Uma semana passou, desde o acidente envolvendo o jovem Pi e o advogado Tyrant. Nenhuma mensagem de –A havia sido recebida por ninguém, isso deu paz à alguns e desespero a outros. Com a ausência de –A, ele ou ela poderia estar desistindo de seu próprio jogo ou então, estaria armando uma cena ainda maior. Quem seria o próximo?
Nesses sete dias que se sucederam, todos tiveram tempo para refletir sobre os últimos acontecimentos, para ser mais exato, as aparições de –A. Alguns como Cookie e Panda conversavam sobre isso nos intervalos que tinham no hospital. E os professores Peg e Hugo, também cogitavam teorias. Já os alunos Ran, Yuki, Pi, Nerkon e Matt, também sussurravam pelos corredores. Todos queriam saber o que o outro pensava, apesar de desconfiar até de sua própria sombra.
O dia do baile da escola havia sido adiantado. A diretoria tinha a esperança que tal evento distraísse todos de acontecimentos tão terríveis. Foram dias de preparação, mas naquela noite o ginásio estava lindíssimo. O tema era um baile de máscaras e estas eram distribuídas na entrada. Todos os presentes no local tinham parte do resto coberto, e a má iluminação não ajudava a identificar todos. Apenas aqueles que se conheciam sabiam quem era quem. Os homens estavam com ternos, já as mulheres trajavam bonitos vestidos. A enfermeira Panda tinha o cabelo levemente ondulado e solto; em seu corpo, trajava um lindo vestido creme, com um decote discreto valorizando o busto e uma aplicação de renda nas laterais. Já Petiny, tinha os cabelos presos e sobre seu corpo o vestido era cor de rosa, com alguns detalhes nos ombros e na cintura.
A maioria das pessoas presentes no ginásio dançavam. Outras estavam sentadas em mesas conversando ou até mesmo estavam na mesa de comida. Ran estava encostado em um canto. Não sabia exatamente para que havia comparecido a festa. Estava se sentindo um tolo naquele terno e nem tinha par. Nerkon, Pi e até mesmo Matt estavam dançando com belas meninas no meio do ginásio. Já Yuki estava sentado na mesa de frente para um prato, degustando das delicias que tinha para comer.
Panda se sentia entediada. Já havia dançado com : Cookie, no qual não parava de falar dos seus pacientes; com Joul, que pisara em seu pé três vezes e pisou também na barra de seu vestido; e com os professores Hugo e Peg, porem fora apenas uma música porque eles também tinham de ficar de olhos nos alunos para ninguém passar da conta na bebida. Por fim, estava entediada, mas não demorou a ver um jovem encostado no canto. Ela o conhecia, certo? Ele não parecia ter a melhor das expressões por isso se aproximou dele.
– Oi. – Panda disse com um sorriso.
– Olá. Ham.. Nos conhecemos? – Ran questionou.
– Ran? Claro. Sou a Panda, enfermeira. O que faz tão sozinho aqui? – Ela perguntou.
– Ah, olá Panda. Estou entediado. Não sei o que vim fazer aqui, é melhor eu ir embora. – Suspirou.
– Ah não. Vem dançar comigo. Aposto que pelo menos não vai pisar no meu pé não é? – E nem enxeria seus ouvidos com elogios próprios como Cookie.
– Ta bem. – Ran aceitou porque sabia que se desse uma resposta negativa ela insistiria.
A enfermeira o levou para a pista de dança onde vários casais dançavam. Apesar de manter a dança com o rapaz, Panda vasculhava o lugar com os olhos, tentando ver onde seu “chefe” estava e se surpreendeu ao vê-lo dançando com Petiny. Não era segredo que Petiny demonstrava interesse em Cookie, mas ele nunca dera uma chance a ela. Chegava ser estranho vê-los dançando.
Do outro lado do salão, Dinho e Bastille estavam atentos. É claro que conversavam com as moças que se aproximavam, mas tentavam manter atenção. Estavam em plena paz há uma semana e temiam que tivessem um ataque justo naquele dia.
Porém, como nem tudo eram rosas, as luzes se apagaram de repente, mantendo a escuridão. Ninguém podia ver nada, por isso uns se afastavam dos outros, tentando achar a saída ou simplesmente sair do caminho caso houvesse uma correria. Aquele breu permaneceu por mais alguns minutos até que um som de tiro foi ouvido, seguido de um grito. Um silêncio permaneceu no recinto pelos cinco minutos restantes até que as luzes se acenderam. Cookie estava morto no meio da pista.
Pouco mais tarde o lugar foi interditado pela policia e pela ambulância. Petiny fora apontada como a última pessoa estado com ele no momento de vida, mas ela havia desaparecido.
Os celulares tocaram, anunciando uma chegada de sms. Aquelas pessoas sabiam exatamente quem era. Cada um pegou seu celular hesitando com aquele comunicado.
Estive observando cada um de vocês e sei que acusaram o “doutor”. Uma pena que erraram novamente.
Lembrem-se, o vermelho é o novo preto.
-A.Alerta :
Erraram novamente. Boa sorte com as novas suspeitas. Comentários estão liberados.