One Step Closer

ão imaginou o que lhe esperava. Subir uma parede repleta de espinhos era divergente de atravessar um túnel cheio deles. Logo ao começar um espinho furou sua mão, a dor não foi lancinante, apenas desconfortável. Esse não foi o primeiro, à medida que começou a subir mais outros espinhos penetraram sua pele, não apenas nas mãos como em outras partes do corpo pelo qual passavam. Os furos e cortes não eram fundos, contudo sangravam. Inicialmente Nico não se preocupou, desde que seu sangue não começasse a jorrar sabia que não teria grande perigo, poderia tratar de seus ferimentos outrora.  

Depois de alguns minutos sua situação piorou, sua mão estava praticamente esfolada, mesmo com as luvas não foram de grande ajuda, afinal não foram criadas para esse tipo de situação. Mesmo assim continuou, sabia que possuía pouco tempo e nem ao menos tinha ciência de quanto ainda lhe restava.

Passaram-se longos minutos até ele chegar ao topo, Nico não soube cronometrar o tempo, o esforço da subida lhe custou toda sua concentração. Mais finalmente chegara lá. Lá onde? O local era domado pelas trevas, cogitou libertar Robb, no entanto seu amigo ainda estava fraco e paralisado. Nesse momento que enxergou uma pequena luz à distância Apressou-se dando um passo à frente, nesse instante quase caiu tonto no chão. Cambaleou alguns passos conseguindo se manter em pé, logo em seguida um calor apoderou-se do seu corpo. Não era como estar em um lugar abafado ou ao sol, era quase com se estivesse em uma fogueira que o queimasse de dentro para fora. Não existia fogo, apenas escuridão. Mesmo em seu estado conseguiu descobrir o motivo, isso graças à dor dos cortes que sentia, os espinhos eram venenosos. Tinha conhecimento que alguns espinhos eram venenosos, entretanto não o imaginou ao ver aqueles. Novamente fora um erro seu não ter escolhido a água, mesmo ainda sem saber o que lhe esperava lá embaixo. Qualquer coisa seria melhor do que morrer lentamente sobre os efeitos de um veneno desconhecido por ele.

Sua única saída era bordejar em direção a luz e torcer para que fosse o fim do seu pesadelo.

hegar ao seu desconhecido destino também fora mais difícil do que imaginara imediatamente. Caiu tantas vezes que precisaria de mãos extras para contar e mesmo que as tivesse não conseguiria por estar tonto e um tanto desorientado. Ficou feliz por ninguém lhe ver naquele momento, no qual chegou a ser rastejar para continuar seu caminho, ao menos torcia para que assim fosse.  

Finalmente conseguiu chegar, seu destino desconhecido era uma grande sala bem iluminada. Seus olhos demoraram alguns segundos para ser acostumarem com a forte luz branca. E a viu. Estava amarrada em um cadeira, seus olhos e boca obstruídos. Nicholas começou a andar em sua direção, agora sentido um novo sintoma, estava com fortes dificuldades para respirar.  Isso não era um bom sinal, era péssimo. Mesmo assim prosseguiu. Resgatá-la era a única coisa que importava no momento. Já próximo pegou duas Pokébolas, liberando Robb e Scraggy. Precisava de ajuda, não tinha forças para libertá-la sozinho. – Soltem... ela. –  Foi tudo que conseguiu dizer, seus pulmões doíam e o ar lhe faltava.

ra a segunda vez que passara por aquela situação no mesmo dia. Acordar sem saber onde estava ou o que aconteceu. Segundos passavam e mesmo assim não compreendia, até que às ultimas lembranças lhe viam a mente em um turbilhão de imagens. Estivera tão perto, no momento em que libertaria Margo ele desmaiou subitamente. Conseguia agora olhar a sua voltar e compreender onde estava, preso em uma maca e sem suas roupas, embora não estivesse completamente despido. Percebeu um soro preso em seu braço. Mais veneno? Ou ajuda? Estava ainda nas frias mãos de seu sequestrador ou fora resgatado? Onde estava Margo?
Foi quando a viu, estava também em uma maca como a sua, presa e com soro. No final não conseguiu salvá-la. Começou a se debater na mesa, tentando se soltar ou atrair a atenção de alguém. –  Onde estou? Tem alguém ai? – Gritou repetida vezes.

icholas ouviu tudo calado, quem o observasse poderia ver sua boca abrindo e fechando-se em determinados momentos. No fim estava ímpio. Aquela hipótese lhe veio à mente mais de uma vez e lhe pareceu a mais provável, no fim a descartou e começou a agir em um instituo desesperando, o que seria exatamente o contrário do que lhe era esperado.

No fim sua reação foi a menos esperada; começou a rir alto e descontroladamente. Depois se engasgou e teve uma crise de tosse, passado alguns segundos recuperou sua compostura. – Eu não acredito, cheguei a pensar que estava na mão de um psicopata e que iria morrer! E não me venha com essa, Powder Snow não congelaria o ambiente da forma que falou, não é tão poderoso quanto um Ice Beam, mesmo que congele um Pokémon quando o atinge não é a mesma coisa! E o Ember de Monferno também não seria o suficiente para queimar as plantas fortes e verdes, mesmo que não fossem alteradas, talvez se estivessem secas, o que não é o caso. De qualquer forma acho que falhei por não ser mais forte e poder fazer o que presumiu e também está certo sobre o caminho que escolhi.

Achei que era um buraco fundo e escuro, não mandaria Spheal para lá sem nenhuma luz... – Passou um momento enquanto pensava em tudo. Mesmo antes de entrar para organização sabia que esse tipo de testes eram feitos com seus membros, mas não tinha ciência de que eram tão complexos e sem nenhum aviso prévio. Da próxima vez estaria preparado. – Acho que também não estaria pronto para batalhar contra você... Acho que você não tem mais nada pra fazer aqui. – Disse por fim.


Off: Rindo muito do Nico. Huehueheuheue

“Claro, todo mundo imagina que as plantas foram alteradas para serem fortes contra fogo e fracas contra o frio.” – Pensou com seus botões, mas não falou, sabia que em parte o homem estava certo, fora estúpido e falhara em vários pontos. Teria falado mais algumas coisas mais o médico saiu antes que o pudesse fazer, não importava mais.

Finalmente livre, pensamentos inquietantes sobre o outo Rocket e Margo pairavam em sua mente, já era para ela ter acordado. Levantou-se da maca e vestiu suas roupas apressadamente. Sem tardança dirigiu-se até a maca em que Margo estava e tentou acordá-la.