Capítulo III - Em busca de um... Skarmory?

— Skarmory! — observei temerosa o pokémon tentar se manter em pé, o corpo curvando-se em direção ao chão. Enquanto fitava a ave, percebia a burrice de ter feito com que a Skarmory ficasse por ali, ao contrário de ordena-lá a fugir com o ovo. Além disso, a situação em batalha não estava boa, mesmo com a vantagem de tipo, Poseidon era fraco em comparação aos pokémons do homem. Precisava dar um jeito de mudar nossa condição, mas os planos que tinha em mente pareciam cada um pior que o outro.    

— Certo... Poseidon, coma essa Oran Berry! — dei a fruta azul para o pokémon, visando recuperar um pouco da energia dele. Afinal, não podia batalhar contra o próximo pokémon no estado atual. Tentaria enfrentar o homem mais uma vez, mas, caso a situação não ficasse tranquila, nem favorável, optaria por trocar o Poseidon por outro pokémon e continuar batalhando. Ele não poderia derrotar todos os meus pokémons, não é? — Ataque o Slugma com dois Water Guns, ok? E, Skarmory... Eu acho que você não vai conseguir fugir nesse estado... Mas fiquei um pouco mais afastada da batalha, ok? Não posso deixar você se machucar mais.  

Olhei incrédula o homem se retirar do local, visivelmente insatisfeito com algo. Talvez ele quisesse um(a) Skarmory forte o suficiente para aguentar um ataque do tipo fogo? De qualquer modo, ainda com uma expressão de surpresa no rosto, virei-me para Poseidon - que parecia tão confuso quanto eu - e agradeci pelo bom trabalho durante a batalha, logo em seguida o retornando para dentro da pokébola com um feixe de luz vermelha.

Feito isso, aproximei-me da Skarmory, tirando de dentro da minha mochila minha única potion:

— Eu não sei o que acabou de acontecer... Mas Skarmory isso aqui vai te fazer se sentir bem de novo. — dito isso, utilizei o spray nos locais que mais aparentavam estar machucados. — Hmmm.... Você saberia me dizer onde eu poderia achar outros Skarmorys? É que quero ter um como companheiro. De verdade! Prometo não fazer nada ruim com eles. Tipo... Você meu viu tentando proteger você e o seu ovo, então né...

Sorri com o gesto de afeto da ave, feliz em ver que havia ajudado ela e seu ovo. Além disso, a ideia de que apenas seguindo pela trilha da montanha conseguiria encontrar outro Skarmory - de preferência um que eu poderia capturar dessa vez - era mais do que o suficiente para dar um boost na minha animação.

— Vamos, Ace? — o pokémon de fogo balançou a cabeça positivamente, o qual foi o necessário para que eu recomeçasse minha caminhada pela rota. — Oh we're going to the pasture to meet Adelaide and ask her if she has a way to send us back to where we came from!

— Char? Char!! Chaaaar Chaar Charmander!  — reconhecendo a música que eu estava cantando, Ace me acompanhou, cantando junto comigo.

— To Adelaide! To Adelaide! Come on and join the Adelaide Parade!  — e como dois idiotas, seguimos pela estrada cantando.