Re: [Personagem Secundário] - Liana Arryn - Hora 0

por **Tony.Pok** Sáb 25 Jul - 17:30

Caminhando pelo cômodos consigo achar umas frutas na cozinha, estavam boas ainda, sinal de que eu não poderia me demorar muito por ali, provavelmente os donos logo voltariam.

Bom, ninguem mandou deixarem aqui atoa.

Ao passar pelos Rattatas vejo que traziam e levavam comida do porão.

Se ao menos eu conseguisse um deles sozinho, poderia fazer Caraxes lutar. Mas juntos... Melhor não arriscar!

Subir as escadas é um sacrificio, diversas tabuas se partem e terminam me arranhando, ao chegar no andar de cima, vejo alguns comodos, o choro vinha do ultimo.

Caraxes parece ficar nervoso, e dando risada dele falo.

Ora, ficou com medinho?

Então um frio corre pelo meu corpo, parecia algo não natural, não estava frio lá fora. Nesse momento algo passa pela minha cabeça, eu já estava acostumada a entrar em locais assim, mas...

Como a menina subiu aqui e nenhuma tabua estava quebrada? Bom, creio que agora seja um pouco tarde para pensar nisso.

Podia ir direto para o ultimo quarto, mas algo me faz hesitar, não acreditava em fantasmas, mas pokemons fantasmas eram reais. Vejo que Caraxes ainda estava nervoso.

Preciso arrumar mais uns pkms, só Caraxes não vai dar conta de enfrentar tudo. Vou ficar de olho, devem ter Zubats e Rattatas sozinhos por aqui.

Aponto para Caraxes ficar de olho a volta e iria para o primeiro cômodo, abriria a porta devagar, olhando se algo se movia e jogaria uma das frutas no meio do cômodo.

Caso nada se movesse, iria entrar no cômodo e olharia a volta, caso tivesse janela, olharia pela mesma, alguém poderia estar voltando ou me viu entrar.

por **Katakuri** Dom 26 Jul - 16:10

Lavander: Novas Oportunidades ou Novas Confusões?

Liana, que não era besta nem nada, pegava as frutinhas que achava, as colocando em sua mochila desbotada. Caraxes, vendo aquilo, a bicava, esperando que ela fosse dar pelo menos uma para ele, afinal, ele havia feito um grande trabalho fazendo a jovem entrar naquela casa! Seus esforços merecem ser reconhecidos!

Com arranhões e machucados na perna, a jovem zoava seu pokemon que parecia não ligar muito, continuando a se estremecer de leve, observando tudo... o pokemon estava tenso. Aquele frio repentino não passava despercebido pela sobrevivente Liana. Ela sabia que tinha algo errado, principalmente vendo que a escada de subida não havia sinais de que alguém tivesse subido... ou talvez tivesse e quebrado algumas coisas, ou subido pelo lado de fora. Possibilidades eram múltiplas, mas a jovem apenas conseguia ver a que estava em sua mente, por hora!

Mesmo podendo ir direto para a fonte do choro, preferia explorar mais e ver o que poderia achar por ali. Todavia, como já mencionado, o local, além de frio, estava escuro e a jovem não conseguia enxergar muito além de alguns passos na sua frente. Ela entrava no primeiro local que via, mas era ainda mais escuro do que no corredor. Jogava a berry, mas não conseguia ver nem onde havia parado e nem o que de fato havia no quarto, além do frio que fazia a jovem se estremecer também.

Se sentindo cada vez mais incomodado ali em cima, Caraxes voava para o andar de baixo novamente, deixando sua treinadora lá sozinha. Enquanto isso, não havia sinal de movimento no quarto que Liana decidia entrar, logo ela poderia adentrar, mesmo sem ver nada, tropeçando em alguns moveis jogados no local. Precisaria de uma fonte de luz para explorar melhor, ou então seria acertada cada vez mais vezes por obstáculos. A certeza era que naquele local não havia janelas e era um tanto quanto pequeno.

Valeu Ranzito!

Progresso:

por **Tony.Pok** Seg 27 Jul - 7:55

O frio incomodava, tanto que Caraxes decide sair do meu ombro e volta para o andar de baixo.

Otimo, tomara que o rattata te coma.

O quarto não tinha janelas e estava totalmente escuro, bato a perna em alguns moveis. Como não sentia movimento ali, pego a pkdex para usa-la para iluminar.

Tomara que esse treco velho funcione direito.

Abro a pkdex iluminando um pouco o local, olhando rapidamente o que tinha por ali. Pegaria a fruta do chão e caso tivesse gavetas abriria, caso não tivesse nada que me chame a atenção, sairia e iria para o quarto 2 e 3 repetindo o mesmo processo, terminando de vistoriar eles, iria para o quarto do fundo onde ouvia o choro.

Antes de abrir a porta bateria na mesma, afinal poderia terminar matando a menina de susto.

por **Katakuri** Seg 27 Jul - 18:02

Lavander: Novas Oportunidades ou Novas Confusões?

Liana tinha a ideia de pegar a velha pokedex que tinha na mochila... mas ela não iluminava praticamente nada. A garota agora reconhecia algumas formas por conta de sua visão que começava a se adaptar ao escuro, mas ainda não conseguia identificar o que era. Tateando, buscava encontrar algo de útil por ali, demorando mais do que o esperado por conta da escuridão. Não encontrando nada que pudesse ver, seguia para outro quarto.

Neste, já era possível ver melhor, pois havia janelas, apesar de estarem quase que 90% cobertas por madeiras que foram pregadas lá, talvez pelos moradores de rua que se abrigavam por lá, não querendo ser acordados pelo sol bem cedo. A jovem conseguia ver uma escrivaninha toda corroída e quebrada no chão, assim como o assoalho bem comprometido. Era um quarto menor, com apenas um local para cama, onde de fato estava um colchão bem desbotado e surrado. Pelo local inteiro, objetos total ou parcialmente destruídos se espalhavam, com Liana cortando o pé ao passar por um vidro. Não era fundo, mas sangrava. Neste quarto a garota achava, dentro de uma gaveta de um armário destruído, uma foto destruída pela metade. Ela podia ver um garoto sorridente e de fundo uma casa que parecia ser está. Era uma criança, parecida com ela... mas diferente da protagonista, parecia viver em uma família feliz.

No penúltimo quarto, Liana percebia que este era maior, mesmo com a iluminação fraca pelos mesmos motivos do anterior. Encontrava umas bonecas, bem destruídas e sem várias partes, além de um guarda-roupa maior, cheio de traças. Alguns colchões no chão também eram encontrados, com a jovem escorregando neles e caindo no chão, machucando o braço. Objetos de maquiagem quebrados também eram achados espalhados pelo cômodo. Enfim, um quarto de menina, pelo visto.

Por fim, o quarto do choro. À medida que se aproximava, sentia ficando mais frio e o choro mais alto. Com dores na perna ralada, o pé cortado e o braço machucado, a jovem entrava, afinal, não havia nenhuma porta na casa. O quarto era enorme e neste a janela estava “limpa”, tornando o local bem iluminado. Armários jogados no chão, uma cama toda destruída e algo que parecia um banheiro compunham o local... além, é claro, de uma criança, com os braços em volta das pernas, sentado e com a cabeça baixa, no canto do recinto., parecendo não ter percebido ou não se importar com a presença da jovem.

Era um rapaz, de cabelos escuros e curtos, descalço e trajando um short com camisa polo. O diferente era que seus pés, descalços e suas mãos pareciam estar na coloração azul escura... ou talvez fosse somente um efeito estranho da luz lunar sobre o rapaz taciturno e choroso. Como Liana iria aborda-lo?

Valeu Ranzito!

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por **Tony.Pok** Seg 27 Jul - 19:43

A luz da pkdex era fraca e mal consegue iluminar o quarto, então saio dele com mais do que entrei, mas eram apenas arranhões e topadas.

Cacete, merda!

Sigo para os outros quartos e alem de novos machucados e xingamentos, encontro a foto de um garoto, guardo, não sei bem o motivo mais guardo. Em outro dos quartos vejo que era de uma menina.

Deve ser realmente irritante ter que andar com esses vestidos todos por ai.

Ao seguir para o ultimo quarto o frio aumenta, penso em voltar e olho para trás para ver se Caraxes tinha sido comido pelos Rattatas. Ao chegar na porta o frio aumenta muito e vejo um menino agachado, era dele que vinha o choro.

Começo a me aproximar, mas noto que suas mãos e pés tinham uma coloração azulada, isso me faz sentir receio em seguir.

O que é isso, medo de um garotinho?

Me aproximo dele e a alguns passos de distancia dele falo.

Ei, menino! Chorando pq ? Quer uma fruta ?

Iria me sentar ao lado dele, vendo se ele olhava alguma coisa, caso ele reagisse de forma agressiva, chamaria por Caraxes.

por **Katakuri** Ter 28 Jul - 12:50

Lavander: Novas Oportunidades ou Novas Confusões?

O primeiro encontro com o menino não foi lá dos melhores, com Liana parecendo com medo, além do fato de já estar se abraçando por causa do frio que havia aumentado... devia estar próximo do zero por ali! Vencendo seu medo, afinal, era só um garoto, nossa protagonista pensava em uma abordagem.

Oferecia... uma fruta? Bem, era somente aquilo que ela poderia fazer! Sem resposta do rapaz, que continuava chorando, Liana sentava-se ao lado dele, em uma abordagem mais ousada desta vez. Passados alguns instantes de choro, tudo ficava em silêncio. O moleque levantava a cabeça, revelando algo sobrenatural. Não tinha olhos, eram apenas dois buracos escuros e seu rosto estava bem azul. Também não tinha dentes nem língua, sendo completamente escuro também.

Vá, pode sair correndo agora – então a jovem poderia perceber que tanto o choro quanto a fala do garoto eram apenas em sua mente... ele não falava de fato – Todos que vieram aqui fugiram de mim. Deixe-me em meu tormento eterno... ninguém pode me ajudar, já me acostumei com isso...

Um fantasma. A maioria das pessoas apenas os via em forma de pokemon, mas pelo visto eles existiam de outras formas também. A aparência do rapaz, no geral, era bem feia e putrefata, com Liana conseguindo ver melhor agora que estava perto. Parecia uma alma tormentosa... o que a jovem faria? Iria correr? Continuar a conversa?

Valeu Ranzito!

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por **Tony.Pok** Ter 28 Jul - 16:20

O frio doía até os meus ossos, me arrependo no momento de não ter pego um casaco de algum varal. Tento passar as mãos esfregando os braços, mas não adiantava muito.

O menino não responde, então eu guardo a fruta e fico sentado ao seu lado, após um tempo ele se vira pra mim e o seu rosto era realmente aterrorizante.

Diabos, é de fato um fantasma

Sinto um medo, mas tambem, sinto uma especia de desanimo com a fala dele. Pego a foto e vejo se era o mesmo menino, obviamente em tempos melhores.

Fugir de vc ? Eu já fugi de muita gente na vida, sim! Gente de verdade de carne e osso, não é um fantasma que vai me fazer mal. Na rua o lema é: Tenha medo dos vivos e não dos mortos! Tá, Pkm fantasmas não estão inclusos nisso, mas vc não é um pkm né, então...

Fico olhando a foto, e passo para ele ver, não sabia se ele podia segurar ou não.

É vc na foto né ? Está triste pq ? Vc parece ter tido uma vida boa, uma casa boa, uma cama boa pra dormir e comida pra matar sua fome. Morreu, já foi ao menos vc teve uma vida melhor que a minha!

Esfrego meus braços de novo, o frio era demais, doia até na alma, no caso, na minha.

O frio é vc que está fazendo, pode parar não, me incomoda mais que sua cara!

Continuaria sentada do lado dele, só tentaria ver se na mochila tinha mais algum pano para me ajudar a me esquentar.

por **Katakuri** Qua 29 Jul - 15:17

Lavander: Novas Oportunidades ou Novas Confusões?

O tom sem a menor empatia e consideração pelo garoto era gritante. Seria isso uma reação ao medo da jovem? O garoto, que até então estava calado, se levanta com bastante raiva e o clima no quarto esfriava ainda mais, pequenos cristais de gelo se formando no ar. O vento começava a ficar mais forte e a fazer um barulho forte!

Agradecer por ter tido uma família feliz? Você está louca? Uma pessoa viva tem chance de mudar de vida, a morta não! Olho todos os dias por essas janelas, vendo as pessoas vivendo enquanto eu fui morto afogado com minha família toda! Agora sou aprisionado aqui neste plano por um maligno pokemon e ainda tenho que ouvir de uma pessoa VIVA que eu tenho que agradecer! Você é doente! – o fantasma logo desaparecia, deixando o clima no local mais quente, apesar de ainda fazer a jovem se estremecer.

Liana conseguiu irritar o fantasma bastante... mas depois alguns instantes, ouvia um choro novamente, agora vindo do segundo quarto, o que provavelmente pertencia ao garoto. Era um fantasma morto e sensível, algo que a jovem parecia não ter a sensibilidade para reconhecer... iria tentar novamente ou fugiria do local? Da próxima vez o rapaz poderia fazer mais do que falar...

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por **Tony.Pok** Qua 29 Jul - 15:59

O local esfriava ainda mais enquanto o garoto gritava reclamando, ele falava que todos foram afogados e que agora ele estava preso devido as ações de um pkm maligno.

O que aconteceu? Droga que frio...

Mas na verdade, eu compreendia pouco daqui tudo pois apenas tremia de frio. Só quando ele sai do quarto e a temperatura aumenta é que consigo ordenar os pensamentos.

Ufa, essa temperatura é melhor

O silencio toma conta da casa, me levanto e olho um pouco o quarto, mas logo ouço o choro remeçar. Vou até o quarto do menino e volto a me aproximar dele e falo.

Foi mal, eu não sou muito bom com palavras ou pessoas, talvez por viver a maior parte sozinha, sem poder contar com ninguem. Eu achava que os fantasmas podiam se vingar! Ao menos sempre falam isso em filmes e livros. Mas se a vida ruim me ensinou uma coisa, foi a me vingar de quem me fez mal, que tal se eu fizer isso por vc então ? Topa ?

Ficaria olhando novamente o quarto dele e olhando a foto, pergunto novamente para ele.

Somente vc ficou preso ? Vi um quarto de menina e seus pais tb moravam aqui.

Após iria sentar novamente ao seu lado olhando a foto dele.

por **Katakuri** Qui 30 Jul - 19:23

Lavander: Novas Oportunidades ou Novas Confusões?

Liana apenas parecia se agradar com o fato de a temperatura aumentar no quarto, fazendo pouco caso do rapaz. Todavia, seja por um altruísmo repentino ou apenas puro interesse, a garota seguia para o quarto onde o fantasma chorava e parecia mais empática, apesar do garoto ainda ter raiva. Entretanto, quando ela perguntava do resto da família, toda a raiva do fantasma sumia novamente, voltando a ser um sensível garoto.

Você entende de vingança mesmo? Bom, para ser uma pessoa tão insensível assim, acho que tem que entender mesmo! Como eu já disse, morreu eu e minha família... mas um pokemon fantasma não deixou nossas almas irem para o outro plano, nos mantendo presos aqui, tendo que ver nossos corpos afogados durante 2 anos até que tudo secou! Pensei que ele ia deixar a gente ir... mas o monstro absorveu a alma dos meus familiares, ficando mais forte. Deixou apenas eu vivo...para me torturar.

O garoto voltava a chorar, limpando as lágrimas das cavidades oculares vazias. Quando Liana tentava sentar perto, o fantasma se levantava, ainda zangado e subia na cama, ficando longe da jovem – Não te quero perto! Somente vou te perdoar se me ajudar a sair deste plano de existência! Não só eu, mas meus familiares também. O desgraçado, depois de engolir as almas de meu pai, minha mãe e minha irmã, usou seus escravos Rattattas para esconder a ossada de cada um deles pela cidade. Você vai ter que os achar e queimar cada um, ai ele perde força e vai dar pra derrotar ele!

Pra fazer isso, vai ter que me levar com você! Meus ossos estão no porão. Vai ter que ir lá e pegar algum deles e botar na sua mochila, assim eu vou poder te seguir para fora daqui...outras pessoas que já pedi, nunca voltaram e nem concluirão a missão. Tem certeza que vai me ajudar? Se tiver com medo, pode ir embora logo, de falsas esperanças minha alma já está cheia!

Valeu Ranzito!

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