001 - O verdadeiro começo - ThracoS

Dava dó ver aquela expressão no rosto de uma criatura tão pequena, mas ignorando o que sentia, Thraco ordenou seu último ataque. Squirtle partiu em direção ao oponente e desferiu mais uma pancada com seu corpo, que jogou Poochyena contra a parede caindo desmaiado em seguida. O pequeno aquático comemorou sua primeira vitória expelindo um fino jato de água por sua boca, ele perecia ter ficado mais forte ao vencer, e agora conseguia executar um novo movimento Water Gun.

O jovem estava feliz com sua vitória, mas ainda estava preocupado com o pokémon selvagem. Enquanto as crianças carregavam o orgulhoso pokémon vitorioso, que agora não tinha mais medo delas, o treinador se aproximava do Poochyena. O que ele faria com aquele pokémon, ele poderia captura-lo ou então leva-lo para um Centro Pokémon. As crianças faziam festa enquanto ele se decidia o que faria.

Ruas de Littleroot

Eu estava realmente com dúvidas, mas não queria aumentar meu time ainda, ficando apenas a opção de levá-lo a um Centro Pokémon.
Já tinha decidido, seria levar Poochyena pra ser curado, mas pelo fato de as crianças ainda estarem ali, decidi esperar que seus pais chegassem para buscá-las.
Eu então sentei-me, coloquei o pequeno pokémon selvagem no colo e então parabenizei Squirtle:
-Boa amigão, você é realmente muito forte!
Após isso, eu me divertia vendo as crianças brincarem com meu Pokémon e fazia carinho naquele que estava deitado em minhas pernas esperando que os pais ali chegassem.

O jovem treinador tomou sua decisão, resolveu levar o pokémon ferido ao Centro Pokémon. Mas ainda tinha que fazer companhia para as crianças da escola, então se sentou ao lado do pokémon desmaiado e o colocou em seu colo para esperar.

Não demorou muito para que os pais das crianças começassem a chegar, mas nesse meio tempo Poochyena acabou acordando. O selvagem se assustou ao perceber que estava no colo de Thraco, dando um salto para fora, olhou para os lado e viu que não tinha mais tantas crianças por ali, e mesmo ainda ferido decidiu fugir correndo para fora da cidade.

Os pais agradeceram o jovem por ter cuidado de seus filhos, e um deles decidiu lhe dar um recompensa por isso, era o pai do garoto que havia sido atacado pelo pokémon selvagem. - Sei que não é muito para agradecer pelo que fez, mas aceite por favor. E muito obrigado. - O homem tirou de sua bolsa um lenço amarrado com alguma coisa dentro e o entregou ao treinador, saindo logo depois.

Todas as crianças haviam ido pra casa, e o Poochyena havia fugido, deixando Thraco livre novamente. Squirtle estava feliz e atirava água por toda parte, e agora já não tinha mais medo de pessoas. O jovem abriu o embrulho para ver o que tinha ganhado, dentro do lenço estavam oito frutas azuis, que ele guardou na mochila depois de descobrir que eram Oran Berrys.

O que o treinador novato faria agora? Já era fim de tarde e o tempo estava cada vez mais frio, mas tinha sorte por não ter saído da cidade ainda, já que o tempo estava ficando cada vez pior.

Ruas de Littleroot

Agora que as crianças e Poochyena tinham ido, eu tinha finalmente um tempo pra Squirtle, então sorri pra ele e caminhei até seu lado, peguei-o em meus braços e levantei aquele pequeno pokémon aquático:
-É cara, você é muito forte, eu tenho certeza que fiz a escolha certa. -eu disse enquanto o colocava no chão e fazia um pouco de carinho.
Eu não sabia muito bem o que fazer no momento, as horas começavam a passar, já estava escuro, eu iria então em busca de algum lugar pra ficar e se a sorte estivesse do meu lado, eu poderia achar outra aventura a caminho de algum abrigo.

Thraco estava feliz pela escolha de seu inicial. Seu Squirtle havia se saído muito bem em sua primeira batalha, demonstrando ser bastante forte. Mas agora não tinha nenhuma ideia do que fazer, então procuraria um lugar para ficar e se abrigar do frio. O lugar ideal para um treinador procurar abrigo, era no Centro Pokémon, já que lá havia instalações próprias para receber os jovens em suas jornadas, fornecendo alimento, dormitórios e assistência médica.

O jovem saiu andando pelas ruas a procura desse lugar, já que era sua primeira vez nessa cidade e ainda não a conhecia direito. Andou por alguns poucos minutos, e não encontrou nada de diferente apenas as ruas vazias, com a queda da temperatura as pessoas estavam em suas casas. Ao virar mais uma esquina, lá estava ele, o Centro Pokémon.

A fachada do prédio possuía um grande "P" pintado nas cores da pokébola, e tinha uma grande porta de vidro. Mas havia algo estranho, todas as luzes estavam apagadas, e lá dentro parecia ter movimento já que era possível ver movimento e barulho lá dentro.

- Ha ha ha! Agora eles não vão saber o que os atingiu. - A voz masculina vinha do lado de fora do prédio, parecia vir de cima.

- O que está acontecendo? - A porta se abria, e uma mulher vestida toda de branco saia por ela, ela perecia desesperada. A mulher olhava para Thraco e perguntava. - Você viu alguma coisa? -

O que Thraco faria?

Ruas de Littleroot

-Não vi nada, mas escutei uma voz senhora, ela não parecia ter vindo de alguém com boas intenções.-eu disse assustado.
Fiquei sem entender o que estava acontecendo por ali, mas era algo muito estranho.
-Ela parece ter vindo lá de cima, podemos tentar ir lá pra ver o que é!
Algo me fez querer ajudar, pois era lá que eu passaria a noite e não queria que coisas ruins acontecessem por ali.

- Lá em cima? Mas como alguém pode ter subido lá? - A enfermeira corria para a lateral do prédio e Thraco a seguia. Havia uma escada colocada na parede, tornando possível que alguém subisse lá em cima. A enfermeira subiu a escada rapidamente, para tentar encontrar o responsável pelo que quer que seja que havia acontecido, e logo estava no telhado. - Não tem nada aqui... O que foi exatamente que você ouviu? - Dizia inconsolada enquanto descia a escada e voltava para o lado do jovem. Thraco repetiu as palavras que havia ouvido, e a mulher olhou desconfiada. Em sua roupa havia um pequeno crachá que dizia "Joy".

- Enfermeira! Enfermeira! Você tem que vir aqui, rápido! - Um jovem saia de dentro do Centro Pokémon e chamava a enfermeira, o que será que estava acontecendo? Thraco não estava entendendo nada.

- Venha você também. - Joy saia correndo e chamava Thraco. Ele não teve muita escolha a não ser ir junto, já que tinha intensão de ajudar a resolver o possível problema que se encontrava ali. Ao passar pela porta uma densa fumaça preta cobria o local, o ambiente que deveria estar em uma temperatura aconchegante, estava extremamente frio como se ainda estivessem do lado de fora, no meio da fumaça as pessoas gritavam e corriam para todos os lados, e ainda assim a fumaça não se dissipava.

- Ha ha ha. Não adianta correr, eu vou roubar tudo de vocês. - A mesma voz era ouvida no interior da fumaça. O que Thraco faria diante disso, vendo que a enfermeira se ajoelhava chorando de desespero?

Ruas de Littleroot

Eu estava assustado, com muito medo, mas ao poucos subiu a coragem e não consegui me segurar, levantei a enfermeira que ali estava ajoelhada chorando e afirmei:
-Pode deixar comigo!
Mesmo com um pouco de incerteza, eu queria mostrar que eu conseguia, pois assim todos os outros ficariam mais tranquilos. Meu coração começava a doer vendo todas aquelas pessoas desesperadas.
Soltei então meu parceiro que estava guardado em sua pokébola, sorri pra ele e perguntei:
-Vamos lá Squirtle?!
Comecei então a adentrar aquela fumaça, parecia que não me afetava, eu estava disposto a tudo pra ajudar todas aquelas pessoas que por ali estavam agoniadas.
Então eu seguia em direção a voz que dizia que iria roubar tudo, com uma vontade imensa de derrotar quem faria tal coisa.

O jovem ajudou a enfermeira a se levantar e disse que resolveria o problema. A enfermeira olhava para ele com uma expressão de duvida, como um jovem baixinho como aquele poderia resolver toda aquela situação? O jovem liberava seu Squirtle e entrava no meio da fumaça tentando seguir a voz do responsável por tudo aquilo. A fumaça não era toxica, era apenas uma distração para impedir que localizassem o bandido, mas não era só a fumaça...

- Não adianta me procurar... - Dessa vez a voz veio do outro lado da sala. - Você não vai conseguir me pegar... -E de novo vinha de um lugar totalmente diferente.

- Pode deixar que eu te ajudo! Taillow...- Quando o outro rapaz tentou lançar sua pokébola para auxiliar Thraco, algo em uma velocidade extremamente alta passou e tomou a pokébola de sua mão, foi possível ver apenas um vulto azul e vermelho. - O que foi isso? Onde está meu pokémon?

- Está comigo! - Dessa vez a voz vinha da mesma direção em que o vulto havia ido.

O rapaz que tentava ajudar Thraco acabava virando mais uma vítima do bandido. Como iriam localiza-lo no meio daquela fumaça, já que ele ficava trocando de lugar em uma velocidade incrível. O que o treinador iniciante e seu fiel Squirtle fariam nessa situação?

Ruas de Littleroot

Aquilo tudo começava a me deixar com medo, eu não sabia exatamente o que fazer, mas eu não podia demonstrar, todas aquelas pessoas estavam confiando em mim, estavam colocando suas esperanças em minhas mãos.
Após pensar, tive uma idéia, não era a melhor de todas, mas já era alguma.
-Alguém aí ainda está com seu Pokémon? Preciso que se alguém tiver, me avise e confie em mim! -eu dizia com tom de liderança.
Eu esperava então por alguém que ficasse com vontade de me ajudar, pois ao lançar um Pokémon, algo o pegaria, porém antes de lançar, eu iria mandar que Squirtle mandasse um jato d'água na direção, assim eu poderia acertar quem fizesse tal coisa, dessa forma, tudo ficaria bem mais fácil.