Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 16 - Em boa companhia

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A espera e o silêncio apenas tornaram o clima de tensão ainda maior. Ruflett, por ainda ser filhote, não estava acostumado com aquele tipo de situação e tremia de medo, aninhando-se ainda mais no ombro de seu dono. Blake tentou acalmar o pássaro acariciando a penugem de sua cabeça, não obtendo sucesso em sua tentativa.

A situação ficou ainda pior quando um grande pokémon de coloração roxa e preta apareceu diante deles. McBride até achou aquela espécie familiar, mas não a conhecia de nome, principalmente por nunca ter visto um daqueles pessoalmente. Logo pegou sua pokédex e fez uma breve verificação, descobrindo que se tratava de um Grumpig, um pokémon psíquico.

Seria coincidência demais se aquele ser não tivesse algum envolvimento com Kirlia, então Blake decidiu interagir e questionar o pokémon calmamente. Não queria se meter numa batalha sem necessidade, principalmente se aquilo fizesse Miranda e Margo correrem algum tipo de risco.


- Olá, você é amigo da Kirlia? Pode me dizer onde estão Miranda e Margo?

O rapaz esperava do fundo de seu coração que o suíno não tivesse uma reação agressiva. Qual seria o resultado daquela confusão toda?

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Diante daquela nova e inesperada aparição, que, para o treinador e futuro criador, tinha muito em comum com a Kirlia de minutos atrás, ficava mais do que certo que algo bem estranho vinha tomando conta da calma rota 102. Entretanto, tentando não complicar ainda mais aquela situação, ou simplesmente evitar uma batalha pokémon desnecessária, Blake partiu para a diplomacia com a criatura que, agora, o encarava diferentemente.

Só que, indo contrário a tudo o que o herdeiro dos McBride poderia esperar, Grumpig, pokémon recém-identificadopor sua pokédex, fixou apenas seu olhar nele e em Rufflet sem demonstrar qualquer tipo de interesse em respondê-lo. Fato que certamente aguçaria a curiosidade até dos mais tranquilos dos indivíduos.

Então, levando aquele momento a um nível que Blake provavelmente não iria acreditar, seu pokégear, pela terceira vez em questão de poucas horas, vou a tocar sem que o rapaz pudesse sonhar que algo daquele tipo fosse novamente acontecer. E, por reflexo, nitidamente tentando não atrapalhar aquela interação que ele tanto buscava, o McBride apanhou logo o aparelho para silenciá-lo o quanto antes. No entanto, tal atitude foi mesmo em vão, uma vez que, no instante em que seu olhar se concentrou no apanhar do incansável comunicador, Grumpig, estranhamente, desapareceu da frente de Blake sem que qualquer pista fosse deixada.

Mas, no fim, aquele desaparecimento acabou não sendo o centro das atenções, já que, ao ler o nome Joul Terri na tela do aparelho, uma inexplicável sensação tomou conta do McBride. Agora, era mesmo tentar entender se existia algum tipo de ligação entre tudo aquilo que acontecia ali.

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E mais uma vez o pokegear de Blake tocou e acabou atrapalhando tudo. No meio tempo em que o rapaz silenciava o aparelho, o Grumpig desaparecia diante de seus olhos. Seria novamente o uso da técnica Teleport? Agora que o psíquico havia desaparecido, Blake ficava irritado e então atendia o telefone. Ele sabia que não era exatamente culpa de Joul Terri o psíquico suíno ter fugido, mas dada a raiva que o treinador sentiu naquele momento, foi impossível não relacionar os fatos.

- Mas que palhaçada é essa que todo mundo resolveu me ligar hoje? - Resmungou Blake. Logo ele percebeu que havia apertado o botão para atender a chamada e notou que talvez Joul tivesse escutado. - Oi, Joul! Desculpa... Estou passando por uma situação bem complicada aqui, não quis parecer rude. Tudo bem com você?

A sorte de Blake é que Terri era um amigo próximo. Se fosse algum estranho ou pessoa que ele não tivesse tanta intimidade a ligação já estaria mais estranha do que de costume. Enquanto Joul não respondia do outro lado da linha, McBride então percebia uma coisa: teria forma mais fácil de localizar Miranda ou Margo do que ligando para elas? Talvez fosse uma boa ideia ligar para as jovens assim que a terceira ligação do dia chegasse ao fim.

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Off :


- Poxa Blake! Eu te liguei para tentar entender o porquê de você ter saído de nossa batalha na Copa Hoenn sem dizer se quer uma palavra. No entanto, depois de ter sido atendido desta forma, vejo que você realmente mudou! Não tem mais nada daquela pessoa que eu conheci.  - E depois de algumas respiradas profundas que podiam ser escutadas através da ligação. - A proposito, guarde essas desculpas para as pessoas que ainda acreditam e se importam com você. A partir de hoje eu quero apenas me manter o mais distante possível de você. Passar bem!!!

Blake, que escutava o soar do fim de uma nervosa ligação ecoar através de seus ouvidos, parecia ter ficado ainda mais atordoado com tudo aquilo que lhe foi dito. Afinal, estava mais do que nítido que, mesmo com toda a boa intenção de suas desculpas, Joul Terri estava decepcionado a ponto de um simples mal entendido fazer com que ele soltasse, como diz o ditado, "os cachorros" para cima do despreparado herdeiro dos McBride.

No entanto, mesmo sem entender aquele estranho comportamento de seu amigo, Blake acabou não tendo muito tempo para digerir o recente acontecido, já que, após os segundos do extase provocado pelo dito por Joul, o aspirante a criador pokémon avistou uma pequena ave o encarando de cima de uma das árvores que rodeavam a estrada principal da, ainda calma, rota 102.


Capítulo 16 - Em boa companhia - Página 3 Natu

Enfim, com mais essa, Blake se via em uma situação nem um pouco animadora, pois, mesmo com toda a sua habilidade em reverter momentos como aquele, o futuro criador precisaria se preparar para  o que estava por mim. Aliás, ele precisaria encontrar uma saída daquele estranho caminho o quanto antes, já que muita coisa já se encontrava cada vez mais em jogo.

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off :



Ficou mais do que óbvio que Joul não havia gostado do que Blake havia falado, mas a reação do jovem de Cinnabar foi exagerada demais. McBride não acreditava nas audácias de seu amigo (ou ex?) e ficou calado a ligação inteira, até que Terri desligou o telefone na cara do treinador de Slateport sem dar chance de resposta.

Rufflet continuava observando toda aquela cena confuso e Blake nem teve muito tempo para se explicar o processar o que estava acontecendo. Ele percebeu que mais um pokémon psíquico o observava. Dessa vez era um Natu. Aquilo já estava começando a ficar chato. Tão chato que o rapaz se viu na obrigação de justificar seus atos para a ave.


- Não vou me preocupar com isso agora. Do jeito que ele falou, estava claramente estressado e tá é precisando de um bom tempo para esfriar a cabeça. - Blake observou por alguns instantes como o pássaro se comportava e então exigiu resposta. - Agora que eu expliquei minhas ações, podem me explicar a de vocês?

Blake já estava tão frustrado com todos os acontecimentos que não se surpreenderia se aquele pássaro simplesmente se teleportasse. Provavelmente o próximo psíquico que o incomodasse seria alvo de um ataque.

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Ao contrário de que Blake poderia estar esperando, Natu não se teleportou como os outros psíquicos que ali estiveram fizeram, porém isso não quis dizer que o pokémon continuou nos arredores do futuro criador por muito tempo, já que, depois de observar fixamente o McBride e Rufflet, a criatura simplesmente bateu suas asas desaparecendo em meio as verdejantes vegetações que os rodeava. Situação esta acompanhada por um visível estranhamento por parte da ave do continente de Unova.

Então, por um novo momento, Blake se viu novamente na companhia apenas de seu fiel pássaro em meio ao clima ameno da rota 102. E por falar em clima, o sol radiante, as poucas nuvens no céu e a ausência de qualquer porção de brisa continuavam os mesmos desde o primeiros instantes em que o McBride ali adentrou. Fato que indicava o quanto aquele ecossistema se encontrava tranquilo mesmo com o que estava sendo vivido pelo jovem rapaz.

Enfim, pelo menos por enquanto, nada parecia estar decidido a acabar com os primeiros sinais de paz que Blake tinha em muito tempo de rota. Afinal, toda a conversa com Miranda, as constantes ligações, a passionalidade de Margo e a aparição de todas aquelas espécies de pokémons psiquicos tinham aparentemente dado uma pausa.

Com isso, agora, restava saber se o solitário indivíduo continuaria com o plano traçado anteriormente ou partiria para o uso de seu comunicador. Decisão pensada por ele durante a conversa com Joul Terri.

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Após observar Natu atentamente, Blake percebeu que a criaturinha agiu diferente. Ao invés de se teletransportar, como os outros pokémons fizeram, ele simplesmente adentrou na vegetação e se escondeu. Diante daquela reação, a ideia de ligar para Miranda e Margo não pareceu mais viável para ele. Estava irritado com os desaparecimentos e a ligação de Joul também o deixou instável emocionalmente, fazendo com que agisse mais de forma instintiva do que racional.

Segurando forte em seus braços o pokémon voador de Unova, Blake adentrou a vegetação na direção que ele julgava ter sido a que Natu se deslocou. Provavelmente ele estaria indo na direção de seu grupo, ou seja, o paradeiro das duas loiras. Era uma atitude idiota? Sim, de fato. Mas após tantas situações de quase morte para McBride, aquilo não era nada.

A única coisa que importava para o rapaz era descobrir logo o que estava acontecendo, pois ele não estava gostando nem um pouco de toda aquela encenação a sua volta.

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Singelos e quase invisíveis filetes de luz adentravam a densa vegetação por onde o determinado Blake, com seu fiel Rufflet em seus braços, caminhava no encalço do Natu visto a minutos atrás. Fato este que, a princípio, daria uma leveza para aquele momento enquanto refrescava a cabeça do jovem que, anteriormente, esteve em contato direto com os raios de onde provinham os, para muitos, admiráveis filetes.

No entanto, toda aquela cena parecia não esfriar o que era vivido pelo treinador, já que, com o desaparecimento de Miranda e Margo e a ligação de Joul, não seria uma simplicidade como aquela que tranquilizaria a mente do aspirante a criador pokémon. O que certamente só aconteceria quando o McBride enfim conseguisse as explicações para tudo aquilo que ele estava vivendo.

E embora o desejo de encontrar o paradeiro de Natu fosse o que movia Blake naquele instante, afinal de contas o rapaz focava no último ser vivo que esteve em seus arredores, desconsiderando o pássaro de Unova, o que motivava mesmo toda aquela ação do já estressado rapaz era mesmo aquela vontade de obter as respostas para tudo aquilo. Fazendo com que Blake desse passos cada vez mais largos pelo interior do bosque que ali existia.

Só que, antes mesmo que qualquer sinal do paradeiro de Natu pudesse enfim ser encontrado, O McBride foi surpreendido pela calmo surgimento de uma pequena senhorinha, que colhia umas pequenas frutas vermelhas de um arbusto, logo a frente da posição atual do rapaz. E, aquela aproximação acabou fazendo com que a idosa parasse sua colheita para observar Blake.

Idosa :

Agora, era esperar pelo atitude que seria tomada pelo namorado de Miranda, uma vez que aquela senhora, mesmo sem dizer nenhuma palavra, não parava de o observar.

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Off :



A busca por Natu acabou fazendo com que Blake tivesse mais um encontro inesperado naquela rota. Mas dessa vez, não era um pokémon. Uma senhora de idade parecia concentrada em sua colheita até ser surpreendida pela chegada do treinador.

Ela não dizia uma palavra sequer, mas observava McBride atentamente. Sem muito tempo a perder, o rapaz foi direto ao ponto, mas sem perder a educação. Desde novo sempre aprendeu a respeitar os idosos e não seria num momento como aquele que ele deixaria isso de lado.


- Com licença senhora, estou passando por sérios problemas. Você viu algum pokémon psíquico por aí? Minha namorada e minha amiga desapareceram e eu acredito que seja culpa deles.

Restava saber se aquela idosa saberia de algo que pudesse ajudar o treinador. Ele esperava que sim, já que até o momento, ela havia sido a única pessoa além de Miranda e Margo que Blake avistou naquela rota durante o dia inteiro.

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Ao ver a silenciosa senhora, que havia parado seus afazeres, o observando há alguns metros de distância, Blake, movido por uma nítida vontade de descobrir o paradeiro de suas companheiras ou quem sabe de algum dos pokémons psíquicos anteriormente vistos, tratou logo de questioná-la a respeito de qualquer tipo de informação sobre tudo aquilo. Afinal, independentemente da importância das palavras que ela dissesse, qualquer possível explicação já seria certamente bem-vinda, pelo menos era isso que a ágil atitude do futuro criador parecia demonstrar.

Por alguns instantes o McBride contou apenas com o silêncio que se espalhava pela calma rota 102 naquele dia, uma vez que a misteriosa senhora apenas o observava enquanto mexia na cesta de frutas que ela levava consigo. No entanto, tornando aquele momento ainda mais curioso do que ele já aparentava ser, a dupla acabou sendo agraciada pelo surgimento de um pokémon em meio aos arbustos onde a mulher anteriormente coletava. Sendo que, para a surpresa de Blake, o pokémon rapidamente se aproximou da coletora enquanto acariciava suas pernas.

Capítulo 16 - Em boa companhia - Página 3 Espeon

Só que antes mesmo que Blake pudesse demonstrar qualquer possível grau de de revolta pelo surgimento de mais um pokémon do tipo psíquico, a mulher, que finalmente aparentava algum sinal de vida, começou a caminhar enquanto citava algo que aguçaria ainda mais o que Blake estava vivendo:

Ao mesmo tempo que ser você mesmo e valorizar a personalidade que você tem é importante e saudável, querer ser você mesmo demais e valorizar em excesso a personalidade que você tem não apenas é um pouco perturbador como pode atrapalhar bastante os princípios básicos do convívio social - além de ser uma justificativa bem babaca quando você faz algo errado.
- E rumando em meio aos arbustos do outro lado do lugar onde o jovem se encontrava, ela, virando-se para ele, falou pela última vez: - Enfim, para resolver o problema que você acha estar vivendo, comece por você mesmo Blake. Descubra onde você realmente está... - Foi a dito antes que ela desaparecesse na companhia do psiquico em meio a calma vegetação.

Sem entender, pelo menos naqueles segundos iniciais, o porquê de toda aquela cena, Blake se viu sozinho novamente na companhia de Rufflet, mas, agora, uma espécie de enigma havia lhe sido apresentado por aquela estranha senhora. Sendo assim,restava saber como o McBride lidaria com tudo aquilo a partir daquele momento. Isso, se ele conseguisse pelo menos descobrir como a mulher sabia seu nome.


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