Capítulo 4 - Rota 102
Tielo ficou curioso ao ver Seiki rir. Claro que ele definiu que a risada era sobre Beautifly, mas, era um tanto pateta correr atrás do perdão de um Pokémon selvagem. Sentiu-se realmente como um bobão de coração mole, o que era engraçado pois nunca ficou assim. Pensava agora o quanto esta aventura e os apegos estavam lhe moldando. Em uma hora era um tanto quanto disfarçado de seus sentimentos para não prejudicar sua arte, em outro momento... Isso...
— Não, eu jamais cometeria uma atrocidade dessas. Aliás, tem gente que faz esse tipo de coisa? Horrível... Por isso que eles se unem, acredito que nós somos das piores espécie neste mundo. - Por um lado tinha razão, um Pokémon praticaria maldade apenas se enfurecido ou por cadeia e hierarquização, resumindo, tudo irracional. Apenas os humanos que cometiam maldade de maneira racional. - Bom, eu te entendo. Temos que ter uma ambição em nossas vidas, afinal, se não seguirmos atrás dela, manteremos a nós estagnados. Eu aceitaria seu Silcoon de bom grado sim. Não tenho nada a lhe oferecer, por agora. Mas tenho certeza que nos reencontraremos. Aliás, sua ambição é muito parecida com a minha. Acho brilhante alguém acreditar tanto em Pokémons do tipo inseto assim, é raro e... Eles tem tanto potencial. E acredito que essa Beautifly está em boas mãos, como espero que acredite que cuidarei bem do seu Silcoon...
Tielo finalizou esperando que Seiki concluísse a oferta. Realmente tinha gostado do jovem, e como tinham metas parecidas. Sempre viu fama de cruéis dos caçadores de inseto, porém parecia não ser todos, e aquele em especial o trovador olhou com bons olhos. Era melhor libertar um Pokémon do que esquecê-lo ou dar um fim não descente para ele. Apreciava o sofrimento também, afinal, deles vinham as melhores poesias.