Fuhrer's Path - Encapetando em Viridian

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Após sair do Centro Pokemon, com seus companheiros revitalizados e de aparência mais limpa e arrumada de quando este havia entrado, ali estava o jovem loiro andando pensativo pelas ruas da cidade, procurando algo que lhe fosse de agrado. Sabia bem que ainda estava no inicio de sua jornada, a rota anterior lhe fez refletir bem sobre isso. Era por-do-sol, o céu era pintado de laranja com um clima de sossego e paz. Poucas estralas começavam a piscar naquele imenso céu. Os moradores fechavam suas janelas, postes de luz eram acesos e as ruas estavam completamente vazias. Nem o vento podia se ouvir.
Mas nem todo silêncio dura. Um pedregulho é lançado em direção ao adolescente e esta logo paira em um de seus pés. Não tinha mais ninguém ali por perto, mas aquele objeto não teria surgido tão de repente. Não tardou e uma nova pedrinha fora lançada. O que poderia ser?

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Uma provocação eminente havia sido feito. Caso houvesse alguém por trás daquilo com certeza tinha se sentido ofendido. O jovem loiro olhava ao redor para conferir estar sozinho ou não, porém nada era visível naquele fim de tarde.
Talvez tenha sido um susto para o jovem, mas aos poucos uma cortina de fumaça se estendeu por todo aquela rua e com certeza sua vista teria sido tampada. Sem ter muito para onde ir e o que fazer, o jovem deixava seus braços serem levados para trás pelas mãos de um desconhecido, prendendo esse, enquanto a presença de outra pessoa colocava um pano com algum tipo de sonífero nele e fazia aos poucos Karl perder a consciência.
Debilitado, aquelas pessoas mascaradas arrastam ele até um beco e espera um carro negro chegar, abrindo a porta deste e lançado o corpo do garoto ali dentro. Não demorou para que os capangas entrassem dentro desse e se dirigissem para algum lugar.
Possivelmente horas depois Kaiser acordava, dentro de um galpão fechado com pouca iluminação, sujo e mal arrumado, com vários latões de lixo e panos imundos espalhados por dentro o espaço. No centro uma mesa de metal com dois homens vestindo preto e de chapéu de mesma cor jogavam carta.
Ao perceber, Kaiser estava completamente preso, sem mobilidade das pernas e dos braços por estes estarem amarrados percebia-se estar preso em uma cadeira de alumínio dobrável e enferrujada. Por de trás deste um terceiro capanga moreno e de barba mal feita se apoiava em seu ombro e com um bafo de bebida alcoólica falava devagarinho:
_ Acordou bela adormecida? _ Riu, fazendo o garoto sentir todo aquele cheiro ruim e ver aqueles dentes estragados pelo tabaco.

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_ Ui, a princesa está irritadinha _ disse o homem de barba, rindo da cara dele e despenteando seu penteado _ Sua mãe não lhe deu bons modos não é?
Após isso o mesmo direciona um tapa no rosto do garoto, tudo por ter xingá-lo, enquanto os outros dois riam de sua cara. Talvez Kaiser não entende-se direito o que estava acontecendo por ali, mas estava frustrado e talvez aquele tapa o irritaria mais ainda.
Aqueles eram membros de uma facção criminosa e sim, o que o jovem procurava símbolo em seus bonés eram os famosos “R” vermelhos. Não se sabia ao certo o do por que terem raptado aquela alma perturbada. Até então os dois capangas se levantaram e traziam consigo a bolso do loiro. O homem a pegou, abriu todos os zíperes e chacoalhou a mesma de ponta cabeça, fazendo com que todos os seus itens caíssem.
Não se tinha muita coisa de valor, mas um disco azulado chamou bem a atenção.
_ Ora ora, ela tem algo bem forte em mãos, que tal rapazes? _ Perguntou, guardando o item em seu bolso _ É meu agora, que pena, você perdeu.
Todos começaram e rir novamente da cara do loiro. O homem então falou não ter nada de mais importante naquele momento então se dirigiu a uma escadaria e deixou seus dois capangas ali com ele, dizendo que entregaria aquilo ao “chefe”. Os dois rapazes então pegaram um lenço avermelhado e amordaçaram Karl com este, para que assim pudessem voltar ao jogo de cartas.
O que ele faria? Será que seria mesmo possível sair daquela situação e recuperar seu item?

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Enfim aquele velho tinha saído daquela sala e percebendo que seus capangas não reparavam muito bem no loiro este começou a balançar sua cadeira de um lado para o outro. Era uma estratégia arriscada, já que aquele objeto estava em péssimas condições. Não perdeu tempo, usou toda sua força e se lançou ao chão, sem temer. Como planejado, a cadeira de alumínio tinha se partido em dois e ao ouvir o barulho os dois homens de preto se levantam.
Tudo bem, Kaiser estava solto, porém logo aqueles que tomavam conta dele começaram a rir. De começo era difícil entender a situação, mas após um tempo, antes mesmo de poder tocar em uma das suas pokébolas, sentiu algo com pequenas garras escalar seu corpo. Era algo pequeno mas incômodo e percebeu melhor o que era quando este chegou ao seu obro, posicionando uma estranha pata em seu pescoço. Era um inseto, um inseto alaranjado de olhos grandes, garras maiores na parte dianteira, uma boca esquisita e algo nas costas semelhantes à cogumelos.
_ Não se mexa garotinho, ou então esse Paras irá te infectar tanto com veneno quanto com paralisia, quer mesmo arriscar a sorte? _ Falou um dos capangas, enquanto o outro só observava rindo.

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_ Não faça nenhum tipo de besteira meu jovem, somos uma organização vilã, podemos sumir com o seu corpo num instante. Fique calmo e sente ai novamente, caso contrário já sabe. Irá arriscar a vida mesmo? _ Disse um dos capangas.
Não havia muita diferença a se dizer entre aqueles dois homens, ambos eram de cabelo castanho e de olhos pretos, tinha a mesma pele branca, as mesmas feições. Poderia se dizer serem gêmeos idênticos, não tinha como identificar um do outro se não fosse pela voz. Mas o que importa é o garoto que estava sob suas ações. Aqueles Paras não parecia ter nenhum pingo de dó, tinha uma natureza agressiva pelo visto e não tinha nenhum medo. De tempo em tempo encostava sua garra fria no pescoço de Kaiser. Ele podia xingar o quanto quisesse, mas se não cala-se a boca não sairia dali inteiro tão facilmente. Era então agir e tentar pela sorte, seus pokemons dariam conta da situação?