#007-Duas cabeças e um garoto.

Apesar do ceder de seu parceiro inseto, o garoto não o retornara para a sua esfera, deixando-o ali a mercê do perigo em meio à batalha que ainda ocorria, contrariando a afirmação de que seus companheiros estariam bem. Por outro lado, ele lançava outro aviso para Asia, dessa vez em um tom de voz mais alto, pedindo-a que ficasse parada e lhe dizendo que nada de grave aconteceria a sua parceria. Dessa maneira, logo ordens eram lançadas para a andorinha azulada.

- Não, eles não estão! Olhe para Nincada ali desmaiado! – Exclamara a garota no mesmo tom de voz de outrora. – Eu... Eu vou lá parar com isso, já que vocês não vão!

E um caso como aquele, dava a entender que apenas simples palavras não bastariam para convencer alguém desesperado a seguir conselhos de estranhos. Em suma, atitudes poderiam ter surtido um efeito melhor do que aquelas palavras. Assim, a garota se via livre, apesar de relutante, para fazer o que dizia, aproximando-se de maneira receosa do combate que ocorria. Entretanto, antes que algum mal maior acontecesse, aquele que até então só havia falado passava a fazer algo significativo.

- Asia... – Dizia Strauss com uma expressão séria em sua face ao segurar um dos braços da jovem, parando-a. – Vamos lá... Mais uma vez vou ter que lhe dizer que isso não vai adiantar de nada. Você só vai acabar se machucando ou causando algo pior. Entenda isso de uma vez. – Ditas essas palavras, o garoto passara a resmungar de forma sarcástica. – Que bela maneira eu fui encontrar de matar o meu tédio.

Com tais palavras, apesar da face suplicante e os olhos nervosos permanecerem em sua aparência, a garota cessara suas tentativas de seguir em direção ao combate, algo que não estava muito distante de acabar, para tentar conversar com sua parceira, deixando que o receio e a razão vencessem.

Enquanto a batalha chegava se aproximava do seu desfecho ao deter a andorinha azulada voar avidamente pelos céus, notando-se nela o metalizar de suas asas assim como outrora além da aura azul que rodeava todo o seu corpo. Dessa forma, a ave avançava em direção a sua oponente com as asas estendidas, pronta para quando alcançasse mais uma vez a acertasse com um golpe de suas asas prateadas, algo que obtivera sucesso ao atingi-la sobre a face outra vez, fazendo com os olhos delas cedessem e um gemido de dor escapasse da boca rochosa da criatura, que logo caia para trás finalizada.

Não resultando em outra cena, Asia se libertava da mão de Strauss e passava a correr em direção a rocha roliça caída, abraçando-a e murmurando algumas palavras para ela meio a finas lágrimas que começavam a brotar de seus olhos. Quanto ao garoto, levara suas mãos a cabeça, ficando a olhar tal cena.

- Esse não era bem o tipo de diversão que eu procurava quando eu inventei de seguir você. Eu devia ter ficado com minhas pegadinhas na ponte. – Comentara Strauss para Hayato. – Então, o que acha que devemos fazer agora? Digo, em relação a ela, não podemos deixa-la ali simplesmente.


Campo: Rochedo. Um terreno que apresenta pela maior parte de sua extensão um relevo desnivelado, contendo sobre sua superfície grama acompanhada de pequenos pedregulhos e outras formações rochosas, que se encontram ao redor do local.

Experiência:

Taillow recebeu 1186 pontos de experiência pela vitória sobre Graveler, avançando para o nível 19 e recebendo três pontos de felicidade.
Nincada recebeu 593 pontos de experiência pela derrota contra Graveler, avançando para o nível 17. Pode aprender Mud-Slap, deseja substituir?

Perante as palavras da garota, o jovem Hayato podia perceber que seus parceiros não estavam bem como ele achava que estavam, assim, após desculpar-se e aplicar um item medicinal sobre os machucados de Will, ele retornava ambos os companheiros para suas esferas, ficando somente ao lado da ave esverdeada.

Logo após isso ele, se dirigia a Asia, dando-lhe o conselho de levar a rochosa ao Centro Pokémon de Fortree enquanto se mantinha envolto em seus sentimentos. Contudo, antes que qualquer resposta pudesse ser dita por parte de Asia ou Strauss, um inesperado portal negro surgiu acima do Fujiwara, sugando a ele e seu parceiro para lança-los em meio à escuridão.

Quando a luz voltou aos seus olhos, o garoto poderia perceber que estava em um local totalmente diferente das pradarias rochosas, estando agora no interior de uma floresta, que detinha frondosas árvores e muita vegetação rasteira, em especial vários arbustos. Podia notar também que ali, diferente do ambiente onde estava, estava para se pôr, deixando que apenas seus raios alaranjados iluminassem o local por entre as copas das árvores.

De repente, um estranho, e até mesmo fofo, espirro soara de um dos arbustos atrás de si, podendo notar, ao se virar em direção a ele, que fumaça negra emanava de planta, como se houvesse fogo em seu interior. Então, outro espirro soara dali e mais fumaça surgia.

O que seria aquilo?

Apesar de inicialmente indagar a cerca do local onde estavam para o seu parceiro, que não sabia responder, o garoto não parecia demonstrar muita apreensão ou temor quanto ao fato de ter sido levado até ali misteriosamente. Entretanto, demonstrara certo nervosismo ao escutar aqueles estranhos espirros que vinham dos arbustos e ao ver a fumaça emanava dele. Assim, talvez como forma de descobrir se aquilo era feito por alguém, perguntara quem estava ali.

De inicio, ninguém respondera, mas um novo espirro pode ser escutado em conjunto da aparição de mais fumaça. Então, de repente uma pequenina cabeça dividida entre a cor negra e laranja e envolta por fumaça saia do arbusto, apresentado um focinho suíno e uma mancha amarelada sobre ele.

Qual seria a reação do garoto perante aquela aparição?

E perante a aparição do pequeno suíno, o garoto, já que acreditava que a criatura não representava perigo algum, decidira tentar interagir com tal, perguntando-lhe se estava doente, enquanto se sentava, e se não gostaria de brincar. Assim, Hayato ficara a esperar uma resposta do produtor de fumaça.

Entretanto, contrariando a possível reação que ele esperava, o pequeno sairá em disparada em meio a espirros, ultrapassando o garoto e seguindo através dos arbustos enquanto deixava uma trilha de fumaça para trás.

O que faria o Fujiwara?

Não foi de se estranhar que quando o pequeno alaranjado começara a correr, o garoto colocara-se a segui-lo por meio do barulho de seus espirros e da fumaça que ele produzia nesse ato. Assim, com raios alaranjados que iluminavam aquela floresta as suas costas, Hayato colocara-se a correr por entre os arbustos que chegavam a sua cintura e as árvores em companhia do seu parceiro de duas cabeças.

Entre leves paradas, especialmente devidas aos seus espirros, o suíno avançava naquele recinto, não tardando a chegar a uma pequena clareira mal iluminada devido o pôr do sol e detentora de uma pequena árvore em seu centro, a qual detinha um fruta esverdeada. Nesse cenário, o alaranjado, correra em direção a árvore na intenção de escala-la para pegar a fruta, mas sem sucesso algum apesar de suas tentativas.

O que faria o garoto perante a isso? Ele que arfava pela corrida até ali.