Pacify Her 2.0

por **Victoria** Qui Jan 02 2020, 14:37

Com o cercado feito, Seth optou por levar Minccino, deixando Rosemary ocupada com os Bunnelbys. A pokebola balançou mas logo fez seu serviço, levando a chinchila para longe da dupla, nos braços de algum cientista dono de laboratórios-depósito. Seria bem cuidada de qualquer forma. A questão engraçada fora a que viera logo em seguida: Seth seguiu viagem mas Rosemary não conseguiu, ficou presa ao meio dos coelhos que clamavam por atenção.

Talvez pelo excesso de estímulos presentes no ambiente, o rocket não percebeu, seguiu viagem com sua Arcanine e, quando deu por Rosemary, olhou para trás e a menina ali não estava mais. Uma pena; estava no pé do cais, já no fim da floresta-confusa e sua companheira ficara para trás. Voltaria?! Provável que não. A relação dos dois não fora lá muito boa nesse meio tempo de conversa; talvez seja melhor assim, não é?!

Bem, independente da sua situação, o cenário era clássico: um mundaréu de chuva à frente, uma ótima ventania, raios nada sincronizados e... bem, mar. O mar estava sem dúvidas agitado, graças a chuva mas, como se tratava de uma baía, ele não era tão perigoso e nem tão fundo assim. Ao menos, não na borda. Provavelmente passaria com seu Sharpedo sem muitos problemas... ou não.

OFF: Nova rota do @Seth

progresso seth:

por **Seth** Sex Jan 17 2020, 16:40

ROUTE 121

pacify her

Ver outro Pokémon sendo capturado por minhas mãos era bastante gratificante, fazia tempos que eu não passava por tantos encontros de uma vez só, e imaginar que eu já poderia estar muito adiante na minha caçada não fosse o ano todo que passei recluso, me deixava irritado. Veja bem, eu adorava capturar e ter a sensação de poder sobre os monstrinhos, e ter tantos assim junto comigo agora era satisfatório, mas eu já poderia estar bem adiantado com relação a minha meta de ter quase ou todos os noturnos, fantasmas e venenosos desse lugar. De qualquer forma, ainda estava contente com o progresso acelerado que tivera nos últimos tempos e poderia acelerar ainda mais agora que um evento como esses se apresentava diante de mim.

Contudo, olhando para trás não vi mais Rose à minha cola e isso era triste. Infelizmente nós não tínhamos... nos dado tão bem quanto eu imaginava, e até queria que fosse diferente mas quem sabe ela sequer pensava o mesmo. De qualquer forma, agora era hora de pensar em mim, de me ajudar e de melhorar a forma como eu olhava para tudo; quem sabe o que essa missão poderia esconder agora que eu estava sozinho? Depois de tanto tempo me auto sabotando, eu tinha convicção suficiente que poderia enfrentar tudo isso por mim mesmo, sem precisar de ajuda. Por mais que gostasse da companhia da Mestra, talvez realmente fosse melhor estarmos separados.

Encarando o mar a minha frente, sorri para a grande tempestade existente ali e desci de Asterion, dando um último afago em seu pelo antes de retorna-la para sua pokébola; trocando de parceiro, trouxe Albafica para a praia, já na água salgada e ouvindo seu rugido de felicidade com a chuva e as ondas tão agitadas. - Hey babe. Vamos pro Pyre, você dirige. - Sorri, guardando minha camiseta dentro da bolsa e a colocando de volta nas costas. Felizmente, era uma bolsa impermeável porque o player acabou de pensar nisso, e porque ele quer, então nada seria perdido já que a narradora é linda e jamais faria uma coisa dessas comigo. Caí na água sem pensar duas vezes, agarrando na barbatana traseira de meu Sharpedo e subindo nas laterais; eu era leve, e ele imenso, com certeza aguentava. Depois disso, disparamos sobre as ondas furiosas, com obstinação no olhar e um sorriso maior do que cabia nos lábios.

por **Victoria** Sáb Jan 18 2020, 14:43

De fato a narradora não cogitou tirar os pertences de Seth; era muito clichê para optar por tal plot. No mais, colocou sua mochila nas gostas e decidiu ir sem roupas até o Pyre. Decisão horrível; não preciso nem dizer o quão frio estava e... ah, sem ao menos uma segunda pele, o vento batia direto em seu peito desnudo; oh Seth, detesto dizer isso mas você irá gripar. Isso claro, se continuar vivo até lá.

Soltou o tubarão na água salgada e logo viu a primeira adversidade: a borda era rasa demais. Por conta disso, demorou montar no monstrinho, que demandou uma fundura agradável para mergulhar e por-se de baixo das pernas de Seth. Isso lhe fez andar até ter água na cintura e... ah, se preocupou-se em molhar a camisa, acabou inevitavelmente encharcando sua calça. Ao menos o pulmão não fica nos membros inferiores, né?! Não há como ficar gripado por estar com a panturrilha na friagem.

Minha mãe não concordaria com isso.

Apesar de tudo, ele não devia pensar nisso agora; como um bom adolescente, nosso futuro Rocket era completamente eloquente. Isso não era uma característica de Seth mas sim da idade. Existe um bloqueio que faz adolescentes não terem cérebro e raramente pensam nas problemáticas de saúde que estarão por vir. Mas também... o que ia fazer?! Arriscar procurar e não achar outra forma de seguir mar-a-dentro?! Desistir?! Claro que não. Desapontar Rockets não era uma opção.

A menos que seja Rosemary a rocket em questão... né?! Ah, logo mais Seth subirá e não será mais seu subordinado. Ela não era grande coisa. Bem; com ou sem ela, ele atravessaria. Não tardaria mais. Em sua lancha-viva, seguiu. Para onde?! Não sei. Certamente o Monte Pyre ficava "logo ali" mas, com toda aquela neblina e chuva, não conseguia ver um palmo à frente. Sua visão se tornara tão turva que o quinhetos metros de distância se tornou uma margem quilométrica que não lhe permitia ver o outro lado.

Albafica sabia como resolver?! Bem, se mesgulhasse poderia usar a visão aquática característica dos tubarões; era bem provável que assim visse o tal do monte mas... molharia seu treinador por completo... deveria?! Ah, ele disse "você dirige" né?! Acho que isso é um aval. Ao menos, Albafica pensou que sim; num momento de coragem súbita, afundou. Sem nem um aviso nem nada! Entrou num conflito mental tão grande para decidir se faria ou não o ato que até esqueceu de mencionar qualquer coisa com seu treinador. Seth ficara com água até os ombros e completamente inseguro: era bom que segurasse bem nas barbatanas, senão seria arremessado longe pela velocidade da água.

Ficou nessa posição por longuíssimos quinze segundos. Tão longos que pareciam eternos! Quando emergiu já sabia o que fazer: como imaginava, estavam indo ao lado errado e... bem, deviam seguir à nordeste e não noroeste. Alterou a rota e, para compensar o tempo perdido, adiantou o passo. Logo mais estariam no Monte Pyre; á conseguiam avistar a gigante pedra bem ao lado, a única questão era onde saltar.

progresso seth:

por **Seth** Qua Jan 22 2020, 15:51

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Era difícil pensar em todas as variáveis que poderiam aparecer no meio do mar, e minha narradora deveria saber disso; aliás, ela deveria se compadecer de minha situação e não deixar meu pobre Sharpedinho sofrendo com meu peso que, mesmo sendo leve, ainda deveria incomoda-lo. Mas, nem tudo era perfeito e diferente do meu amor pela Vitória, poderia se dizer que o atolamento acabaria logo, e de fato o fez. Albafica conseguiu facilmente sair da parte rasa e logo estavamos em pleno mar, sem olhar para trás e garantindo que ninguém nos seguiria, afinal era fácil ser pego numa emboscada num local com esse, ainda mais levando em consideração toda a névoa que nos cercava, e este foi o ponto que notei a merda em que me meti.

Adentrar um oceano de possibilidades sem nem mesmo saber qual caminho percorrer era uma ideia estúpida e que poucos (os mais idiotas) acabariam por fazer; ainda bem que eu já havia aceito meu destino como não-tão-inteligente a um certo tempo, e isso sequer me afetaria. Bem mais esperto do que eu, era meu Pokémon, e com uma manobra que quase me afogou, ele conseguiu encontrar o caminho certo para o Pyre, e assim viramos e tomamos o rumo correto, agora pensando sobre como saberia a hora e em que lugar ir para terra firme. E se eu acabasse por cair no meio de diversos Rangers? Ou pior, esbarrasse no Pokémon lendário? Não dava para prever, e eu precisaria traçar um plano antes que chegássemos até a montanha, o que não deveria levar muito tempo... não é?

Limpando a água que espirrava em meu rosto com a mão direita e me arrumando para ficar mais confortável nas costas do noturno, aproveitei para checar como ele estava, e se queria descansar. Albie era forte como uma pedra e eu conhecia muito mais do que bem suas capacidades físicas, era por isso que sabia da negativa resposta que seu grunhido propusera sem que ele perdesse a concentração no caminho, e isso me tranquilizou mesmo já premeditando tudo. Agora, o que poderia acontecer era: algum Pokémon estranho nos atacar, ou algum treinador estar por aqui e querer uma batalha, eram duas coisas extremamente clichês e que com certeza Rocon colocaria para atrasar mais minha ida ao grande cemitério. De uma maneira positiva, é claro.

por **Victoria** Qua Jan 22 2020, 21:14

Infelizmente o narrador de Seth estava completamente enganado: não havia um pokemon sequer por ali. Nenhum empecilho, nem uma alma-viva, zero obstáculos e, melhor ainda: a chuva parecera melhorar um pouco. A única coisa "diferente" que nosso futuro rocket podia perceber estava em sua mochila. Sim! Bem guardada dentra da tal "mochila impermeável" que nosso inspetor bugiganga carrega consigo.

Ali, dentro daquela humilde mochila, tinha sua PokeDex e... bem, como esperado, uma mensagem para si no grupo de Whatzapdos da CV. A mensagem com seu nome grifado era um áudio de Netero, o líder de sua sociedade. Ali teria ao menos alguns indícios de uma de suas missões. Como os Rockets não lhe mandaram fazer muito diferente da sociedade, podia ser um áudio útil para os, né?!

Não sei mas saberíamos em breve; logo mais a PokeDex do nosso rapaz aqui esbarraria e começaria a tocar o áudio sozinha... ou fora isso ou fora os tais "fantasmas do cemitério Pyre":
- Oi oi Seth... Prazer em conhecer, eu sou Netero. Eu fiquei sabendo por Nicholas que você pegou a missão dos Rockets né, pois bem, procure uma moça chamada Margo quando chegar no Pyre, ela está estabelecida em algum acampamento na costa do morro. Como a polícia não está entrando ai, não deve ser muito difícil, ela me disse que não estaria disfarçada. É uma garota loira, é isso, obrigado!

Provável que essas seriam as últimas palavras que Netero faria em nome da sociedade; logo mais ele seria afastado e, pouco antes, Nicholas. Era melhor que o garoto agarrasse essa mensagem e a fizesse como útil. Se quisesse à procurar, veria o que disse: uma extensa planície sem obstáculos. Se quisesse logo subir, cagando para tudo, podia só ir morro à cima, numa escada bastante larga e bem sinalizada que tinha à frente.

progresso seth:

por **Seth** Qui Jan 23 2020, 15:18

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Incrivelmente, nada havia acontecido. Nem um Pokémonzinho, nem um obstáculo grande tipo um iceberg ou qualquer outra coisa. Simplesmente nada parou nosso caminho para o Pyre e isso era... bom, eu acho. Posso dizer que queria de fato um aquático novo mas, ao que parece, minha narradora estava bem com isso e me deixara com a boca no gol. Procurando por minha bolsa estava meu celular e ao ver uma mensagem de um número desconhecido no chat da CV, acabei por entender que aquele se tratava de ninguém menos que o líder da nossa organização, Netero; aquilo só podia ser sobre minha missão e isso ajudaria demais.

O poder da narração fez com que o áudio tocasse sozinho e eu então pudesse ter a confirmação do que queria realmente saber; era sobre minha missão. Mais especificamente sobre uma garota que seria meu contato ali dentro e que me ajudaria na subida para o grande morro; Margo era seu nome, e eu tinha a leve impressão de que se tratava da lendária Rocket que também era uma das mais bem sucedidas entre os rankings baixos.

Estava com um sorriso nos lábios de forma antecipada, e depois de mais um tempo navegando finalmente encontramos terra e eu saltei para o canto, se minha interpretação de texto estiver em dia, é claro. Agora, tinha uma decisão a tomar, e a mais sábia delas (sem nem pensar muito) era a de procurar pela loira na planície; caminhando para tal lugar, retornei Albafica e me mantive alerta, segurando a pokébola de Ichi apenas por precaução, literalmente.

por **Victoria** Qua Jan 29 2020, 12:43

Talvez a planície não fosse o lugar certo mas, sem dúvidas, era o mais fácil de procurar. A escolha de Seth fora feliz ao menos nesse ponto; se estivesse errado, ao menos não gastou energia escalando uma montanha para tentar. Outra coisa que lhe fizera ser bastante esperto, era o fato de um "acampamento", ainda que rocket, precisar de bases planas. Isso era um bom indicativo né?!

Não precisou andar muito para entender que, apesar dos pesares, um grupo Rocket não estaria visível. Era bom que olhasse entre as pedras ou mais à dentro. Talvez na transição entre o início da montanha e o plano. Talvez mais perto do... mar?! Bem, se assim fizesse, veria duas pessoas próximas tentando puxar uma grande lona que fora carregada por uma onda.

Quem foi que deu a ideia de carregar algo pesado consigo à essa altura do morro?! Ora ou outra o próprio Seth via: uma onda enorme batia na costa e espirrava nele por completo. Ainda bem que já havia se molhado, não é?! E também; não é como se aquela chuva grossa fosse ficar mais grossa por causa disso.

Da cena se via o seguinte: dois homens de roupas normais, completamente encharcados, tentavam ao máximo fazer força para desagarrar um pedaço de lona que ia sendo carregado para o mar. Parte dele parecia estar preso em uma das pedras costeiras e... bem, isso não parecia um bom sinal. A pergunta que não queria calar: porque estão tentando salvar aquele pedaço de lona nessa altura do campeonato?!

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por **Seth** Qui Jan 30 2020, 14:36

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Procurar por Rockets era complicado, a maioria das vezes eram eles que te procuravam, de forma que também sempre encontravam o que precisavam. Eu não costumava ter esse tipo de senso de direção expert para campo, mas era algo a se desenvolver, afinal agora eu também era um Agente de Campo e isso significava ter esse tipo de missão o tempo todo; quem sabe fazia parte da atual tarefa a de ser esperto o suficiente para encontrar Margo e seu esconderijo. De qualquer forma, eu estava preparado para qualquer coisa, pelo menos esperava, mas era como eu gostaria de pensar sobre. Continuar meu caminho na costa e encontrar próximo ao morro onde estava o membro misterioso que eu tinha a impressão de já conhecer, esse era o plano inteiro.

Durante o trajeto, minha atenção se dividiu entre diversas coisas... todas com sua origem estranha e um fim mais estranho ainda. Primeiro foi olhar próximo as rochas, procurando por entre as frestas coisas que pudessem relembrar um acampamento ou algo do tipo, mas obtive sucesso algum e incrivelmente, nada havia ali. Parecia que minha narradora estava mendingando Pokémon e até mesmo um plot rápido que era meu objetivo, e mais do que isso, parecia que ela me odiava como eu sempre disse. Mesmo assim, a segunda parte fora destinada ao que poderia ser alguma confusão; dois homens carregando uma lona pesada e grande meio ao vento de maneira desengonçada e caótica. Digo com tranquilidade que era uma ideia completamente idiota a de executar tal ato meio ao vento e todas as ondas que se chocavam contra o costão rochoso e jorravam água para todos os lados.

Aquilo poderia significar uma coisa, e eu estava disposto a arriscar uma batalha se fosse o que eu realmente achava que poderia ser. Segui adiante, com a esperança de que eles fossem algum tipo de treinadores e eu tivesse como arranjar uma luta; melhor do que isso, só se eles fossem Rangers, e assim eu conseguisse chegar até eles sem muito esforço e até mesmo concluir as missões com pressa e voltar logo a base Rocket. Talvez eu fosse iludido demais, levando em consideração a sorte que já tivera em toda a vida, mas, a esperança sempre foi a última que morre.

por **Victoria** Sex Jan 31 2020, 14:45

Ainda que toque incessantemente nessa tecla, Seth estava por completo errado; eu não o odeio. Muito menos estou enrolando o Plot, fato era que o desenrolar estava ali e só ele mesmo não reparou. Apressou o passo em direção ao Clímax e, quando se aproximou, reparou que estava muito mais errado do que imaginava poder estar. Ninguém ali lutaria com ele; muito menos eram pessoas que tinham condições para isso. Entretando isso só foi reparado quando se aproximou ainda mais; nos primeiros passos ele só percebia o grande-visível: a lona era na verdade um tecido grosso e borrachudo que dava peso e base a algum tipo de rede de pesca.

Ainda mais estranho que tentar salvar uma lona ao meio da tempestade era tentar pescar nela. Ok, diversos peixes e pokemons aquáticos pulam para "fora d'água" ao meio da turbilhões mas... seria mesmo o caso de arriscar? A chuva, o vento e a maré alta tentavam engolir todo o material de pesca e, diferente de um processo de pesca natural, eles não faziam procedimento algum de recolha, apenas um puxão forte e desesperado.

Ao se aproximar mais entendeu o meu dito de outrora: com roupas simples, pés descalços e zero pertences, Seth conseguia compreender agora que eram apenas pescadores; sem pokemons. Talvez a rede tenha deixado isso ainda mais óbvio para o rapaz; a semelhança entre os dois homens que se esforçavam também subtendia um parentesco. Ainda que parte do mistério estivesse sendo revelada, o ápice dos segredos estava por vir.

Adentrou ainda mais o espaço comum e teve uma maior amplitude no olhar. Ao meio do caos viu o fato inevitável; ao pé da rede, segurando com mãos, dentes e pés, um homem. Um homem desesperado, pendurado pedregulho à baixo e intermitentemente sendo atacado por ondas que quebravam em cima de si. O rapaz gritava em desespero por ajuda, mas pouco era ouvido, graças aos estrondosos e pavorosos sons das ondas e dos raios somados ao ruído incessante da chuva.

Em plano lamoso os dois homens que, entre caretas, gemidos e dores, tentavam puxar o homem de volta para "terra-firme". O desespero era generalizado: se nada fizessem, o rapaz cairia de uma altura não tão alta, porém letal. Parte da letalidade era culpa dos pedregulhos levemente ponti-agudos e da maré enfurecida ao pé. Como ele foi parar ali?! Bem, não é difícil de imaginar: provavelmente tentavam pegar algum peixe-exótico, que viera com a tempestade. Obviamente não deu certo e ele foi arrastado pelo mar antes mesmo de começar sua iniciativa. Ou não tinha nada haver com isso, não é?!

Dizem que yemanjá se desagrada com quem não lhe respeita. Ou pode ter sido apenas um acidente, não é?! O carácter daqueles homens era talvez a coisa mais desconhecida de toda a história.

progresso seth:

por **Seth** Dom Fev 02 2020, 08:02

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Analisar a situação era a única coisa que poderia fazer por enquanto, observar e absorver ~~com fé no amor no bem~~, entendendo a situação para enfim agir se necessário. Esse era meu modo de pensamento desde que tudo ocorrera. Não era como se eu simplesmente tivesse ficado maduro, mas depois de tantas cabeçadas na parede a gente aprende alguma coisa ou outra né? Seguindo tal estratégia, deixei que meu olhar atento acompanhasse a cena com cautela e curiosidade, tentando realmente compreender o porque de tal ação estar sendo executada. Como já questionado antes, não fazia sentido arrastar uma lona daquele tamanho num vendaval desses, mas minha resposta para tal ação absurda começava a se formar pouco a pouco.

Primeiro, identifiquei a lona como na verdade sendo uma rede, o que já adiantava metade do processo quebra-cabeça. Provavelmente eles estavam com aquela rede pelo mesmo motivo que eu me enfiei na floresta antes, e não havia nada de errado nisso, imagino eu, contanto que não causassem algum tipo de extinção de espécie ou algo do tipo. Eu não entendia muito bem sobre o assunto, mas Ayase me disse uma vez que funcionava como qualquer recurso esgotável; se você capturasse demais, ou usasse-os demais, uma hora acabaria/deixaria de existir. Mas, não era tudo. Havia algo a mais ali, como se a rede estivesse presa em algo ou... alguém. Foi quando notei que outra pessoa estava agarrada aos prantos, tentando ser puxado pelos colegas sem que a correnteza e as ondas o fizessem primeiro. Era um acontecimento merecido do ponto de vista egoísta se parasse pra pensar, mas que diferença ele tinha de mim?

Respirei fundo, ainda sem tomar qualquer atitude, nem mesmo esbocei alguma reação a tudo que acontecera. Queria primeiro certificar-me de que sua origem não era... criminosa, por assim dizer. Veja bem, eu também era um criminoso, mas não gostava desse tipo de gente que sequer fazia parte dos Rockets. Você pode cometer crimes, contanto que seja membro da mesma equipe que eu; era bem hipócrita, eu sei, mas funcionava como guerras de gangues. Aproximei-me um pouco mais, a ponto que eles poderiam notar minha aproximação, mas não corri para ajuda-los como a moral dita, apenas cruzei os braços e esperei que tomassem algum partido antes. Não era meu objetivo interferir, mas queria saber como aquilo se desenrolaria, talvez até de maneira sádica...

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