O ontem era noite, mas para quem? Para mim? Não, não era isso, meus dias eram claros e vivos, não tinha com o que me procupar, meus amigos e parceiros eram alguém com quem eu podia contar. Mas se essa era a verdade, de quem eram esses dias que pareciam uma noite sem lua? Era tão óbvia a resposta: aquelas crianças sem esperança como ela fora um dia. A casa de crianças abandonadas onde quem lhes sustentava era uma idosa com seus dias contados, minha irmã puxou-me para a entrada daquele local na pacata cidade de Forina para que pudéssemos dar àquelas crianças algo que elas não pudessem se esquecer.
-Por favor, senhora, queremos dar a essas crianças o que elas merecem. Eu cresci da mesma maneira, mas não tive a chance de conhecer, de fato, a esperança nem o amor. Quero mostra a elas que há quem se importe e que elas também precisam se importar.
A senhora abriu um sorriso em seu rosto, parecia que há muito não ouvia alguém dizer aquelas doces palavras, nem que havia visto alguém desconhecido tomar tal atitude. É normal ex-moradores de um orfanato ajudar sua antiga casa, mas um estrangeiro fazer o mesmo parecia impossível pelo que ela conhecia. A resposta da senhora veio, e para Flora não havia nada que fosse melhor que esta:
-Minha querida e bondosa garota, você e seu irmão vieram cheios de bondade e amor pelas minhas crianças. Como negar um desejo puro e inocente como esse? Pois bem, as crianças chamarei e darei a notícia, mas só peço que tenham paciência, pois nem todas ainda mantêm a certeza de um futuro dentro de si.
Uma por uma chegavam as crianças, algumas sonolentas outras animadas. Haviam aquelas que nem ligavam, talvez fossem essas de quem a senhora falou, estas pequenas cuja esperança acabou. Fazia sentido, crescer como um excluído, não era qualquer um que superava. Nossa meta era reviver a alma dessas crianças, fazê-las reconquistarem suas emoções. Uma delas levantou a mão e a Flora fez uma pergunta.
-O que vamos fazer? Vamos brincar e ganhar presentes?
Sorri junto de Flora, o que os aguardava era melhor do que isso. Pelo menos era o que pensávamos, não sabíamos como reagiriam, mas tentaríamos fazer nosso melhor. Expliquei a eles nosso trabalho e o presente que iriam ganhar.
-Nós não queremos que pensem que o que podemos dar é algo físico, essas coisas não duram muito, mas que tal se dermos motivos para sorrirem? - As crianças confusas ficaram. Um motivo para sorrir? A esperança delas estava morta, o que poderias fazê-las sorrir? Logo expliquei que não se tratava de algo egocêntrico -Vamos ajudar o próximo, sair pelas ruas trazendo alegria. Façamos aos outros o que desejamos e mostremos a eles que vocês procuram alguém. Quando verem, pode ser que alguém veja que procuram um lar, mas não minto em dizer que pode não ocorrer. Pelo menos, dê a alguém o sorriso que vocês procuram, façam a eles o que querem que façam a vocês.
Dissemos a eles para que se preparassem, pois no dia seguinte começaríamos a nossas boas ações praticar. As crianças pareciam determinadas, até mesmo aquelas que de nada do mundo esperavam mostravam um pingo de entusiasmo.
O hoje nasceu como o amanhecer. Para nós? Não. Como dito, nossos dias são claros e vivos, mas o dessas crianças está começando a nascer. Em suas vidas está nascendo um sol que promete iluminar seus passos. Saímos do centro pokémon e fomos direto ao orfanato, as crianças esperavam com tudo o que elas podiam levar. As doações naquele final do ano não foram muitas, mas eles queriam entender o que era essa compaixão de que falávamos, e nós mostraríamos para elas. Flora foi à cozinha e eu fui com ela para ajudar. As crianças nos seguiram e lanches começamos a preparar. Partimos para as ruas e dissemos às crianças o que fazer.
"Mas e se não melhorar pra eles? Pra nós também não vai?" Essa dúvida vinha de uma das crianças ao longo do caminho. Elas tinham receio de que não desse certo, mas eu esperava que ocorresse tudo bem, crianças possuem uma capacidade incrível, todos sabemos disso. Nosso progresso estava indo bem, aos moradores de rua dávamos comida e cobertas para que passassem o natal alimentados e aquecidos. Para os que estavam em situação mais precária algumas peças de roupa entregávamos-lhes. As boas ações mudavam as crianças, ver alegria entre aqueles necessitados, que eram como eles, trazia uma sensação boa, mas não só em quem presenteava, mas em quem acompanhava. Um sorriso no rosto de alguém tinha o poder de mudar o mundo, eles estavam aprendendo o que queríamos ensinar.
-Crianças, eu sei o que você passam, por isso quero que tenham esperança como eu tenho hoje. Sei que será difícil, mas aguentem e acreditem. Se nada melhorar até vocês terem que ir embora, ainda podem construir um futuro só seus. Sigamos em frente, um sol brilha para nós hoje e para sempre. - Disse Flora com as crianças reunidas. Não tive muito o que dizer a elas, minha irmã sabia exatamente como era ser um deles e por isso me arrastou para aquele lugar, mas por isso agradeço, agora pude compreender um pouco mais sobre a parte da vida da qual ela nunca me quis falar.
Nossa lição não acabou por aí. Ajudar não era a única ação a se fazer. Em uma praça, resolvemos levar cultura à cidade que disso era cheia. Os garotos e garotas reuniram-se e no centro dela fizeram uma cantata. Um pouco desafinados, mas o que valia era a intenção. Ao final, os aplausos puderam ser ouvidos, o sorriso em seus rostos era visível e estava certo de que estava para melhorar. As surpresas não acabaram por aí, pois contavam histórias, faziam brincadeiras entre as crianças ali presentes e piqueniques para quem quisesse aproveitar. Crer na criatividade daquela garotada mostrou-se o melhor a se ter feito, Flora até derrubava uma lágrima de orgulho.
O dia estava acabando, voltamos ao orfanato. A senhora recebeu as crianças que tratava como se fosse suas próprias. Agradecidas, elas nos deram um lanche especial cuja receita era "Amor". Às escondidas aquilo havia sido feito, quiseram dar a nós um presente que nos fizesse satisfeitos. Mais um pouco ficamos, mas tudo chegava a um fim. Tivemos que ir e dar adeus às crianças que receberam novos sonhos para o futuro. Como dito, um sorriso muda o mundo, mas o delas mudou vidas, suas próprias estavam inclusas. Estávamos satisfeitos, ajudar o próximo foi um sucesso que cumpriram.
O amanhã tornou-se uma nova noite, mas não uma noite escura sem uma lua a guiar. Esta nasceu para elas, brilhando como uma estrela no céu sem cessar. Nessas noites não mais se perderiam, pelo menos era o que esperava. Nunca mais os vimos após aquilo, mas críamos que acabou com um final feliz, no fim não precisamos fazer muito, suas atitudes foram o que precisavam para que aquilo fosse seu sucesso. Um feliz natal a elas e a todos e que seu maior presente sejam seus sonhos.
-Por favor, senhora, queremos dar a essas crianças o que elas merecem. Eu cresci da mesma maneira, mas não tive a chance de conhecer, de fato, a esperança nem o amor. Quero mostra a elas que há quem se importe e que elas também precisam se importar.
A senhora abriu um sorriso em seu rosto, parecia que há muito não ouvia alguém dizer aquelas doces palavras, nem que havia visto alguém desconhecido tomar tal atitude. É normal ex-moradores de um orfanato ajudar sua antiga casa, mas um estrangeiro fazer o mesmo parecia impossível pelo que ela conhecia. A resposta da senhora veio, e para Flora não havia nada que fosse melhor que esta:
-Minha querida e bondosa garota, você e seu irmão vieram cheios de bondade e amor pelas minhas crianças. Como negar um desejo puro e inocente como esse? Pois bem, as crianças chamarei e darei a notícia, mas só peço que tenham paciência, pois nem todas ainda mantêm a certeza de um futuro dentro de si.
Uma por uma chegavam as crianças, algumas sonolentas outras animadas. Haviam aquelas que nem ligavam, talvez fossem essas de quem a senhora falou, estas pequenas cuja esperança acabou. Fazia sentido, crescer como um excluído, não era qualquer um que superava. Nossa meta era reviver a alma dessas crianças, fazê-las reconquistarem suas emoções. Uma delas levantou a mão e a Flora fez uma pergunta.
-O que vamos fazer? Vamos brincar e ganhar presentes?
Sorri junto de Flora, o que os aguardava era melhor do que isso. Pelo menos era o que pensávamos, não sabíamos como reagiriam, mas tentaríamos fazer nosso melhor. Expliquei a eles nosso trabalho e o presente que iriam ganhar.
-Nós não queremos que pensem que o que podemos dar é algo físico, essas coisas não duram muito, mas que tal se dermos motivos para sorrirem? - As crianças confusas ficaram. Um motivo para sorrir? A esperança delas estava morta, o que poderias fazê-las sorrir? Logo expliquei que não se tratava de algo egocêntrico -Vamos ajudar o próximo, sair pelas ruas trazendo alegria. Façamos aos outros o que desejamos e mostremos a eles que vocês procuram alguém. Quando verem, pode ser que alguém veja que procuram um lar, mas não minto em dizer que pode não ocorrer. Pelo menos, dê a alguém o sorriso que vocês procuram, façam a eles o que querem que façam a vocês.
Dissemos a eles para que se preparassem, pois no dia seguinte começaríamos a nossas boas ações praticar. As crianças pareciam determinadas, até mesmo aquelas que de nada do mundo esperavam mostravam um pingo de entusiasmo.
O hoje nasceu como o amanhecer. Para nós? Não. Como dito, nossos dias são claros e vivos, mas o dessas crianças está começando a nascer. Em suas vidas está nascendo um sol que promete iluminar seus passos. Saímos do centro pokémon e fomos direto ao orfanato, as crianças esperavam com tudo o que elas podiam levar. As doações naquele final do ano não foram muitas, mas eles queriam entender o que era essa compaixão de que falávamos, e nós mostraríamos para elas. Flora foi à cozinha e eu fui com ela para ajudar. As crianças nos seguiram e lanches começamos a preparar. Partimos para as ruas e dissemos às crianças o que fazer.
"Mas e se não melhorar pra eles? Pra nós também não vai?" Essa dúvida vinha de uma das crianças ao longo do caminho. Elas tinham receio de que não desse certo, mas eu esperava que ocorresse tudo bem, crianças possuem uma capacidade incrível, todos sabemos disso. Nosso progresso estava indo bem, aos moradores de rua dávamos comida e cobertas para que passassem o natal alimentados e aquecidos. Para os que estavam em situação mais precária algumas peças de roupa entregávamos-lhes. As boas ações mudavam as crianças, ver alegria entre aqueles necessitados, que eram como eles, trazia uma sensação boa, mas não só em quem presenteava, mas em quem acompanhava. Um sorriso no rosto de alguém tinha o poder de mudar o mundo, eles estavam aprendendo o que queríamos ensinar.
-Crianças, eu sei o que você passam, por isso quero que tenham esperança como eu tenho hoje. Sei que será difícil, mas aguentem e acreditem. Se nada melhorar até vocês terem que ir embora, ainda podem construir um futuro só seus. Sigamos em frente, um sol brilha para nós hoje e para sempre. - Disse Flora com as crianças reunidas. Não tive muito o que dizer a elas, minha irmã sabia exatamente como era ser um deles e por isso me arrastou para aquele lugar, mas por isso agradeço, agora pude compreender um pouco mais sobre a parte da vida da qual ela nunca me quis falar.
Nossa lição não acabou por aí. Ajudar não era a única ação a se fazer. Em uma praça, resolvemos levar cultura à cidade que disso era cheia. Os garotos e garotas reuniram-se e no centro dela fizeram uma cantata. Um pouco desafinados, mas o que valia era a intenção. Ao final, os aplausos puderam ser ouvidos, o sorriso em seus rostos era visível e estava certo de que estava para melhorar. As surpresas não acabaram por aí, pois contavam histórias, faziam brincadeiras entre as crianças ali presentes e piqueniques para quem quisesse aproveitar. Crer na criatividade daquela garotada mostrou-se o melhor a se ter feito, Flora até derrubava uma lágrima de orgulho.
O dia estava acabando, voltamos ao orfanato. A senhora recebeu as crianças que tratava como se fosse suas próprias. Agradecidas, elas nos deram um lanche especial cuja receita era "Amor". Às escondidas aquilo havia sido feito, quiseram dar a nós um presente que nos fizesse satisfeitos. Mais um pouco ficamos, mas tudo chegava a um fim. Tivemos que ir e dar adeus às crianças que receberam novos sonhos para o futuro. Como dito, um sorriso muda o mundo, mas o delas mudou vidas, suas próprias estavam inclusas. Estávamos satisfeitos, ajudar o próximo foi um sucesso que cumpriram.
O amanhã tornou-se uma nova noite, mas não uma noite escura sem uma lua a guiar. Esta nasceu para elas, brilhando como uma estrela no céu sem cessar. Nessas noites não mais se perderiam, pelo menos era o que esperava. Nunca mais os vimos após aquilo, mas críamos que acabou com um final feliz, no fim não precisamos fazer muito, suas atitudes foram o que precisavam para que aquilo fosse seu sucesso. Um feliz natal a elas e a todos e que seu maior presente sejam seus sonhos.
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