[Hayato Fujiwara] Passagem

O garoto retornou.

Que garoto? Você me pergunta. Simplesmente o maior criador de toda Hoenn. Conhecido por criar vários monstros com suas especialidades de bem estar e por suas receitas malucas que trazem o vigor necessário para a vitória. Não tem como, é o garoto.

Sem mais, nem menos, Hayato Fujiwara.

– ...então eu disse: “Se o Pikachu fosse um super herói, ele seria o ‘Pikaman’! Ela riu e depois sumiu. Mas assim, faz muito sentido, não é? Seria um Homem Pika, não tem o que discutir. – disse o garoto, indignado.

Um diálogo um tanto estranho, eu diria. Seu companheiro raposa reprovava a conversa, visto que era muita idiotice. O próprio monstrinho sabia discernir a loucura. Às vezes se escreve torto em linhas retas, assim descreve o cenário do garoto.

– Eu não sei como a gente chegou nessa conversa, mas é muito idiota mesmo. Até rendeu umas boas risadas.Haha – comentou com uma risada.

Talvez as piadas não eram seu forte, se é que podemos chamar isso de piada. Contudo, é o início de um beautiful day. Por que se magoar por pouco? Vamos aproveitar os primeiros momentos de uma bela manhã.

A estrela que iluminava a todos ainda estava por nascer. Uma brisa fresca corria por todos os cantos, emitindo aquele assobio característico. Apesar disso, o silêncio reinava no ambiente. Tudo estava muito quieto e… COCORICÓ! Uma ave qualquer anunciava o início de um novo dia.

– Você ainda não acordou? – perguntou o garoto para a raposa, que ainda parecia um pouco bamba – Acorda que vamos precisar andar um pouco.

A estrada que seguia para o teleférico estava adiante. Nossa meta era subir o monte, conhecido por ser um vulcão adormecido. Dizem que vários monstrinhos de fogo habitam  entre as cinzas que caem do céu. Um lugar interessante para se explorar, ainda mais visto a especialidade com monstrinhos de fogo do garoto. Vamos dizer que é uma excursão.

– De acordo com o mapa, vamos precisar seguir a dentro da rota. – comentou, visualizando os pontos em seu dispositivo – Ontem você se divertiu muito, né? Comeu como um rei. – eu acho que o Milo ganhou um pesinho a mais, comeu demais, precisa fazer dieta – Eu curti muito também, é bom ver a galera. Precisamos fazer isso mais vezes. Acho que prefiro fugir dos problemas por um tempo… – disse, um tanto pensativo quanto a certas questões que precisou lidar recentemente – Certo, vamos! Sem moleza, meu parceiro!

Olá, narrador. Agradeço antecipadamente por me aturar. Essa rota é uma passagem para o Mt. Chimney, ver se eu consigo um Torkoal, ou algo assim.

Não tinha muito segredo, era apenas seguir o caminho. Dessa forma, acredito que não demoraria muito para chegar ao topo. Claro, contando com que nenhum evento de azar extremo acontecesse novamente. Mas será que era azar?

— Cara, eu não tinha te contado, mas eu participei de uma batalha virtual. Mas eu não gostei muito não… — comentou o garoto, pensativo — Alguma coisa parecia errada… e aquele “treinador” também, não gostei dele. Enfim, eu só tinha participado por ter um prêmio de uma viagem de graça, pode imaginar? Mas pensando bem é suspeito tudo isso.

O garoto atualizava seu parceiro com outros acontecimentos recentes, onde por obra do destino perdeu para um homem que tem ideais nobres, mas impossíveis de se concretizar, basicamente, visto que o mundo é como é, e os monstros são como são. Perdeu por conta de oito movimentos interrompidos por diversos rock slides. De fato, isso é coisas do destino. Não era para ser.

— Quase me perdi de tanta raiva, e eu não sou disso, você sabe. Que frustrante! Eu queria muito ir… — finalizou, bufando.

Enfim, o garoto continuaria a seguir o caminho em meio às árvores. Esperava chegar ao teleférico em pouco… andar de teleférico deve ser legal, né?

Oi! De boa, mano. Qualquer coisa pode falar comigo também!

O garoto seguiu o caminho sem muitos problemas, e não tardou para chegar em uma escadaria que conectava a estrada ao teleférico. O movimento era pouco, muito provavelmente por conta do horário.

— Nossa, eu pensei que era mais longe. Bem perto, né? — comentou.

Não tinha muito o que esperar, poderia apenas subir e chegar em seu destino, e assim fez.

— Vamos! — anunciou, para que pudessem continuar o percurso.

Percorrendo o caminho para o teleférico, o garoto agora adentrava em um ambiente rochoso. Durante o percurso, percebeu que o ponto turístico não estava tão cheio. Na verdade, não via ninguém. Nenhuma alma se quer. Nem mesmo os funcionários que deveriam estar cuidando do espaço. Era apenas o garoto e seu companheiro.

As luzes estavam acesas, e as portas abertas. De alguma forma, poderia indicar a presença de alguém. O estabelecimento não era ativo durante a noite, então alguém precisava preparar o espaço para a chegada de turistas, certo? Faz sentido.

O garoto entrou e tentou achar alguém que pudesse informar sobre algum ocorrido. Visto que não era necessariamente normal estar tão vazio a ponto de nem os funcionários estarem trabalhando. Contudo, ainda tinha um ponto, poderia ter chegado cedo demais. Se não encontrasse alguém rondado, só restaria esperar. Visto que não conseguiria continuar seu percurso se a máquina não fosse operada por alguém com experiência.

— Será que viemos cedo demais? — comentou o garoto, um pouco confuso — Vamos tentar achar alguém aqui. Se não esperamos, alguma hora alguém vai chegar.

Estava muito cedo, muito cedo estava. Será que por isso não há um ser sequer presente aos arredores? O garoto procurou, procurou, e não encontrou. Então, ouviu uma voz próxima. Era a voz de uma mulher, que ecoava por trás de um sofá. Ela dizia: “se abaixe, se abaixe, antes que aquela coisa te veja”. Mas… que coisa? À frente, a coisa estava destruindo uma máquina de vendas. Mas porque? Era raiva? Ganância? Não sabemos. Mas encontramos o motivo de estar vazio. Um perigo estava passeando no estabelecimento.

Ao ouvir a voz, o garoto ficou um tanto confuso — An? — sem entender, avistou a mulher — O que? — questionou, buscando saber quem seria “a coisa”.

Então, quem era a coisa? A coisa, destruidora de máquinas de vendas, era na verdade um camelo amarelo. Assim que avistou nosso treinador, a coisa se aprontou para o ataque. Não estava para brincadeiras, o que procurava era um embate.

Hayato, visto a situação em que se encontrava, liberou de umas de suas esferas um outro monstrinho.Um crocodilo avermelhado, nomeado como Kaya.

— Kaya, tome isso. — disse o garoto, arremessando um bracelete azulado para o monstrinho — Não podemos lutar aqui dentro! Vamos tentar atrair o Numel lá para fora… então podemos tentar afastar ele com um High Horsepower, quantas vezes forem necessárias.

Kaya, escutando o pedido do garoto, se encaminhou para a porta do estabelecimento enquanto fazia uma careta para o quadrúpede, tentando atrair sua atenção. A ideia era evitar destruir mais o estabelecimento, visto que… estava bem… err… não tão arrumado como seria de costume? Acho que fogo não era uma decoração.

equipar o anklet no Krookodile