Em busca do Slowpoke escondido!!

 Nadamos até a possível origem do que tinha espantado os Pokémon, e aparentemente se dava origem naquela pequena caverna, que achamos, o que faz bastante sentido ter sido algo dentro dessa caverna, já que seria uma maneira bem fácil da garota ter sumido daquele jeito, provavelmente ela foi em direção da caverna para descobrir também o que estava acontecendo naquela região, se bem que ela apareceu procurando algo antes mesmo de aparecer algum sinal estranho, talvez ela estava procurando exatamente o que assustou os Pokémon aquáticos, mas tudo até agora, não passa de especulação, e só poderia provar algo se investiga-se mais a fundo o que estava acontecendo naquela pequena caverna.

- Vamos naquela caverna a frente. - Falei para o Wailmer quase sussurrando, não acho bom falar muito alto, já que tem chances de fazer eco naquela caverna, o que estragaria totalmente a ideia de descobrir o que acontecia ali, sem ser descoberta.

 Mais uma vez a curiosidade, e o gosto por mistérios, me tomou conta, e só conseguiria tirar da minha cabeça, seria descobrir o que estava acontecendo por ali, mesmo sentindo alguma sensação familiar nas informações que tinha até agora, ainda estou decidida a explorar aquela caverna e tirar as diversas dúvidas que surgiam em minha mente, apesar de que essa sensação poderia ser de estar no mar, bem próxima da água e de diversos Pokémon aquáticos, então apenas ignorei esses pensamentos e apenas me concentrei no que via em volta enquanto me aproximava da caverna.

Nós seguimos devagar até a entrada da caverna e não consegui ver a garota de antes, talvez tenha ido mais ao fundo ou mesmo foi em outra direção, ainda assim fomos adentrando na caverna, quando o Wailmer parou repentinamente, ele parecia muito assustado, acho que ele viu ou sentiu algo  por perto na água, e antes mesmo de começar a procurar em volta o que poderia estar estar assustando ele, surgiu o Gyarados na nossa frente, proto para atacar, o que quase me fez pular pra trás, apesar de ainda estar admirando aquele lindo Pokémon.

 Por sorte a treinadora dele assoprou um apito, o que acalmou o Pokémon, que bom que ela parou o ataque dele, acho que o Wailmer não iria conseguir fazer muita coisa, e eu não teria tempo de falar qualquer comando para ele, ou mesmo tirar um Pokémon na bolsa, eu deveria ter tomado mais cuidado, como deixar o Shuppet por perto em caso de emergência, como nesse caso, apesar de que não mudaria muito o resultado.

 Depois do meu coração e acho que do Wailmer também terem voltado para seu lugar, a garota já lançava varias perguntas, seguida depois de uma afirmação estranha, do que ela estava querendo dizer com um grupo de lunáticos perseguindo ela, e de algum modo, ela me parecia um tanto familiar, posso ter visto em algum lugar, mas agora não lembrava direito, então decidi responder as perguntas dela, ainda pensando se saberia quem era.

- Grupo de lunáticos...? - Acabei deixando escarpar, enquanto estava pensando, mas de qualquer jeito, gostaria de saber do que ela estava falando. - Eu sou Luna. Não estava exatamente seguindo você, estava mais é curiosa com o que tinha assustado todos aqueles Pokémon, então decidi ver o que era, e meio que você foi na mesma direção de onde eles fugiam, o que aumentou um pouco mais minha curiosidade.

 Eu também estava interessada em ver o Gyarados melhor, mas além de que tinha acabado de ver ele bem de perto, mais do que gostaria, seria meio estranho falar, isso, porque não é exatamente comum, chegar uma pessoa estranha, que perece estar te seguindo, só porque queria ver seu Pokémon de perto, mesmo sendo uma Mono-Treinadora do tipo aquático, é estranho, ainda assim, que Pokémon lindo aquele Gyarados.

A garota escutava atentamente o que eu falava, e para minha alegria ela acreditou no que disse, então ela começou a explicar um pouco da situação, o que pra mim foi muito bom, já que até agora não tinha tantas informações, apesar de que no caminho de rota 30, até Petalburg, teve uma explicação básica do porque estavam levando todos para Hoenn, mais ou menos apenas o básico, para que seja mais fácil de controlar o pânico, por que com certeza tinha mais coisas acontecendo, e pelo que ela falava, tinha a ver com o Pokémon lendário Kyogre.

 Depois dela contar tudo que estava acontecendo, e do por que estava indo exatamente na direção de onde os Pokémon aquáticos estavam fugindo, ela se apresentou, e logo que disse seu nome, eu senti um arrepiou passando pela espinha, estava falando com uma líder de ginásio, e ainda por cima uma especialista em Pokémon aquáticos de Kanto, e sabendo desse fato, minha mente se enchia de perguntas sobre Pokémon aquáticos, mas com certeza não seria um bom momento para ficar fazendo um monte de perguntas, a curiosidade de saber o que realmente estava acontecendo naquela caverna, e por que ela simplesmente apareceu do nada, não saiam da minha cabeça, talvez depois faria algumas perguntas, se não incomoda-se.

 Tentando deixar a animação de conhecer ela um pouco de lado, acho que seria melhor dar uma explorada como está ficando de costume, e descobrir o que acontecia naquela caverna, certamente ela estava ali também para descobrir mais sobre um jeito de recuperar seu lar, e consequentemente Johto, e talvez nessa mesma caverna teria alguma informação, ou mesmo algo que ajude nessa missão. E então comecei a falar para Misty, enquanto passava a mão na cabeça do Wailmer, tentando acalmar ele um pouco, depois do susto do Gyarados.

- Fico feliz em te conhecer. - Disse com tentando não parecer extremamente animada, o que é bem difícil. - Podemos entrar na caverna para descobrir mais coisas, e o por que dela ter surgir do nada. Que tal a gente dar explorada pela caverna e ver o que descobrimos?

 Depois de perguntar, percebi que provavelmente ela entraria na caverna, mesmo se eu não fala-se nada, já que ela tinha vindo até ai para conseguir mais informação, mas de qualquer forma, seria melhor perguntar do que simplesmente ir entrando na caverna, ou mesmo indo embora. Mesmo depois dela parecer que confia um pouco em mim, ainda tinha a sensação de ser observada pelo Gyarados, acho que ele não foi bem com a minha cara, ou ele seja assim mesmo, então apenas ignorei essa sensação, e esperei a resposta da Misty.

 Realmente o que a Misty tinha falado de guardar o Wailmer, agora fazia sentido, depois de olhar bem para dentro da caverna, o melhor mesmo seria guardar ele, então logo peguei a pokeball da minha bolsa e retornei o Wailmer para a esfera bicolor, e percebi que um pouco antes de guardar ele na pokeball, ele parecia ter ficado aliviado de sair dali, acho que ainda tinha algo incomodando ele.

 Depois que guardei o Wailmer na pokeball, entramos na caverna dei uma boa olhada em volta, e realmente, a primeira vista não parecia ter nada naquela sala, além de escrituras nas paredes, que não passavam de pontos e traços, então me aproximei para conseguir ver melhor, e ter certeza de que que não deixei de ver nada. Eu fiquei olhando por um tempo as escrituras, e mesmo assim não fazia o menor sentido, provavelmente teria algum significado. Passei um tempo pensando, no que poderia significar com pontos e traços, e me lembrei que o código morse, que as palavras são passadas por apenas pontos e traços, mas para meu azar, eu não sei código morse, e também não tenho certeza que seja isso, então deixei de lado.

- Você consegue entender algo dessas inscrições?- Perguntei ainda tentando entender o que poderia significar, apesar de ter quase certeza que não iria conseguir entender.

 Nós fomos mais perto de onde estava as inscrições, o que não parecia mudar muita coisa, só que agora dava para ver os detalhes dos pontos e traços, mas de qualquer jeito, quanto mais detalhe tivermos, tornaria mais fácil de entender o que dizia. E apesar de ficarmos um bom tempo observando, tentando achar algum padrão ou mesmo conseguir identificar o que queria dizer, continuávamos no mesmo ponto.

 Já tinha passado um tempinho, quando a Misty percebeu que se assemelha com  o idioma braile, e realmente lembrava bastante, então com certeza deve ser esse o idioma, e não seria código morse, porque é escrito pontos e traços um do lado do outro, não formaria nenhuma forma, como um quadrado, e por acaso parecia formar vários, não faço ideia de como não tinha percebido antes, mas ainda tínhamos um problema, acho que nenhuma de nós sabe braile.

 Mas antes que pudesse dizer algo, a Misty já conseguiu pensar em algo que pode ajudar a traduzir, provavelmente tem uma parte na Pokedex de idiomas, que por acaso é uma área que nunca dei atenção, que sorte que sempre carrego ela para onde vou. Então peguei ela da minha bolsa, e comecei a busca de algum ponto que podia ter as informações para traduzir, e assim que encontra-se, tentaria traduzir o que estava dizendo nas inscrições.