Pokémon Mythology RPG
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@18 Lost

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Hi o/ Essa rota tem a intenção de levar o personagem até o mercado negro. Como ele é bonzinho e etc, nunca saberia da existência de um lugar como aquele, então pensei em chegar por acaso (e pq não treinar uns parceiros?). xD
Como não fiz o mural ainda, vou deixar umas informações pra não confundir:
- Victoria e Fred, os dois npcs, estão separados tanto de Vincent quanto deles mesmos, mas tão por ai nas ruas da cidade. Ela foi farrear e ele visitar algumas tias e parentes que não vê há muito tempo.
- O personagem vem presenciando esse período de chuva por mais de um mês e, por enquanto, sabe  apenas que o governo do continente está levando moradores das regiões afetadas para Hoenn como método de precaução. E ele pretende aproveitar pra ir conhecer um novo continente. Mas isso só irá acontecer daqui a "três dias".

Acho que só




Já era mais de 4 horas da tarde quando Vincent saiu do Fã Clube Pokémon, a chuva caia sobre o seu guarda chuva amarelo com violência e, por vezes, o vento soprava em sua direção, fazendo com que o objeto não fosse suficiente para protegê-lo.  O rapaz caminhou por entre as ruas da cidade pensando no que faria a seguir. Ainda tem três dias até que o navio que o levará a Hoenn parta e, até lá, tinha a intenção de conhecer a cidade. Entretanto, a chuva atrapalhava, assim como atrapalhou sua longa estadia em Cerulean.

Aos poucos percebeu que não havia muita gente fora de casa e o céu cinzento dava um aspecto não muito agradável a cidade litorânea. Passou por uma rua em que as casas estavam todas trancadas e com as luzes apagadas, como se não houvesse mais ninguém morando por lá. ”O que está acontecendo com Kanto?” Pensou, ao se dar conta que uma cidade como aquela nunca deveria estar tão vazia como está no momento e um mês já se passou e nada dessa chuva parar. Seus pensamentos foram interrompidos por um trovão que soou sobre sua cabeça, assustando-o e fazendo com que o mesmo quase deixasse seu guarda-chuva ser levado pelo vento.

Decidiu que a melhor coisa que poderia fazer seria voltar ao Centro Pokémon antes que acabasse sendo atingido por um raio, embora seu subconsciente soubesse que isso dificilmente iria acontecer com alguém em meio a tantos prédios gigantes. Se estivesse na companhia de Victoria, talvez teria mais coragem. Mas não está, a brava viajante devia estar em algum pub enchendo a cara uma hora dessas. ”Devia tê-la acompanhado” constatou, tarde demais.

Entretanto, ao procurar o caminho até o centro pokémon o jovem monotreinador se deu conta de algo: estava perdido. Nenhum daqueles lugares era familiar e, em algum momento, ele deve ter pegado uma rua errada e desviado totalmente do percurso que lhe fora ensinado.

”E agora?” Perguntou-se, olhando para os lados e não vendo nada além de mais outras ruas. ”O Town Map!”, antes que pudesse procurar o aparelho na mochila, lembrou-se de que o mesmo estava descarregado e o deixara carregando lá no centro pokémon. “Droga!”

Não havia ninguém na rua que pudesse ajudá-lo e aquilo o perturbava. Nunca esteve perdido em uma grande cidade, ainda mais naquelas circunstâncias. Após respirar fundo e refletir por alguns minutos, assimilou que estava tudo bem. Ainda tem três dias até a viagem e, até lá, com certeza terá se encontrado. O frio e a chuva podem ser um incômodo, mas basta seguir caminhando. E foi o que ele fez.

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Sabe aquele dia em que você acorda e levanta da cama com o pé errado e tudo começa a conspirar contra você de todas as formas possíveis? Provavelmente era assim que o jovem Vincent estava se sentindo naquele dia. Acabou se separando de seus companheiros, deixou seus dispositivos eletrônicos no Centro Pokémon e, para piorar a situação, acabou sozinho no meio de uma cidade grande e desconhecida. Essa situação provavelmente poderia ter sido contornada com calma se aquele fosse um belo e tranquilo dia de sol. Mas Vermilion e toda Kanto passavam por um momento de crise provocado pelo mal tempo que se estendia por dias.

A cidade mais parecia uma cidade fantasma. Ao olhar em volta, o mono treinador sentia-se como a única alma viva naquele lugar. Todas as casas com janelas e portas fechadas e nenhuma luz acesa. O único som que se podia ouvir era o dos pingos de chuva que tocavam o chão com certa intensidade. Diante disso, não restava outra opção ao rapaz a não ser caminhar.

Como era um treinador e vagava por vários locais, era comum acabar se perdendo vez ou outra. Se a situação se complicasse, seus pokémons estavam ali para lhe ajudar. Talvez Violeta ou Beedrill pudessem oferecer suporte aéreo, visto que o Centro Pokémon possuía uma grande fachada vermelha que poderia ser vista de longe.

Mas, antes que o rapaz tomasse qualquer atitude a respeito, percebeu, finalmente a presença de uma pessoa vagando sem rumo pela rua. Usando uma capa de chuva azulada com estampa de Totodile, uma garota que não deveria ter mais do que 16 anos de idade cruzava seu caminho com o de Vincent. Ela parecia um pouco indiferente com a presença dele, talvez nem tivesse o notado ali, visto que ela estava andando olhando para baixo, claramente cabisbaixa.

Diante do que poderia ser a única pessoa que ele poderia encontrar em um bom intervalo de tempo, qual seria a reação de Vincent? Seria uma boa ideia abordar a jovem? Pelo ar desanimado, provavelmente ela não iria querer muita conversa...

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Uma capa seria bem melhor que aquele guarda-chuva, foi o que o monotreinador pensou ao ver a garota passar por ele. Seu braço já estava doendo em ficar segurando o objeto, tendo que alternar vez ou outra para descansar. Quando viu que a capa trazia a estampa de um pokémon, deduziu que se tratava de uma treinadora pokémon e que, por tanto, poderia lhe dar alguma informação.

Geralmente o rapaz é um tanto tímido para falar com estranhos, ainda mais com alguns que se mostram tão fechados como aquela. Por isso, enquanto pensava em como seria sua abordagem, o mesmo começou a seguir a garota. De repente, lembrou-se de sua falecida mãe. Como uma mulher que nasceu e cresceu no interior, ela tinha muitas ressalvas sobre as pessoas da cidade grande. Dizia que nunca deveria pedir informações a estranhos e sempre priorizar pessoas que estão trabalhando, como o funcionário de um restaurante ou um guarda qualquer. Mas não havia nenhum ali, os poucos restaurantes que passara até o momento estavam fechados. E era apenas uma garota, aparentemente mais nova que ele, que mal poderia fazer?

– Com licença... – Disse, ainda enquanto caminhava. – Você poderia me dar uma informação?

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Por mais que a jovem tivesse uma imagem inofensiva - reforçada graças a sua capa de chuva estampada - Vincent sentia-se um pouco inseguro de solicitar informação para a garota. Lembrava-se dos dizeres de sua mãe quando ele era jovem, insinuando que pessoas da cidade grande nem sempre eram bem intencionadas e por isso poderiam colocá-lo numa situação de risco.

Porém, aquele caso era diferente. Aquela jovem solitária e cabisbaixa parecia ser a única opção para ele. Com aquela chuva insistente e irritante, não era possível saber quanto tempo demoraria até o rapaz encontrar qualquer outra pista ou indicação do caminho para o Centro Pokémon. Após abordá-la delicadamente, ele reparou que a jovem se assustou um pouco. Estava tão distraída que nem havia percebido a presença dele no primeiro momento.

Mas, assim que ele pediu por informação, ela olhou diretamente em seus olhos. Nesse momento Vincent reparou melhor nos traços da jovem. Seus cabelos negros e cacheados estavam escondidos de baixo do capuz da capa de chuva, mas alguns fios rebeldes faziam questão de escapar. Sua pele morena, lábios carnudos e olhos negros também lhe conferiam um certo charme, apesar de sua idade baixa. Com um sorriso tímido, ela demonstrou interesse em ajudar o rapaz, respondendo prontamente:


- Claro! Também não sou da região, mas já estive por aqui algumas vezes. Está procurando por alguma coisa específica?

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A garota era tão bonita que intimidava, o que fez as bochechas do monotreinador corarem levemente. Enquanto ela não se importava em encarar o rapaz, este preferia desviar o olhar, o que não era difícil com aquele tempo fechado.

– Ah sim, bem... Eu acho que estou perdido. – Confessou, forçando um sorriso. – Você é uma treinadora pokémon, certo? Eu estava no Fã Clube e quando saí de lá meio que fiquei sem ter para onde ir, então pensei em voltar ao Centro Pokémon, mas acabei percebendo que não sabia mais onde ficava. – Explicou toda a situação, um tanto envergonhado pela confusão. Se tivesse tido mais atenção, não precisaria estar incomodando a jovem naquele momento.

Com a boa receptividade da garota, o monotreinador começou a se sentir menos tenso. Mesmo antes de a mesma responder, ele pensava que ela saberia o que fazer, julgando que o seu pequeno probleminha havia sido resolvido.

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A jovem parecia perceber que seu olhar intimidava um pouco Vincent e, talvez por esse motivo, fazia ainda mais questão de tentar trocar olhares com ele. Talvez fosse um traço de sua personalidade essa necessidade de trocar olhares. Não demorou então para que Vincent falasse a informação que precisava, o que deixou a jovem um tanto quanto curiosa.

- Não sei como você conseguiu parar aqui. O Centro fica na parte portuária da cidade. Aqui é bem.... - A jovem parecia procurar um termo apropriado para descrever aquele local. - Meio que... uma parte... residencial da cidade!

A jovem insistiu em trocar olhares com Vincent por mais alguns instantes. Permanecia pensativa. Talvez estivesse pensando em como explicar ao jovem qual seria o melhor caminho de volta ao Centro Pokémon ou simplesmente tivesse algo mais em mente. Não era fácil determinar. O olhar da jovem era enigmático. Porém, após aqueles segundos que mais pareceram minutos, ela retornou a falar:

- Lamento informar você que sua ida até o Centro Pokémon pode ser desgastante. Você pode sair desse bairro e ir naquela direção ali... - A garota apontou para uma rua pequena que ficava no lado direito. - Saindo do bairro por ali e caminhando por pelo menos uma hora, você passará pelo porto, que é próximo do Centro Pokémon. É um caminho comprido e cansativo, mas eu diria que é o mais... A jovem mais uma vez parou para medir suas palavras. - ... seguro.

Novamente pensativa e com uma expressão enigmática, a jovem parecia analisar cada detalhe da fisionomia de Vincent, como se estivesse avaliando o rapaz. Mais uma vez os segundos pareceram minutos e ela retornou a falar:

- Tem outro caminho. Esse é mais rápido, mas é um pouco arriscado. É só seguir essa rua. Ela termina onde o bairro portuário começa, mas a vizinhança não é das mais agradáveis. Principalmente em tempos de crise como os atuais.

Após passar todas aquelas informações para o mono treinador, a jovem de capuz exibiu mais um tímido sorriso e, com um breve aceno de cabeça, despediu-se do rapaz. Continuando seu caminho. Após aquela estranha conversa, o rapaz sabia quais caminhos poderia tomar. Mas... Qual deles seria o mais apropriado? E o que havia de errado com aquela garota?

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Havia algo errado naquela conversa, algo que Vincent percebeu no tom hesitante e confuso da garota em alguns momentos do diálogo, mas que não conseguiu decifrar o que era. De qualquer modo, a mesma foi simpática e ajudou ao monotreinador da sua maneira, mesmo que não encontrando palavras pra descrever a real situação daquelas ruas.

Vincent só teve tempo de agradecer antes que a mesma desse as costas para ele e voltasse à sua marcha pela cidade. Perguntou-se para onde ela iria com tanta pressa e tão centrada daquele jeito, talvez tivesse atrasada para algum compromisso, atrasada ou fugindo de alguém. No fim das contas, não importava, não era da sua conta.

Naquele instante, seu problema era um só: decidir qual dos caminhos seguir. Pensou no que a garota dissera enquanto a mesma desaparecia de sua vista, havia um lugar seguro e outro que poderia ser arriscado, um mais longo e outro mais curto. Quanto mais pensava, mais indeciso ficava. Percebeu que seu queixo tremia fazendo com que seus dentes rangessem devido ao frio e desejou um abrigo quentinho o mais rápido possível.

“Eu tenho meus pokémons aqui comigo... Já escapamos de muita coisa juntos, não há nada mais temível que uma serpente sanguinária” Disse a si mesmo, convencendo-se a seguir pelo caminho mais curto. Talvez não fosse a decisão que ele tomasse meses atrás, quando era apenas um caipira saindo de Pallet para conhecer o mundo, mas agora, depois de tudo que passou, era como se tivesse adquirido um pouco mais de coragem, mesmo que não tenha percebido isso.

Assim, pôs-se a marchar sob a chuva, com a cabeça erguida, sempre olhando para os lados, o que o fez pisar em uma ou duas poças na calçada.

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Após aquele breve e estranho diálogo com a jovem, estava bem claro de que havia algo de errado pelas redondezas. Logo ela foi embora e deixou Vincent com duas alternativas: o trajeto seguro, mas demorado e o trajeto rápido, mas aparentemente perigoso. Afinal, o que poderia haver de perigoso em uma rua asfaltada e deserta?

Confiante de que chegaria ao Centro Pokémon sem problemas, até porque poderia contar com o apoio de seus pokémons, Vincent seguiu em direção ao caminho mais curto. Tudo que precisava fazer era continuar seguindo pela rua que já estava traçando. De lá ele chegaria ao bairro do Centro Pokémon em pouco tempo e logo se encontraria. Pelo menos era isso que a garota havia falado.

Logo retomou sua caminhada. A paisagem continuava a mesma: rua deserta, casas de fechadas e chuva. Muita chuva. Pelos minutos seguintes o rapaz chegou até a ficar entediado. Porém, logo ele encontrou algo diferente: um homem de meia idade e com vestes sujas e completamente encharcadas estava encolhido em um canto da calçada, usando o telhado de uma casa como abrigo para não se molhar. O homem estava tremendo muito, claramente com frio. Calmamente, o rapaz estendeu suas mãos na direção de Vincent e implorou para o mesmo:


- Por favor, moço. Estou morrendo de fome. Você tem alguma comida ou algum trocado para me ajudar?

Vincent ajudaria o rapaz ou seguiria seu caminho?

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Sem saber o que fazer, Vincent olhou o maltrapilho das cabeças aos pés. Não demorou muito para se pegar sensibilizado com a situação do mesmo. Os trajes eram velhos, o homem era magro, malcuidado, aparentemente sóbrio e tremia de frio: só podia se tratar de um desabrigado, problema que atingia boa parte do mundo, sobretudo as cidades grandes que serviam de chamariz para pessoas de zonas menos desenvolvidas.

– Senhor, eu não tenho nada, lamento. – Disse, fazendo a coisa que seria mais senta a ser feita naquela situação.

O loiro fechou os olhos, deu as costas ao desabrigado e voltou a marchar na calçada. Ele não tinha capa nem um guarda-chuva, não iria segui-lo naquela chuva. “Também não tem nada para comer, nem quem pedir ajuda. Dificilmente passará outra pessoa por ali...”

Alguns passos depois, Vincent parou de caminhar, vencido pela culpa que começara a lhe afligir. Não conseguia simplesmente dar as costas e fingir que nada estava acontecendo. Encostou o cabo do guarda-chuva no pescoço e ergueu o ombro até encostá-lo em sua cabeça, prendendo o objeto e deixando suas mãos livres. Depois abriu sua carteira e procurou por algum trocado, mas não achou. Sem alternativa, pegou 50 pokédolares, o valor mais baixo que carregava consigo, e guardou a carteira novamente no bolso, voltando timidamente até o sujeito.

– Perdão, senhor. Tome isto
– Estendeu a mão com o dinheiro, envergonhado pela recusa de alguns minutos atrás  – Creio que será suficiente por hoje.

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Parecia que o destino estava interessado em testar o jovem Vincent constantemente. Após ele optar por seguir por um caminho complicado, acabou se deparando com um andarilho pedindo por alguma comida ou trocado. A princípio o rapaz recusou, com medo de que aquilo pudesse se tornar uma ameaça. Mas logo seu coração bondoso fez com que ele mudasse de ideia e desse um trocado ao homem.

Ainda tremendo de frio e claramente enfraquecido, o rapaz exibiu um imenso sorriso ao receber aquela quantia. Ela poderia ser simbólica para Vincent, mas para o rapaz era um alívio temporário de um grande mal que o abatia: a fome. O rapaz então observou Vincent da cabeça aos pés e resolveu lhe ajudar da única forma que podia: com informações.


- Você foi o único durante uma semana inteira que sequer deu atenção para a minha presença! Você é um rapaz de muito bom coração! Infelizmente não posso lhe dar muita coisa em troca a não ser algumas dicas para sobreviver por aqui... Peço para que você evite o treinador chamado Leon. Mas, caso você acabe tendo algum problema com ele, avise que Richard não está gostando do que está acontecendo!

As palavras do mendigo não pareciam fazer o menor sentido, mas ele parecia demonstrar seriedade ao dizer aquelas palavras. Perebendo que Vincent talvez fosse perguntar por mais detalhes, o rapaz foi direto:

- Quanto menos você souber, melhor pra você. Foi por causa deles que eu acabei ficando nesse estado. Mas, por favor, grave esses nomes porque um dia pode ser necessário!

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