Conto 3 - As Receitas de Natal

Primeiramente, eu não era dessa região, mas, acabei vindo aqui ao escutar que algo grande estava acontecendo por essas bandas. E sim, situava por aqui o tempo todo, removendo a neve com minhas garras ou enfeitando a praça anteriormente, porém, minha cor natural terminava deixando completamente invisível a todos; Bom, isso realmente era irrelevante, afinal, eu não estava interessado por algum tipo de fama e sim, aproveitar esse tal evento.

Mas o que não estava esperando é esse tanto de problemas antes de iniciar ele..ou será..que isso faz parte? Teorias que poderia ficar horas fazendo; Todavia, hoje não, férias, não quero pensar muito, apenas seguir o '"roteiro". Hmm..apesar que devo confessar..ver a alegria de todos após concluir uma tarefa me deixava bastante alegre e isso motivava a continuar por essas ruas.

E demorou quase nada, um Alcremie, líder de padaria pediu ajuda para fazer a janta. Estava no meio da rua, branco como a neve do local e talvez minhas madeixas roxas chamava atenção, anyway, doce, salgado, eram coisas muito gordurosas e o povo daqui precisaria de algo mais leve, uma salada de berrys, por exemplo; Então, com a ideia pronta, eu usei meu agility para correr ao redor, numa velocidade assombrosa que apenas vultos conseguiriam ver, pulava sobre outros pokemons, desviava se assim fosse necessário ou até mesmo escalava casas bem como ia pelo telhados delas em busca de enxergar melhor o que procurava.

Dito e feito, em poucos minutos já achava uma floresta mais afastada da cidade onde situava diversas arvores com Sitrus, Oran e uma Nanab Berry para dar o gosto final. Acelerei novamente, segundos para cobrir a distância, colher algumas com uma sacola na qual peguei no meio do caminho e voltar até aquela padaria -Farei uma Salada de Frutas..- anunciei perto de uma bancada, peguei uma bacia gigantesca, fui até a pia lavar minhas "unhas", peguei as frutas assim como joguei no ar, cortei todas em pequenos pedaços com minhas garras e enquanto caiam lentamente, o suco das mesmas caiam dentro do componente.

Foi um show a parte, Alcremie aproximava para colocar a cobertura bem como misturar tudo e antes que pudesse agradecer, eu já havia desaparecido do cenário, orgulhoso com meu trabalho bem feito.

O trabalho para limpa a neve foi bem cansativo, mas eu estava com tanta adrenalina no corpo que eu né percebia ter ficando um pouco cansado, mas logo chegar uns pãozinho bem quentinho que tinha acabado de sair do forno e isso abriu meu apetite.
"Estamos se preparado para o natal...,porque eu não faço um prato delicioso para hoje e deixo a minha carta na manga para a hora do natal?"
Após me delicia dos pães volto para a minha casa("Esse sonho está incrível") e já vou em direção a geladeira e de lá retiro uns 4 pacotes de coxinhas das asas, 4 pacotes de asas e um belo frango e coloco na água quente para descongelar mais rápido. Enquanto ia descongelado vou pegando os temperos que iria utilizar e alguns sacos de alimentos para me ajuda em certos segredos das receitas.
Para começa pego o cominho, as folhas de louro, pimento do reino preta e branca e dou uma leve torrada e em seguida já bato nelas, no pilão para deixa aquele pó de tempero perfeito, em seguida pego três cebolas e pico todas elas e as reservo para usar daqui a pouco, utilizado um triturado coloco 250 gramas de alho, três pedaços de gengibre até ficar uma pasta.
Primeiro retiro o frango inteiro dou uma escaldada e uma limpeza para então colocar os temperos batidos no pilão, todas as cebolas e a pasta de alho com gengibre e par ao toque final coloco um pouco de vinho tinto e deixo dentro de uma bacia para marina por um tempo para pegar aquele sabor.
Enquanto ia marinando pego as coxinhas das asas e coloco em um saco para alimento e coloco também meio corpo de vinho branco, sumo de um limão, azeite e sal a gosto e uma boa quantidade de molho barbecuee lacro para marina e sem perde tempo pego as asas também coloco no saco de alimento e dentro coloco um pouco de mel, mostrada, páprica, pimenta caiena batida com alho no pilão, azeite e sal a gosto e deixo marina.
Cuido de todas as louças sujas e logo depois vou tomar aquele balho(charizard tomando banho?) em seguida assisto um filme na netfix e só então volto para a cozinha e pego três formas e aplicado azeite em todas pego a marinada das asas na mostrada e coloco em uma e das coxinhas das asas no barbecuee em outras e coloco no forno do fogão e deixo assar por uma hora em fogo baixo.
Já na última assadeira coloco o frango para assa no forno elétrico e jogo um pouco de alecrim por cima e coloco o forno em 210 graus e após meia hora eu espremo o suco de três laranjas, retiro o frango inteiro e reservo todo aquele óleo e gordura que foi solto dele e só então rego ele todo com o suco de laranja e volto a colocar ele no forno para contínua assado. Com o óleo e a gordura que tinha tirando coloco na frigideira com manteiga, um pouco de cebola e azeitonas picadas, com um pouco de açafrão puro e faço uma deliciosa farofa com um aroma de abri o apetite.
Organizo a farofa em uma vasilha com decorações e já pego outra para colocar as coxinhas das asas e as asas com uma decoração com folhas de alface e por fim pego uma vasilha bem grande para coloca o frango assado e faço uma bela decoração com folhas de alface e batata-doce frita na manteiga.

- Eita! olha só esse aroma..., deixa eu coloco tudo no carrinho para levar até o ponto onde ficaria o jantar de todos que trabalharam na cidade para remover a neve.

Organizo tudo em um carinho e levo até o local e espero que todos possa saborear meus pratos.

Chamaram-me para poder ajudar em algumas receitas para o natal na nossa vilinha. Vila esta que lembro o nome do templo do time do meu coração, e olha a coincidência, o mascote também é um peixe! Mas não minto, caro leitor: acompanhar esse time desgraçado do Santos já estava me dando nos nervos a ponto de beirar a loucura. Todavia, sempre ouvi “desse ano não escapa” e advinha? Escapou.

Time grande não cai!

Era a noite, estava quase na hora do jogo. A ideia era poder prestar apoio incondicional ao time, mas depois do que os outros fizeram na vila, certamente teria de fazer algo. Não obstante os ingressos esgotaram, então só me restou pela acompanhar pela televisão enquanto fazia alguma coisa. A receita seria a mais simplória possível, contudo com um significado ímpar: os biscoitinhos de gengibre.

Fui até a padaria das Alcremies. Não sou um grande cozinheiro e lá tenho não só os ingredientes, como todo o suporte necessário para que tudo saia horrível. Desloquei-me até o recinto e sem hesitar, liguei o Premier no jogo do peixão e iniciava o labor da receita.

Comecei misturando em um pote a farinha de trigo, o gengibre e a canela em pó, a noz-moscada, cravo e por fim, sal e fermento para formar um material mais homogêneo. Em outro recipiente, comecei a bater a manteiga com o açúcar para formar um creme e nessa hora, era necessário o auxílio de uma experiente cozinheira. Então misturava aquele material de outrora com esse creme para formar a massa.

Puta que pariu. Gol do Bahia.

Então separava as massas em duas partes para polvilhar a farinha em uma forma e depois levar à geladeira. Como o processo precisaria de no mínimo duas horas, dava tempo de assistir os outros jogos pertinentes ao resultado do meu time. Enquanto isso, via de tudo...

O Bahia enfiou quatro a um. O Vasco estava ganhando e com um a mais e com isso, meu time sendo condenado ao rebaixamento pela primeira vez em sua história. A gota d’água foi aquele gol do meio de campo em uma completa várzea, parecia até mesmo uma pelada essa porra.

Time filho da puta!

— MAS COMO É POSSÍVEL, PORRA?! — esbravejei. Sendo sincero: nem liguei para o que os demais pensariam sobre isso. Eu estou revoltado! Como é possível? — TEM QUE INCENDIAR CARRO, TACAR BOMBA, É TUDO CULPA DESSA DIRETORIA E DESSE BANDO DE SEM-SANGUE!

A massa ficou na geladeira, e de verdade? Foda-se a receita! Rua de fogo pra recepcionar o time e eles fazem essa merda?! Vai tomar no cu! Tem que jogar cadeira em jogador vagabundo, incendiar carro de atleta e dirigente, todo mundo que contribuiu para esse vexame!

Foda-se a massa e essas receitinhas! O próximo que vier, termina! Tem alguém que possa contribuir mais do que eu para mostrar para esses vagabundos que o Santos não é brincadeira?! Saí desembestado na direção do estádio e de tudo quanto é proximidade da Vila Belmiro. Natal em paz que nada! Como vou ter paz se meu time caiu, cacete?

As ruas e esses vagabundos todos vão pagar pelo rebaixamento do meu Santos!