Capítulo 01 - O verdadeiro início da jornada

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

O jovem treinador após tanto insistir revirando a selva em busca de uma espécie finalmente encontra algo atrás de uma moita: uma pequena lagarta escarlate e com espinhos ambares. Niklaus fitou o pokémon ao perceber que este o encarava com seus olhos grandes mas, com receio de causar uma impressão errada e gerar medo na criatura, tomou uma postura mais relaxada e sorriu para este. Niklaus moveu-se para uma região onde não atrapalhasse a rotina desta nova espécie, ficando a observar suas particularidades e notando o quão diferente era.

—Esta estrutura de corpo é totalmente diferente desta ave em meu ombro e Growlithe. Ele possui espinhos pela extensão de seu corpo e parece rastejar pelo chão para se locomover... Este tom escarlate também não se parece com os pelos e penas que tenho como exemplo. Estes espinhos parecem que servem para defesa própria, é melhor eu não realizar contato imediato, pode ser venenoso. — Pensou ao analisar a nova espécie por um breve instante. Sua intuição dizia que era perigoso realizar a mesma abordagem que fez com Pidgey, então uma nova atitude deveria ser tomada por este.

Imediatamente lembrou-se que Growlithe havia, no início, tomado uma atitude hostil para com a ave que agora estava a acompanhar ambos, e pensou que isto poderia novamente vir a ocorrer com esta nova espécie. Cautelosamente entrou na frente da pokémon, que estava a lhe acompanhar, não tirando os olhos da nova espécie que estava ali para que esta não fugisse sem que antes pudesse pensar em algo. Growlithe passou a ficar atrás de Niklaus, entendendo o recado de que não deveria se aproximar daquela criatura e ficou a esperar pacientemente sem se queixar. Voltou sua atenção para Pidgey, enquanto lhe fazia carícia na parte inferior do bico com o dedo indicador, em busca de alguma inspiração para a solução de seu problema. Sabia, contudo, que se demorasse demais para tomar uma atitude o pokémon a sua frente iria seguir seu rumo sem lhe dar importância e teria uma oportunidade perdida pela indecisão. Se aproximou do pokémon, mas manteve uma distância segura para que pudesse escapar caso este tentasse qualquer atitude ofensiva, sempre buscando não irritar ou amedrontar a espécie em sua frente. Ao atingir a distância almejada, parou e tornou a fitar os olhos daquela espécie tão peculiar. Pensou consigo por um breve instante mas, logo após, passou a dialogar com a criatura.

—Você é muito peculiar amiguinho. Eu nunca tinha visto um pokémon como você tão de perto. Eu venho de uma cidade onde vários treinadores passam por lá com seus pokémons, e sua espécie me parece familiar a algo que eu já tenha visto antes de sair de Petalburg mas, ainda assim, eu nunca tinha visto tão de perto e reparado nestes detalhes. Sua cor escarlate é muito bela quando se presta a devida atenção. Me chamo Niklaus e estou iniciando minha jornada para conhecer este mundo tão vasto, e as diversas espécies que vivem neste. Meu sonho é ser um treinador de pokémons de fogo, mas eu sempre me surpreendo sempre que vejo uma espécie em minha frente e que não esteja ao lado de um treinador. Pokémons em seu habitat natural agem diferente, demonstram atitudes que são seu verdadeiro eu e isto está a me fascinar apesar de ser apenas meu segundo contato.

Niklaus fez uma pausa e continuou, esperando por alguma reação ao falar tão abertamente com este. Independentemente da atitude da criatura, o jovem prosseguiria falando, ainda que sozinho.

—Eu quero vivenciar esta experiência de conhecer tantas espécies de pokémons que estão espalhadas pelo mundo, e os lugares em que habitam. Quero descobrir o que o mundo tem a oferecer para alguém que tem um tempo limitado de vida e busca um propósito para si. Você, que vive nesta selva, não teria a vontade de explorar outros locais? Conhecer horizontes que nunca viu antes? Eu tenho este sonho. Eu não me contento com apenas permanecer aqui, neste lugar, e me arrepender de não ter explorado tudo o que a vida me deu como oportunidade. Se você deseja seguir em uma jornada, eu partilho deste sonho. Podemos seguir por este caminho juntos, apoiando um ao outro e evoluindo uns com os outros. Novos companheiros irão surgir enquanto fazemos essa trajetória, e esta experiência algum dia irá nos dar asas capazes de alcançar nossos sonhos. O que me diz? Você deseja nos acompanhar? — Discursou o jovem, convidando Growlithe para se aproximar calmamente.

O jovem voltou seu olhar para a ave que estava em seu ombro, indicando que a proposta feita também estava sendo dita para tal. Em um movimento feito com delicadeza para não espantar as criaturas selvagens, pegou uma de suas pokébolas vazias e estendeu o braço, demonstrando-a para os pokémons.

—Se decidirem que querem me acompanhar nesta jornada, esta pokébola servirá como um dispositivo que firmará nossa união. Nos tornaremos companheiros assim que o dispositivo conhecer a ambos como meus pokémons, e criaremos nosso elo para avançar nesta jornada. Uma pokébola não seria capaz de forçar uma criatura em plena saúde a juntar-se a mim, por isto eu não lhes ataquei, vocês tomarão sua própria decisão. Há uma para cada, basta que ela seja acionada e tudo estará pronto.

Niklaus colocou a pokébola na grama logo a sua frente, e retirou outra de sua mochila para realizar o mesmo feito, deixando duas destas vazias, uma ao lado da outra, no chão. O jovem então passou a observar Growlithe, até redirecionar seu olhar para as pokébolas novamente, aguardando a resposta dos dois que ali estavam..

Off / Observações:

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

As consequências dos atos do treinador foram desastrosas, resultando no envenenamento da ave que até então havia sido tão dócil e amigável com ele. Niklaus abalou-se com toda a cena e sentiu um aperto forte em seu coração. O desfecho o traumatizou, implantou o medo em sua mente de ferir àqueles cujo deveria proteger como se fosse a si, já que seriam companheiros de jornada, mas este medo foi tornando-se raiva e ódio. Ele olhou para Pidgey caído e gemendo de dor e cerrou os punhos ao ponto de machucar-se com as próprias unhas, no entanto foi se acalmando gradualmente, sabendo que a ave necessitava de ajuda e que esta deveria ser sua prioridade naquela situação. Ao procurar um meio de ajudar seu novo amigo, lembrou-se que Petalburg tinha um centro pokémon, e que não estavam tão longe desta cidade que havia dado início a sua jornada. Isso significaria retroceder logo após sair para uma aventura, e quebrar sua promessa de regressar apenas para desafiar o ginásio quando se sentisse apto mas Pidgey necessitava de tratamento, era necessário deixar seu orgulho de lado.

—Temos que ajudá-lo, Growlithe. Preciso que se acalme e confie em mim, eu sei o que devo fazer para ajudá-lo. Vamos voltar para minha cidade e fazer o tratamento que nosso amigo precisa. Não sei quanto tempo temos, mas ele claramente está abatido e não irá permanecer de pé por muito mais tempo. — Disse para Growlithe afim de acalmá-lo naquela situação.

—Preciso que confie em mim, amigo. Não possuo uma bicicleta para levá-lo em segurança, e se o colocasse dentro de minha mochila, poderia acidentalmente lhe machucar durante o trajeto.. Quero que confie em mim e entre nesta pokébola para que possamos retornar e te ajudar, ok?. — Concluiu dirigindo sua atenção a Pidgey e estendendo uma das pokébolas que estavam no chão em sua direção.

Niklaus aguardou a resposta da ave. Ela aceitaria entrar na pokébola, confiando na palavra do jovem de levá-lo para ser tratado, ou a cena que se sucedeu lhe gerou desconfiança?

Off:

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

O jovem alegrou-se por ter notado a confiança que o pokémon tinha para com ele, mas não havia tempo para pensar na captura. A ave necessitava de tratamento no Centro Pokémon, e este seria o novo destino dos aventureiros. Niklaus pegou a pokébola e a guardou em um local seguro, depois observou Growlithe e decidiu retorná-lo também a sua pokébola, afinal um pokémon selvagem poderia acabar por temê-lo também.

—Preciso que você retorne, Growlithe. Quando chegarmos em Petalburg eu hei de lhe soltar novamente, ok?

Estendeu-lhe o braço com a pokébola correspondente ao inicial e o fez retornar para esta, também a guardando em um local seguro. Agora Niklaus estava sozinho naquela selva e precisava retornar para a cidade que lhe moldou como ser. Não havia adentrado tanto, então não seria tão difícil retornar a pradaria por conta própria em seu pensamento. Sem um guia, então, tentou encontrar o caminho de retorno. Por haver fuçado todos os cantos em busca de algum pokémon, não tinha certa noção de onde se encontrava, e o incidente anterior mexeu tanto com sua mente que o fez esquecer de qualquer detalhe recente que pudesse fazê-lo se lembrar de alguma referência, no entanto, estava esperançoso de que conseguiria sair de lá.

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

Niklaus imediatamente se desesperou, sabia que não fazia ideia de como voltar para Petalburg à partir daquele local. Tudo o que conseguia ver ao seu redor era a selva, parecia que a saída daquele local já não estava ao alcance de sua vista. O lar de diversas espécies de pokémons selvagens em outra situação seria algo a alegrar o jovem, mas, dadas as circunstâncias, somente o fez preocupar-se em não conseguir achar a saída em tempo hábil de ajudar Pidgey.

—E agora? A ave poderia resolver esta situação simplesmente voando para acima das árvores para identificar a localização da pradaria, mas eu não tenho asas e não sei escalar árvores, além de ser muito perigoso e tomar de muito do meu tempo... Growlithe é incapaz de voar e conhece este lugar tanto quanto eu, não teria como me ajudar... Se ao menos eu me lembrasse o caminho!

O jovem sabia que não tinha tempo para se irritar ou ficar pensando em algum traçado para sair dali. Poderia ter imitado João e Maria, fazendo uma trilha de migalha de pães para evitar se perder no caminho, mas agora já era tarde demais para pensar nisto - e sequer tinha um pão para fazê-lo -. Lembrou-se então da pokédex e a pegou para procurar por alguma função que lhe ajudasse a encontrar um caminho, mas não encontrou nenhuma utilidade no equipamento e logo desistiu da ideia. — Se eu ao menos tivesse uma bússola... — pensou. Este não havia trago consigo em sua jornada, estava por conta própria e somente a sorte poderia fazê-lo encontrar o caminho de volta.

Niklaus decidiu parar de pensar e começar a agir. Não poderia contar com seus pokémons, um se encontrava debilitado e o outro não conhecia a região onde se encontravam, além de poder correr o risco de perder-se de seu treinador. O jovem, então, recordou-se da direção que a lagarta escarlate se dirigia durante sua fuga e, embora já não estivesse naquele local, pensou consigo que caminhar para a direção oposta talvez o fizesse sair dali, afinal, o pokémon não iria correr em uma direção que não lhe fosse segura, ele iria adentrar ainda mais na floresta, onde habita, para se esconder de seu predador. Com este pensamento começou a caminhar, seguindo o traçado que considerava oposto ao caminho que o pokémon havia tomado.

A primeira experiência

Finalmente Niklaus está apto para se aventurar pelo mundo. Ao lado de seu primeiro pokémon e os apetrechos de treinador, restava apenas a coragem necessária para dar o primeiro passo fora de Petalburg.

O rapaz de fato ficou com os olhos cheios ao avistar o lago à sua frente, mas sua atenção estava voltada não para este, mas sim para as frutas que se encontravam ao redor. Por ser filho de agricultores tinha o mínimo de entendimento para com a vegetação e os frutos que poderiam surgir da terra naquele mundo. Não o suficiente para distinguir uma da outra apenas pela cor e saber seus efeitos, mas o suficiente para saber que aquelas uma espécie de fruto poderia vir a solucionar o problema da ave e curar sua saúde. Poderia ser uma chance de não voltar para Petalburg e seguir sua jornada, era algo que o rapaz havia de checar.

—Esses frutos me são tão familiares... Tenho certeza que já tive contato com eles, embora não me lembre para que servem apenas de olhar sua forma e cor. Contudo, eu sei que existe um fruto capaz de curar um pokémon envenenado, e se isto existir aqui, poderei curar Pidgey sem me dirigir à Petalburg, o que seria ótimo. — Pensou consigo mesmo, prestando atenção no formato dos frutos.

Niklaus procurou se aproximar sem que ganhasse a hostilidade dos pokémons que viviam na selva. Era fundamental não perturbá-los em seu habitat, o jovem havia aprendido essa lição da pior maneira possível, custando-lhe uma ferida em seu novo parceiro. Olhou para as árvores com os frutos e começou a analisar os detalhes sobre estes.

—Muito bem, não me recordo o suficiente para saber se eles irão servir ou não... Mas se eu puder apenas pegar 1 de cada, será o suficiente. Eu preciso ter cuidado....

O jovem então aproximou-se mais das árvores e começou a analisá-las para saber se haviam pokémon selvagens residindo ali. Se Niklaus se aproximasse para pegar algo e fosse surpreendido por outra criatura hostil, seria forçado a batalhar e não havia experiência neste quesito. Seu objetivo era: analisar as árvores para saber se há vidas habitando-as, para então recolher um fruto de cada (caso sejam frutos distintos) afim de cuidar de seu pokémon.