Alpha Saphire Squad - Exploração Abyssal

Meu coração palpitava tão rápido que o risco de ter o primeiro infarto da vida era grande. O que era aquilo? Senso de responsabilidade? Arceus do céu! Que sensação ruim. Nunca tive tanto medo da culpa por antecipação, mas depois do primeiro turno consegui me acalmar minimamente.

"NÃO MORREMOS" - Thito comemorou aquela pequena vitória, que para nós já era uma conquista gigantesca pelo terror psicológico dos guardiães e do narrador.

Ainda assim, analisava algumas medidas e não dava para prolongar muito as batalhas. Os putos luminescentes sabiam usar Recover e muito que provavelmente abusariam disso para nos cansar. Gostava menos ainda dos destroços espalhados pelo ambiente somados ao campo cinza ao redor.

- Eu não to gostando muito disso... Jellicents são criaturas sinistras. Aqueles destroços provavelmente foram ações deles! - Engolia minha própria saliva preocupado com a força aqueles marinhos. - Temos que atacar com força total!! KAISER! Draco Meteor no Jelli 2 junto de Unagi!

Olhava para Raissa com determinação. Ela tinha forças o suficiente para seguir. Eu seria seu suporte.

Como haviam 2 Jellis dormindo e 2 acordados, era mais inteligente colocar os velozes para tomar conta de um desperto e outros dois do paralisado, até porque, mesmo dormindo ele tinha chances de despertar em breve.

- BOB FARLEY, Psyshock nos Jelli 2 ou 4, caso já tenham caído, ataque o 1. Sokka, use Stone Edge no Jelli 3.

Claro, para o turno seguinte ela iria usar Discharge, mas como Unagi estava impossibilitado, uma nova estratégia estava por vir.

- SOKKA Wide Guard! Kaiser, ataque com força Scale Shot no Jelli 1, Bob Farley, use Psyshock no mesmo Jellicent que estiver mais fraco quando for sua vez!

Eram grandes apostas baseados nos poderes enfrentados na rodada anterior, mas tínhamos grandes chances de sair dessa "ilesos".

Watery Grave

Era compreensível ter medo daquela situação, afinal aquele campo de morte é muito provavelmente obra daquelas criaturas misteriosas, mas, para o conforto da dupla, aquela batalha não se estenderia por muito tempo. Por mais que eles sejam pokémon naturalmente resistente e tenham o poder de se curar, a junção de status e poderosos golpes super efetivos em área impediam que essa batalha demorasse e que esses Jellicent causassem danos graves nos pokémon dos vingadores.

A próxima rodada da batalha começava com um sinal não muito bom para a dupla, Kingdra canalizava toda a sua energia mística e a disparava em forma de meteoros vindos do céu, mas a magia não conseguiu acertar o seu alvo, com os meteoros sendo isolados naquele campo aberto. Mas foi apenas um breve deslize, pois em seguida Rotom já garantia uma grande quantidade de dano contra uma das águas vivas, com o seu ataque que não tinha possibilidade de errar graças a condutividade da água e o mais fiel companheiro de Raissa, Storm, fazia o mesmo, clamando o primeiro nocaute da batalha.

Na sequência, apenas um dos Jellicent conseguia se mover, pois os outros dois estavam dormindo e esse provavelmente já aceitou a derrota e não tentou se recuperar, disparando um orbe sombrio contra Slowbro, causando mais um pouco de dano no psíquico. Finalizando, Unagi também atacava um dos Jellicent, o que estava paralisado, com um poderoso relâmpago, Sokka foi o próximo, disparando várias pedras pontudas de seu corpo, mas esse ataque errava também e finalizando, realmente, Slowbro disparava vários projéteis mágicos contra uma das águas vivas.

Então, dois pokémon não assumiriam uma postura ofensiva, Carracosta levantava novamente sua enorme barreira protetora e então Eelektross fazia pequenas faíscas correrem por todo o campo de batalha. Kingdra se aproveitando da agilidade provida pelo seu "lar" atacava e dessa vez acertava, disparando suas próprias escamas, duas vezes, ficando mais leve após o ataque. Depois, as faíscas de Eelektross mostrariam seu efeito, com o ataque de Rotom, um estridente grito que era de alguma maneira infundido pelas faíscas e clamava mais um nocaute. Lanturn causava uma poderosa explosão elétrica, que deixava os remanescentes em suas últimas forças.

Na vez dos Jellicent atacarem, de novo, apenas um conseguiria atacar e esse tornava a alvejar o Slowbro com seu orbe sombrio, o psíquico já estava começando a ficar machucado, mas não era uma preocupação pois aquela batalha logo acabaria, inclusive Slowbro clamava o terceiro nocaute e pronto, um Jellicent contra todos os "vingadores". Vitória garantida. Com os nocautes, Carracosta e Lanturn se livravam dos redemoinhos, apenas um desses estava de pé, que era o Jellicent remanescente vinculado a Unagi.

Algo que vale a pena pontuar é que quando os Jellicent foram nocauteados, eles simplesmente desapareceram, como se fossem pó, virando uma poeira luminosa que rapidamente se desfez na água. Enfim, um desafio completo.

Porém, mal eles sabem que esse foi o desafio mais fácil.

Campo: Ambiente subaquático. O local em questão está repleto de destroços. Light Screen para os Avengers (2/6).

Log de Batalha:.
Turno 1: Kingdra Draco Meteor (Miss) > Rotom Thunder (-37 Jellicent4) > Lanturn Thunder (-30 Jellicent4 | K.O.) > Jellicent3 Shadow Ball (-20 Slowbro) > Jellicent 1 > Eelektross Thunder (-50 Jellicent2) > Jellicent1 (Asleep) > Slowbro Psyshock (-14 Jellicent2) > Carracosta Stone Edge (Miss)

Turno 2: Carracosta Wide Guard > Eelektross Ion Deluge > Kingdra Scale Shot (-12 Jellicent1 | -1 def, +1 speed) > Rotom Hyper Voice (-34 | Jellicent2 K.O.) > Lanturn Discharge (-21) > Jellicent3 Shadow Ball (-20 Slowbro) > Slowbro Psyshock (-10 Jellicent1 | K.O.)

Fim da Rodada: Whirlpool (-9 Eelektross), Slowbro Leftovers (+8)

Observar Draco Meteor E Stone Edge errar era bem merda. Ainda bem que não era uma batalha decisiva, mas já imaginava que não poderia contar com esses golpes contra um chefão, como o lendário que provavelmente esbarraríamos em algum momento... De toda forma foi uma boa rodada finalizando de forma excelente (apesar de que poderia ter sido BEM melhor)!

- Vou deixar esse com você. - Olhei para Raissa confirmando que ela poderia dar o golpe final.

- Bob, use Slack Off. - Era o meu último comando, pedindo que o restante se aproximasse de mim.

Sentia que Kaiser estava tristonho pela performance ruim, por isso dava um carinho especial nele pra se sentir querido.

Será que dava para capturar um daqueles? Era certeza que Winnie ficaria histérica com as cores múltiplas de um macho da espécie de Freya. Thito imaginava uma linda apresentação no dia dos namorados com as rosadas. Pois é, mas quando esse pensamento me atingiu, avistei os Jellicent explodindo em purpurina! virar pó é muito hétero

Enfim, reservava 1 Potion pro Eelektross; 1 Potion pro Lanturn; 1 Potion pro Carracosta. E eu pensando que usaria de 20 a 30 potions no primeiro desafio... Acho que peguei o exagero de mainha. Bom, ainda tinha Slowbro, mas queria ver se ele conseguia usar Slack Off.

Watery Grave

Era só uma questão de realmente finalizar a batalha agora. Raissa garantia que aquele Jellicent não se moveria, caso algo do tipo fosse acontecer, enchendo-o de status, embora isso não foi necessário, qualquer ataque o nocautearia. Enfim, o golpe de escolha para nocauteá-lo foi o Giga Drain de Eelektross que restaurava um pouco da vitalidade da enguia e com isso o último Jellicent se esmaecia e se desfazia na água, Agora sim a vitória da dupla vingadora estava garantida, o único problema foi que Slowbro não conseguiu se curar com seu movimento pois a batalha se encerrou abruptamente.

Matthew aplicava algumas Potion nos pokémon feridos e provavelmente gastaria mais algumas no Slowbro. E Kaiser, o Kingdra recebeu um tratamento especial, esse não estava ferido, mas seu orgulho estava, afinal, não fez quase nada na batalha. Um carinho no dragão marinho e estavam todos prontos para continuar a jornada. Mas eles irão para onde?

Não tinha nada mais que a trilha de destroços e algas mortas, talvez se seguissem por ali, acharão algo, especialmente algo relacionado a aqueles destroços. Considerando que as possibilidades de ser um navio afundado são grandes, o que um navio afundado poderia reservar aos nossos protagonistas? Bem, pra isso eles teriam que ir atrás do suposto navio, mas não era nem certeza se existia um.

No mais, eles teriam que continuar a explorar aquele desconhecido, pois eu já reiterei bem esse fato: fugir não é uma opção e ainda não era. Não tinham como emergir, pois o lugar onde estavam era mais como uma caverna submarina. Enfim, era só seguir em frente. Mas espera um pouco, no instante em que o último Jellicent desaparecera, algo foi deixado para trás, algo que certamente era inesperado. Duas pelúcias, sim, isso mesmo, duas pequenas pelúcias naquela desolação subaquática.



Campo: Ambiente subaquático. O local em questão está repleto de destroços. Light Screen para os Avengers (2/6).

Log de Batalha:.
Turno 1: Rotom Thunder Wave > Lanturn Confuse Ray > Eelektross Giga Drain (-11 | +5 | K.O.)

Progresso - Matthew:

Progresso - Raissa:

Retornei Sokka e Kaiser. Os dois precisavam descansar, pois poderiam ser úteis em outros confrontos com selvagens. Já Farley precisava de uma super potion, coitado. Foi o mais escorraçado, mas o item ajudou um cadinho, o que foi bom. Depois de cuidar dele, acompanhava os Pokémon de Raissa finalizando com o último marinho radiante.

Diário de Expedição #06 escreveu:- Conseguimos enfrentar todos aqueles Jellicents, mas assim que foram derrotados eles implodiram em luz e sumiram. Não tem mais perigos à vista, mas to curioso com esses destroços. Será que é algum navio famoso da história de Hoenn? Vamos descobrir...

- Continua filmando e fotografando Rotom. Esse é um bom material de pesquisa. Talvez as indústrias navais de Slateport se interessem por esses dados.

Dependendo do que encontrasse, talvez fosse interessante levar, como uma caixa preta contendo gravações do dia do naufrágio/ataque ou placas com nomes, sejam do navio, da tripulação, de passageiros... Talvez uma lasca de madeira para análise, quem sabe?

Só sabia que enquanto fazia essa varredura encontrava uma boneca que pareciam as colecionáveis. Elas são bem raras, até onde sei. Por isso guardava uma comigo e jogava a outra pra Raissa. Talvez Storm aprendesse um novo movimento ao sairmos daqui.

- Ray, eu sei que provavelmente quer continuar a exploração, mas essa parte é muito importante pra minha divisão. As pesquisas movimentam um capital econômico, que podem ser convertidos em algum prestígio na divulgação de informações, dependendo de quem for o interessado de comprar elas...

Imaginava que se descobrisse o paradeiro de Kyogre... Quem pagaria mais por essa informação? Rockets? Aqua? As indústrias navais de Slateport? Ao menos esse último eu sabiam que se interessaria nas informações que eu poderia coletar sobre aquele navio, pois também administravam um museu importante na cidade sobre o pioneirismo da navegação e vida marinha.

OFF:

Watery Grave

Materialista como sempre, Matthew já estava pensando no dinheiro, para expandir o seu império, quem sabe. Mas enfim, seja lá o que eles descobrirem aqui, e de fato, vão descobrir algo, ele venderia essas informações para alguém. Interessados não faltam, desde as indústrias na alta sociedade até as organizações criminosas no fundo, esse segundo grupo que Matthew tinha uma certa familiaridade, quer dizer, não Matthew necessariamente, mas, alguém que compartilhava de corpo com ele.

Com o seu Rotom Phone gravando tudo, eles continuavam a jornada, apenas interrompidos por dois itens que apareceram após a derrota dos Jellicent. Duas pelúcias, Matthew já sabia do que elas se tratavam, afinal já usou desses serviços. A dupla vingadora, agora com o Dhelmise de "lanterna", não via nenhuma mudança brusca de cenário por um tempo, até os destroços pararam de aparecer, apenas ficando as algas mortas.

Mas, quando eles pensassem em desistir, isso é se de fato pensariam em desistir. Enfim, foram longos minutos, mais ou menos 15 minutos nadando sem rumo, quando parecia que estavam no meio do nada... voilá. O tal navio afundado que esperavam. E como era de se esperar de um navio afundado, aquilo certamente não estava em um bom estado, inclusive um buraco enorme no casco, com espaço o suficiente para Matthew, Raissa e seus pokémon passarem sem problemas.

Para dar um tom a mais de morte, o navio estava coberto de algas, mas graças a obra dos Jellicent brilhantes, aquelas algas agora estavam caídas, mortas e acinzentadas. Matthew estava atrás de informações, o que ele só poderia conseguir inspecionando o navio de perto, por mais que ele pareça um cenário de filme de terror. Mas sejamos razoáveis, não é como se algo bizarro fosse aparecer, não é?

Progresso - Matthew:

Progresso - Raissa:

Zan iluminava meu caminho, tal como Jayna o de Raissa, mas o Dhelmise que sabia usar o movimento Flash funcionava como um farol! Só esperava que essa luz toda não chamasse atenção indesejada... De qualquer forma era um auxilio para a pesquisa de campo. Sim, eu encarava como as vezes que saí com a professora da escola e os colegas para coletar pedra no campo pra estudar depois.

Eu procurava entre os destroços elementos pequenos que me contassem uma história. Depois de ver o poderio daqueles Jellicent, de maneira nenhuma eu imaginaria de esbarrar em uma embarcação inteira, apenas em partes do que um dia já foi um navio, mas fiquei embasbacado com o que meus olhos avistaram depois de minutos - incontados - procurando...

Diário de Expedição #07 escreveu:- ACHAMOS! Eu não esperava que ele estivesse tão inteiro, mas achamos o navio afundado! Será que tem um nome escrito na proa? Vamos entrar para vasculhar por dentro e ver o que mais encontraremos.

Sim, eu estava muito vlogueirinho, mas porque curtia verdadeiramente esse momento. Depois de toda uma pesquisa teórica e preparação para esse mergulho, nada mais justo que curtir e documentar como podia. Antes de entrar eu pedia para Raissa tirar uma foto daquilo que um dia foi um barco. Ela também ficava boba, mas querendo saber o que tinha afundado ele...

- Se não foram os Jellicents eu não sei dizer. Prefiro acreditar que foi obra deles, já que fantasmas adoram o caos... - Depois que as fotos em bons ângulos foram aprovadas, pensei em entrar. - Vamos ver o que tem lá dentro. Quero ver se a caixa preta ta intacta. De repente quem pilotava narrou a tragédia por rádio.

Dava uma coçadinha em Zan e direcionava ele par entrar pelo buraco afim de desvendar o casco do lado de dentro.