[RPG OFF] Contos de uma treinadora...

off: aeeeeeeeeeee \o

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Enquanto Phiro mantinha a Beedrill o mais afastada que conseguia, usando seus ataques para manter a batalha distante, eu fiquei com os dois pokemon machucados, tentando manter eles seguros. Os curativos temporários não iriam ajudar por muito tempo e quando eu já estava começando a perder as esperanças de que conseguiríamos, quando ouvi alguém me chamando e quase pulei de alegria ao ver que era o By.

Ele estava saindo completamente encharcado e estava com as duas bolsas. Mesmo que nada naquela bolsas fosse realmente ajudar Snivy e Yanma e que dificilmente By conseguiria fazer muito mais pelos dois pokemon, mas só de saber que teria alguma ajuda e que pelo menos ele não estava mais perdido sozinho no deserto (sem contar a possibilidade de pelo menos poder curar o envenenamento de todos com antidote), já me sentia melhor naquela batalha.

A batalha estava acirrada, com Phiro e Beedrill trocando ataques sem descanso, ambos já estavam muito cansados e machucados, mas ainda assim não iriam desistir. Quase que ao mesmo tempo, o cansaço de ambos ativou suas habilidades, o que tornava seus próximos ataques ainda mais poderosos e provavelmente os últimos que eles conseguiriam aguentar.

- Phiro aguente firme, só mais um pouco e vamos conseguir. Não de chance pra ela, ataque com seu Ember, use as brasas para continuar mantendo ela afastada e se precisar ataque de novo. - Ordenei, torcendo muito para que Phiro conseguisse aguentar o fim daquela batalha. - Já estava achando que você não viria mais. - Comentei, olhando rapidamente para onde By estava, antes de voltar a me concentrar na batalha.

900 EXP para Phiro
Foi para o nível 13
:: Ficha atualizada ::

Ao ver o oponente derrotado, as chamas de Charmander se recolhiam ao estado normal e a salamandra de fogo caia no chão, cansado e ofegante ainda. Aquele “buff” de poder no último momento deixou o coração do pequeno bem acelerado. By, ao perceber que a floresta se acalmava, voltava para perto de Sophia, com os dois Pokémons em seu colo. O problema era:

- E agora? - questionava o menino, ainda molhado, enquanto Sophia, que tinha o corpo menos molhado, sentia o frio de ter suas roupas bem encharcadas e grudentas em si.

- No fim você acreditou. - Comentei, ainda assistindo a batalha, que estava chegando nos seus momentos finais. Os dois estavam exaustos, mas ainda assim a Beedrill estava determinada a atacar quantos conseguisse, então mesmo depois de errar seu primeiro ataque, ela ainda tentou voar o mais rápido que pode para vir me atacar. Por instinto coloquei os braços na frente do rosto, mas não foi preciso, Phiro acabou sendo mais rápido e acabou com aquela batalha com um ultimo ember certeiro.

Assim que a Beedrill caiu nocauteada, Phiro também caiu no chão, exausto demais para fazer qualquer coisa. Sem pensar duas vezes fui até ele para ver como estava, mas antes que eu pudesse fazer alguma coisa, By chamou minha atenção para os dois pokemon, que ainda estavam muito machucados e provavelmente ainda mais fracos do que a ultima vez. Olhando em volta, ainda não tinha nada que pudéssemos fazer, já que o máximo que tinha pensado era torcer para aparecer um portal para o centro pokemon assim que a batalha acabasse...

- Eu não sei. Precisaríamos de um centro pokemon ou de alguma ajuda, não tem muito o que possamos fazer. - Comentei, pegando minha bolsa e pegando os itens de cura que tinha, especialmente os dois antidotes. Phiro, Yanma e Snivy precisavam, mas naquele momento eu não sabia nem se isso realmente iria ajudar.

Com o fim do último Beedrill, Sophia dedicava todo seu tempo agora para os Pokémons feridos. Embora Phiro respirasse ofegante por conta do veneno e pela batalha que lhe trouxe a vitória, o problema maior era dos Pokémons já feridos em batalhas, que estavam exaustos por conta do veneno e pelo ferimento mais grave. Ao comparar com o Charmander, Phiro tinha arranhões, enquanto Yanma e Snivy tinham ferimentos profundos.

A menina pegava a mochila. Os pokémons não mexiam. Snivy agora estava desmaiado, mas Sophia sentia a respiração mais acelerada do grass. Yanma continuava inerte. Não sabia se estava bem. Na verdade, por curiosidade ou pressão, Sophia colocava a mão sobre o corpo do pequeno, esperando uma pele fria, mas não sabia dizer se era porque ela estava molhada ou porque Yanma sofria de alguma forma. Happiness Forest não se manifestava. Parecia que a floresta não poderia ajudar o grupo ali no meio da floresta mais linda que a menina já viu.

By, ao ver a reação da menina de pegar os antídotos, pegou um também da bolsa dele. Percebia que Sophia tinha dois, enquanto tinham 3 Pokémons envenenados. O que eles poderiam fazer? Era pelo menos tentar deter o veneno. Sophia, com pena, abria o antídote e pressionava a agulha no corpo dos pequenos. Yanma nem mexia, enquanto Snivy tremia com a dor. Phiro começava a choramingar, enquanto By aplicava o antídoto em seu braço, mas com os minutos, o Pokémon fire parecia bem melhor e até sorria para sua treinadora. Diferente dos outros dois, cujas hemorragias continuavam ativas.

Não tinha jeito: eles precisavam de cuidados médicos mais sérios. Quando Sophia percebeu isso, que não havia opção, um brilho verde retornava a esperança em todos. Onde os dois Beedrills tinham caído abria-se um portal verde, levando os bagunceiros de volta para Viridian Forest, mas se mantinham abertos e com isso a oportunidade dos treinadores retornarem para casa... Kanto!

Estávamos em uma situação complicada, com Snivy e Yanma piorando a cada instante que passava, tínhamos cada vez menos tempo  e tudo o que podíamos fazer era usar os antidotes e torcer pelo melhor. Com mais um antidote que o By tinha, nós conseguimos curar o envenenamento dos três, mas infelizmente só o Phiro realmente se sentiu melhor depois disso e e logo o retornei para a pokeball, agradecendo por tudo o que ele tinha feito.

Já sem saber mais o que fazer, comecei a olhar em volta sem parar, procurando qualquer sinal de algum portal ou ao menos algum pokemon que pudesse nos ajudar com algum ataque de cura. Por sorte ou talvez por alguma vontade da floresta, um portal se abriu bem onde os Beedrills estavam e mesmo depois que as duas se foram, o portal continuou aberto. Nossa chance de conseguir alguma ajuda.

- Um portal! É nossa chance, vamos! - Falei, pegando um dos pokemon nos braços e já indo o mais rápido que conseguia para pular no portal, torcendo muito para nos deixar perto de pewter ou até mesmo da cidade de viridian, não importava muito qual, só precisávamos de um centro pokemon.

A menina sentia-se renovada ao ver o novo portal se abrir diante de seus olhos. Sophia se via esperançosa dessa vez. Segurava o Snivy e chamava By, que, com Yanma em seus braços, seguia para o buraco de luz verde no chão. Ambos saltavam dentro e a impressão que dava era que o mundo ficava de cabeça para baixo. Quando Sophia deu por si, estava em pé no meio de Viridian Forest. A diferença das florestas era marcante. As árvores de Viridian eram normais, sem grandes belezas de musgos. Mais escura, alguns Weedles se escondiam quando os dois apareceram.

- Vamos!

By saia correndo pela floresta, sendo seguida pela treinadora. Ele sabia que tempo era necessário e estava severamente preocupado com a vida de Yanma em seus braços (se é que tinha vida). Snivy ainda mexia um pouco, dando o alívio na treinadora de saber que ainda tinha uma chance para o gramíneo. Os dois percorriam a floresta, esgueirando-se entre as árvores, com os pés descalços no chão, molhados e cheio de sujeira. Algumas pedras acabavam machucando o pé dos treinadores, mas era uma dor insignificante, comparado ao preço que seria de perder uma daquelas vidas.

Enquanto Sophia seguia confiando cegamente em By, a treinadora lembrava que estava perdida em Viridian Forest, mas todo terror psicológico era superado quando entre algumas árvores surgiam um pequeno penhasco revelando a cidade de prédios cinzentos: Pewter City se encontrava na frente dos olhos da menina...

Torcendo muito para não aparecermos no meio do ninho das Beedrills, pulei dentro do portal, sendo seguida perto por By, que estava carregando o Yanma. A viagem foi um pouco mais estranha que o portal que nos trouxe para a floresta, mas felizmente quando abri os olhos, só vi as árvores da floresta de Viridian, um cenário que já tinha decorado depois de ter passado tanto tempo perdida naquele lugar.

By apareceu logo do meu lado e se tempo para conversarmos, ele apenas saiu correndo, enquanto eu segui logo a trás, torcendo muito para que ele soubesse para onde estava indo, em vez de apenas correndo e torcendo para estar indo para o lado certo. Tropeçando e conseguindo alguns novos machucados, que eu deixaria para me preocupar só depois ou quando algum deles me impedisse de continuar a correr, a floresta começou a mudar um pouco e antes que eu pudesse realmente perceber, estávamos correndo em direção aos prédios cinzentos de Pewter.

- Estamos quase lá, aguentem só mais um pouco. - Murmurei quando chegamos mais perto de Pewter. Nesse momento comecei a olhar em volta, procurando com todas as minhas forças por um centro pokemon ou qualquer sinal que indicasse o caminho mais rápido até o centro pokemon.

Os prédios cinzentos pareciam obstáculos para Sophia e Snivy em seus braços. Parecia que até o momento, a garota não iria parar nem para respirar até o gramíneo estiver protegido em uma sala do Pokémon Center. A noite começara a pouco. Não era nem 20h e ainda tinha algumas pessoas nas ruas, olhando curiosos os casais de treinadores, descalços, machucados pela própria natureza e ofegantes, que carregavam vidas que precisavam ser salvas. By liderava a corrida.

As portas do Pokémon Center de Pewter se abriam para os dois e assim eles conseguiram entrar no local. Pés sujos, roupas quase secas, cabelos bagunçados. Os Pokémons nos braços. Joy primeiro recebeu com um sorriso, mas ao ver os dois com pokémons feridos, logo mudava a feição e corria chamando Chansey para a ajudar. A Pokémon rosada saia empurrando o carrinho e assim a enfermeira, de modo cuidadosa, colocava os dois Pokémons na maca. Enquanto isso, saia correndo perguntando aos dois treinadores, que seguiam Joy no meio do corredor.

- O que aconteceu? O que são esses ferimentos?

Já era de noite quando começamos a correr pelas ruas de Pewter, sem nem ao menos dar atenção para as pessoas que estavam no nosso caminho, só tomando um pouco de cuidado para não trombar com ninguém, ou isso só acabaria nos atrasando ainda mais. Com By indo na frente, nós cruzamos a cidade na maior velocidade que conseguimos, passando pelas portas do centro pokemon antes mesmo que elas tivessem se aberto por completo.

A enfermeira ficou espantada com o que viu, mas nem liguei muito pra isso, só queria conseguir cuidados para o Snivy, o Yanma e o meu charmander, que eu também deixei a pokeball quando entregava o pokemon de unova para a enfermeira e sua chansey.

- Ataque de Beedrills, nós conseguimos curar o veneno, mas só agora conseguimos chegar no centro pokemon. É uma longa história, eles vão ficar bem? - Perguntei, ainda acompanhando a maca o quanto podia. Eu sabia que em algum momento elas iriam para alguma sala de tratamento em que não poderíamos entrar, mas eu iria o mais longe que pudesse e ficaria sentada ao lado da porta, só saindo quando tivesse certeza que aqueles dois ficariam bem.

Off: Sorry a demora XD Muito trabalho esses dias

Os questionamentos de Sophia em tentar saber sobre as condições dos Pokémons ficavam no ar. Joy mantinha-se em silêncio, como que ignorasse intencionalmente as perguntas de Sophia. Parecia que a enfermeira não queria mentir... Ela corria para dentro de uma sala, que se fechava, tendo Chansey impedido o avançar do dois garotos. Longe da recepção, mas agora em uma ala mais interna do Pokémon Center, os dois ficavam ali, enquanto a fraqueza dos seus pés batia forte os faziam sentar ali no chão mesmo, escorados na parede.

Só no momento, a treinadora entendia o quanto estava cansada e sua respiração ficava agitada de forma que ela não sabia mais o que pensar. Os pensamentos do pior sempre vinham na mente, era quase que inevitável... no entanto, agora, ela tinha que ter esperança, pois não poderia fazer nada no momento, a não ser torcer.

Não demorava muito e Joy saia da sala. A esperança e a curiosidade da garota a fazia ficar de pé, mas a enfermeira rosada ignorava os dois e entrava em outra sala, onde fazia uma chamada de vídeo para alguém. Logo em seguida, retornava para a sala e pedia para os dois esperarem. Mais uma vez, ambos, Sophia e By, voltavam para o chão, que era muito confortável, ao se comparar a fria Viridian Forest e a misteriosa Happiness Forest.

O silêncio agora parecia torturante. Os dois tinham vivido uma situação complicada, mas era uma experiência única. Os minutos passavam arrastados, até a porta do corredor abrir forma abrupta. Um homem alto, de óculos, cabelos escuros e pele branca quase que transparente entrava marchando pelo corredor. O cabelo bagunçado, blusa amassada, olhos fundos, segurando uma mala que balançava com o chacoalhar do corpo indicavam a preocupação em sua fisionomia. Ele balançava a cabeça para o casal no corredor e forçava um sorriso, até entrar na sala proibida. Joy chamava reforços...