Re: #01 - O primeiro murmúrio dos ventos

por **Ryousuke** Sex 08 Dez 2017, 12:32

Enquanto eu conversava com Youma, as coisas pareciam estar indo bem. Mas o destino não era tão bonzinho assim. Como mantive a guarda baixa, senti algo pular em minhas costas e apanhar a Berry Juice, no exato momento em que a guardaria na mochila.

Por causa dos reflexos lentos, fiquei confuso, encarando o ladrãozinho enquanto ele estava parado. As mãos mantinham-se na mesma posição, como se eu ainda estivesse segurando o objeto roubado, e eu encarava o roedor, completamente atordoado. Somente a partir do momento em que o Pokémon começou a correr foi que eu me toquei do que estava acontecendo.

— E-Ei! Meu Berry Juice!!! — Comecei a persegui-lo imediatamente, com Youma logo ao lado. O espectro parecia me acompanhar sem muita dificuldade, e como eu não tinha o costume de praticar exercícios físicos, já estava me cansando.

— Youma, vai na frente! Nem que você tenha que atravessar as paredes, c-corre atrás do nosso suco!!! — Puxando fôlego para que pudesse me expressar, dei os comandos ao fantasma. Tentava acompanhá-los o quanto fosse possível.

por **Sckar** Sex 08 Dez 2017, 12:43

Ryousuke e Youma correram atrás do roedor, que era muito mais veloz que eles. O pokémon selvagem passou por baixo de um portão e entrou no jardim de uma casa. O fantasma atravessou o mesmo com sua intangibilidade.

O garoto não conseguia ver nada, pois o portão de ferro era todo fechado e era mais alto que ele, havendo apenas um pequeno vão embaixo, para passar a água, mas era alto o bastante para o roedor passar por ali. Mas obviamente era pequeno demais para o rapaz.

O que ele faria? Como estaria Youma e a Berry Juice?

por **Ryousuke** Sex 08 Dez 2017, 13:22

Após correr atrás de Youma, que perseguia o roedor, dei de cara com um portão. Parei um pouco para recuperar o fôlego, apoiando-me nos joelhos levemente dobrados e puxando o ar. Enquanto me recuperava, analisei o obstáculo que me impedia de prosseguir com a perseguição. A preocupação começava a tomar conta da minha mente, já que haviam inúmeras possibilidades do motivo pelo qual o ladrão resolveu entrar naquela casa, e a maioria delas eram perigosas para Youma.

Uma vez que o portão de ferro era mais alto que eu e não tinha abertura alguma, decidi procurar por uma passagem nos muros da residência. Talvez haveria alguma deformidade ou buraco que tornassem uma escalada possível.

por **Sckar** Sáb 09 Dez 2017, 04:26

O muro era um tanto irregular e áspero, isso ajudou o garoto à escalar e pular o mesmo, porém acabou machucando um poucos as mãos. Que ficaram levemente arranhadas.

Só que ele não tinha tempo para isso, assim que saltou o muro, não viu seu pokémon ou o roedor ladrão, mas sim uma senhor com uns 70 ou 80 anos, gritando com sua voz rouca pela idade:

- SOCORROOOOOOOOOOOOOO!!!! LADRÃÃÃÃÃOOOOOOOOO!!!!!

A senhora estava com o rosto pálido e olhos arregalados e gritava repetidamente com sua voz cansada e fraca. O que o rapaz faria?

OFF: Demorei pra elaborar esse post... tava sem inspiração... mas ainda ñ fiquei satisfeito. Só q acho q ñ conseguiria algo mto melhor mesmo, com essa falta de inspiração... =/

por **Ryousuke** Sáb 09 Dez 2017, 05:21

Apesar de ter ficado com as mãos raladas, eu tinha conseguido pular o muro para dentro do local onde o ladrãozinho tinha ido. Procurei cautelosamente por algum sinal dos dois, mas a minha concentração na busca foi abruptamente interrompida com os gritos de uma senhora. Com um susto, pulei para trás no reflexo, batendo de costas com o muro e tropeçando, sentando forçadamente no chão.

— N-NÃO SOU LADRÃO! NÃO SOU LADRÃO!!! S-Só vim procurar meu Pokémon e um outro pestinha! Eu nem sei pular um muro direito! — As mãos arranhadas, posicionadas logo à frente do tórax, agitavam-se freneticamente. O coração estava batendo rápido, como se eu quase tivesse tido um ataque cardíaco. E quase tinha mesmo, com um susto daqueles.

— Seria muito insensato tentar roubar uma casa tão cedo assim... D-Desculpe a intromissão. M-Mas eu fiquei preocupado com o meu amigo!— No chão, eu procurava tentar convencer seja lá quem tivesse gritado. A última coisa que eu queria era ter a minha viagem acabada logo no primeiro dia.

OFF:

por **Sckar** Sáb 09 Dez 2017, 17:45

A senhora não lhe dava ouvidos, estava em tanto pânico quanto ele e continuava berrando ininterruptamente:

- SOCORROOOOOOOOOOOOOO!!!! LADRÃÃÃÃÃOOOOOOOOO!!!!! SOCORROOOOOOOOOOOOOO!!!! LADRÃÃÃÃÃOOOOOOOOO!!!!! SOCORROOOOOOOOOOOOOO!!!! LADRÃÃÃÃÃOOOOOOOOO!!!!! SOCORROOOOOOOOOOOOOO!!!! LADRÃÃÃÃÃOOOOOOOOO!!!!!
...

O rapaz caído sentado no chão, tentava se explicar inutilmente, agitava as mãos e via que as janelas do segundo andar das duas casas vizinhas, abriam-se e os morados iam olhar, preocupados. Um deles tinha um celular na orelha e parecia falar com alguém. A situação estava se complicando ainda mais.

Só que algo diferente chamou-lhe a atenção, à esquerda da senhora, havia um corredor que levava para os fundos e ele pôde ver o roedor saltando o muro e saindo pelos fundos. Logo em seguida, Youma atravessava o mesmo muro, sumindo da vista do rapaz.

O que faria?

OFF:

por **Ryousuke** Sáb 09 Dez 2017, 19:12

Aquela moça parecia não me compreender, ou pior, nem mesmo me ouvir. Portanto, entrava cada vez mais em pânico, sem conseguir pensar em algo para me safar daquela situação muuuito constrangedora.

Mas aquela não teria sido nem a pior parte do meu dia. A seguir, percebi que os vizinhos apareciam para checar o que estava acontecendo. No entanto, eu também pude ver o meu objetivo; Ali ao lado, Youma continuava a perseguir o rato. Ao menos, não tinha acontecido nada de ruim com ele.

Me levantei da maneira mais desengonçada o possível, e corri em direção à fuga do roedor, tentando esconder parte de minha face com o tecido da jaqueta. No momento, não estava fazendo aquilo só pelo medo, mas principalmente pela vergonha que sentia.

— E-EU NÃO SOU UM LADRÃO! ME DESCULPEEEEEEEEEE!!! — Corria rapidamente em direção ao muro onde vi a fuga, tentando pulá-lo de novo para que pudesse ir atrás dos dois Pokémon. Jamais faria aquilo de novo...

Off:

por **Sckar** Sáb 09 Dez 2017, 19:53

O garoto estava envergonhado e cobriu a face, a velha gritou ainda mais e o rapaz correu em direção aos pokémons no fundo da casa e pulou o muro mais uma vez, novamente com dificuldade e machucou um pouco seu tornozelo no pouso. Não era nada grave, mas doía.

Ele pôde então ver que estava numa nova rua, mais arborizada ainda e que do outro lado desta, haviam algumas fazendas e os dois pokémons corriam naquela direção. Passando pela cerca baixa de madeira que delimitava uma das fazendas...

por **Ryousuke** Sáb 09 Dez 2017, 20:19

Murmurei de dor ao sentir meu tornozelo machucar-se depois do impacto. No entanto, não deixaria que eles sumissem de minha vista, portanto continuei correndo. A rua em que me encontrava atualmente parecia bonita, ainda mais por causa da quantia de árvores presentes, mas eu não tinha tempo para admirar.

Chegando logo ao lado da fazenda, parei um pouco para recuperar o fôlego, apoiando-me nos joelhos mais uma vez. Depois de respirar, percebi o que estava prestes a fazer novamente, para ir atrás daqueles Pokémon. Ah, eu não acredito...

Apoiei firmemente as mãos para atravessar a cerca. Como estava um pouco paranoico com a situação anterior, já preparava os meus tímpanos e o meu coração para uma possível segunda gritaria. As coisas que aquele ladrão estava me fazendo passar eram absurdas.

por **Sckar** Sáb 09 Dez 2017, 22:37

O rapaz tentou ignorar a dor o máximo possível, pois tinha algo mais importante para se preocupar no momento. Ao ver a cerca e que teria de pulá-la também, se quisesse continuar perseguindo os pokémons, ele temeu que tudo se repetisse. Mas isso não o impediu de saltar, mesmo que poucos segundos atrás estivesse jurando à si mesmo, mentalmente, que jamais faria aquilo novamente.

Por sorte esta cerca era baixa e conseguiu pulá-la apenas erguendo uma perna e passando-a por cima da cerca e depois fazendo o mesmo com a outra perna. Ele podia ver os pokémons correndo até uma pequena casinha de madeira. Era visivelmente um estábulo pequeno, bastante humilde e malconservado. O rapaz estava quase sem fôlego de tanto correr para cia e para baixo, precisava tomar fôlego. Só que pelo menos, ninguém estava ali naquele momento, para gritar ou acusá-lo.

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