Capitulo V - Costumes e Amizades

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Off:

Assim que adentrou o ambiente do refeitório, devido à acústica do local Isirus acabou não conseguindo identificar de onde exatamente vinha o som. Porém, seu pokémon, e suas grandes orelhas, talvez pudesse descobrir aquilo sem muitos problemas. Ouvindo o pedido de seu treinador, o Lopunny logo aguçou seu sentido de audição, prestando atenção apenas na fonte do som. Não demorou muito para que o pokémon identificasse que o som vinha de algum lugar por trás do lacre e da porta dupla. Assim, ele apontou com a cabeça e seguiu com passos cautelosos.

Isirus seguia seu pokémon em direção ao som, mas tentava se manter atrás da criatura, já que ainda não sabia do que se tratava o som. Foi perceptível até mesmo para o humano, que ao se aproximar da porta dupla, o som ficava mais alto. Era um batuque incessante, de algo batendo em uma superfície metálica. Mas se reparasse um pouco mais, perceberia que tinha algum ritmo naquilo tudo, apesar de não muito bem identificado.

Lopunny enfiava uma de suas patas na abertura da porta, e a puxava com cuidado. Ao liberar ainda mais o caminho, o som ecoava ainda mais pelo ambiente, deixando ainda mais claro de que estavam no lugar certo. Ali havia apenas um ambiente pequeno que dava acesso a dispensa à frente e com a porta tombada, aparentemente ali estava vazio, mas também havia uma porta lateral onde ficava a cozinha, e o som vinha de lá.

Não era uma cozinha tão bem equipada, já que tudo havia sido retirado dali, com exceção das tubulações metálicas por onde passava a água e o gás, além de uma única panela velha que nesse momento estava nas mãos de um pokémon. Era um pequeno primata roxo, com um grande sorriso no rosto. Ele parecia bastante feliz, e segurava a panela enferrujada com suas mãos enquanto batia na superfície com sua volumosa cauda. Mas ele não estava sozinho ali, dois roedores igualmente roxos e um amarelo dançavam ao som desgovernado do batuque. O roedor amarelo ainda tentava cantarolar alguma coisa em sua própria língua: Pika-pi pika-pi kaka-pi.... eles ainda não tinham percebido a presença do humano e seu pokémon, também, com tanto barulho era difícil perceberem algo.

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Off:

Ao ver o grupo de pokémon tentando criar uma música, bem desafinada a propósito, Isirus chegou até a se agradar com o som. Algo bem estranho, já que era apenas um batuque descontrolado com um fundo de gemidos... Mas cada um com seus gostos, não é mesmo? Na verdade, só de ver a empolgação dos pokémon que ali estavam, não era de se estranhar que ele gostasse do clima. Lopunny também parecia gostar bastante daquilo, talvez mais por entender o que o Pikachu estava dizendo.

Como não tinha muita ideia sobre o primata que conduzia a dança, o jovem decidiu usar sua Dex, apontou então a câmera do smartphone para o grupo de pokémon, e instantaneamente as informações de ambos apareceu descrita na tela. Inicialmente eram apenas informações superficiais, já que era apenas uma primeira análise.

Aipom, o pokémon primata. A cauda de Aipom termina com um apêndice parecido com uma mão que pode ser habilmente manipulado. No entanto, como usa muito a cauda, suas mãos reais se tornam desajeitadas.

Rattata, o pokémon camundongo. Come tudo que encontra no caminho. Costuma roer objetos duros para gastar suas presas que não param de crescer por toda sua vida.

Pikachu, roedor elétrico. Ele armazena eletricidade em bolsas em suas bochechas para acertar um inimigo quando se sente em perigo. Também costuma eletrocutar coisas novas para ele.

Enquanto o treinador terminava de consultar a PokéDex, Lopunny não resistia e seguia em direção aos selvagens. Ele estava se empolgando e aproveitava para dançar um pouco. Os pokémon não acharam nenhum pouco estranha a aproximação, muito menos a presença de Isirus por ali. Agora eles tinham reparado até mesmo o humano, por causa do pokémon novo.

Aipom continuava a tocar, mas dessa vez ele tentava mudar um pouco o ritmo das batidas. Ainda estava longe de ser uma música, mas os outros pokémon pareciam gostar. Dessa vez, os dois Rattatas também começavam a cantar, e Pikachu seguia os dois. Aipom chegou até mesmo a chamar Isirus para se aproximar, como se estivesse fazendo um show para eles. As coisas pareciam bem amigáveis, assim o jovem poderia pensar melhor no que fazer.

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Off:

O jovem ficava bastante relaxado com a cordialidade dos pokémon, e começava a tentar conversar, mesmo com todo aquele barulho. Acabava que Aipom não dava tanta atenção para suas palavras, apenas apontava os pertences de Isirus com uma de suas mãos e em seguida apontava para uma bancada ao lado, como se dissesse para que ele deixasse suas coisas ali para poder aproveitar melhor.

Enquanto isso, Lopunny fazia dupla com o Pikachu em uma dança próxima, assim como os dois Rattatas faziam. O clima ali estava totalmente de festa, e Aipom começava a mudar o ritmo da música novamente, dessa vez um toque mais tranquilo, como se fosse uma música mais lenta.

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Off:

Estava dando certo, porém Isirus percebia os sinais. Lopunny quase que dava um pulo para trás quando seu treinador dava um berro desmascarando o grupo de ladrõezinhos. Aipom parava o batuque na hora, e encarava o humano com um olhar de desdém. Ele quase tinha caído na armadilha, foi por pouco.

Quando Lopunny finalmente entendia o que estava acontecendo, ele logo tentava se juntar a seu treinador, porém, uma onda elétrica percorria a sala em direção aos dois, treinador e pokémon, e a paralisia os afetava. Era o Pikachu, que lhes lançava um olhar de chacota. Nesse instante, o plano B era colocado em prática. Com um ataque rápido, ambos os Rattatas saltavam para cima de Isirus, e enquanto um lhe dava uma pancada no braço o outro pegava o Rotom Phone e saia correndo para fora da cozinha abandonada. Aipom parecia orquestrar tudo com movimentos sutis de sua cauda.

Lopunny que era um pokémon extremamente rápido, dessa vez parecia em desvantagem por causa da descarga elétrica que percorria seu corpo incessantemente. E Pikachu estava ali no caminho entre eles e a porta, para garantir que os Rattatas não fossem perseguidos. Aipom aproveitava a deixa e saltava por cima deles, fugindo atrás dos primeiros roedores.

Agora o jovem precisaria ir atrás deles para poder recuperar seu aparelho novinho em folha. Nem tinha dado tempo de usar direito...

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Off: Pikachu ficou só com um move por causa do Thunder Wave.

Depois de ser atingido por um golpe surpresa, não tinha muito o que fazer. Lopunny estava paralisado, e ainda precisava vencer aquela batalha para conseguir perseguir os fugitivos. Isirus dava mais valor à segurança, do que a um item que talvez pudesse ser reposto depois.

Com as ordens dadas, Lopunny de se encolhia e energizava seu corpo com uma camada extra de defesa, não que aquilo fosse surtir algum efeito contra a paralisia, mas ele vazia assim mesmo. Em seguida foi a vez de Pikachu mostrar do que era capaz, e com isso ele se virava de costas e balançava sua cauda com desdém e chacota, aquilo era suficiente para desfazer o efeito do movimento da lebre, e voltava com sua defesa ao que era antes.

O Pikachu encarava Lopunny mais uma vez e ria, mas seu sorriso era tirado a força de sua cara quando uma joelhada lhe acertava [-12 | 23 HP]. Mesmo com a velocidade reduzida, o Lopunny podia ser bem rápido com aquele movimento.



Porém, aquela batalha ainda não tinha terminado, e não estava na hora de comemorar.