Beach Episode

Lost in the Sea

OFF::

E eu estava de volta em Mossdeep, pensando melhor era melhor nem ter saído se fosse para eu fazer todo aquele fiasco no ginásio de Dewford. Será que eu dou uma visita pro Tate e pra Liza e falo que a aprendiz do ilustre ginásio psíquico tomou uma surra para o ginásio lutador? Eu acho que eu deveria parar com as batalhas, o Battlefield não foi muito melhor, mas lá eu podia dar a desculpa que os Pokémon não eram meus. Bem, se eu fosse fazer tal coisa, não seria agora, agora é o momento de eu tentar ser útil e fazer alguma coisa para a sociedade que tanto me ajudou.

O que eu deveria fazer? Procurar pesquisadores perdidos em algum lugar nesse imenso mar. Uhh, por que eu fiquei com isso? Bem, eu fui proativa e agora não posso voltar atrás. Mas o problema está em como eu deveria encontrar gente que se perdeu no mar? Eu sou uma garotinha incompetente, mas isso não me parece trabalho nem para treinadores competentes, mas sim para autoridades como a guarda costeira por exemplo. Qualquer um com equipamento, tecnologia e preparo e não uma tola que vai terminar vagando por aí com o seu Slowbro em alto mar.

Falando em Slowbro, seria ele quem me acompanharia nessa aventura aquática. Nas praias de Mossdeep, em uma bela manhã, espero que seja de fato uma bela manhã, no menor sinal de clima ruim eu deixo esses pesquisadores esperando por mais um dia. Mas enfim, eu estava ao lado do aquático rosado. Ele foi uma das vítimas do "Fiasco de Dewford", mas ele não parecia ter muitos ressentimentos quanto a isso, ao contrário de Reason, essa que não pareceu direcionar rancor a mim, mas procedeu com seus experimentos estranhos com a minha Deino, a coitada deve ter evoluído de medo.

- Ok, a gente vai estar juntos nessa. Acho que pra começar você precisa de um apelido. - A inexpressividade boba de Slowbro me incomodava, mas o que eu devia esperar de um Pokémon chamado "Slow Bro"? - Por que eu não te chamo de... hmm... Bravery. - Eu sei que meus apelidos que consistem de adjetivos e características positivas são a coisa mais brega de todas, mas Bravery? Primeiro ele vai precisar de coragem pra me aguentar no alto mar. Mas também era charmoso ter um apelido desses para um Pokémon não tão "charmoso".

Eu tinha mais alguma coisa, mas qualquer pensamento meu foi interrompido por sons de rachaduras. E antes que eu pudesse checar o que aconteceu, uma criaturinha fincou suas garras em meu tornozelo, fazendo com que eu caísse de forma cômica, mais pelo susto do que pelo machucado, de cara na areia. Cômico o suficiente para eu ver Slowbro, agora apelidado de Bravery esboçar um leve riso.

- Oh... - Me virava para trás e via uma bola de pelos acinzentada com um olhar estranho. Ele estava com medo de mim? Bem, eu não sou a mãe dele, mas eu estava carregando-o antes de nascer. Por que todos os psíquicos tem semblantes tão estranhos: - Prazer em conhecê-lo, eu acho. Vem pra cá. - O pequeno felino caminhava lentamente até mim, com aquele olhar estranho: - Por que você não fica na Pokébola por enquanto? - Peguei a pokébola e o retornei. Ele não parece ter nenhuma objeção quanto a isso, mas eu lido com esse recém nascido depois.

- Ahem, vamos? - Bravery se lançava na água e acho que eu teria que montar nele. Eu estou com um pouco de medo, mas sendo realista, é bem mais seguro do que voar com a jaqueta de voo no meu Swoobat, mas é uma coisa nova. Coisas novas são assustadoras.

Saindo de Mossdeep eu entraria em uma tal de Rota marítima Beta e eu suponho que eu deveria seguir ao sul, afinal a expedição dos pesquisadores foi em uma tal de Ilha do Sul. É, acho que no fim quem vai precisar ser resgatada sou eu.

Eggs: 19/40

Dojo: - 19

Lost in the Sea

OFF: Hmmm... interessante

- Bravery, querido, espere um pouco. - Hesitei em subir no Slowbro para que ele me carregue até o alto mar, não por que eu estava com medo, quer dizer, eu estava com medo. Mas decidi que me ir para o alto mar sem pista nenhuma seria basicamente suicídio. Olhava no meu Rotom Phone para ter o mínimo de informações da tal Ilha do Sul e percebi que ela ficava isoladíssima. Eu estaria simplesmente indo para a morte despreparada desse jeito, afinal não é simplesmente chegar até a ilha e olhe que chegar até lá já é a parte difícil.

- Hey, me siga! - Convidava Bravery para me seguir, não iria para o mar ainda, mudança de planos. O psíquico me seguiria, no seu ritmo lento, mas isso não era problema pois eu não tinha a necessidade de apertar o passo. Ainda com o Rotom Phone em mãos eu me preparava para fazer uma ligação, procuraria o número da guarda costeira na internet e então faria uma ligação. Não posso ir completamente cega:

- Ummm... alô? Me chamo Kathryne Keyron da sociedade Requiem, que está encarregada em auxiliar na procura dos pesquisadores desaparecidos. Eu gostaria de informações sobre o caso antes que eu prossiga, afinal os pesquisadores estavam indo para um lugar muito isolado, então vou precisar de mais informações. - É o que eu falaria quando for atendida.

Enquanto isso eu andava pela praia, com Bravery me seguindo, em direção as docas. O Slowbro não nadaria mais comigo, mas ele ficaria ao meu lado, para fortalecer o nosso vínculo ou coisa do tipo, na verdade eu só queria um dos meus Pokémon por perto. O que eu fazia nas docas? Procuraria por um barco, alguma boa alma, ou apenas louca o suficiente, para me ajudar a fazer aquela busca e agora que eu penso, parece muito improvável, na verdade impossível que alguém aceite coisa do tipo.

Mas em cada barco de médio-grande porte eu perguntaria para quem que fosse da tripulação que estivesse presente: - Vocês estão indo pra longe? Podem me ajudar em uma coisa? Umm... prometo pagar bem. - Essa seria a minha frase ensaiada para os marinheiros.

Uma garotinha com uma criatura rosa boba ao seu lado pedindo ajuda do nada. A maioria provavelmente nem daria a mínima para mim, ainda mais que eu tinha o meu jeito tímido de sempre e o timbre de minha voz sempre quieto. Mas, a última frase era crucial, dinheiro, se eu oferecer um pagamento, mais pessoas estariam interessadas em pelo menos ouvir o que eu tenho a dizer.

Mas de onde eu tiraria dinheiro? Não estou na melhor das situações no momento, mas eu tenho um plano o plano é que o dinheiro é simplesmente de role play. A Requiem não reclamaria de eu pegar dinheiro para fazer uma das missões ou de sei lá, compartilhar a recompensa...

A realidade é que eu já esperava um não, mas dependendo das informações que a Guarda Costeira tenha me dado, não deve ser tão ruim sair nadando por aí com meu Slowbro.

Eggs: 20/40

Dojo: - 20

Lost in the Sea

Já imaginava que quem me atendesse do outro lado da linha me deixaria de molho por algum tempo e com uma musiquinha estilo musica de elevador só que em baixa qualidade, com o som todo estourado que até fica difícil saber o que era pra ser. Sabia que era um procedimento normal quando se contata o atendimento de qualquer lugar, mas realmente não era acostumada a fazer ligações e quando me deixam esperando eu só fico mais ansiosa.

Pois é, me tornei uma adulta recentemente ou seja, quem fazia ligações era o meu pai e cuidava desse tipo de coisa era meu pai e no caso, agora eu sou uma viajante errante, logo ficar com o telefone grudado no ouvido não era algo que eu imaginava que precisasse fazer, mas aqui estou eu. Se eu ficasse só andando na praia com o telefone grudado ao meu ouvido eu ficaria doida de tanto esperar, logo eu tentaria fazer progresso de outra forma nesse meio tempo.

O problema era que, seria muito difícil que eu fizesse algum progresso, pois a maioria era humilde que certamente não se arriscaria por um pedido desses. Não pode dizer que eu não tentei, mas me senti envergonhada, senti um menosprezo e uma notável falta de interesse, não que eu esperasse que eles fossem se interessar, mas no momento em que falei que era sobre pesquisadores eles perderam todo o interesse. Parecia ser muito menos sobre eu pedir um favor, mas sim sobre o que é o favor. Pelo menos eu finalmente fui atendida.

- Quinze minutos? Certo, muito obrigada, já estou indo. - Ignorei a descrição até que específica demais da atendente e recebi a boa notícia de bom grado. Quinze minutos, ainda era um bom tempo, talvez eu possa dar um passeio e já sei bem o que fazer nesse meio tempo. Eu procurava algum pesquisador que possa estar pela praia, me aproximaria timidamente e faria uma pergunta casualmente:

- Hey, sabe me dizer por que os pescadores e o povo aqui nas docas tem um desinteresse pelos pesquisadores? Não é por nada, eu só achei bem estranho... - Queria saber mais sobre o cenário, o que causava esse "conflito", e era melhor perguntar do lado dos pesquisadores, já que os pescadores me mandaram embora e eu já estava fazendo um favor para pesquisadores.

Eggs: 21/40

Dojo: - 21

Lost in the Sea

Enquanto esperava a minha carona, tentaria puxar conversa com alguém por ali. Eu não sou a melhor iniciadora de conversas, mas se derem a mínima pra mim e me responderem, já é um sucesso. E era o que acontecia, apesar da visível indiferença, eu conseguia uma resposta, quer dizer essa indiferença virou algo maior enquanto aquele pesquisador falava. A situação assim era tão ruim? Eu realmente não tenho a menor ideia do que é estar nas classes sociais mais baixas, mas os pescadores só estão tentando ganhar a vida.

- Entendo... - Acho que continuar no assunto sobre os pescadores vai acabar terminando em uma briga, eu que por mais apoie a ciência e a busca por conhecimento, eu não concordava nada com a posição daquele jovem, mas eu não estou aqui para fazer um debate. Porém, não acabaria a conversa ali, talvez eu possa conseguir alguma informação útil dele:

- Sabe me dizer que tipo de pesquisa os pesquisadores que desapareceram perto das Ilhas do Sul estavam fazendo? Na verdade pode me dizer como são essas ilhas no geral? - Saber o que devo esperar do lugar que eu estou indo, o que os pesquisadores faziam, tudo isso vai ser útil mais tarde: - Ah, pode parecer que não, mas eu peguei o contrato de sociedade sobre isso, então eu tecnicamente estou encarregada.

Claro, preciso explicar o que eu estava fazendo, porque duvido que ele responderia esse tipo de coisa para uma menina aleatória. Ou talvez não, talvez eu nem precisasse me explicar caso ele fosse do tipo que se vangloria sobre o seu trabalho. Mas se eu quero informações dele, é bom que ele saiba sobre mim, assim que conversas funcionam.

Eggs: 22/40

Dojo: - 22

Lost in the Sea

E o pesquisador respondia minha pergunta, com um certo desinteresse. Eu entendo o fato de ser uma diferente área de pesquisa, mas ele não estava nada interessado. Porém eu fiquei interessada. Experimento reprodutivo? Talvez eu deva pesquisar se existe algum Pokémon com perigo de extinção ou coisa do tipo, talvez ofereça algumas pistas. Tanto que peguei o meu celular e logo inseri a pesquisa "Pokémon aquáticos marinhos de Hoenn ameaçados".

Em um cenário ideal eu poderia perguntar mais para o pesquisador na minha frente, mas a área dele era completamente diferente. Ver como coisas explodem em diferentes profundidades. Olha se eu fosse uma pessoa com mais energia e mais imponente eu certamente faria algumas perguntas sobre esse tipo de experimento não perturbar o ecossistema, se é aprovado pelos Rangers e pelas autoridades ambientais, mas eu não sou, aquilo me incomoda, mas aquele cara não vai me levar a sério e eu só vou perder tempo.

- Obrigada. - Por mais não agradável que ele tenha sido, até que consegui alguma informação. Bem, vou ir em direção a minha carona, espero não estar atrasada e espero que o meu rápido Google me renda alguma coisa, se eu souber o que esses pesquisadores perdidos estão pesquisando, vai ser mais fácil pra mim, eu acho.

Percebi que todo aquele experimento explosivo certamente não agradava os pescadores, mas é como eu acabei de dizer se eu tivesse "mais energia", talvez eu tentaria brigar um pouco com aquele cara.

Eggs: 23/40

Dojo: - 23