He's a stranger to some and a vision to none.

O homem não conhecia outro lugar além do Centro Pokémon, o que era algo ruim, já que Noah precisava entregar logo a PokéDex do "amigo" do Professor. Talvez, ele iria se arrepender da sua decisão - e era o que o garoto pressentia. - mas não iria para o Centro Pokémon; continuaria em frente, mesmo com os seus Pokémon inconsciente. Noah tinha que honrar a sua promessa, e sabia que os seus Pokémon entenderiam. Utilizou a Pokébola de Aston, chamando-o para dentro. – Você vai ficar bem amigão... prometo. – E continuou em frente, com o punho cerrado e com o peso da PokéDex no bolso. Seria um árduo caminho, provavelmente.

Noah caminhou em volta de 30 minutos com um peso extremo no coração; desde o momento em que Noah e Aston se conheceram, não ficaram mais que 15 minutos sem interagir um com o outro, e naquele momento, por uma decisão que partiu de Noah, ele sentiu essa sensação pela primeira vez, mas tentou não pensar naquilo; era um homem, e homem não chora - pelo menos é o que o garoto pensa.
Chegou no endereço, deparando-se com uma casa grande e provavelmente antiga, devido alguns ferrugens e outras questões que entregavam a aparência de velho. O nome escrito não lembrou nada a Noah, mas mesmo assim o rapaz tocou o interfone, não tardando a falar. – Sou Noah, enviado pelo professor Birch.

Alguns minutos se passaram, e Noah pensou tratar-se de uma eternidade. Pensou até mesmo em tocar o interfone mais uma vez, mas uma voz saiu da pequena caixa a sua frente; pensou se era o tal "Newbarg Hamilton".
O homem sabia que Noah não era alguém já de idade, e passou pela sua cabeça a possibilidade de haver câmeras pelo lado de fora da casa, olhando disfarçadamente ao redor. Não demorou para responder a voz grossa. – Uma encomenda, na verdade, uma PokéDex. Escute, não tenho todo o tempo do mundo. Será que pode se apressar? – Noah estava começando a ficar irritado com o tempo que estava parado ali; será que só P$500 era o suficiente para esperar todo aquele tempo?

O homem mostrou-se um pouco irritado com a atitude de Noah, mas o garoto não se arrependia, até porque Noah sempre foi assim, impaciente. Mas no fim, "deu" certo, e o portão abriu-se, e Noah se deparou com um huma... não, aquilo definitivamente não era um humano. Tratava-se de um Pokémon com quatro braços extremamente musculosos, e Noah por um momento ficou com medo quando o Pokémon fez um movimento com a mão, mas estava apenas o chamando para seguí-lo, e foi o que Noah fez. O Léo Stronda Pokémon levou Noah até uma sala, onde um velho encontrava-se sentado em uma poltrona em frente a TV. Noah estava realmente entristecido com o fato de não ter ido ao Centro Pokémon, já que se arrependia da sua decisão, e aquilo só o fazia ter mais e mais pressa. – O meu nome é o que menos interessa aqui, e eu já te disse uma vez. Eu só vim entregar essa PokéDex. – Falou Noah rispidamente, retirando a PokéDex do bolso e caminhando até o homem, na intenção de entregá-lo o eletrônico.

O velho aparentava estar mal, com tossidas fortes, mas não "abaixava" a guarda; retrucava e continuava sendo um velho, ou seja; chato e inconveniente. Mas Noah surpreendeu-se ao saber que o velho tratava-se de um campeão da Liga Pokémon, o que o fez ganhar um pouco de "moral" com Noah. O velho virou-se, e começou a tossir muito. – Não me importo com os seus títulos do passado. – Mentiu Noah, continuando – Existe algum motivo para essa sua tosse incontrolável?