Easy Breezy?!

Cidade de Goldenrod, Região de Johto
Período da Manhã;



Notava Madeline novamente bancando a durona, o que invés de deixá-lo totalmente desanimado, mostrava-lhe um efeito contrário. Encarava muito com um desafio dado pela garota em tentar tirar-lhe um sorriso ou riso que ele considerasse fofo. Dizia para si mesmo algo como se beirar o tsundere aí que eu gamo, claro que na brincadeira.

Quanto à menina rica em problemas, Mimi, recebia certa advertência sobre não topar muito ou trocar palavras com o patriarca, aparentemente um babaca, da família. Menos mal, não gastaria tanta energia com palavras pomposas geradas no limbo de sua imaginação fértil. Entretanto, no fundo mesmo, ficava um pouco decepcionado em não poder fazer um leve inferninho verbal com a família ali, seria divertido, apesar de nada efetivo para o plano principal.

Chegando aos portões, levantou as sobrancelhas levemente, cruzando os braços, um pouco impressionado com o tamanho daquilo. Poderia abrigar muito mais gente que uma família só. Tinham até guardas ou Pokémons selvagens habitando os jardins  com todo aquele tamanho.

Andavam pela entrada, após passarem pelos portões, onde a Eevee se pôs a frente, que segundo o plano, aquela falsa brincadeirinha alegre da mesma era para vigiar elementos que pudessem acabar com o plano facilmente. Céus, grandes muros, gigantesco espaço, para quê? Poderia até surgir uma tela azul com o fato de Connor estar focado em tal coisa. Ignace estava na Pokébola e não poderia tirar-lhe do estado viajado. Então, foco. Deveria ter foco. Não era Connor, era Takahide. Seja um príncipe. Mostre o fragmentado dentro de você! Confiamos em você! Ou não confiamos, claro.

Suspirou e se viu trocando olhares com Madeline naquele momento. Ao notar aquilo, um leve sorriso, tranquilo e um tanto bobo se desenhou na expressão mostrada pelo rapaz no instante citado.

— Estou gostando de ver seus planos, realmente estou com a parceira certa. — Depois de dizer aquilo à Maddy, voltou seu olhar para Mimi, que estendeu a mão para que fingissem ser um casal. Pegou sua mão de forma gentil, nada afobada, mudando um pouco sua postura diante daquela situação. — Entendido, entendido... só não me diga que teremos cházinho com biscoitos ou almoço, pois meus modos à mesa são irremediáveis, Mimi. — Dizia num tom até divertido e tranquilo, com o olhar voltado a dita herdeira em fuga daquele palácio ali, seguindo seu ritmo pelo caminho.




CONNOR veste uma camiseta preta de alguma banda punk obscura abaixo dum casaco jeans não tão claro, desbotado ou grosso, desabotoado. Também está vestindo uma calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.

Cidade de Goldenrod, Região de Johto
Período da Manhã;



Que triste, a mãe é doente? Não imaginava Yukino Okabe, também conhecida como sua mãe, parada em um lugar só. Não que gostasse de muito trabalho ou agitação, a mulher somente seguia o fluxo do que queria, por mais que seu lado pés no chão focassem em uma cidade só, diferente de Connor e seu instinto aventureiro demais. Seu pai amava a natureza porém andava cansado de percorrer as regiões atrás de pesquisas e resultados em botânica. Entretanto, uma casa de campo seria legal, mas não colossal igual aquela.

Enfim, permaneceu quieto observando o lugar enquanto caminhava com Mimi e Madeline até as grandes portas principais, para o interior e dali era só… pegar as coisas e cair fora? Foi quando seus olhos tranquilos notaram uma figura com o dobro do tamanho, um verdadeiro colosso! Se existia Regi Rock, Regi Ice… ele era o... REGI RICO. Connor levantou as duas sobrancelhas sem alterar muito sua expressão natural, mesmo que por dentro o Ignace nele apitasse o merdometro. Era agora que ele pediria para ir ao banheiro e sairia correndo?  

Os olhos do magnata de aspecto colossal como o chefe final de algum jogo antigo cliché pousavam sobre as mãos dadas do falso casal que ele compunha com a jovenzinha ao lado. Não era hora de soltar a mão dela. Que tal pegar na mão de Madeline alegando que ninguém solta a mão de ninguém, né?! Sair voando sem ao menos consumar um namoro, que plano, né? Ele nem precisava chamar os botas de Goldenrod.

Iria falar “Olá magnânimo senhor Mimi”? — Não, não era o que Takahide faria. Tem que ser fragmentado, mas fragmentado com estilo, como um bom ator! Vamos passar agora para o famigerado ponto de vista (POV) de Takahide Asahina! Toca aí uma música tocada num shaminsen clássico da mais tradicional família de Ecruteak, Senhor Disk Jóquei!

…

É agora que peço para usar o ponto de vista do famigerado e inexistente Takahide?! Bem, er… vamos lá!

Os olhos calmos de Takahide encararam o homem com o triplo de seu tamanho com calmaria, o que mais a frente, ele acabou por demonstrar uma leve e respeitosa curvada ao estilo tradicional de algumas comunidades tradicionais de Ecruteak. Um sorriso de canto de lábio, demonstrando leve desconforto de conhecer os pais de sua noiva se desenhou antes que pudesse falar qualquer coisa.

— Muito bom conhecer o senhor pai de minha tão estimada Mimi, ansiava por conseguir conhecê-lo e pedir suas bênçãos como é de tradição entre a minha família. — Disse de forma que parecia tentar ser um pouco descontraído, mas sem perder o respeito. Claro que fez aquilo e voltou um olhar doce e gentil à Mimi, como um cavalheiro. Um bom ator esse Connor… ou não… foi então que voltou o olhar para o patriarca ali novamente. — Ah, sim! Meu nome é Takahide, do Clã Asahina de Ecruteak.





CONNOR TAKAHIDE veste uma camiseta preta de alguma banda punk obscura abaixo dum casaco jeans não tão claro, desbotado ou grosso, desabotoado. Também está vestindo uma calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.

Cidade de Goldenrod, Região de Johto
Período da Manhã;



O Tio Farfetchinhas versão Regirico parecia querer saber demais. Perguntava até da Lili-Esquentada que ali não estava. Oh, ela frequentava a casa, é? Nossa, que gostoso, pensava Connor… espera, Takahide deveria é ficar com ciúmes, não deveria? Algo lhe dizia que sim… mas bem… Takahide saberia do caso? Talvez… sim? O que raios ele estava pensando nisso, maquinando rapidamente tal coisa em sua cabeça brisada.

Poderia o homem gigantesco deixar a filha em paz? E também como assim Madeline era sua irmã? Se isso passou sem parecer uma farsa… esse homem era bem fácil de enganar ao ponto de que poderia muito bem deixar pra lá a parte de que pararia, ajoelharia e falaria à Mimi que iria fazê-la feliz, propondo um noivado em algum templo tradicional. Takahide faria isso, mas não parecia tão inteligente fazer… agora.

Hm, bem melhor ficar quieto observando, raciocinou Connor, esperando que Mimi fizesse seu próximo movimento, afinal, o homem parecia mais interessado nas respostas da filha sobre os convidados do que eles mesmo falarem sobre eles mesmos. Pois céus, ele havia falado que era do Clã Asahina de Ecruteak, sim, de Ecruteak, é claro que um rapaz rico de Ecruteak viria fazer contatos ou em Goldenrod, ou em Olivine. Esperava que ele cruzasse toda a montanha em Blackthorn para isso? Chegar em Goldenrod? Levantou as sobrancelhas calmamente, esse homem tinha uma forma de agir previsível, focado de uma forma um tanto super-protetora em cima da filha, mas não era o tal previsível o suficiente para subestimá-lo. Afinal, ele estava em vantagem ali, era a caverna daquele Ursaring furioso.

Eu quero falar algo, eu juro que quero, mas não vou, muita energia gasta a toa. — Ecoava em sua mente, mas que ele queria falar algo, ele queria. Algo que tinha que ser inteligente, bem inteligente. Mas o que seria inteligente, alguma saída fácil? Ou pedir simplesmente que corram? Nenhuma das opções, claramente.

— Mimi, perdão interromper, mas acho que se demorarmos muito, acho que vai ser um tanto difícil você e Maddy alcançarem o restaurante à tempo de chegarem pontualmente ao almoço das damas da família que a vovó combinou para hoje, sabe? — Dizia Takahide, um tanto sério, e preocupado em seus olhares para sua “amada” — Maddy sabe que vovó adora começar antes da comida ficar pronta mesmo com o lugar reservado... para colocar os assuntos em dia, e como é sua apresentação à família… — Olhou rapidamente para a “irmã” completando a cena, antes de voltar o olhar firme para o “sogro” e depois para a “namorada”.





CONNOR TAKAHIDE veste uma camiseta preta de alguma banda punk obscura abaixo dum casaco jeans não tão claro, desbotado ou grosso, desabotoado. Também está vestindo uma calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.

Rota 23, Região de Johto
Período da Manhã;



Vendo que Madeline havia captado sua ideia colocando sua parte naquele teatro para tentar passar pelo homem gigante, Connor parecia não ter o que acrescentar à mais. Só dar um passo à frente, discreto, calmo e… foi quando o homem finalmente mostrou algo que não esperava de jeito algum… resolver isso numa rinha?!

Levantou uma das sobrancelhas diante do colosso dum Pokémon que se igualava ou poderia ser ainda maior que o homem que o tirara de uma Pokébola. Não conhecia aquele bicho, não deveria ser nem de Kanto, nem de Johto, muito menos de Hoenn. Também não iria sacar a Pokédex velha que comprara no antiquário, consertando e atualizando para uma possível viagem. O mais importante é que aquele bicho faria um estrago em qualquer Pokémon ígneo. Parecia rochoso, defensivo, pesado!

Suspirou levemente diante de como teria de sair daquilo, sem olhar para os lados, mantenha-se calmo. Continue a nadar, tornou-se um mantra na sua cabeça de vento. Qualquer coisa, finja demência. É bom, sabia?

Por fim, uma voz apartou com calmaria a cena que quase se tornou um funeral. Uma mulher de face doce, em uma cadeira de rodas. Parecia jovem, se não tivesse associado os poucos segundos à história da mãe doente de Mimi, depois com a reação do gigante, poderia dizer que era uma irmã mais velha da garota. O amor é estranho, encarou aquilo por um tempo, com as sobrancelhas levantadas, olhos piscando. O homem foi amansado, aparentemente, guardando aquele Pokémon gigantesco.

— Bons ventos, isso foi… peculiar. — Murmurou preguiçoso, meio que para si mesmo, aparentemente Takahide havia sido sepultado com aquela cena toda por Connor, pelo menos naquele momento, talvez? Se talvez perguntassem “e o Takahide?” para ele, responderia “Takaoquê?”  

Era a deixa perfeita para que Mimi os puxassem, ele e Maddy, em direção ao quarto dela, para darem um jeito com a “bagagem necessária”. Ainda estava na cabeça com a história da santa dama sobre duas rodas na cabeça, então voltou a atenção às duas garotas, enquanto só seguia o fluxo, meio que digerindo tudo.

— Agora é preparar uma mochila e cairmos fora… — Dizia num tom calmo à Mimi, um tom um pouco baixo, apesar de tonto pela cena anterior, tudo foi muito rápido! Minerva riria daquela situação certamente se contada à ela. “Burgueses! Seres tão esquisitos!”




CONNOR veste uma camiseta preta de alguma banda punk obscura abaixo dum casaco jeans não tão claro, desbotado ou grosso, desabotoado. Também está vestindo uma calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato dito como nativo de algum continente dadas à ele por seu pai e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço, o que combina com alguns bottoms nessa tonalidade em sua bolsa. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.