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Contos do Hayto

loucuras da minha cabeça


Oi, pessoas. Vou deixar meus contos (ou tentativas) aqui, espero que gostem. Mas não gostem muito, somente o necessário, não garanto atividade.





Última edição por Hayto em Qui 1 Ago 2024 - 19:14, editado 1 vez(es)

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O garoto que contava histórias

se tornou uma história


19 de Abril de 1940, em algum lugar.

Ao norte de um riacho, uma pacata aldeia era cercada por vastos campos de milho. As casas eram simples e pequenas, construídas com madeira. Haviam cercas ao seu redor, para que pudessem manter o rebanho seguro. Por ter poucos habitantes, as casas eram próximas umas das outras. Em virtude disso, todos eram conhecidos.

Como qualquer outro lugar, a aldeia tinha seus costumes locais. Durante a lua crescente, celebravam com os espíritos o florescimento dos seus sonhos e demonstravam gratidão por noites iluminadas. A luz lunar envolvia suas noites até que estivesse completamente cheia, culminando em um banquete que reunia toda a aldeia. Por outro lado, em noites em que densas nuvens acobertavam a lua, os habitantes encerravam suas atividades ao entardecer. Era dito que os maus espíritos aproveitavam a ausência do astro para rodear as terras. Em noites como essa, todas as casas eram completamente fechadas, para que nenhum mau espírito os perturbasse. Contudo, não impedia que algum outro ignorasse os costumes.

Um garoto travesso era conhecido por contar histórias e assustar as pessoas. Com os seus amigos, frequentemente fugia em noites escuras, para brincar e narrar seus contos. Em uma certa noite, a lua se escondia. As casas estavam fechadas e a escuridão com posse do horizonte. O garoto e mais dois amigos fugiram para longe, para se aventurar na calada da noite. Rodeados por uma fogueira improvisada, próximo aos campos de milho, as três crianças compartilhavam histórias.

— Em noites muito escuras, dizem que o espantalho que cuida das plantações do Tio Leno ganha vida. Ele passeia por toda a aldeia batendo nas portas em busca de oferendas — narrando a história, o garoto fortalecia suas falas com gestos e se movia conforme o desenrolar — Ele só se move quando você não está vendo, mas se o ver, ele ficará parado. E se desviar o olhar após isso… não tem mais volta.

— Tá-tá falando daq-quele espantalho na plantação de milho?! — perguntou a garota, claramente com medo.

— Parando para pensar agora, ele parece um Cacturne, né? — comentou Dedé, rindo.

— Sim, aquele da plantação de milho, Ju — respondeu Chico, pensativo — O tio Leno diz que o que falta pra esse espantalho ficar quieto é ir em Cuiabá, mas eu nunca entendi isso…

Entretidos com as histórias, nenhuma das crianças notou, mas um vulto escuro os observava em meio às plantações. Mesmo com dificuldade, era possível perceber o reflexo de um olhar azul.

— Também dizem que, se você não atender a porta, ele te observa pela janela até você abrir. Mas, se você não abrir, ele também não vai atrás de você. Ainda sim ele vai ficar por lá, te observando e esperando você abrir… — prosseguiu Chico, abaixando o tom de voz para criar um suspense.

— Sinistro! Imagina se ele aparece aqui, o lugar que ele fica não é muito longe — pontuou Dedé.

— Q-que?! P-para com isso, Dedé! Ele não vai aparecer aqui, porque isso não existe! É só história. Não é, Chico? …Chico? — a garota, procurando afirmar que nada disso existia, buscou o garoto.

O questionamento da menina ficou sem resposta, e o silêncio tomou conta. O garoto não estava mais com eles. O que poderia ter acontecido? Se perguntaram. Contudo, a calmaria se interrompeu em sequência, com o som de passos pisando em folhagens, que se aproximavam cada vez mais.

— O que é isso?! — perguntou Ju.

— Será que é o espantalho? — questionou Dedé, obviamente querendo perpetuar o caos.

— Isso não existe! Espantalhos não tem vida! — afirmou, nervosa.

Em meio ao suspense, o garoto pulou das plantações e assustou os despreparados. Uma das crianças gritou, em choque. O criminoso riu, sem aguentar. Outra tomou um susto, mas escondeu isso e riu em seguida.

— Hahahaha! Calma, Ju. É brincadeira — afirmou Chico, procurando acalmar a garota.

— I-isso não tem graça, seu besta!

— Tá bom então, isso realmente é apenas uma história. Mas existem lendas reais nessa aldeia, o Tio Leno me contou.

Os três amigos continuaram conversando ao redor da fogueira. O garoto chegou a comentar sobre um ser que era capaz de tornar pesadelos reais, uma figura escura com…

— …com olhos azuis e um capuz branco. Dizem que em noites como essa, onde a lua se esconde, ele aparece para castigar aqueles que invadem suas terras. Ele faz a pessoa dormir e então a prende em um ciclo de pesadelos horríveis!

— Seu tio te conta essas histórias? Ele parece meio pertubado — pensativo, questionou Dedé.

— Haha, né? Mas eu acho que os mais velhos tem conhecimento dessa lenda. É bem antiga. — enfatizou, Chico.

— Isso mesmo, lenda! Não passam de histórias. — afirmou, Ju. Tentando se convencer que nada disso era verdade.

Com o passar das horas, o escuro se intensificava cada vez mais. Os amigos decidiram cessar o encontro, visto que estava muito tarde. As outras duas crianças tomaram rumo para casa, por morarem mais longe. Por isso, Chico ficou para apagar a fogueira. O menino recolheu um pequeno montante de terra, e soltou em cima da fogueira. Que por sua vez, crepitava tentando sobreviver. Com a fogueira apagada, poderia retornar para seu lar. Contudo, escutou um barulho que ecoava das plantações de milho. Ciente que poderia ser apenas algum monstrinho com hábitos noturnos, ignorou, seguindo seu rumo. O garoto chegou em casa sem problemas e se aprontou para dormir, pois amanhã era um novo dia.

Em uma noite escura, não era possível ver muito. Em uma noite calma, não era possível ouvir muito. Mas em uma noite, sonhar era um fato. O relógio marcava aproximadamente três horas da matina, e o menino acordou com um som que ecoava da sua porta. Ignorou, mas quem estava em sua porta, persistia. Não era nada comum, por isso o garoto não se atreveu a se quer levantar. O toque continuou por mais  um tempo, e então parou. Por mais que estivesse escuro, a pouca claridade ainda conseguia entrar no quarto do garoto, iluminando, mesmo que pouco, através da sua janela. Com isso, era nítido que alguém estava o observando do lado de fora. E o encarava, fixamente, sem nenhum movimento.

No dia seguinte, o garoto acordou com os raios de sol que iluminavam o seu quarto. Se pegou pensando se era apenas um sonho, e como era muito estranho, ficou com essa conclusão. Como de costume, o garoto fazia suas tarefas matinais para auxiliar o seu tio. Como, cuidar dos rebanhos, limpar os aposentos e recolher as colheitas. Durante o processo, próximo às plantações, se deparou com o espantalho, que estava em um lugar incomum. Se perguntou se o seu tio poderia ter movido o boneco, para alguma manutenção ou algo do tipo. Observando bem, era possível notar um vulto escuro atrás do espantalho. Contudo, rapidamente sumiu. De qualquer forma, mais uma vez, ignorou. O sol se pôs, e o dia chegou ao fim. Mais uma noite escura se iniciou, sem a luz lunar que iluminava as terras. Os costumes mantinham a vila sem movimentos durante a noite, com isso não tinha muito o que fazer. Então, o garoto se aprontou para dormir. E na calada da noite, mais uma vez alguém batia em sua porta. As mesmas decisões da noite anterior se sucederam, e assim o ser o observava através da janela.

Um novo dia se iniciou. Contudo, era perceptível que algo estava diferente. A aldeia parecia mais vazia. As plantações pareciam murchar. Os rebanhos não faziam tanto barulho como de costume. Mas principalmente, o dia parecia menos iluminado. Nos próximos dias, a cada noite que se passava, era mais nítido as mudanças. As plantas murchavam, os rebanhos e pessoas sumiam, enquanto o céu parecia adotar um tom avermelhado. Cada vez mais, observando um cenário morto e sem vida se construir. Em vários horários do dia, o garoto também tinha a impressão de ver aquele mesmo vulto escuro, em diferentes ocasiões. Porém, não tinha ideia do que poderia ser. As placas também eram vistas ao redor da aldeia, com as mesmas frases, sempre. Pareciam querer dizer algo, algo que o garoto não conseguia assimilar. Nelas diziam:

— Para onde olhar, precisa se preocupar, pois quando a vista se perde, voltará ao mesmo lugar. Porém, enquanto não se perder a vista, não saberá para onde olhar — confuso, o garoto não sabia que rumo tomar.

Dias se passaram, e tudo parecia mais assustador. O espantalho o seguia, mesmo de dia. Precisava ficar atento, pois se o perdesse de vista, se iniciava um novo dia.

Dias se passaram, e tudo parecia mais assustador. Os espantalhos o seguiam, mesmo de dia. Precisava ficar atento, pois se os perdessem de vista, se iniciava um novo dia.

No fim, por mais que sentisse medo e desespero, não podia fazer nada. Aparentemente estava preso em alguma dimensão, ou realidade, ou mesmo algum tipo de ciclo. Não se sabia. Mas uma coisa era certa, as crianças que estavam próximas às plantações naquela noite, nunca retornaram para suas casas. Reforçando que os maus espíritos divagam por noite escuras.

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