Estava determinado em largar sua herança e conquistar algo seu...

... mas será que pegar este ovo é conquistar algo por si mesmo? Talvez esta fosse a pergunta que um homem sem memórias poderia se fazer. Para piorar, faltava algo além em Gojo; ele sofria de inexperiência tanto quanto de amnésia. Ai é que ta, na inexperiência, as perguntas éticas podem surgir: será que esse ovo é mesmo dele?!

Por sorte, caso esse fantasma lhe assombre, tocar o mandaria embora. Não sei dizer ao certo se era um desejo de Gojo em ter aquele pokémon ou se ele simplesmente rememorara algo, mas ele sentiu que, em algum momento, aquele egg foi dado a si, em mãos.

Pegou-o e sentiu o calor de uma (quase) vida. O estágio de desenvolvimento não era dos mais avançados, mas o ovo se mantinha quente e pesado, deixando evidente o óbvio: tinha algo ali dentro. Não faria muita diferença se carregasse nas mãos ou se guardasse na mochila; o ovo não estava pronto para sair ou se mexer.

Sendo assim, do jeito que decidiu fazer, saiu do dormitório. A porta dera de cara para um corredor tão deserto quanto qualquer outro às três horas da manhã. Não tinha uma alma viva e muito menos alma penada por ai; só Gojo e o silêncio, mais uma vez. O corredor daria para escadas e estas escadas, daria a um cenário completamente diferente do atual: o salão do Centro Pokémon.

Aqui Gojo repararia algo bastante óbvio e vívido (para quem acabara de sonhar): sua produção onírica foi bastante fiel a arquitetura do lugar. O que ele provavelmente não esperava era ver aquilo extremamente movimentado no meio da madrugada... quer dizer, permita-me uma correção que tem um tom de observação: o local não tinha nenhum cliente a vista, mas cinco enfermeiras corriam para um lado e para o outro, com suor na testa e desespero no rosto. Estavam tão ocupadas que nem sequer notaram a presença de Gojo por ali. Foi um segurança, próximo da porta, que cruzou o olhar com o rapaz e abriu um sorriso, anunciando para todo o salão:
- Ele acordou!! - Disse, num tom claramente aliviado.

E ai, todas as enfermeiras olharam para Satoru de uma só vez e abriram seus sorrisos paulatinamente. Uma delas, animada, respondeu algum dito religioso, uma outra comentou que ele "acordou rápido", outras tantas só seguiram com seus afazeres e uma única foi até o rapaz e perguntou:
- Você ta melhor? Precisa de alguma coisa?


Spoiler :



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