He's a stranger to some and a vision to none.

Noah havia acabado de sair do famoso e bastante renomado laboratório Pokémon do professor Birch. Lá, havia conquistado sua PokéDex e cinco Pokébolas iniciais. O Suíço, por fim poderia dar início a sua jornada. Para começar de uma forma bem mais tranquila e não se sentir sozinho, tirou a Pokébola de Aston do bolso; a mesma possuía uns arranhões aqui e acolá devido aos anos de uso - Noah, quando criança não tinha o menor capricho com aquela Pokébola, mesmo significando bastante para o rapaz. - e uma estrela dourada em seu botão. Noah pressionou-a, e um feixe esbranquiçado saiu de dentro da esfera bicolor, dando a forma de um animal quadrúpede. Se tratava de Aston, o Growlithe de Noah. – E aí amigão, agora você está livre. Vamos começar? – Agachou-se para ficar da altura do Pokémon, que pulou em cima do seu treinador, extremamente feliz por estar livre. Lambeu o rosto de Noah algumas vezes, lambuzando-o completamente. O rapaz enxugou o que pode com a manga da camisa. – Calma rapaz, também estou feliz em te ver! – Normalmente, jamais diria algo desse "nível" para uma pessoa, mas com Aston era totalmente diferente. – O que você prefere fazer, andar até encontrar algo ou já ir direto para a próxima cidade? – O rapaz esperava uma "resposta" de seu companheiro.

ao narrador:

Aston estava inquieto no colo de Noah. - extremamente inquieto.
Pulou dos braços de seu treinador e seguiu em linha reta. Noah estava sem entender o por que, mas provavelmente o pequeno Growlithe havia descoberto algo. – Aston, espere! – Não adiantou de nada gritar; o Pokémon apenas latiu três vezes e passou por baixo de uma cerca de madeira. Noah havia entendido que algo não estava certo; correu atrás do Pokémon e pulou pela cerca. Apenas ouvia os latidos do cachorro, já que havia perdido a visão do pequeno. "ótimo treinador... primeira hora e já se perde do seu Pokémon. Ah, Aston, porque faz isso comigo?!" Começou a investigar o local com os olhos, atento a qualquer movimentação. Não tardou para gritar: – Aston! Cadê você?! – Noah apenas torcia para que o Pokémon voltasse logo.

ao narrador:

– Xô! Xô! Xô! Saia daqui! – Noah não havia ideia de onde Aston estava, até ouvir esta voz. Provavelmente Aston estava causando problemas - bem típico do Pokémon. - Tornou a correr usando os gritos de desespero como guia, e definitivamente era o Growlithe que estava ali, em meio a latidos com um senhor abanando uma vassoura; curioso é que, ele não tentava espantar Aston, e sim um Pokémon voador com uma coloração quase toda azulada. Noah conhecia aquele Pokémon de alguns livros de seu pai, apenas não lembrava o nome; Talow? Telow? Foi quando recorreu ao garoto utilizar o seu mais novo equipamento: PokéDex. Retirou-a do bolso traseiro, mirando-a rente ao Pokémon voador. Taillow, um Pokémon voador. Não gostam de temperaturas baixas, voando até mesmo 300km em um dia em busca de regiões quentes. Taillow era o nome do Pokémon. O voador sobrevoava uma árvore abaixo dos senhor e do Growlithe, Em meio aos latidos, Aston percebeu a presença de seu treinador e correu em direção do mesmo, não deixando o voador no esquecimento vez ou outra latindo para ele. Noah não ligava muito para o sofrimento alheio, porém algo chamou a atenção do rapaz. A árvore havia alguns frutos azulados, e devido ao seu conhecimento básico, soube de início que se tratava de Oran berries, o que fazia todo o sentido; o Taillow apenas queria algumas para se alimentar, ou algo parecido. Noah decidiu ajudar o velho, porém com o pensamento em uma possível captura e uma "premiação", afinal seria uma ótima adesão a equipe um Pokémon voador, podendo ter uma visão aérea. Observou todo o ambiente, e formulou uma breve estratégia; machucar a asa do Pokémon para que não pudesse voar no momento e ter uma luta em desvantagem, no chão. – Aston! Use o Roar! – Noah sabia que, caso o Pokémon se assustasse, poderia fugir do local, porém, Taillow's não desistem tão fácil - pelo menos é o que em algumas pesquisas de Ethan diziam. - e por tanto, era bastante provável que o voador se irritasse e trava-se uma batalha Pokémon. – Aston, se ele não fugir, dê um Bite na asa esquerda dele, assim que ele avançar contra você! – Na cabeça de Noah, tudo parecia ser perfeito, restava apenas saber da prática. O treinador não se importava muito com o velho no local, mas o mesmo parecia ter tomado um susto com a presença do rapaz.

O Taillow fugiu ao ouvir o rugido de Growlithe. A estratégia de Noah havia ido pro ralo. – Droga... pensei que ele não ia se assustar tão fácil. Parabéns Aston, fez um bom trabalho. – Disse enquanto acariciava a cabeça do canino. No fundo, Noah se sentia um pouco chateado com a situação. O senhor havia finalmente percebido a presença de Noah, estendendo a mão para o mesmo. Noah não tinha muito o interesse em dialogar, mas permaneceu no lugar de forma educada, sem faltar o respeito com o idoso; estava no território do fazendeiro - se assim podemos dizer. O treinador cumprimentou o senhor de forma breve. –  Ohhh... MUITO obrigado garoto. Você e seu pokémon, me salvaram. Como se chama, garoto? – Noah forçou um leve sorriso "recepcionista", mas na verdade só pensava em sair dali o quanto antes, já que não havia conseguindo uma batalha e provavelmente não conseguiria uma berry. – Sou Noah, Noah Brügger senhor. Não precisa agradecer, apenas fiz o que qualquer um faria para manter este belo pé de oran berries. – Lançou um olhar rápido ao pé de oran berry.

O idoso se chamava Chris com um sorriso estampado na cara. Noah não dava muita importância para aquela conversa; provavelmente seria a última vez que veria aquele homem, mas resolveu continuar para ver até onde iria. Foi então que o senhor ofereceu uma Oran Berry para Noah; aquele era a fonte de renda dele, mas o treinador não resistiu a tentação e aceitou a fruta. – Ah, já que insiste tanto senhor, eu aceito. Muito obrigado. – Pegou a fruta colocando-a dentro de sua mochila. Noah lançou uma rápida olhadela para Aston; o Pokémon estava sentado, observando os dois homens. Parecia estar focado em algo, mas não se importou muito de início. Chris fez uma pergunta, e Noah de prontidão a respondeu, de forma bem direta. – Sim, aliás, acabo de começar essa "carreira" faz menos de uma hora. – Após uma curiosidade momentânea, o treinador soltou no ar: – E você? Apenas colhe berries ou tem algum Pokémon ou faz outra coisa? – Esperava Chris responder.