Pokémon Mythology RPG
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[Evento] Visita Especial

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Evento Natalino



Mais uma vez a época de festividades está chegando e com isso muitas famílias de Hoenn estão se reunindo e desfrutando da companhia de seus entes amados e também de uma mesa farta cheia de comidas deliciosas. Infelizmente nem todos podem celebrar os feriados de tal forma. Com as tragédias de Kanto e Johto muitas famílias estão sem lar e, além disso, muitas crianças não possuem família.

Procurando reviver valores importantes muitas vezes esquecidos nos tempos modernos, a Liga Oficial de Hoenn fez uma parceira com diversas ONGs e decidiu tomar uma atitude diferente nesse Natal: todos os treinadores estão convidados a tirarem um dia de folga de suas árduas rotinas de treino para focarem em algo especial: ajudar o próximo. Para isso, basta os treinadores se cadastrarem no Centro Pokémon de qualquer cidade e verificarem quais são as instituições de caridade que participam do evento de Natal.

Todos os treinadores que colaborarem e ajudarem a trazer alegria e felicidade para aqueles que tanto precisam serão recompensados com uma cesta natalina especial, cheia de berries e pokébolas especiais!

- Para participar do evento, basta postar neste tópico uma história de seu personagem fazendo uma visita a um orfanato, um hospital, um asilo... Qualquer tipo de instituição de caridade é válido!
- Não há limite de parágrafos, linhas ou palavras. Apenas use do bom senso e escreva uma história onde seu personagem faça algo para ajudar ao próximo.
- Por questões óbvias, não é possível narrar situações onde seu personagem capture algum pokémon ou ganhe experiência de alguma forma.
- Todos que participarem do evento receberão uma cesta natalina contendo os seguintes itens: Oran Berry, Pecha Berry, Chesto Berry, Cherish Ball e Premier Ball.
- As três melhores histórias receberão um prêmio surpresa!
- Prazo limite para envio das história: dia 25 de dezembro.

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Era noite na floresta da Rota 110, ao sul de Slateport; o frio dominava a região e as árvores limitavam a passagem da luz da lua. Com pouca iluminação, o lugar se tornava bastante assustador se levado em conta as criaturas selvagens que lá habitavam. Wes se encontrava abraçado a uma coberta de lã feita por sua mãe. Não era o suficiente para perder o incomodo do frio e ficar confortável para dormir. Tinha medo de morrer congelado enquanto sonhava, mas logo dispersou esse pensamento. O garoto apoiava as costas em uma grande árvore e tinha o corpo cercado por folhas secas; achava que isso pudesse aumentar sua temperatura corporal. “Espero não ficar doente...” refletia enquanto tremia freneticamente e assistia a saída de fumaça da sua respiração pesada. Pegou do bolso a pokébola do único parceiro que possuía e a encarou. Ali residia um Cyndaquil (criatura felpuda do tipo fogo). “Amigo, eu seria muito cretino se colocasse você nessa situação gelada só pra me esquentar” pensou na possibilidade três vezes, mas foi forte e guardou a bola, se encolheu mais e continuou a tentar dormir. Lembrou do que os ex-treinadores de sua cidade em Johto disseram sobre as viagens, algo como “Nas viagens, seu inimigo será o clima”. — Acho que eu tinha que ter dado mais atenção à ele — sussurrou. Algumas horas se passaram e a insônia o consumia. Ouviu pequenos gemidos e os ignorou diversas vezes achando ser algum pokémon ou algo de sua cabeça. Foi depois de gemidos maiores que pôde reconhecer a presença de alguém ali. Com dificuldades e morrendo de frio, levantou e ainda embrulhado em lã caminhou pela floresta no escuro e em silêncio. Não precisou percorrer muito para encontrar a origem dos gemidos. Uma criança.
Era uma menina que transparecia ter dez ou onze anos de idade, estava pálida, com os beiços feridos e aparentemente com dores no corpo e por isso gemia. Não tinha tanta proteção quanto Wes; se ele não fizesse nada, ela morreria de hipotermia em pouco tempo. Agarrou a pokébola de Cyndaquil e a arremessou, libertando-o. Assim que a luz se desfez, Cyndaquil se derretia em frio e tremedeira. — Amigo, eu não queria te trazer aqui mas a vida daquela garotinha depende de nós! — disse Wes, apontando para ela. O pokémon se espantou com a situação da criança e em um grito de guerra fez chamas poderosas brotarem de suas costas. Rapidamente, Wes abraçou a criança com o cobertor e Cyndaquil se enfiou junto à eles com o corpo quente e que deu à todos um conforto capaz de trazer o tão desejado sono que os fizeram acordar após às dez da manhã. A garota não estranhou a presença de Wes, sabia que tinha recebido ajuda. Em vez de se desesperar, escolheu se apresentar: — Eu sou Lia. Muito obrigada por me ajudarem noite passada. — sem nenhuma outra palavra, começou uma caminhada para longe.

— Ei, espera! Onde estão seus pais? — questiona Wes.

— Eu não tenho família. Eles morreram quando eu era uma bebezinha. Eu tenho que me apressar para chegar na cidade e encontrar o que comer. — terminou.

— Acompanharei a senhorita. — decide, ao lembrar do irmão mais novo que deixara em casa. Teve empatia ao trocar a garota por seu irmão e provar do sentimento de preocupação.

Wes recolheu suas coisas e retornou Cyndaquil à pokébola. Caminharam por alguns minutos e durante o percurso a barriga de Lia rugia com frequência. Ela apalpava a barriga para confortar a fome, mas de nada adiantava. Wes não tinha palavras para consola-la então decidiu não dizer nada. Ao chegarem na cidade, Lia correu para o primeiro restaurante que avistou, mas por ventura, ela não passou pela entrada. Quando viu a garota correr em direção ao fundo do local, Wes passou a correr junto. A pegou revirando o lixo do local. Já tinha engolido dois ou três restos; o garoto Starkiller não teve reação por alguns instantes mas precisou agir. Pegou o braço fino de Lia e a arrastou até o centro pokémon. A pequena não o impediu, mas parecia envergonhada com todo mundo olhando para ela ao entrar no estabelecimento. Foi em direção à enfermeira Joy, solicitando ajuda:

— Olá. Eu encontrei essa garotinha nas proximidades. Ela está perdida, não tem família, nem onde ficar ou o que comer. — aproximou-se da enfermeira — Slateport pode ajuda-la?

O centro pokémon deu todo o apoio necessário à Lia. Ela pôde ter uma refeição decente e novas vestimentas. Logo depois, um homem (que a enfermeira telefonou) chegou para busca-la. Careca, e acima do peso, rosto bastante carismático sempre sorridente. Epos, o líder da Casa da Esperança de Slateport (CES), um orfanato de lá. Houve muita conversa antes que Lia aceitasse ser levada. Estava em negação, talvez acostumada com a liberdade e a maldade de algumas pessoas que viram sua situação e não fizeram nada para ajudar. — Você nunca mais precisará revirar lixo, pense nisso — falou Epos. Foi depois de uma visita à CES, onde viu grupos de crianças felizes brincando e se divertindo que ela foi convencida totalmente. O jovem treinador acompanhou todo o processo de ingressão de Lia no lugar e sentiu que não tinha ajudado o suficiente. Era quase fim de ano e o espírito comunitário e natalino já pairava por todo lugar.

— Senhor Epos, já que estou aqui, talvez eu possa ajudar com mais alguma coisa... — disse Wes.

— Vamos fazer um pequeno festival beneficente neste final de semana. Se você nos ajudar seria ótimo! — diz Epos, com um sorriso estampado.

Wes estava decidido em contribuir com trabalho na preparação do evento. No dia, ajudou a colher frutas para as cozinheiras prepararem doces; ajudou a decorar e até a montar tendas de vendas. Tinham ali para serem vendidas, muitas artes feitas pelas crianças e eram todas muito lindas. Para os turistas, itens com a marca e o nome de Slateport, para os conterrâneos, itens de pokémon e outros temas populares. Foi um sucesso e Lia não podia estar mais feliz. Wes podia ver um contraste enorme das expressões de quando a conheceu e as de agora. Sentiu-se realizado, tanto por Lia quanto pelo evento beneficente, que arrecadou mais do que o esperado. Antes de dizer adeus, Epos presenteou o treinador e pediu para que um dia voltasse para visita-los.  — Pode deixar, um dia eu voltarei! — afirmou, caminhando pra longe acenando. Uma troca de olhares especial para Lia, que sorri. Enquanto andava, pegou a pokébola de Cyndaquil para polir. — Cara, lá vamos nós voltar para aquela floresta fria!

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Comece escutando essa música :


Depois de passa um bom tempo caminhando em Mu Island vejo alguns cartazes sobre o natal e nesse ano eu queria fazer algo diferente. Todos os natais eu comemorava com a família ou com os amigos e até mesmo ia para lugares cheio de gentes se divertir, mas séria isso o significando dele.
Caminho pelas ruas com um pensamento profundo e observava tudo a minha volta e via muitas gentes levando presento, recebendo e comprando, mas diante daquilo tudo algo em mim me falavam para procura um significando mais profundo.

- O que vou fazer nesse natal...

Falavam eu enquanto estava sentado em uma praça e olhava para o céu e de alguma forma procurava algo que me ajuda-se a encontra um significando e foi que em um momento quando olho para o lado vejo algo inscrito em um grande prédio.

Centro de Recuperação de Crianças com Câncer - CRCC

- Espera eu nunca fui em um lugar assim, mas não tenho presente para entrega lá.

Diante o mar de pensamentos que se encontrava em minha cabeça me levanto e vou até o CRCC, queria de alguma forma fazer algo, mesmo não tendo presente para dá, queria pelo menos entrega um pouco de sorriso.
Assim que chego vou até a recepção do prédio e lá se encontrava um enfermeira que estava arrumando alguns papeis.

- Bom dia.

- Bom dia. O que posso fazer pelo Senhor?

- Eu gostaria de ajuda como voluntario...

- Você chegou em uma ótima hora, precisamos de gente para levanta a alegria das crianças daqui, espera só um pouco que vou chama o Ricardo para leva você.

Não sei o por que, mas a forma que ela agia me mostrava que poucas gentes se importava com aquele lugar.
Não demora para aparece um homem bem grande, careca e que sua estrutura revelava que fazia muita musculação e tinha um corpo bem definido para um atleta e chegando em mim fala.

- Você é que veio ajuda como voluntario?

- Sim, sou eu.

- Me acompanhe, vou leva até as crianças e vou lhe fala no caminho o que tem que fazer.

Começamos a caminha pelos corredores daquele prédio que em alguns momentos podia ver que precisava de uma nova pintura.

- Bem o que você deve fazer é apenas fazer as crianças rir e se divertir.

- Só isso, eu pensei que elas ia fica triste por eu não trazer presente a elas.

Aquele homem abre um sorriso e então fala.

- Aqui o sorriso vale muito mais que um presente.

Aquele momento não entendia o por que daquele comentário e assim que entro no salão onde estava as crianças, me deparo com uma situação que não imaginavam. As crianças não tinha alegria e outras né tinha motivo para brinca ou cria um laço.

- Bem, vai ser difícil, mas boa sorte.

Agora me encontrava em uma situação que nunca tinha imaginado e o que deveria fazer, então depois de pensa um pouco informo o homem que eu ia usa meus parceiros para realiza uma apresentação e depois de conversa com cada parceiro chego perto da porta e falo.

Agora escute essa música :



- O Vento passa, toca e fala..., ninguém saber de onde vem e né para onde vai..., mas sempre deixa suas marcas...

Nesse momento Blue e Lef libera seus movimentos criando um pequeno furação de ventos e folhas que logo se transforma em pequenas chamas que atrair a atenção de todas as crianças e na entrada da porta estava o Char o responsável por cria as chamas.
Nesse momento uma linha de vento cruza a sala fazendo as crianças fica curiosas, mas não demora para elas ver meu Navi passado por baixo do Char que pulava um mortal para frente.
Todas as crianças libera um sorriso mudando pelo menos um pouco a energia daquele lugar e quando falo que elas podia toca nos meus pokémon vão correndo para cima deles, menso do Navi que acaba chamando elas para brinca de estátua.
Aquilo era algo simples e que né tinha muito valor, mas de alguma forma me mostrava que era muito importante e quando menso percebo o Senhor Ricardo chega em mim e fala.

- Nossa é tão belo ver essas crianças sorrido, se você volta amanhã pode ser que não venha encontra algumas delas.

- Por que?

- Bem elas fazer tratamento e muitas vezes para nossa infelicidade não consegue suporta, é tão triste isso que procuramos de alguma forma trazer a elas alegria, pois isso tem um valor muito grande.

Foi então que percebi o que ele quis dizer mais cedo, muitas vezes reclamamos de algumas coisa, não damos valor para aqueles detalhes que a nossa vistão não tem importância nenhuma, mas que faz toda a diferença.

- Nossa, eu nunca tinha parado para ver que nossa existência é como uma simples fumaça, surge e logo desaparece, essas crianças lutar cada dia para viver, enquanto eu com saúde não dava importância para que é importante, só por pode respira eu devo ser grato.

- Vejo que hoje você descobriu algo importante.

- Sim descobrir.

Depois de fazer mais as crianças sorri e se divertir, chega o momento que era hora de ir, mas antes tiro uma foto com todas as crianças. Uma copia da foto os médicos do lugar dão para mim.
Então volto para o Centro pokémon, com um novo significando para os meus dias.

Refleti

_________________
Local dos segredos Lupinos :


[Evento] Visita Especial B446mbV

[Evento] Visita Especial Gaul10
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[Evento] Visita Especial Imagem12

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Minhas mãos suavam um pouco, por que estava nervoso? Minha pokebolas pareciam fazer um peso maior do que o comum enquanto eu passava por aquele hospital. Talvez fosse o medo de encontrar meus familiares? Ou talvez o fato de não os encontrar? Bem, talvez fosse impossível por se tratar de uma ala infantil. Mas isso não em impedia de sentir medo pelo bem estar de minha família que havia ficado para trás no começo de minha jornada. Eu havia me cadastrado no Centro mais próximo para fazer uma boa ação e tentar trazer um pouco de orgulho para mim e minha família, até mesmo para com meus companheiros pokemons.

Um longo corredor repleto de portas. Quarto 101, 102, 103... ah, é aqui. Quarto 116. A ala das crianças que sofreram graves ferimentos na inundação, o que me deixava curioso a respeito de que tipo de ferimentos encontraria. Bem, não era hora de me fechar para pensamentos tão ruins, eu vim para trazer um pouco de alegria a crianças tristes. Para isso, trouxe Zephyr, meu alegre Jolteon; Kitsune, minha tímida vulpix; e o Tanoshi, meu Krabby brincalhão. Um trio perfeito para o que eu planejava.

Zephyr saiu de sua pokebola soltando um grunhido alegre e saltitando, como sempre fazia. Kitsune apareceu com seus olhos grandes e curiosos. Tanoshi, como sempre, mal apareceu e já queria roubar alguma cena com suas bolhas. De fato, o trio perfeito para isso.

Entrei na sala, e um clima melancólico me atingiu, vendo crianças com membros amputados ou enfaixados, nunca pensei em ver uma coisa tão triste e entendi o motivo de pedirem para fazerem esta caridade. Engoli em seco e comecei meu pequeno show. Zephyr começou a correr pelo quarto, dando pequenos latidos e balançando seu curto rabo, chamando a atenção das crianças, cortando-as de seus pequenos mundos tristes. Sua alegria era bem contagiante e isso não se podia negar. Mas ainda não era o suficiente, apenas tinha conseguido suas atenção com isso.

Rapidamente, coloquei Kitsune no chão e pedi para que ela fizesse o começo do espetáculo. Com uma breve hesitação, quando os olhos das crianças voltaram-se para ela, a pequena raposa de fogo liberou suas brasas para o ar, como pequenos fogos de artifício sem barulhos. Todas as crianças olharam para cima, enquanto aquelas brasas desciam lentamente, até se chocarem com as bolhas que Tanoshi começara a criar para evitar problemas. O quarto começou a brilhar com as luzes vermelhas, que logo começavam a cessar e dar espaço apenas para as bolhas de Tanoshi. O teto começava a encher de bolhas, agarrando a atenção de todas as crianças para aquela passeata de bolhas pelo quarto, flutuando sem destino acima destes. Era só o que precisava para que Zephyr lançasse seu golpe elétrico, que após entrar em contato com a primeira, começou a se espalhar pelas outras bolhas e criar um estouro rápido de todas as bolhas, mas antes que estourassem todas as crianças puderam presenciar o golpe elétrico percorrer as bolhas como um fluido seguindo em zigue-zague, algo realmente bonito e cativante.

Todas esqueceram, momentaneamente de seus problemas para reagir com um uníssono "ooh" e uma salva de palmas. Meus companheiros se sentiram felizes e logo começaram a pular de cama em cama, acariciando as crianças e provocando risadas em grupo. O que mais se impressionaram foi com Kitsune, uma pequena Vulpix que apenas possuía duas caldas ao invés do conjunto completo, o que fez Tanoshi começar a criar milhares de bolhas em busca de atenção. Uma disputa cômica pois Kitsune sequer percebia ser uma disputa. Enquanto isso meu elétrico saltitava entre camas. A risada infantil era algo doce.

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O Natal estava chegando, e com ele vinha uma grande vontade de fazer o bem por causa de todo o sentimentalismo que envolve essa época do ano. Pensando nessa incrível vontade das pessoas fazerem coisas que normalmente não gastariam seu tempo fazendo, a Liga Oficial de Hoenn criou uma campanha de caridade. Eu acabava de ficar sabendo sobre ela e corria para o Centro Pokémon para me candidatar. Ao contrário da maioria das pessoas, eu gostava bastante de fazer esse tipo de coisa, e estava bastante empolgado.

- Bom dia, enfermeira Joy! Eu gostaria de me candidatar para a visita especial. – Eu dizia enquanto me escorava no balcão do Centro Pokémon, interrompendo a enfermeira que escrevia algo em um pedaço de papel.

- Bom dia, jovem treinador. Você chegou em uma ótima hora, eu acabei de juntar um pequeno grupo de treinadores voluntários. E estou os mandando para um orfanato aqui da cidade. – Ela apontou para um grupo de quatro treinadores que conversava perto da porta, três homens e uma mulher. Todos com expressões animadas. – Se você quiser se juntar a eles, venha comigo. Eu já estava indo lhes passar o endereço.

- Claro! Vai ser ótimo poder visitar as crianças. – Dizendo isso, eu me juntei a enfermeira e fomos até os outros treinadores.

- Prontinho pessoal, aqui está o endereço. E aqui está mais um jovem para se juntar a vocês. – A enfermeira estava muito animada. Parecia que muitos treinadores estavam se voluntariando para a campanha desse Natal.

Eu me apresentei aos outros integrantes do grupo e eles se apresentaram de volta, eram Romeo, Agatha, Hendriksen e Apollo. Logo depois saímos. O orfanato era bastante longe, e ficava em um local mais afastado. Atravessamos o centro de Mu Island e depois o distrito industrial, e logo depois de atravessar um pequeno bosque finalmente conseguimos chegar. Um grande casarão antigo, com um grande jardim malcuidado envolta de uma fonte imunda, e um pequeno playground com uma estrutura bem velha de madeira, eram o que formava o orfanato.

Apesar de ser cedo, não tinha sinal de nenhuma criança brincando por ali, o que era bem estranho, já que estávamos em férias escolares. Eu olhei para os outros e vi que todos tinham ficado desanimados. Todos nós esperávamos encontrar várias crianças animadas por ali, e não tinha ninguém. Para acabar com aquele clima, fui até a porta e bati com força, visto que não havia campainha. Os outros continuavam olhando para as estruturas exteriores, e balançavam a cabeça negativamente.

Depois de alguns segundos que eu havia batido na porta, ela se abriu. Uma menininha de uniforme enfiava a cabeça para fora e perguntava baixinho: - Quem é? – O uniforme era bem formal, uma camisa branca e uma saia azul marinho.

- Olá, meu nome é Allan. O Senhor Joaquim está? – Joaquim era o nome do responsável pela administração do orfanato. A enfermeira Joy, havia escrito um bilhete para que entregássemos a ele antes de começarmos a visita.

- VOVÔ! TEM UM MOÇO TE CHAMANDO! – A menina gritou se virando para o interior do casarão.

- Já estou indo. – Uma voz fraca respondia. Uma voz que provavelmente pertencia a um senhor de idade mais avançada. Depois de aproximadamente um minuto, logo atrás da garotinha, aparecia um senhor. Seus cabelos eram curtos e grisalhos, sua pele tinha uma aparência frágil e era quase toda cheia de pequenas dobras, principalmente em seu rosto. – Em que posso ajuda-lo, meu jovem? – Sem dizer nada, eu apenas entreguei o bilhete que a enfermeira havia mandado. O velho homem colocou o pedaço de papel à frente de seus olhos e foi afastando e aproximando o papel, como se estivesse ajustando o foco, até que ele parou o papel a uns quarenta centímetros e começou a ler. – Então vocês são os voluntários que a Joy enviou para me ajudarem. Chame os seus amigos e entre. – Depois de dizer isso, ele apenas se virou e entrou de volta para o casarão.

Chamei os outros, e entramos. Ao contrário do lado de fora, o interior do casarão era impecável. Não se via uma mancha sequer em qualquer lugar que se olhasse, e tudo estava tão bem colocado que mesmo não tendo moveis caros eles conseguiram transformar o casarão em um lugar bem aconchegante. Agora nós cinco estávamos parados no meio do saguão de entrada praticamente com a boca aberta, mas agora não sabíamos o que fazer.

- Eu estou muito velho para o trabalho, mas eu não posso simplesmente abandonar as crianças. Eu e minha esposa cuidamos disso tudo sozinhos, e as crianças nos ajudam mantendo tudo organizado. Mas como podem ver, nós não damos conta de consertar as coisas lá fora, e por isso não podemos deixar as crianças saírem para brincar. – Os olhos de Joaquim se enchiam de lágrimas ao dizer essas palavras. – Nós também não temos dinheiro para pagar alguém para nos ajudar, já que recebemos poucas doações da cidade e isso mal nos alimenta. Então quando a Joy disse que mandaria alguns jovens para ajudar, nós ficamos tão felizes.

Nessa altura, Agatha já estava chorando, já que as garotas são mais sensíveis que os garotos, mas mesmo assim nós estávamos todos comovidos com a história. Estávamos dispostos a ajudar no que fosse preciso, era por isso que estávamos ali. Joaquim e sua esposa estavam precisando da nossa ajuda para poder arrumar as coisas no jardim, para que as crianças pudessem sair de casa para brincar. Apesar de não ter ideia de como faríamos isso, nós apenas concordamos e ouvimos todas as explicações do que queriam que fosse feito, e depois voltamos para o jardim.

- Gente, eu tenho uma ideia. Podemos usar nossos pokémons para nos ajudar a arrumar essa bagunça. – Hendriksen que parecia ser o mais velho e experiente de nós, teve uma excelente ideia. Poderíamos usar as habilidades dos pokémons para fazermos tudo mais rápido.

Então com essa decisão tomada, nós conversamos e distribuímos as funções de acordo com os pokémons de cada um. Agatha estava responsável pela fonte, já que ela era uma mono treinadora do tipo água; Romeo e Apollo cuidariam do jardim, já que tinham uma variedade maior de pokémons planta e inseto; e eu e Hendriksen cuidaríamos do playground, já que precisaria mais de força bruta do que o resto dos trabalhos.

Hendriksen estava coordenando nosso trabalho, ele parecia ter experiência com esse tipo de coisa, e seus pokémons eram perfeitos para isso. Como todos os brinquedo do playground eram feitos de madeira, nós teríamos que trocar as madeiras velhas por novas, então eu estava responsável por medir as madeiras e ajudar o Bisharp de Hendriksen a buscar as madeiras no pequeno bosque que tinha ao lado do casarão. Enquanto eu e Bisharp buscávamos as madeiras, Hendriksen e seu Conkeldurr desmontavam e remontavam os brinquedos com as novas madeiras. Bisharp era muito habilidoso em cortar árvores, seus cortes eram milimetricamente perfeitos, bastava que eu falasse o tamanho que ele cortava perfeitamente. Os outros grupos também estavam indo muito bem. Romeo e seu Scyther podavam os arbustos, enquanto Apollo fazia com que seu Rotom possuísse o cortador de gramas e começasse a trabalhar aparando a grama enquanto ele retirava as folhas secas e as amontoando em um único lugar. A Bellossom de Apollo também fazia sua parte, ela dançava com as flores do jardim fazendo com que elas ganhassem mais cor e perfume, trazendo um pouco mais de vida ao jardim. Como meu Charmander não podia me ajudar muito em meu trabalho, eu o havia mandado ajudar no jardim, sendo assim ele pegava as folhas secas e os restos da grama que Rotom cortava e ia colocando em sacos. Agatha que estava responsável pela limpeza da fonte, também não estava tendo problemas, seu Poliwag mergulhava e retirava o lodo do fundo da fonte e seu Piplup a ajudava a limpar a sujeira da estrutura da fonte com um fino e preciso jato de água.

Algumas horas depois, nós finalmente havíamos terminado. Agora já passava da hora do almoço e estávamos todos famintos por causa do trabalho. Nós nos sentamos nos degraus da porta da frente e observamos o resultado de nosso trabalho. O jardim agora estava perfeitamente arrumado, não haviam mais folhas secas espalhadas pelo gramado e o gramado estava todo aparado e uniforme, os arbustos estavam padronizados em formato e tamanho e as flores exalavam um belo aroma em todo o jardim. A fonte central estava limpa e lustrosa, e suas águas transparentes jorravam formando um lindo arco-íris no reflexo do Sol. E os brinquedos do playground agora estava todos arrumados, as madeiras estavam em bom estado e muito bem colocadas, e estavam muito bem polidas para que não soltassem lascas. Estávamos incrivelmente satisfeitos com o resultado, e esperávamos que eles gostassem.

- Gente, olha lá! – Uma das crianças acabava de olhar pela janela e chamava as outras. E alguns segundos depois, todas as crianças do orfanato estavam saindo pela porta da frente felizes e animadas.

Era a coisa mais satisfatória do mundo, ver o sorriso no rosto de cada criança que saia pela porta. Eram cerca de vinte crianças que haviam ali, todas vestiam o mesmo modelo de uniforme diferenciando entre saia para meninas e short para meninos. Todas as crianças eram bem novinhas, isso porque já era costume as crianças poderem sair de casa para se tornarem treinadores aos dez anos e isso não era diferente para os órfãos, era uma saída para eles. Os pequeninos corriam pelo jardim e apreciavam o perfume das flores, alguns pulavam de roupa e tudo dentro da fonte, para poder aproveitar o Sol que brilhava tão raro nesse inverno rigoroso, o resto deles fazia uma fila para revezar nos brinquedos recém reformados do playground. Estavam todos aproveitando o primeiro de muitos dias que poderiam brincar do lado de fora. Um pouco depois que as crianças saíram, o casal de velhinhos veio para fora também. Rosa, a esposa de Joaquim, chorava de tanta felicidade em ver as crianças podendo brincar sem nenhum problema, e Joaquim segurava o choro com os olhos brilhando cheios de lágrimas.

- As crianças fizeram isso pra vocês. – Disse Joaquim com a voz meio tremula, e nos entregou cinco cartões de Natal. Os cartões foram todos feitos a mão, com desenhos e algumas palavras garranchadas de agradecimento.

Nós recebemos os cartões com muito carinho e ninguém conseguiu se segurar, todos soltamos lágrimas de felicidade por receber um presente tão lindo e sincero. Antes de irmos embora, Joaquim e Rosa chamaram todas as crianças, e elas nos abraçaram um por um, para se despedir e nos agradecer por arrumarmos o jardim. Os últimos a se despedirem nos trouxeram um lanchinho, já que não havíamos comido nada o tempo todo que ficamos trabalhando. Por fim nós pudemos desejar um Feliz Natal a todas as crianças e aos responsáveis pelo orfanato, e pudemos ter certeza que este ano as coisas seriam diferentes para essas crianças. E depois disso fomos embora, com lagrimas nos olhos e um grande sorriso no rosto, e com um ótima experiência para nossas vidas.

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O natal já se aproximava, era hora de reunir a família e colocar o papo em dia. Mas neste natal iria seria diferente pra mim. Decidi que não iria passar o natal com a minha família, mas iria fazer uma coisa diferente que me animou quando passei por um cartaz que dizia sobre instituições de caridade. Minha mãe me falou sobre, mas não era exatamente tudo, mas eu sabia que existia pessoas que não tinham ninguém, ou que passavam por alguma necessidade, poderia ser de saúde, família, enfim, nem todo mundo passavam seus dias com suas famílias, ainda mais em épocas comemorativas.
Foi então que decidi não passar o natal com a minha família, e sim com pessoas que não tinham isso ou nem sabiam o que era isso. Em seguida fui até o Centro Pokemon da cidade e com a ajuda da enfermeira, pude saber quais as instituições tinham na cidade. A lista era enorme, não sabia em qual ir tinha diversos onde eram para idosos, crianças com câncer, autismo, orfanatos, até que finalmente decidi. Pesquisei tudo sobre o orfanato, a quantidade de crianças e aproveitei pra agendar minha visita. Liguei para minha mãe no horário combinado, de sempre, e contei o que iria fazer, ela me deu total apoio, também me ajudou com algumas coisas que precisava.
Fui em uma loja que vendia saquinhos e lacinhos vermelhos, depois fui em uma doceria e comprei alguns docinhos, era simples, mas não tinha muita criança no orfanato então daria pra fazer o que eu tinha planejado. Liberei os meus pokemons das pokebolas e falei o que iriamos fazer no natal, todos concordaram em ajudar e fazer o que eu tinha dito. Dei um cachecol listrado nas cores vermelho e branco pra cada um, já eu estava com um vestido vermelho e branco uma trança no cabelo e um gorro de papai noel que simbolizava o natal. Com ajuda deles preparei os saquinhos totalmente iguais com a mesma quantidade e com diversos docinhos para cada um dos órfãos e em seguida coloquei em um saco vermelho.
Sim estava pronta e vestida igual ao simbolo natalino, deixei todos nas suas pokebolas, e iria libera-los no local. Ao chegar no local falei com a responsável, era uma senhora da cara nada amigável, ela guardou o saco como havia pedido e já tinha conversado o que iria fazer. Logo adentrei o orfanato e fiquei um pouco chocada, mas prossegui com sorriso no rosto e algumas crianças já se aproximavam curiosas. Cumprimentei algumas e me aproximei mais das que estavam afastadas.
Logo decidi fazer uma brincadeira, iriamos brincar de adivinha, juntamos em uma grande roda, e iniciamos o advinha de "que pokemon é esse?". Tudo bem era algo difícil, mas existia alguns fáceis, e por discrições, iniciais da letra do nome, ou até alguma mimica nos esforçaríamos e sem contar que a maioria gostou da ideia. Logo comecei primeiro e assim seguiu um por um de cada 25 crianças que tinha ali foi um pouco cansativo, porém engraçado e divertido.
Em seguida estava na hora de apresentar meus pokemons e então estava novamente no meio da roda novamente, não estava mais com o gorro, já rodava nas mãos das crianças. - Bem, vocês pretendem ser treinadores, criadores, coordenadores, ou algo relacionado a pokemons? Se sim, levantem a mão - e apenas uma criança que não, que logo fiquei de olho nela. - Então, eu sou uma treinadora pokemon, ou estou tentando ser.. - disse tendo uma pequena lembrança de meu avô. Nessa minha pausa as crianças pareceram se interessar e começaram a perguntar sobre meu pokemons. Educadamente pedi para que deixassem eu terminar de falar e assim fizeram, acho que por causa da cara da velha senhora que estava dando voltas ao redor da nossa roda. - Eu não tenho muitos, e por isso trouxe eles para vocês conhecerem. A única coisa que peço é que apertem eles que alguns não gostam - disse rindo.

- O primeiro que irei mostrar a vocês é do tipo fogo e anda em quatro patas, é bonito também, alguém sabe qual é? - esperei respostas mais não obtive, e logo liberei Húngaro. - Bem esse é Húngaro ele é um Ponyta e ele foi o meu primeiro pokemon - Húngaro era reservado, mas não ficou de cara feia para crianças, só esperava que o Thor também não ficasse. - O segundo é do tipo água, ele é pequeno e azul, e é um dos iniciais de Hoenn. Alguém sabe qual é? - Antes que terminasse de falar ouvi varias respostas  "Mudkip" vinda das diversas crianças. Segurando a ultima pokebola engolindo um pouco seco continuei - O último é grande, amarelo, e tem uma expressão séria - disse vendo Mudkip imitar o rosto do Thor. O pokemon apareceu de braços cruzados e em seguida deu um pequeno sorriso, o que já era muito. - Esse é o Thor, ele é um Electabuzz, quem quiser brincar com eles podem vir.. - olhei um tanto séria para os pokemons com um ar de "se comportem". E em seguida fui até a criança que não gostava de pokemons e se afastou quando comecei a liberar os pokemons.
- Oi qual o seu nome?- disse tentando me aproximar. - Isabelle.. - disse a menina, - Não quer ir brincar com os pokemons? - apontei para os mesmos que corriam, estavam brincando de pega pega. - Eu não gosto de pokemons, um de fogo me machucou.. -  ela falou me mostrando a mão que tinha uma queimadura. Perguntei a ela e ela me explicou o que havia acontecido. - Mas você não disse que ele estava machucado? Se ele te machucou foi porque estava com medo.. - disse olhando-a tentando incentiva-la a brincar. - Eu também já me machuquei - mostrei alguns arranhões no braço pra ela que quase estavam apagados - Eu tenho uma Roselia, ela não pode vir hoje, mas ela estava em perigo e eu tive que segura-la no colo. No começo não estava com um pano segurando ela, ela se assustou ao ver outro pokemon e se mexeu no meu colo e os espinhos dela me machucou. - fiz uma pausa e prossegui.
- Se ele te machucou era porque estava com medo não porque ele quis fazer aquilo. Quer conhecer meus pokemons? - perguntei e ela continuou na dela sem me responder, e foi ai que tive uma ideia.
Pedi para a senhora trazer o saco que havia guardado antes, pedi dois cestos pequenos, uma linha e pedi que a mesma colocassem quantidades iguais nas mesmas , e não demorou pra chegar com o que eu tinha pedido. Chamei Húngaro e amarrei o cesto do lado do seu corpo e Mudkip prendi em suas costas, Electabuzz iria entregar com o saco já que tinha mãos. - Mudkip vai até aquela menina e entregue um para ela.. - disse apontando para Isabelle. Mudkip fez, e a menina demorou um pouco, mas acabou pegando, Mudkip esfregou a lateral do rosto na perna da menina e em seguida foi entregar o resto dos saquinhos com os outros.
Ao terminarem entreguei as coisas para senhora e fiquei com meu saco de presentes. As crianças brincaram mais com os pokemons, alguns montavam em Húngaro, outros faziam carinho no Mudkip, outros brincavam com Mudkip e eu era enfeitada pelas meninas e os meninos me faziam perguntas. A diretora do local disse então que estava na hora da gente ir embora. Algumas crianças não queriam e nem eu, mas ela nos deu alguns minutinhos para nos despedir. Depois de sentarem todas na minha frente viradas pra mim e pros pokemons decidi fazer uma outra coisa.

Nos ensaiamos nos dias anteriores, mas mesmo assim carregava um papel comigo. Os pokemons também sabiam então esperaria dar certo. Era uma pequena apresentação sobre um texto e então iniciamos. - Era uma vez uma criança solitária e sozinha - Thor entrava na minha frente e andava de um lado para o outro cabisbaixo. - Ele não brincava, e não tinha amigos, sempre estava sozinho - Electabuzz sentou no chão e continuou cabisbaixo. - Mas um dia outras duas crianças foram até ele e o chamaram para brincar, mas ele ficou com medo e continuou ali sentado. - Mudkip e Húngaro entraram e faziam movimentos como se chamassem Thor para uma brincadeira, mas Electabuzz negou com a cabeça. - Eles continuaram a fazer isso ao longo do dia até que Electabuzz aceitou - eles repetiram tudo duas vezes até que Electabuzz balanço a cabeça dizendo "sim" e se levantou indo brincar com eles. - Depois de ficarem amigos todos foram brincar e assim ninguém estava mais sozinho. - Eles saíram do palco terminando a pequena peça.

- Quando vocês virem alguém sozinho, chame-os para brincar, não os deixe sozinho, e se você for alguém sozinho aceite brincar com os outros, não fique sozinho - terminei de falar dando um pequeno sorriso. - Crianças eu gostei de passar o dia com vocês, espero que tenham gostado dos doces, a gente agradece por deixarem a gente brincar com vocês. Agora é hora da despedida quero o abraço de cada um. - terminei de falar já formando uma fila para abraços.
Todos se despediram principalmente Isabelle dos pokemons, ela chegou a abraça-los. Fiquei feliz por ajuda-la a mudar o pensamento dela em relação aos pokemons. E assim retornei para o centro pokemon onde terminei o meu dia, logicamente chorei, não me imaginaria sem minha família, e aquelas crianças que com pouco ficavam alegres, e quando a mesa estava farta em casa e eu comia o de bom e do melhor, enquanto outras crianças as vezes não tinham, ou tinham pouco para dividir. Apesar de pequena, aprendi muita coisa naquele orfanato. E a mensagem que minha mãe falou para eu ler, ficou um tanto legal com os pokemons atuando, afinal era pra ser algo divertido.

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Aaaaaah o natal...

Época mágica, incomparável. Não necessariamente pela fatídica noite, tampouco pelos quilos de comida ingerida, entre doces e salgados, naquelas horas. O que fazia aquela época especial era simplesmente a junção de tudo: das luzes, dos enfeites, músicas, comidas e tudo mais. Tudo aquilo que formava o clima natalino.

Asaph Lewis, o nem-tanto-herói-assim da vez, passeava tranquilamente pelas ruas de Mu Island após vencer sua primeira batalha na misteriosa Battle Factory, aguardando também o segundo dia de competições holográficas. Caminhava deixando-se imergir totalmente por aquele clima. A cidade pulsava o natal, mesmo as expressões das pessoas mostravam que não estavam vivendo em seus dias normais. Sorrisos e cumprimentos de desconhecidos faziam o rapaz se sentir vivo, se sentir bem-vindo. Coisa que independia da cidade: provavelmente o treinador se sentiria daquela mesma forma em qualquer outro lugar.

Até que tropeçou em uma pedra solta na calçada, liberando um grunhido involuntário e “catando cavaco”, parando apenas alguns passos à frente. Na frente do Centro Pokémon, na verdade. Entrou ali e foi verificar seu dedinho mindinho, que apresentava certos sinais de dor.

Até que se deparou com um cartaz de um evento que envolvia ONGs, e ajudar o próximo, e tudo mais. Sempre foi da índole de Asaph, parte da personalidade, e ele imaginou quanta experiência poderia ganhar com aquilo. Conversou com a enfermeira Joy e ela lhe falou sobre alguns lugares, o que o fez rapidamente esquecer da dor do mindinho e sair andando à procura de um dos endereços citados pela enfermeira, até que achou um lugar que se dedicava a receber pessoas com alguns tipos de deficiências específicas, melhorando seu convívio e possibilitando, muitas vezes, que alguns conseguissem empregos e ajudassem uns aos outros. Parecia ser realmente um lugar bacana, um desses lugares onde comunhão é realmente o bem mais precioso.

Logo se apresentou e lhe convidaram a entrar. Não demorou um minuto, caminhando para o interior do lugar, até conseguir o segundo tropeção do dia, parando bem próximo de um deficiente visual, que percebera tudo obviamente.

- Ah, eu realmente queria ter visto essa!

- Haha! Estou bem, estou bem, não precisa se preocupar!

- Desculpa o mau jeito! Não se machucou mesmo?

- Nada, foi só um tropeção! Mas hein, qual o seu nome?

- Ah, me chamo Lucas! Estou indo ali ver em um violão!

- Sério? – Involuntariamente, a expressão de Asaph mostrava certa incredulidade e surpresa. Até porque o trocadilho com a palavra "ver" deixava bem claro qual era o humor daquele homem.

- Pois é... Bom, eu vou indo nessa!

- Espera aí! Se eu te acompanhar, posso te ajudar de alguma forma?  

Como os planos tinham mudado rápido! Mas bem, às vezes ajudar uma pessoa de forma profunda pode ser mais efetivo do que se dedicar superficialmente a muitas delas. Instintivamente, então, e meio que achando interessante aquilo tudo, o treinador se ofereceu para guiar o homem até lá. Lucas já tinha passado dos trinta. Vestia-se da forma mais simples possível: bermuda, chinelo e camisa polo. Na mão direita uma bengala, na face a evidência de sua deficiência: seus olhos eram quase totalmente esbranquiçados, além de não se fixarem no mesmo ponto, mas em locais distintos. Lucas não parecia, também, se preocupar muito com a saúde: uma nada suave barriguinha despontava na camisa, mostrando que o homem parecia ser, ao menos, mais adepto ao garfo do que à atividade física.

Lucas não discordou, ao contrário, sorriu para o jovem Asaph, cuja cor dos olhos deixou de ser importante em apenas um instante. E estava instaurada a ideia de ajudar o Lucas a dar uma olhada em um violão. Uma dificuldade inicial se apresentou: Como ajudá-lo, de fato? E Lucas lhe ensinou a primeira lição: bastaria que Asaph o deixasse segurar seu braço, na altura do cotovelo, enquanto caminhavam. Pareceu simples demais em uma primeira impressão, mas aquele método cobrou de Asaph uma habilidade e precaução que ele realmente não esperava.

Daí pra frente, foi tudo muito curioso. Ser os olhos de alguém era realmente novo. Não que Lucas jamais tivesse enxergado, uma doença lhe tirou a capacidade visual no início da adolescência – o rapaz fez questão de falar enquanto a dupla dava os primeiros passos, mesmo sem Asaph ter perguntado. Como qualquer ser humano, sua mente começou a imaginar como seria difícil viver em um mundo que não fora projetado para as suas necessidades.

Mas não teve tanto tempo para pensar. Precisavam atravessar uma avenida, já na rua novamente, e havia um meio-fio ali, que Asaph desceu sem problemas mas, como estavam indo meio rápido, Lucas acabou quase caindo, tropeçando por não ter tido tempo de perceber o desnível descrito pelo corpo – e consequentemente – pelo braço de Asaph. Mais vermelho do que um belo tomate, Asaph se desculpou com o máximo de humildade que lhe parecia ser possível, e Lucas apenas ria, achava graça do quase tombo, da bengalada que acertou no treinador e de como ele estava sem jeito com tudo aquilo.

O metrô também apresentava dificuldades. Como passar na catraca sem o homem se perder dele? Sem problemas, um agente do meio de transporte liberava o acesso para os deficientes, facilitando um pouco o acesso. E o vão entre o trem e a plataforma? Nada que aquela “bengala” não resolvesse, já que o homem, tateando, percebeu facilmente onde deveria pisar. E as pessoas também ajudaram, cedendo o lugar e permitindo que o trânsito fosse facilitado.

Foi aí que Asaph percebeu: aonde estavam indo? Não importava, Lucas sabia. Indicou a estação onde deveriam descer, e assim se fez. Contornaram uma esquina, depois duas.
“Ali há uma loja de lâmpadas, não é? Sempre achei essa loja impressionante! E quanto àquela lanchonete, já comeu lá?” Lucas sabia de tudo. Aquele lugar era a sua casa, era o seu mundo, era aonde ele vivia.

Conversaram sobre violões. Alguns anos atrás, Asaph tentara aprender a tocar, sem sucesso. Não, definitivamente, aquele não era o seu dom. Lucas lhe perguntava sobre suas marcas preferidas, quais músicas sabia tocar, e o modo como preferia montar alguns acordes. E Asaph achava engraçado como um deficiente visual era tão próximo da música enquanto ele tentou e nada conseguiu com as melodias. Talvez pelo fato de Lucas ser um deficiente visual, e não auditivo.

Chegaram, enfim, à loja de música. O vendedor imediatamente abriu um amplo sorriso, cumprimentando o velho amigo, agradecendo a mais aquela visita, perguntando qual deles ele gostaria de ver naquele dia. Lucas respondia com propriedade, dizia que naquele momento acreditava estar precisando dos sons de um Takamine. Prontamente, o vendedor foi até o interior da loja, e em poucos minutos Lucas estava sentado sobre um banquinho com um violão no seu colo, aquecendo seus dedos.

Os acordes pareciam pedir para serem montados. As cordas dançavam com o toque do barrigudinho Lucas, liberando um som daqueles que eram motivo de se agradecer a Deus pelo dom da vida. Cada nota tocada parecia gerar uma reação distinta no vendedor, mas sempre criando um sorriso, em alguns momentos até uma estranha gargalhada.

Quanto a Lucas? Bom, ele estava nas nuvens. Seu rosto brilhava de felicidade, e Asaph mal conseguia mergulhar na profundidade daquele momento. Não dava para distinguir o que estava acontecendo ali, o porquê daqueles sorrisos, o efeito que a música tinha sobre aqueles dois amigos.

A melodia deve ter durado uns cinco minutos, mas não mais que isso. Ao seu término, o homem sorriu radiante e ofereceu o violão ao vendedor, que o guardava de novo na vitrine da loja.
“Pronto, já vi o que precisava!" ele disse, e então se puseram a fazer o caminho de volta a pedido do próprio Lucas, agora mais acostumados e mais entrosados com o jeito de andar.

O silêncio perdurou por todo o caminho de volta, de ambos os lados. A música ainda ecoava na memória, linda, leve, inocente e tão pretensiosa.

Chegaram ao seu local de origem e também de destino. Asaph entrou por um instante, mas o próprio Lucas sabia que seria uma breve despedida. Se abraçaram, trocaram o endereço de e-mail,e o treinador virou as costas, partindo daquelas poucas horas que foram tão intensas.

De fato, Lucas não apenas foi ver um violão naquele dia. Lucas mostrou a Asaph o que significava ver a música. E pra isso, era muito melhor ter seus olhos fechados.

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Grizzly
A Christmas Gift

A história se passa um pouco antes de meu personagem sair em sua jornada Pokémon.

Em Rustboro, os flocos de neve que despencavam das nuvens entristecidas como lágrimas que escorriam pelo céu apenas contrastavam a paisagem excêntrica da cidade, ressaltando os típicos ornamentos artísticos da arquitetura local. A grande metrópole a qual era denominada como lar para Roderick, um jovem rapaz que consumia seu tempo livre com estudos fundamentais para seu progresso no sistema de aprendizagem de seu colégio, mantinha-se inquieta. Nas ruas, predominava o intenso trânsito de pedestres e carros, todos ansiando pela busca e compra de montanhas de presentes para festejarem as cerimônias de fim de ano. Entretanto, aquele dia foi um pouco diferente do comum. Esta história se dá início na casa de Roderick, primogênito dos Fletchers e aspirante a treinador...

-Mãeeee! – ele gritou, chamando por sua querida mãe. -A internet caiu de novo?! – e mostrou sua insatisfação ao ver que os documentos de pesquisa que estava a instalar em seu computador subitamente foram interrompidos. -Verifica o roteador, por favoooor!

-Caiu, mas essa oscilação já está assim desde ontem! – no lugar de sua mãe, respondeu o pai, que degustava de um delicioso e ardente chocolate quente, demonstrando para seu filho que era conhecedor do assunto; assunto este que por sinal era bem apreciado por Roderick. –Aliás, vê se deixa de estudar um pouco, é véspera de natal! Todos precisam de um pouco de descanso às vezes, filho! – disse, fazendo sua voz ecoar por todo o primeiro andar, acertando em cheio a porta do quarto de Roderick, no segundo andar.

-É véspera de natal, mas ao que parece os exames que eu preciso fazer não dão a mínima para o nascimento de Cristo! – retrucou o rapaz, preocupado com a frustração de seus planos de estudo. Encarou uma vez mais as barras de carregamento da instalação de seus documentos de pesquisa, decepcionado ao ver que não se moviam nem um centímetro sequer.

Roderick suspirou, deixou seu corpo cair com tudo em sua cadeira como um ato de preguiça e cansaço, ocasionando num desequilíbrio de peso e em uma queda certeira contra o chão. Dolorido, Roderick suspirou novamente e encarou o céu nevado pela janela de seu quarto, refletindo em seus pensamentos.

-Acho que vou sair um pouco. – anunciou, erguendo-se do tapete colorido que tapava o piso de madeira polida presente por toda a casa, inclusive, obviamente, em seu quarto.

Abrindo seu armário, foi logo devorado pela enxurrada de vestimentas e lixo que mantinha ali. Porém, após muito esforço, não tardou em iniciar suas tentativas de encontrar as roupas que pretendia fazer uso para sair no frio que assolava toda a cidade naquela época do ano. Vestido com um suéter revestido por um agasalho aconchegante, calças grossas e um curto gorro, avisou de sua saída para seus pais, imediatamente sentindo o impacto dos ventos gélidos em seu corpo após seu primeiro passo fora de sua casa.

Roderick rumava pelas ruas de Rustboro sem uma direção aparente. Pretendia seguir para a biblioteca ou para alguma LAN House próxima, visto que havia trazido consigo um pen-drive para arquivar os documentos que pretendia instalar. Enquanto calcava pela camada fofa de neve que cobria as calçadas, avistou um pequeno Playground em que crianças devidamente vestidas brincavam com seus Pokémon. Ver aquilo o fez lembrar-se de seu amigo Lairon do Túnel de Rusturf, o que trouxe certa tristeza no semblante do rapaz. Seguindo seu próprio instinto, dirigiu-se para o Playground que não pôde entrar tendo a presença de uma grade fortificada o separando deste. No instante em que tocou a grade, relacionou aquela situação com a proibição de seus pais de ver Lairon. Frustrado, seguiu a grade, roçou seus dedos na grade, encarou a grade e por fim percebeu que o Playground fazia parte do território de uma renomada instituição em Rustboro: o orfanato de crianças vindas de Kanto e Johto, após os acontecimentos desastrosos que ocorreram naquelas regiões. Separados de seus pais assim como Roderick estava separado de seu confrade. Logo, empurrou as portas duplas de madeira escurecida e adentrou ao recinto, sendo imediatamente recebido por uma velha senhora.

-Ora, um visitante! Fazia tanto tempo que não recebíamos um... – a profundidade de suas palavras e a doçura de seu ser deixava clara a hospitalidade da senhora. -Muito bom dia, jovem. Meu nome é Beatrice e sou a dona e responsável por esta instituição. Poderia me dizer o seu nome? – disse, calmamente.

-Bom dia, senhora Beatrice. Sou Roderick Fletcher. – apresentou-se o rapaz.

-Ó, Roderick, estou muito agradecida pela sua visita... Venha, venha conhecer o local. – chamou a velha senhora, animada com a enfim presença de outra pessoa que não fosse uma das crianças do orfanato ou uma das cuidadoras de lá.

Conforme prosseguiam pelo enorme casão, Roderick foi apresentado às salas de ensino e os dormitórios dos órfãos, bem como as áreas de lazer e entretenimento para as pobres crianças. Em todo seu trajeto, porém, possuía a sensação de estar sendo observado. Quando olhava seus arredores, percebia as várias crianças que estranhavam sua visita. Enquanto refletia, teve seus pensamentos interrompidos pela Sra. Beatrice, que insistiu que ele tomasse um café e se sentasse na poltrona de uma das salas de lazer do local.

-Mas então... O que afinal o trouxe aqui? – Sra. Beatrice colocava sinceridade em sua curiosidade através de suas palavras, dócil e amável como um anjo.

-Bom, acredito que sou um pouco egoísta, Sra. Beatrice. – disse Roderick. -Acredito que o real motivo de minha vinda foi porque vi nesta instituição um possível refúgio para meus problemas. Relacionei a separação das crianças de seus pais e regiões as quais nasceram com a proibição que meus pais me impuseram de que não poderia ver mais um precioso amigo meu... – confessou.

Sra. Beatrice o olhou por cima de seus óculos minúsculos e redondos, ajeitando suas roupas antiquadas rosadas e seu cabelo grisalho preso em um coque sobre sua nuca. Então, sorrindo, disse:

-Isso não te faz egoísta. Apenas mostra quão sincero você é com seus sentimentos. Nós todos temos frustrações e angústias as quais devemos priorizar nossas atenções. Não é porque você priorizou as suas que você é culpado de algo, jovem Roderick.

-Você tem razão, Sra. Beatrice. – disse o rapaz. -Mas, ainda, sinto-me injusto com as crianças daqui. Permita-me fazer algo por elas.

-Bem, as crianças ainda não superaram totalmente suas perdas, e talvez nem vão superar tão cedo. Pobrezinhas, perderam tudo que mais amavam... – Sra. Beatrice disse conforme uma lágrima escorria por sua bochecha enrugada. -Acredito que se você puder anima-las, mesmo que um pouco, irão se sentir muito melhor. – e foi com essa frase que Roderick teve uma ideia, rapidamente botada em prática ao fazer uma despedida temporária à velha senhora e ao orfanato.

Roderick, firmando seus pés em suas botas, correu por toda a cidade, esquentando seu corpo frio enquanto cortava os ventos e a neve com sua velocidade. Enfim se deparou com uma loja de brinquedos que, para sua felicidade e satisfação, vendia fantasias também. Logo, gastando todas as suas economias, comprou inúmeros carrinhos de brinquedo e personagens articuláveis, bem como bonecas e fantasias de princesa. Para si, comprou uma fantasia de Papai Noel que vinha com barba branca falsa, enchimento para a barriga, um enorme saco escarlate e tudo mais. Empacotou todos os brinquedos e os guardou no saco e então fez uso do banheiro mais próximo para vestir a fantasia de Papai Noel por cima de sua roupa. Finalmente, encaminhou-se para a instituição de antes.

Quando as crianças viram uma figura que se assemelhava e lembrava o bom velhinho o qual tanto possuíam apreço, sorrisos de ponta-a-ponta surgiram, estampados em suas faces. Roderick, sob a máscara de Papai Noel, distribuiu todos os presentes para as crianças, que alegres rasgaram os pacotes e começaram a brincar ali mesmo, no saguão do orfanato. Enfim se despediu delas, correndo de volta para o banheiro, onde guardou toda a fantasia no mesmo saco, que por sua vez foi guardado dentro de seu agasalho para ocultar das crianças qualquer pista de que ele fosse o bom velhinho que acabara de as visitar. Dirigiu-se para Sra. Beatrice, que parecia bem animada e feliz com a ocasião.

-Esplêndido! Você teve uma ideia sensacional, jovem Roderick! – disse a velha senhora, limpando suas lágrimas de alegria com um lencinho.

-Não fiz nada mais do que precisava e sentia necessidade de fazer. – disse ele. -Ah, sinto muito Sra. Beatrice. Com toda a emoção, acabei esquecendo-me de lhe dar um presente também.

-Ora essa. Não vê que já me deu um presente? – disse Sra. Beatrice, apoiando seus braços em sua cintura. -A felicidade de minhas crianças é minha felicidade também! – anunciou com uma expressão sorridente.

-Bom, acho que isso pode se adequar para mim também... – respondeu, feliz com toda a comoção.

E foi assim que, gastando todas as suas economias para ver sorrisos nos rostos de órfãos, Roderick recebeu seu presente de Natal, tudo por causa de uma internet que não funcionou bem.

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Ato I - O Convite :


Ato II - Entrada :


Ato III - Presentes :


Ato IV - Conto :


Ato V - Despedida :

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Diante de um grande estabelecimento, de aspecto abandonado e mal cuidado, estava Lysander. O rapaz examinava o letreiro, já bem apagado, que outrora deveria ter sido pintado de vermelho, que contrastava perfeitamente com a parede, que devia ser alva, mas que agora tinha um aspecto amarelado, como se tivessem se esquecido daquele lugar, junto às janelas embaçadas, como se a muito não vissem uma esponja, ou um pano sequer. No entanto, havia algumas janelas bem cuidadas, onde cortinas, mais brancas que a parede do prédio, esvoaçavam-se ao vento, como se de alguma forma almejassem a liberdade, mas continuavam presas àquele lugar.
 
Casa de repouso. Era o que estava escrito sobre a porta principal do prédio, logo acima de uma porta principal, à qual tinha pendurado uma guirlanda muito colorida. Lys continuou a examinar o letreiro mesmo já tendo decifrado a escrita. – Casa de Repouso... – Repetiu o rapaz para si, seu tom de voz baixo, seguido por um suspiro. – Apenas um nome bonito... Não sei... Talvez chamar de casa de Repouso alivie a consciência dos que aqui depositam seus... Hum... Velhos. Ridículo... Principalmente nesta época... No natal. – Sua face virou-se, e encarou a expressão ligeiramente confusa de um pequeno ursinho, Pancham, que estava pendurado em seu ombro. – Mas é claro... Você não sabe pra que existe esse lugar. – O pequenino, emitiu um sorriso, afinal, realmente não sabia do que se tratava, mas se aquele lugar era tão importante para valer o tempo que o rapaz estava gastando em ler o letreiro, estava disposto a conhecer o estabelecimento.
 
O ursinho saltou do ombro de seu mestre, direto ao chão cinzento e rústico e sem demoras começou a correr na direção da porta, deixando para trás o gramado bem cuidado do lugar, onde inclusive um senhor de chapéu de palha cuidava das flores de um canteiro à direita. Lys, com uma expressão de cansaço logo correu atrás de seu Pokémon, que já havia conseguido se esgueirar brecha da porta enquanto um homem de aspecto severo a atravessara. – Perdão. – Emitiu Lys, ao quase esbarrar no homem, e logo seguir rumo ao saguão, sem mais desculpas ou olhares para o homem, que deduziu se tratar de mais um executivo abandonando sua família. Lysander só alcançou o ursinho quando este já estava em frente ao balcão da recepcionista, seus bracinhos se esticando para que alcançasse o topo da bancada.
 
- Pois não? – Perguntou a voz atrás do balcão, decorado com ramos de azevinho, e onde estava depositada uma caneca fumegante de Eggnog, que só notara a presença do rapaz quando este se ergueu diante do balcão, com Pancham já em seus braços. Era notável, tanto no tom de voz quanto em sua expressão o descontentamento da mulher, que parecia mais interessada na tela de seu computador.  Talvez, em sua juventude, a mulher um dia já fora muito bonita, mas hoje tinha um aspecto cansado, apesar de suas vestes parecerem coloridas e tipicamente natalinas. – Veio fazer uma visita? Quem é seu familiar? – Emitiu a mulher, tirando brevemente o olho do monitor.
 
- Não... Não, não... – Emitira o rapaz para a mulher à sua frente. – Não tenho nenhum parente aqui... Este malandrinho fugiu de mim e entrou aqui, apenas vim pegá-lo. Já estou de saída... Obrigado. – Concluiu ele já se virando para a saída
 
Antes mesmo de a mulher voltar sua atenção à tela do computador, uma terceira voz fora ouvida. – Alberto? - Era notável o tom embargado e trêmulo em sua voz. Viera de um senhor, de pele rosada e enrugada, parado à porta. O senhor, o mesmo que a pouco cuidava do canteiro de flores, trazia agora em frente a seu corpo, seguro por suas mãos trêmulas, o chapéu de palha. Lys virou-se para a mesma direção à qual o senhor olhava na intenção de ver quem seria o tal Alberto, no entanto, não havia ninguém mais ali, a não ser a secretária, que agora olhava desconfiada para Lysander.
 
Sem entender direito a situação, o jovem virou-se mais uma vez para o senhor, mas ao virar-se, deparou-se com ele a poucos centímetros de si, o chapéu já havia sido deixado em uma mesinha próxima à porta, e com seus braços agora livres, prendia o corpo de Lys, que sentia o corpo de Pancham debater-se entre os dois, emitindo grunhidos de irritação. Lys ficara sem reação, talvez pelo abraço em si – não estava acostumado com tal demonstração – ou talvez pelas lágrimas que o senhor, despejava sobre sua cabeça em meio a soluços. Quando finalmente fora solto, o rapaz pode examinar melhor a figura que o abraçara. – Você está aqui... Pensei que não viria... Sua mãe... Ela ficaria... – Ia emitindo o homem até que a voz da secretária o interrompeu, enquanto seus dedos se moviam pelo telefone a seu lado:
 
- Senhor Pierre... Por favor, se acalme...
 
- Perdão... O senhor acha que sou... Me desculpe, mas não sou... Não o conheço. Não sou Alberto. – Continuou o rapaz, sem se importar para a secretária, se focando apenas não fazer com que suas palavras parecessem ofensivas.
 
As consequências de suas palavras, no entanto, foram inimagináveis para o rapaz. Nunca pensara no quão furioso o senhor poderia ficar. Na verdade, uma mescla de tristeza e fúria. – Anos... Depois de anos, você finalmente volta... E ainda finge não me conhecer! Que vergonha! Que tristeza! – Lágrimas mais uma vez voltavam a surgir em seus olhos.
 
A secretária, já havia se levantado e dado a volta em sua mesinha, o telefone já deixado no gancho, indo rumo ao senhor quando Lys recomeçou a dizer, seu tom de voz agora desesperado diante da reação do homem.  – Perdão... Perdão... Perdão! – Um passo em direção ao senhor o rapaz deu, sua mão se esticando na direção de seu braço e relutantemente – ao menos de início – o acariciando. – Não... O senhor não me entendeu.
 
- Não entendi!? – Bradou o senhor, tentando afastar as mãos do rapaz. – Acha que sou burro, garoto? Pois não sou!
 
- Não... O senhor não é! Eu... Eu vim visitar o senhor sim... Senti... Hum... Saudades. – Os olhos marejados do senhor fitando mais uma vez a face de Lys, que se esforçava para esboçar um sorriso em sua cara, o que após alguns instantes, pareceu acalmar o senhor, que estranhamente começou a intercalar entre um sorriso e mais lágrimas. A secretária parecia confusa de imediato, mas logo captou a mentira de Lysander, afinal, sabia que ele não era Alberto. Entrando no jogo de Lys, a mulher tocou o ombro do senhor e com um tom de voz suave, muito diferente do usado com Lys, emitiu. – Está tudo bem... Vamos senhor Pierre, vou levar o senhor e seu filho a seu quarto. Poderão ficar melhores lá.
 
Uma vez no quarto do senhor, Lys logo notou que se tratava de uma das janelas limpas, de cortina branca. Havia também a um canto do quartinho uma pequenina árvore de natal, bem decorada. O senhor Pierre fez com que Lys sentasse em sua cama, enquanto ele ia retirando de um bauzinho, peças de artesanato feitas por ele. Não demorou muito para uma nova figura chegar ao quarto – A secretária já havia saído – e com velocidade parecida, o rapaz reconheceu a figura. Tratava-se do homem em quem quase esbarrara ao chegar ali, mas, seu penteado parecia ligeiramente desgrenhado e sua gravata frouxa. Examinou a figura de Lys por um instante mas seu olhar logo recaiu sobre a figura de seu pai, o senhor Pierre. O telefonema da secretária, fora uma ligação para o filho do senhor Pierre.
 
Um pouco constrangido, o homem sentou-se ao lado de Lysander na cama, para desconforto do rapaz, e lhe disse enquanto o senhor parecia ocupado em procurar algo no fundo de seu baú. – Elizabeth me contou tudo o que aconteceu... Alias... Sou Alberto. O verdadeiro. – Sua mão esticada para um aperto de mão, que relutantemente o rapaz correspondeu. – Antes que me julgue... – Continuou ele, ao ver a expressão que começava a se formar na face de Lys. Era marcante e ao mesmo tempo torturante para Lys ouvir a tristeza de suas palavras– Eu o deixei aqui sim, infelizmente... Infelizmente... Foi a única saída que encontrei. Não tenho irmãos. Mamãe morreu. E não tenho tanto tempo quanto ele realmente precisa... Nem dinheiro para pagar um enfermeiro particular. Aqui está sendo bem cuidado, eu sei, eu vejo.  Mas nunca o deixei... Venho visita-lo todos os dias... Mas, a doença dele... Ele não se lembra mais de mim... Não com minha aparência de agora, mais velha, certamente... Mas, é bom ver que ainda se lembra de mim... Quem fui... Saber que ainda não fui completamente esquecido... Mas, é melhor ainda vê-lo assim...
 
- Ah... – Parecia ser o único som que o rapaz conseguia emitir. Lágrimas escorriam pela face de Alberto enquanto fitava o senhor se levantar mais uma vez e entregar a Lys uma fina corrente. – Sinto muito... – Emitiu o rapaz, sua voz profundamente sentida. Sua mão, com a corrente, se estendeu para Alberto, e continuou. – Acho que isso ficará melhor com o verdadeiro Alberto. E foi neste momento que o olhar do senhor Pierre seguiu para a face de Alberto. Fixou seu olhar na face do filho por um momento, voltou a para Lys, e então mais uma vez para o filho. Pierre mais uma vez prorrompeu em lágrimas, e se jogou sobre a figura de Alberto, que agora tinha em seus dedos a fina corrente que Lys lhe estendera.
 
- Boa sorte, aos dois... – Emitiu Lys, sua voz ainda emocionada, enquanto pegava o ursinho a seu lado da cama, e dali saia. Era evidente os rastros de lágrimas nas faces dos dois parceiros enquanto seguiam rumo ao saguão, com a imagem de Pierre abraçado a Alberto ainda em suas mentes.
 

- Foi muito bonito o que fez... – Emitiu a mulher na recepção, chamando a atenção de Lysander que já estava para sair pela porta, fazendo com que este se virasse, Pancham enxugava suas lágrimas rapidamente, na intenção de disfarça-las. – Eggnog? – Apontou ela com a cabeça para uma segunda xícara fumegante sobre a mesa, uma vez que ela mesma já tinha uma caneca em suas mãos. Após alguns instantes de pensamento, Lys voltou a caminhar na direção do balcão, onde ali se sentou, e logo começou a tomar seu Eggnog. Momentos se passavam, com os dois em silencio ali no saguão, até que ouviram barulhos de passos, vindo do corredor do qual Lys surgira, e em seguida, as figuras de Alberto e Pierre surgiram, seguindo para o exterior, onde o senhor parecia disposto a lhe mostrar as flores. Pouco antes dos dois saírem do saguão, Lys notou um sorriso se formar na face de Alberto, seguido pelo que seria um sussurro de “Obrigado”. 

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