Dezessete horas e quarenta minutos!
Antes de seguir viagem rumo à Cerulean, Vincent e Victoria curtiam pela última vez a cidade de Pewter. O monotreinador estava feliz por dois motivos: o primeiro é por rever os parceiros que estavam guardados no storage, como o seu Beedrill que há muito não via, e o segundo pela vitória sobre o líder de Ginásio Brock no dia anterior. Já era praticamente noite quando a dupla voltava de mais um dos pontos turísticos da cidade e se dirigia a uma de suas avenidas mais badaladas durante a noite (informação que Victoria conseguiu com o morador Jonas há dois dias, durante o torneio que Vincent e Bulbasaur participaram. Também fora ela quem insistiu para que o monotreinador a acompanhasse até lá, pois segundo a própria, não se pode dizer que passou por uma cidade sem que se conheça a sua vida noturna).
Cortavam caminho através de alguns becos escuros, ensinados por uma moradora, para chegar a uma casa noturna quando a imagem de um homem cambaleando no final da via os chamou atenção.
– Deve ser algum bêbado. – Concluiu Victoria, sem dar muita atenção.
Vincent olhou para os lados, preocupado. E se fosse um assalto ou coisa do tipo? Sua saudosa mãe sempre o alertava sobre os perigos de uma cidade grande. O beco era estreito e não havia muita coisa se não alguns containers de lixo, pôsteres e cartazes velhos na parede e alguns Meowths de rua que correram quando notaram a presença deles. O odor não é dos mais agradáveis, o de urina, seja humana ou de pokémons, especificamente se sobressai aos lixos ali jogados.
– Vamos, criatura, deixe de ser cabreiro. – Continuou Victoria, puxando-o pelo braço.
O homem parou de caminhar e encostou-se à parede, derrapando até que se sentasse completamente naquele chão imundo. Quando o casal se aproximou do mesmo, eis uma surpresa... Ao lançar um olhar para o sujeito, Victoria parou de caminhar e puxou Vincent, fazendo-o parar também: ela conhece o homem!
– Fernand... Frederick Wellps? – Indagou, após se esforçar para lembrar o nome do sujeito.
O rapaz levantou a cabeça e, ao ver a mulher e o loiro, estampou um sorriso singelo na face.
– Wells. – Corrigiu. – Vic...Victoria não é? – Perguntou. Esforçando-se para se levantar.
– Isso. Exagerou na bebida, hein macho? Você todo intelectual lá no torneio, achei que fosse certinho. – Brincou, sorrindo.
Enquanto Victoria conversava com Fred, Vincent notou um corte na blusa do rapaz e um rasgo em sua pele, com um aspecto de roxidão. Logo se deu conta de que o tóxico que estava nas veias do rapaz não era álcool. Pelo nome e características, o loiro percebeu de quem se tratava: o tal pesquisador que a morena mencionou ter ajudado o seu Shieldon quando ele nasceu.
– Não Victoria, olhe. – Interrompeu Vincent, apontando.
– Arceus do Céu! – Exclamou Victoria, tocando no ferimento do rapaz. – O que foi isso?
– Uma criatura... eu não vi muito bem, estava saindo do museu de Pewter... eu disse a você que estava fazendo umas pesquisas lá não é? – Disse a Victoria, quase que divagando. Sua testa continha uma grande quantidade de suor. – Aliás, como está o pequeno Shieldon? É você quem tava participando do concurso naquele dia, não é? – Perguntou, ao analisar melhor Vincent.
– Sim, sim. Vincent Moonrose, da cidade de Pallet, muito prazer. – Apresentou-se Vincent estendendo a mão e tendo ela apertada. – Obrigado por ter ajudado o Shieldon naquele dia.
– Sim, prossiga. – Interrompeu Victoria.
– Estava voltando para o ponto de ônibus quando ouvi um barulho em um desses becos... Um barulho... Parecia o som de Rattatas ou Meowths, não lembro bem, mas... quando cheguei perto, vi uma sombra negra movendo-se rapidamente através de uma bica e, de repente, senti uma pancada nas costas.
– Mas isso é...
– Sim, parece obra de um pokémon venenoso. – Constatou Vincent.
– No começo eu estava bem, mas depois uns 15 minutos após o incidente comecei a sentir algumas dores... Bem dizer agora, que vocês me encontraram... – Prosseguiu.
– Estamos perdendo tempo aqui, há um hospital a poucos quarteirões daqui, podemos ir até lá. – Interrompeu Victoria, pondo o braço do homem por volta do seu pescoço.
Vincent começou a segui-los, quando Victoria o deteve.
– Não Vincent. Continue indo para onde a gente ia. Eu o levo. – Disse.
– Mas...
– Se há alguma criatura desses por aqui, talvez você possa encontra-lo, não? Os venenosos não são sua especialidade? Eu cuido do resto. – Respondeu, seca. – Coragem e cuidado!
Vincent parou, vendo-os seguindo pelo caminho que eles acabaram de sair.
– Se descobrir algo, vá até o Hospital. Estarei te esperando lá. – Gritou, sumindo da vista do monotreinador.
“E agora José?” Perguntou-se Vincent, coçando a cabeça. O ferimento causado em Frederick poderia ter sido causado por qualquer coisa, mas o estado que ele estava era, sem duvidas, o de alguém envenenado. Mas que pokémon poderia ter feito isso? É raro que algum pokémon selvagem ataque um humano sem que se sinta ameaçado ou invadido...
Cheio de dúvidas, o rapaz continuou caminhando na direção que Fred veio, quem sabe assim não teria a sorte – ou azar – de encontrar com quem lhe deixara naquele estado.
♦ The White Swan ♦ @ CG
off/Importante :
1) A intenção é que seja uma rota em dupla com o Perri, só que, no caso, ele ainda não chegou, então se tiver em mente um plot mirabolante, pode enrolar até sua chegada q
2) Essa historinha toda é só a forma do meu personagem descobrir sobre o swarm que ta rolando e tirar um pouco os npcs de cena, não é uma camisa de forças, sinta-se livre para fazer o que quiser