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Capítulo 8 - Pela trilha das ondas, rumo à cidade!

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A cabeça de Blake ainda seguia tumultuada com tantos pensamentos relacionados aos últimos acontecimentos. Acompanhado apenas de um guarda florestal, o rapaz havia enfrentado um grande bando de aracnídeos e destruído suas teias suspenso a 12 metros de altura, ambiente completamente incomum e até assustador para a rotina do biólogo marinho. Ele não era acostumado com grandes escaladas, portanto sentia-se completamente esgotado fisicamente. Isso era visível diante da dificuldade do treinador de seguir com certo ritmo em sua caminhada, tomando passos lentos e longos para tal.

O nativo de Hoenn olhava o seu relógio de pulso e percebia que o mesmo indicava 9 horas da manhã, confirmando oficialmente que ele havia passado completas 24 horas em claro. Mesmo exausto, o treinador não pararia sua caminhada tão cedo. Sua jornada por Ilex tinha um objetivo muito importante e ele não pretendia deixá-lo esperando ainda mais: Miranda, sua amada, estava a sua espera na cidade de Goldenrod após um mal entendido e uma pane na torre de telefone. Faltava pouco tempo para que o jovem chegasse mais uma vez na grande metrópole de Johto, local no qual ele havia participado da Copa União e, enfim, reencontrasse com a loira temperamental.

A caminhada pela rota seguia tranquila e logo tudo melhorou quando, após passar pelo Daycare, o jovem de Slateport acabou avistando algo que o fascinava demais: o oceano. A imensidão azul que aparecia ao longe fazia o coração do jovem acelerar e como num passe de mágica, Blake sentiu-se com as energias recarregadas. Desde jovem o garoto morava numa cidade litorânea e sua vida antes de tornar-se um treinador baseava-se no estudo do grande e misterioso mar Hoenniano. Por mais que as praias de Johto sejam ligeiramente diferentes, o encanto do rapaz permanecia.

Animado com a vista, o jovem então retomou sua caminhada rumo a Goldenrod. Não sabia ao certo que surpresas o aguardavam nessa última etapa da caminhada, mas sabia que após o ocorrido da noite passada, nada o abalaria.
 

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É impossível para qualquer indivíduo conseguir prever o que acontecerá nas diferentes jornadas que diariamente se iniciam por todas as partes do mundo, já que, cada pessoa, por ser única, ter atitudes próprias e almejar curiosos sonhos, acaba tendo os mais distintos e pessoais destinos, fato este que torna as aventuras juntamente dos pokémons algo realmente surpreendente e tantas vezes gratificante. Assim, seguindo tais conclusões, via-se um jovem treinador cruzando a rota trinta e quatro que comprovava o quanto inesperadas situações podem sinceramente fazer parte da vida de um treinador pokémon, uma vez que, a apenas algumas horas atrás, o rapaz tinha vencido uma ocasião que poderia ser considerada uma mentira pelos mais céticos.

Entretanto, provando o quanto os aspirantes a mestre se acostumam rápido com momentos complicados, Blake caminhava, mesmo que exausto pela perda de uma noite de sono, pensando em Miranda e o quanto ele estava feliz pelo provável reencontro com sua amada na cidade de Goldenrod, condição esta que afastava de vez as más lembranças que a Ilex forest poderia lhe trazer. E, tais sentimentos, ficaram ainda mais intensos no momento em que o biólogo se viu a apenas algumas metros do belíssimo oceano que banhava a costa de Johto, mar este que lembrava, e muito, o quão exuberante era Slateport e o seu também admirável oceano.

Portanto, a viagem por aquela trilha continuou, já que o herdeiro dos McBride sabia que não poderia perder seu tempo analisando toda a vastidão do mar, e, assim, demonstrando todo o seu foco, o treinador se mantinha fixo na sua meta de chegar às ruas Goldenrod. Contudo, durante sua caminhada, era impossível para o viajante não direcionar seus olhos para o oceano e admirar cada ponto daquela vista. Só que em um momento desses, Blake acabou se deparando com um solitário guarda sol, que se podia ser percebido ao longe, que sofria os constantes ataques da brisa oceânica, mas, mesmo assim, se mantinha estável e encobrindo uma silhueta que, àquela distância, era impossível identificar de quem pertencia.

Com isso, agora, o que se poderá esperar do jovem McBride? Continuar sua caminhada confiante até a próxima cidade ou perder um pouco de seu tempo descobrindo quem, ou o quê, estaria sozinho naquela praia selvagem.

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Caminhar tão próximo do oceano trazia boas lembranças ao nativo de Hoenn. O som das ondas o fazia lembrar de seus tempos de estudante, enquanto o cheiro da maresia o fazia lembrar do dia em que beijara Miranda pela primeira vez.

O rapaz estava tão emergido em lembranças que acabou demorando alguns instantes para perceber um guarda sol solitário no meio da praia. Aquele local do litoral em si não parecia ser o mais amigável para turistas, então tudo indicava que talvez fosse de algum nativo... um pescador, talvez?

Ciente de que poderia ignorar aquilo e seguir de uma vez rumo ao seu destino, Blake fez questão de se aproximar da areia para investigar. No fundo, sua curiosidade era muito maior do que sua fadiga.

Calmamente o rapaz retirou seus calçados e começou a andar com os mesmos nas mãos. Queria sentir a areia em seus pés, fortalecendo a nostalgia.

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Ao se atentar para o estranho guarda sol naquele ponto selvagem da praia próximo a Goldenrod, Blake não pôde segurar a curiosidade que logo tomou conta de seu corpo. Assim, após retirar seus calçados, o treinador começou a se aproximar, através de passos desestruturados pela areia, daquele curioso objeto, que continha os seguintes dizeres em sua lona: Lancaster Fishing Company. E, a cada passo, o biólogo notou a existência de alguns outros itens comuns para um dia de praia: uma espreguiçadeira, uma bolsa, algumas frutas, protetor solar, uns belos pares óculos escuros e um estiloso chapéu de palha.

Entretanto, ao ter toda sua atenção fixa naquela paisagem, o herdeiro dos McBride acabou não percebendo a existência de uma resistente rede de pesca esticada pela areia, e, isso, fez com que o rapaz acabasse embolando seus pés no material e viesse a cair todo desconjuntado pelo fofo terreno, fato que surpreendia o treinador, uma vez que ele nunca iria imaginar que uma situação tão constrangedora como aquela poderia lhe acontecer.  Só que no fim, as coisas se encaminharam para um momento que Blake havia visto apenas nos filmes, pois, enquanto ele buscava uma forma de desembolar seus pés, o treinador acabou sendo surpreendido pelo surgimento de uma sombra, acompanhada de uma bela voz, que dizia:

- Desculpe por minha desorganização, não queria mesmo que algo deste tipo acontecesse a alguém...

No primeiro momento, o viajante de Hoenn não queria direcionar sua visão para a dona da voz, que se percebia facilmente, ser de uma mulher, mas, aos poucos, ele foi levantando a cabeça e se viu perante a uma jovem, que lhe estendia a mão esquerda, com uma beleza realmente espetacular. Com isso, agora, o que Blake fará diante daquela bela e prestativa moça?




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No final das contas o que parecia ser uma simples caminhada pela areia acabou se transformando em uma grande trapalhada. Junto do guarda-sol estavam outros acessórios de praia, como protetor solar, uma bolsa e alimentos. Porém, como o jovem estava distraído, ele acabou tropeçando e embolando o seu pé em uma rede de pesca. Um pouco assustado e se atrapalhando cada vez mais para se soltar, o jovem foi surpreendido por uma voz feminina.

A princípio o rapaz não deu tanta atenção para a dona da voz, até que a mesma estendeu sua mão oferecendo apoio para que o jovem de Slateport pudesse se levantar. O treinador acabou sendo surpreendido por uma bela jovem com muitos... atributos. Não demorou para que os hormônios do treinador entrassem em ação e o deixasse sem reação e com o rosto completamente corado.

O rapaz demorou um pouco para retornar a si, mas acabou aceitando o gesto generoso da garota, levantando-se. Agora que estava de pé pode analisar a garota melhor ainda e percebeu que ela era mais bonita ainda do que ele imaginava. "O rosto dela é mais em cima, o resto dela é mais cima!" pensava o rapaz, que ficava confuso para aonde deveria usar. Se olhasse para o rosto dela, seus olhos se encontravam e isso o intimidava. Mas, se olhasse mais embaixo... o perigoso morava ali.

Um pouco nervoso, o rapaz desviou um pouco o olhar e tentou ser educado.


- D-d-desculpe! E-e-eu me-me chamo B-b-blake! E vo-vo-você?

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No primeiro momento, Blake não conseguia tirar os olhos dos exuberantes atributos da moça, fato este que era tão visível ao ponto da garota não conseguir conter um singelo e apimentado sorriso que brotava instintivamente no canto direito de sua bela boca. Entretanto, a dupla sabia que as condições como tudo aconteceu e a forma como cada um se apresentava, contribuía para que complicadas sensações brotassem no interior de cada um deles.

Dessa forma, enquanto o herdeiro dos McBride, após aceitar a ajuda da jovem para se levantar, tentava, mesmo que de uma forma completamente atrapalhada, demonstrar que não havia se deslumbrado com aquela visão, a bela senhorita apanhava uma saída de praia de sua bolsa e a colocava sobre seu fascinante e curvilíneo corpo. Então, depois de se considerar adequadamente vestida, condição que não impedia Blake de, inconscientemente, analisá-la em cada ponto, a desconhecida jovem se apresentou:

- Não se desculpe, me chamo Eva Lancaster.... – Eram as palavras ditas por uma bela jovem que já percebia o quão embaraçoso estava sendo aquele momento.

Contudo, antes que qualquer nova informação, ou até mesmo outra complicada situação, acontecesse, Eva, que de repente olhava fixamente para o horizonte, disse:

- Me desculpe agora Blake, não sei se você falou alguma coisa, mas acabei me atentando para outra coisa e esqueci completamente que não estava mais sozinha. Mas enfim, - E depois de estender seu belo braço na direção do oceano, ela continuou: - Se você se virar agora, verá que tem uma embarcação se aproximando a esquerda da costa. E, aquele barco, é um dos “brinquedinhos” que meu pai me emprestou para que eu conseguisse uma coisa aqui na praia. Enfim, se quiser me acompanhar, poderia lhe explicar melhor, mas agora, tenho mesmo que ver o que eles conseguiram, já que parece que logo logo o barco irá atracar.

Com isso, enquanto Eva guardava seus pertences em sua bolsa de praia, fechava a espreguiçadeira e o guarda sol, Blake tinha tempo para analisar se ele poderia mesmo acompanhar a fantástica garota pela selvagem praia. Já que, querendo ou não, sua amada Miranda estava a apenas alguns poucos quilômetros do ponto atual do rapaz, condição que poderia pesar na hora do biólogo responder ao convite.

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Os minutos que se passaram a seguir foram de intensos conflitos no psicológico de Blake. O rapaz ainda era só olhares para a jovem, que havia se identificado pela alcunha de Eva. Mesmo utilizando uma saída de praia para esconder seus atributos, a garota ainda esbanjava muito charme e sex appeal. O silêncio dominava a rota, enquanto o garoto apenas observava a jovem se espreguiçando e observando o horizonte.

Logo ela revelou que estava distraída com nada mais, nada menos que uma embarcação que havia recebido de seu pai! Com isso, tudo que o treinador pensava era que ela provavelmente era filha de algum empresário rico e cheio da grana, pois não era qualquer um que teria poder aquisitivo para comprar um daqueles "brinquedinhos". O treinador ouvia aquilo tudo boquiaberto, provavelmente estava parecendo um babaca diante dos olhos daquela jovem.

Blake imediatamente disfarçou sua expressão ridícula e ouviu o convite da garota, ficando em tentação. Miranda, sua amada, estava perto dele e o esperando ansiosamente. Porém, não era todo dia em que uma modelo de corpo estrutural convidava ele para entrar em sua embarcação. "Nossa... Além de gostosa ela também é rica!" Refletia o treinador, que logo em seguida passou a pensar com a cabeça de cima. "Mas Miranda já está me esperando há muito tempo! É errado deixá-la esperando justo agora que nos acertamos!"

Percebendo que a garota já começava a recolher seus pertences para receber a embarcação, o cavalheirismo do treinador fez com que ele a ajudasse, desmontando o guarda sol para ela, percebendo o mesmo possuía um logo de uma empresa com o sobrenome da garota: Lancaster. Não havia duvida! Ela provavelmente era de família rica! Mais uma vez o lado malicioso do treinador falou mais alto, decidindo acompanhar a jovem. Miranda já havia o esperado por tanto tempo... Com certeza não se importaria em esperar mais um pouco.


- Estou curioso! Se você não se importar, vou querer acompanhá-la. Sou biólogo marinho, formado em Slateport. Qualquer oportunidade de me aventurar pelo mar é bem-vinda! - Disse o jovem, na esperança de que após tal declaração ela não o achasse tão tapado.

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A cordialidade era mais uma das tantas admiráveis características que podiam ser percebidas no biólogo de Slateport, já que, mesmo com toda a tensão sexual que nitidamente existia entre ele e Eva, o rapaz não deixou que a jovem guardasse seus pertences sozinha. Assim, enquanto ajudava a moça, o nativo do continente de Hoenn resolveu aceitar o convite lhe feito e partir, juntamente da exuberante jovem, por aquele ponto selvagem de praia na rota trinta e quatro.

Dessa forma, enquanto seguiam pareados, com Blake carregando os agora fechados guarda sol e a espreguiçadeira e Eva apenas com sua bolsa de praia, o herdeiro dos McBride acabou descobrindo algo que o aproximava ainda mais daquela aparente nova amiga. Pois, ao se dar conta que Blake era um biólogo marinho, já que ela novamente perdeu parte de sua atenção olhando o barco, que agora já estava bem próximo da costa, Eva falou:

- Nossa Blake, mais uma vez minha atenção se prendeu a aproximação do barco...  – E depois de uma apaixonante risada, ela continuou: - E que coincidência!! Eu também sou uma bióloga marinha. Eu nasci e cresci na cidade portuária de Vermilion, lugar onde meus pais construíram a empresa de pesca da família. Contudo, eu saí da minha cidade para estudar no instituto de pesquisa oceanográfica de Humilau/Unova, sendo que lá, eu acabei me especializando no treinamento de pokémons do tipo água, assim como o líder do ginásio local. – E depois de uma exuberante jogada de cabelo, Eva concluiu: - Não quero nem saber, você vai ter que me contar um pouco sobre suas aventuras e sobre todos os fantásticos mares que você já visitou...

Eram as palavras ditas pela herdeira dos Lancanter enquanto ela e Blake caminhavam por aquela ainda “virgem” região costeira. Fato este que tinha a aproximação, cada vez mais nítida, da embarcação da família da garota como plano de fundo. Com isso, o que se poderá esperar do treinador pokémon a partir de agora? Uma vez que o fascínio, somado as coincidências do destino, tornava aquele encontro com a moça algo ainda mais envolvente e que despertava as mais estranhas sensações no namorado de Miranda.

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Cada segundo ao lado de Eva garantia uma surpresa para o jovem Blake. Não bastava a jovem ser bonita, simpática e rica. Ela também seguia exatamente os mesmos planos de carreira que o treinador de Slateport! Por ser graduada e demonstrar interesse no assunto, passava a impressão de que ela não era aquela típica garota que quer tudo mão beijada, fato que fez com que Blake a admirasse ainda mais.

Diferente dele, Eva havia se especializado no tipo aquático e chegou a trabalhar em Unova, provando que havia desbravado muitos mais oceanos que o jovem Blake. Somente pelos relatos da mesma, era possível concluir que a garota já conhecia os mares de Kanto, Johto e Unova, enquanto Blake contentava-se apenas com Hoenn. Isso lhe dava um pouco de inveja e fazia a vontade de acompanhá-la naquela embarcação crescer cada vez mais.

A garota parecia focada em observar o barco chegando, portando Blake permanecia em silêncio refletindo. Sua curiosidade e outras vontades faziam ele querer permanecer ali, mas Miranda continuava em sua mente, deixando-o com a consciência pesada. Talvez fosse melhor ele se despedir da jovem e ir embora? Porém, antes que o jovem tomasse uma decisão, a garota o induzia com todo seu charme e delicadeza a ficar, perguntando-lhe sobre suas experiências como biólogo.


- Eu nasci em Hoenn e cresci lá. Acabei atuando como biólogo por lá, mas acabei dando uma pausa por uns tempos depois que recebi um convite do Professor Oak para conhecer Kanto. No final das contas me tornei um simples treinador e estou em busca de um novo rumo para minha jornada!

Foram as primeiras palavras de Blake, curioso para ver a reação da herdeira dos Lancaster. Mas talvez aquilo tivesse de esperar, visto que a embarcação com seja lá o que chegaria em poucos instantes.

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Diante da resposta dada por Blake, Eva mostrou-se completamente admirada pela forma que o nativo de Slateport tinha conduzido sua jornada como treinador e biólogo, porém, tal atitude da moça, tornava as coisas cada vez mais complicadas para o rapaz, já que toda a simpatia que a herdeira dos Lancaster demonstrava, só provava o quanto qualquer um ficaria facilmente atraído pela moça e todas aquelas admiráveis característica que ela possuía. Contudo, antes que qualquer um fizesse qualquer nova pergunta, um grave som foi escutado partindo há alguns metros ao mar da posição dos jovens.

Então, quando a dupla direcionou seus olhares para aquela imensidão azul, eles perceberam que o barco esperado por Eva já estava ancorado, e aquele som, era apenas para informação a conclusão daquele procedimento. Sendo assim, enquanto Blake notava a existência de uma boa concentração de rochas por aquela região da costa, condição esta que nitidamente era um problema para os navios quando a maré estava cheia, já que tais pedras poderiam provocar o fácil naufrágio de qualquer embarcação, Eva, dando alguns passou a frente, falou:

- Blake, vou te explicar de uma vez o porquê de eu estar aqui. – E com uma doce voz, que tornava as coisas ainda mais complicadas, Eva prosseguiu: -  Eu estava aqui na praia apenas esperando a voltar deste navio, porque quando descobri sobre a aparição dos pokémons de Hoenn, resolvi pedir a ajuda do meu pai para ver quais criaturas conseguiria capturar com a ajuda da rede pesca do barco. E como a embarcação já está de volta, acho que alguma coisa deve ter sido encontrada. Sendo assim, caso queria me acompanhar, será um prazer estudar este possível ser, e o motivo que o fez chegar aqui, em sua companhia, já que, claramente, dois biólogos são melhores que um.

Com isso, enquanto avistava um pequeno bote saindo do barco e seguindo para a costa, tendo que desviar daquela considerável quantidade de rochas que se espalhavam pela água, Blake tinha em mãos uma situação que poderia realmente fazer a diferença em sua carreira como biólogo e treinador, pois, querendo ou não, ele teria a chance de descobrir, através daquele pokémon, o que poderia estar causando aquela surpreendente migração. Agora, restava saber, qual seria a resposta do herdeiro dos McBride.

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