Winnie na cidade grande.

"Oh! Where can my baby be?"

A captura foi certeira, mas que sorte, eu não teria tempo de tentar mais uma vez, eu precisava correr, e assim fiz, ouvi as instruções de Celma e fui, não me preocupei muito com ela, no fundo eu senti um conforto e uma sensação de que tudo ia acabar bem, isso me deu um alívio tremendo e uma vontade de correr, desgastar toda a minha felicidade e boa vontade em uma corrida calorosa e divertida, mas ainda assim extremamente importante.
Corri até a torre de rádio, parei um pouco e ofeguei, agora mudei Meowth de posição, coloquei ele nas minhas costas e em uma posição que ele não precisaria de muito esforço para se agarrar no meu ombro. Coloquei as mãos no joelho, respirei fundo e continuei a direita, cheguei ao cassino e ainda sem parar virei a esquerda e avistei o centro pokemon. Entrei como uma bala e só parei no balcão gritando a moça que estava no meu campo de visão.
- Enfermeira! Enfermeira! Preciso da sua ajuda - Falei ofegante, respirando alto após cada palavra.
A menina parecia feliz em poder ajudar, pegou Meowth e foi examina-lo, esperei um tempo na cadeira Celma, já estava até um pouco preocupada, mas alguns minutos depois ela apareceu, sorri e a chamei para sentar do meu lado.

Depois de um bom tempo de espera a enfermeira voltou, falando que o estado do gatinho era extremamente grave, e quando ela disse "Fizemos tudo que era possível para salvá-lo", eu simplesmente gelei, até que o sorriso da moça me acalmou, esse era o sinal de que viria uma boa notícia em seguida, e assim aconteceu, a moça acabara de dizer que Meowth iria ficar bem e só precisava descansar, então me levantei contente para agradecer, mas fui surpreendida por um abraço inesperado de Celma.
- Oh - exclamei durante o abraço, e depois de alguns segundos de "Delay mental" respondi o carinho a apertando também, ela era muito boa de se apertar por sinal, não dava vontade de largar - Tudo terminou bem - Sorri e nos separamos.

A propósito, Balder estava um pouco ferido, e Houndour também, será que a enfermeira Joy pode fazer algo por eles? Bom, não custa pedir! Peguei a bolsa e saquei duas pokebolas, uma de Balder e outra da recém capturada "Hati", sim, acabei de apelida-la, gostaram leitores? É o nome do lobo que persegue a lua na mitologia nórdica! Já falei que amo mitologia nórdica? É, pois bem, eu sei que isso não tem muito haver, mas achei interessante de compartilhar, quando Hati estiver bem e sair da pokebola, primeira coisa que ela ouvirá será o seu novo nome, fiquei pensando nele enquanto esperava informações sobre Meowth.
Voltando as pokebolas, a peguei com a mão esquerda e estendi para Joy.
- Em, moça, você poderia me ajudar com esses dois também? Acho que eles poderiam passar a noite aqui, tiveram uma batalha bastante exaustiva, mas são dois monstrinhos muito fortes que irão aguentar! - Sorri e entreguei Hati e Balder.
Depois desse ato, Celma me surpreende de novo, mas agora com um convite para sua casa, mas que bobinha, ela já confia assim em mim? Mas tudo bem, eu não faria nada com ela, seria perigoso se fosse outra pessoa com más intenções, mas meu medo era de perder o rastro total de Salem, será que eu devia parar? Sentei de volta e pensei um pouco, andar sozinha não era seguro, e eu não acharia Salem sem ajuda de Meowth, era melhor eu aceitar o abrigo na casa dela, não tenho muito dinheiro para outro lugar mesmo.
- Você tem razão, é bem perigoso, eu aceito o convite sim - Sorri para a velhinha e no mesmo momento meu estomago roncou, corei de vergonha e ri para disfarçar - É, eu acho que estou com um pouquinho de fome.
Levantei, peguei a mão de Celma e a guiei para fora do Centro Pokemon.

"Oh! Where can my baby be?"