Re: Fuhrer's Path - Que comecem os treinos!

por **Thaiago** Seg maio 09 2016, 18:52

As emoções do homem variavam, ora parecia deprimido e sociável ora resoluto e educado. Talvez um transtorno de bipolaridade, era notável que ele variava seu comportamento constantemente. Alguma coisa havia causado isso e seria complicado descobrir, pois transtornos desse tipo são realmente profundos e extremamente dolorosos de vir a tona. Karl no momento ainda não tinha sequer ideias sobre o que poderia ter causado aquilo, poderia ser algo grave, um trauma, ou apenas o desalento de um artista que perdeu seu publico. Mesmo sendo enxotado, o loiro continuava a insistir.

- Realmente, devia ser uma cidade fantástica, eu vi as diversas ruínas la fora. Muitos talentos devem ter passado por aqui. Eu não sou um admirador desse tipo de musica, mas a sua chamou muita atenção. Parecia o canto de sereias, manja? Me atraíram aqui como se eu não notasse. Eu vim para admirar o espetáculo, o senhor poderia tocar mais um musica pra mim? Aí eu prometo que vou embora, de verdade velho.

Tentando enrolar o homem, Karl buscava ganhar mais tempo para descobrir mais alguma coisa. Apos fazer sua pergunta, o jovem sentava em algum assento disponível, demonstrando que gostaria realmente de ficar ali e escutar mais uma canção. O loiro também, soltava seu pokemon mais próximo, o Fuhrer para também admirar suposta canção.

- Fuhrer adora esse tipo de musica ne HEHEHEHEH - Pura mentira para tentar entrosar. - Como artistas assim como o senhor foram esquecidos? O povo dessa cidade é retardado? E esses predios..porque os deixaram ruir assim?

OFF:

por **Surik** Ter maio 10 2016, 06:21

Karl era indesistível. Peda mais do talento musical do sujeito, comentava sobre si mesmo, tentava a todo custo de entrosar, fazer o pianista se abrir, iniciar uma conversa.

Soltou, inclusive, seu Gasrly, que prontamente fez uma expressão de desentendido ao ouvir as palavras de seu treinador. Assim, Führer confuso, treinador sendo bonachão, as palavras pareciam ter seu lugar final nas paredes, talvez nós acolchoamentos.

O músico, todavia, mais uma vez não respondia de forma positiva. Ao contrário, fechava a tampa do piano, que dava acesso às teclas, em uma demonstração clara de que não pretendia tocar ou atender qualquer solicitação de Karl.

Mas que situação chata e pouco promissora para nosso jovem herói!

por **Thaiago** Ter maio 10 2016, 09:56

Karl tentava insistentemente ter alguma interação com o pianista mas todas eram em vão. O grisalho estava consistente em seu julgamento e fechava o piano sem dar nenhuma palavra, uma clara demonstração de que estava seguro do que estava fazendo. O loiro que ate então, insistia em ajudar, fingia perder sua breve paciência. Era sua ultima cartada, fingir desistir para ver se o homem demonstrava alguma reação.

- CLAP CLAP CLAP - Uma irônica salva de palmas - Parabéns, você conseguiu velho de merda. Do que adianta eu insistir em um homem derrotado, certo Fuhrer? Para pessoas assim não temos a menor paciência. Um soldado que desistiu da guerra e se entrega a morte não merece respeito algum. Que você empodreça aqui nessa espelunca. Foda se cuzão, vamos buscar gasolina Fuhrer, pra queimar essa bosta toda HEHEHEHE.

Karl começava a deixar o estabelecimento bicando e destruindo o pouco que restava do lugar enquanto ria demonicamente. Sua pura e ultima encenação para ver se atingia a "ferida" do grisalho pianista.

por **Surik** Ter maio 10 2016, 12:15

Karl tentava algo novo: deixar tudo para lá, fingir que não se importava, sair do lugar quase destruindo tudo.

Chegou a chutar um dos bancos, mas ao perceber que era de madeira maciça, e que isso destruiria seu pé não importando o sapato que usasse, se fizesse de forma repetida, preferiu parar por ali mesmo com os chutes.

Fuhrer parecia agora sim realmente reconhecer seu treinador. Levitava ao lado de Karl, em direção à saída do teatro, e ansioso por não mais permanecer ali naquele lugar.

Alguns poucos metros apenas separavam Karl da saída do prédio.

por **Thaiago** Ter maio 10 2016, 13:04

Quando percebia que não conseguiria destruir os moveis do local, Karl parava e se direcionava a saída ainda resmungando. Era madeira maciça, como a maioria dos moveis antigos, o tornando difícil de quebrar. Com o pé levemente doido, o jovem visava sair do estabelecimento ainda esbravejando com seu Gastly que não tinha nenhuma culpa do acontecido.

- Afff fi, se viu que pela saco? Que cara cuzão, minha vontade era de enfiar a porrada nele. Como pode alguém desistir da vida assim, Fuhrer? Nem a minha grande encenação surtiu efeito. Tsc, toma no cu..

Agora o treinador ficaria com uma pulga atras da orelha, ainda pensando no que aquele grisalho escondia. Mesmo tendo o objetivo principal o treino de Tyrogue, Karl seguia aberto a novas aventuras.

por **Surik** Ter maio 10 2016, 13:48

Karl esbravejava com Fuhrer, que concordava totalmente, acenando positivamente enquanto proferia partes do nome de sua espécie.

O rapaz cruzou a porta pela qual entrara minutos antes sem maiores problemas, mas não chegou a dar dois passos sem que, lá fora, ouvisse uma outra voz, que certamente poderia atrair a atenção do treinador.

- Tenso né mano? Precisava ver quem era esse cara antigamente, e como era esse lugar todo aí!

por **Thaiago** Ter maio 10 2016, 14:17

Assim que saía do Teatro em ruínas, ainda reclamando e chutando tudo o que via pela frente, surge uma voz ao alento que poderia vir a tornar uma fonte de conhecimento sobre aquilo tudo.

- Tenso demais. Eu sou de fora e estou meio impressionado com tudo isso. Quem era o grisalho e que tipo de relação ele tem com o velho Teatro? Prazer, me chame Karl.

por **Surik** Ter maio 10 2016, 14:34

Karl se virava e via um rapaz que talvez tivesse uma idade um pouco mais avançada que ele. Vestia-se com um jeans e camiseta verde escuro, tênis, cabelos baixos, quase raspados, pele morena, e uma barba meio por fazer conferiam tal aparência de quem talvez estivesse perto dos 25 anos.

- Me chamo Emmanuel, sou aqui de Forina mesmo, prazer cara. - O estranho apertava a mão de Karl - Fala aí cara - cumprimentava também Fuhrer, mais parecendo que ele era gente do que Pokémon - Velho, Forina era uma cidade sem igual se tu tá pensando em arte. Museus, teatros, espetáculos rolando direto. Todo tipo de música, todo tipo de obras primas, era uma parada muito louca. Isso dizem os antigos..

O rapaz colocou as mãos nos bolsos antes de prosseguir falando:

- O cara lá era dessa época de ouro. Foi um dos últimos formados, sabe, aqui em Forina? Falavam dele como a grande promessa, como o futuro da música clássica aqui na cidade. Ele tinha menos de trinta quando tudo desandou por aqui, a cidade foi perdendo seus shows, seus espetáculos, deixou de ser o centro cultural que era, e aí o cara ficou aqui...

- Por que isso é estranho? Cara, todo mundo vazou, foi todo mundo pra outras cidades, outros continentes.. Mas ele ficou aqui. Agora ele vem, pelo menos umas quatro vezes por semana, e fica lá dentro tocando assim, pra ninguém, todo arrumadão... Ele vai embora antes do almoço, sempre.. Ah, o teatro era da família dele, quase esqueci tua pergunta!

Será que Karl já teria ouvido bastante? E mais importante, será que ele continuaria mergulhando naquela história nada promissora para um treinador?

por **Thaiago** Ter maio 10 2016, 15:03

O rapaz explicava grande parte da situação, sendo breve, o jovem dava informações essenciais para o treinador compreender o que havia acontecido ali. Era um trauma profissional e familiar, Karl entendia um pouco sobre isso pela sua historia de vida, mas mesmo sensibilizado, a indignação com o comportamento do grisalho não diminuía.

- Entendi Emmanuel. Era mais ou menos o que eu imaginava, o mesmo cenário. É complicado entender como tanto glamour fora embora assim, mas ne..coisas da vida. Valeu pela ajuda cara, tenho que treinar meu pokemon agora. - Karl apertava a mão do jovem e dava um aceno.

Aquilo tudo estava alem das capacidades do loiro e também, distantes do seu interesse. Contudo, o Teatro velho poderia vir a se tornar um ótimo lugar para treino. Era grande e isolado, apesar de ter muitos escombros, ainda sim seria melhor que muitas partes da cidade. Karl então, decide novamente adentrar no Teatro, ignorando totalmente a ordem do homem que supostamente ainda era o dono do local, liberando seu Tyrogue ao terreno.

- Bora Tyson, vamos treinar esses TM de merda, vão adiantar bastante a gente em combates. Aquele velho vai ficar meio puto quando vir a gente denovo HIHIIHIH Foda se.

por **Surik** Ter maio 10 2016, 16:29

Karl ouviu toda a história e concordou com Emmanuel, aproveitando a deixa para encerrar a conversa por ali mesmo. Então simplesmente cumprimentou o rapaz e entrou novamente no teatro, com seu Tyrogue ao lado, disposto a treinar e, provavelmente, acabar atiçando a paciência do pianista.
Para sua surpresa, contudo, não havia ninguém lá mais. O piano permanecera "fechado", as luzes acesas, mas não havia a presença do estranho homem com quem Karl conversara minutos antes.

Teria sido uma alucinação?

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