08. Vermilion

Venci as três primeiras batalhas e fui eliminado em minha primeira nas eliminatórias, por que quer saber?

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-Ué, um daqueles peixes é diferente dos outros... – Dizia, observando os oponentes de minha raposa elétrica que rapidamente lançava uma carga elétrica em cima de um dos peixes e, em seguida, mais outra, mas, por algum motivo um outro se lançou contra o choque para defender o seu companheiro, quase acabando com a sua saúde. –Que belo trabalho em equipe, não? – Falava para o peixe alaranjado e chifrudo, ignorando completamente o real dourado que ali estava. –Me interessei por você... Que tal se tornar um de meus companheiros depois que isso tudo acabar?

Quando eu menos esperava, folhas cortantes e giratórias acertaram os peixes que rapidamente foram atingidos por aquela espécie de navalha e, ao perceber isso, não tardei em me informar de onde saiu aquilo, assim como a voz familiar que eu ouvira. –Uma raposa de planta? – Dizia, ouvindo atentamente a fala de meu rival que, por sua vez, se intrometia na batalha, me lembrando de uma certa coisa. –Ei, Ellie... – Olhei mal encarado para a garota que se assustou ao ver o meu rosto. –Quem disse que você não vai batalhar? – Ela parecia se intimidar.

-Mas, de qualquer forma, precisamos derrota-los logo de uma vez e, como água conduz eletricidade, quero que você, desta vez, acerte mais um Thundershock na água para tentar acertar todos os peixes... – Eu comandava, mas, do mesmo jeito, a raposa de pelos afiados nem se importava com o que eu dizia. –Você ganhará um bife bônus se derrotar o maior dos peixes e me deixar captura-lo. – Ela levantava as suas orelhas novamente e, como se estivesse surpresa, um minúsculo raio correu por sua cabeça.

A minha fiel Pokémon, por sua vez, fixava o seu atento olhar para a raposa que se colocava ao seu lado para derrotar aquela horda de peixes e, como se estivesse conversando, murmurou no ouvido do Pokémon de Atlas o nome de sua espécie várias vezes, como se contasse com aquela raposa e sentisse como se fosse semelhante a ela, o que não era mentira. –Certo, você criou um plano com o seu novo amigo, Sparks? – Ela virava o rosto, como se não quisesse bater papo comigo. –Beleza, mesmo que você não goste de mim, vou fazer o meu máximo para te ajudar, agora, diga-me o que planejou!

A elétrica aproximava-se de minhas pernas, dando curtos e rápidos passos, quase que ignorando os seus inimigos que tiravam proveito da água do mar para poderem batalhar. –E então? – Ela olhou para a minha face e eu olhei para a dela, após agachar para entender melhor do que tratava-se aquilo tudo e, quando achei que iria ficar surpreendido, fiquei até que um pouco decepcionado. A raposa começou a fazer mímica para mim, dizendo o nome “Jolteon” tantas vezes que acabou por me irritar, mas, como este era o único jeito de ela se comunicar comigo, permaneci quieto. –Entendo... Vamos fazer isso então. – Não havia entendido nada.

-Então, faça-o! – Ela começava a correr ziguezagueando e, num salto na última tábua de madeira do cais e a mais próxima dos peixes, a raposa se via bem alta e então, começando a girar várias vezes no ar, soltava de sua boca um Thundershock que, por algum motivo envolvia-se no corpo de Sparks, como se fosse uma roda elétrica. –Vá! – Ela então tomava como alvo os peixes, preparando-se para cair sobre eles. Mesmo achando uma estratégia meio esquisita pelo fato de ela poder acabar não podendo voltar para o porto novamente e acabando por ter de batalhar na água, confiei em minha Pokémon.

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O corpo da raposa era brutalmente acertado e, como se fosse uma simples boneca de pano, caía sobre as tábuas de madeira do porto e arrastava até chegar próxima a mim. –Sparks... – Eu falava, realmente preocupado e muito irritado com a atitude daqueles peixes. –Ei... Você está bem? – Dizia, mas, antes que pudesse fazer qualquer coisa a mais, era surpreendido com os vários peixes indo em direção à minha Jolteon, apontando os seus esbranquiçados chifres que emanavam as suas forças para o corpo da pequena elétrica, me assustando. Tentava puxar a minha Pokémon para fora do lugar onde os Goldeens eram destinados a atingir, mas, não era forte o bastante para tirá-la dali e, como minha Pokébola estava atualmente presa na minha mochila, talvez demorasse ainda mais.

Preocupado e assustado, não tinha nem ideia do que eu poderia fazer a partir dali, até que um estranho macaco de membros pequenos e uma cauda estranha surgiu em nossa frente, levando todas aquelas chifradas e defendendo-nos, fazendo com que os seus pelos violetas fossem manchados com as feridas daqueles inúmeros ataques. Por fim, o topetudo animal acabava por nos proteger e, surpresos, olhamos para o lugar de onde ele havia vindo e, por algum motivo, Ellie tinha um Pokémon forte e não havia me contado. –Acabo de me lembrar sobre uma coisa. – Dizia, removendo a minha mochila de minhas costas e retirando de um dos menores compartimentos uma retangular e vermelha máquina que, após abrir uma “tampa” eu ganhava acesso aos dados.

-Estas coisas às vezes podem ser bem úteis, certo? – Falava novamente, me lembrando da primeira vez que usei uma Pokédex, que por sinal foi em Pallet, quando eu a lancei contra a cabeça de meu Magnemite e talvez tenha feito um machucado que não se curaria tão facilmente. –Desculpe, Magnet... – Ele parecia ter ouvido o que eu disse, afinal, a sua Pokébola balançou. –Mas, de qualquer forma, que tal adicionar todos esses Pokémon para o meu banco de dados? – Como se estivesse tirando uma foto de cada um que se encontrava ali menos minha Jolteon, já que eu já sabia sobre ela.

-Aipom, Leafeon, Goldeen e Seaking, certo? – Recitava, talvez chamando a atenção das pequenas criaturinhas. –Vocês são realmente impressionantes e fortes, mas, acho que estamos em desvantagem nesse quatro contra três, certo? – A Pokébola presa em minha mochila parava de balançar, sendo pega por minha mão e aberta, soltando um fio escarlate de luz reluzente que aos poucos se materializava em uma esfera metálica flutuante com dois ímãs e três pregos presos em seu corpo. –Este é meu grande parceiro e, peixes, que tal finalmente provarem um pouco de eletricidade? – O Magnemite que aparecia ali não era ninguém menos e ninguém mais que meu fiel companheiro, do qual rapidamente tomou uma postura de combate, tendo a parte superior de seu único olho tomada por a sua pálpebra de metal.

-Certo, Sparks, aproveite que levantou e acerte um Thundershock diretamente na água, próximo aos peixes para que todos recebem o dano de sua eletricidade e em seguida, use Pin Missile mirando no Seaking. – Desviava o meu olhar, fixando-o em meu outro companheiro elétrico. –Magnet, agora quero que você use um Spark mirando mais uma vez no Seaking e, caso algum Goldeen entre na frente, aproveite que você consegue levitar e aguarde que este saía de seu campo de visão, então executando mais um Spark e desferindo mais um golpe naquele peixe chifrudo. - Parecia calmo, mas, ao cruzar os braços, apertava os mesmos com as minhas duas mãos, demonstrando o quanto eu estava sob pressão naquele momento.

Post pobre por falta de imaginação.

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Depois de recolher o meu nocauteado companheiro para dentro de sua Pokébola e prender esta em minha mochila, eu ficava um tanto quanto chateado, mas, ainda via esperança em vencer tal batalha, já que Sparks estava a todo vapor. –Certo, agora, quero que você dê mais dois Thundershocks mirando na água para tentar acertar a todos como antes! – Dizia, rapidamente observando o alaranjado peixe.

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Jolteon estava realmente muito ferida e isso era bem visível, seus pelos antes pontiagudos estavam um tanto quanto caídos e havia várias marcas de machucados espalhadas pelo seu corpo, o que dificultaria no processo de vitória dessa batalha. –Precisamos achar um jeito de neutralizar o Seaking, porém, se não der certo, pode ser que não tenhamos mais a Sparks para nos ajudar nessa batalha... – Dizia, bolando alguma coisa.

-Que tal se o seu Leafeon lançar o seu Razor Leaf no golpe de água do Seaking quando este o lançar? Talvez as folhas, por serem como navalhas, além de cortarem a água absorvam um pouco da mesma... – Mesmo assim, não era certo que eu podia contar com Atlas. –Bem, de qualquer modo, Sparks, quero que recue um pouco, mas fique atenta quanto ao Seaking, imagino que ele esteja tramando algo. – Dava uma pausa, recuperando um pouco do meu fôlego perdido. –Certo, tente acertar dois Thundershocks no Seaking, se você conseguir, posso lhe dar até mais um bife! – Nesse rumo eu ficaria sem almoço e janta rapidamente.

Poderia adicionar o Goldeen shiny na Box da minha parceira e, se possível, criar uma personalidade para cada Pokémon de meus NPCs? (Caso não queira, sem problemas, mas também, não precisaria ser tão caprichada e detalhada como a sua narração).

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Ao ver o peixe boiando nocauteado nas águas cristalinas do mar, eu então me alegrava, mesmo que tivesse sido um tanto quanto sem noção em algumas partes da batalha, pensando que certas coisas dariam certo, mas, de qualquer modo, agora era a hora de fazer daquele forte e chifrudo peixe o meu aliado. –Há problema em eu captura-lo? – Dizia, olhando para Ellie que rapidamente erguia o seu polegar, como se falasse em sinais que eu podia captura-lo sem problema algum, ainda mais que a garota agora tinha com ela um Goldeen de coloração diferente dos outros. –Certo, eu venho guardado essa cápsula exatamente para um momento como esse. – Recitava, segurando uma Pokébola azulada e com detalhes negros sobre a face de cima, após ter removido esta de um dos compartimentos de minha mochila. –Torne-se meu companheiro! – Gritava, lançando aquela esfera no Pokémon que, batendo com o seu botão central na pele alaranjada daquele peixe grande, esta se abria e sugava o Seaking em uma luz escarlate. –Vamos lá, capture... – Sussurrava.