- Sou sim! – Diria Owen de forma animada enquanto sorria e acariciava a pequena lagartixa em seu colo – Sou de Unova, bem longe daqui.

O loiro estaria animado em ser recebido, e respondido, de forma normal. Ele continuava demonstrando gentileza e logo, após observar o Eevee de modo curioso e animado, continuaria sua jornada.

-Enfim, tenho que ir... Foi muito bom te conhecer e conhecer seu Pokémon tão bonitinho. – Diria o loiro de forma amigável se despedindo da garota. Ele acenaria para ela, após alguns passos de distância e voltava a caminhar em direção ao seu destino.

Owen se prontificaria de voltar sua atenção a estrada principal da rota 116, ele voltava a colocar a Wurmple em sua camisa e a acompanhar o Gastly que guiava o treinador através do caminho. O treinador observava a sua volta procurando algo que o entretece, talvez algum Pokémon selvagem interessante com o qual poderia batalhar e quem sabe capturar, alguma área interessante e até mesmo alguns outros itens, assim como as Oran Berry que encontrou mais cedo.

Owen estava pleno, a reação da garota e sua recepção fora bem comum, mas ele deveria continuar seu caminho, afinal os boatos eram bons o suficiente para fazê-lo querer investigar o Túnel de Rusturf.

Um pouco mais a frente ele pode perceber a presença de mais uma espécie que poderia vir a lhe chamar a atenção, e foi isso que o fez. O jovem caminhava lentamente, acompanhado por Gött, e com passos curtos e silenciosos ele se aproximava de onde vinha aquele barulho peculiar, pareciam mais com gemidos.

- Estranho. – Indagou. – Vamos ver isso melhor.

O treinador continuava caminhando na direção do local, sua curiosidade era bem visível.

A surpresa era evidente no rosto do treinador amador, ele via que aquilo não era um ato comum, afinal importava a vida e segurança de Pokémon selvagens, o que fazia seu coração acelerar. – Quem foi esse covarde? – Se indagou com uma expressão de indignação. – Gött, se prepare para eventuais batalhas. - O fantasma acenava com a cabeça e logo começava a flutuar em volta ao local, procurando algo ou alguém que poderia ter feito aquilo.
Sem nenhum impedimento, nem mesmo por pensamentos de dúvida ou até mesmo medo, Owen se dispunha a ajudar os pequenos Pokémon feridos, seja com alguns curativos caseiros, que aprendeu quando morava no pequeno rancho de Floccesy, ou até mesmo com carinho e alívio sentimental. Ele olhava para os Pokémon gentilmente e também muito atenciosamente, esperava que eles se sentissem confortáveis o suficiente para deixar com que ele fizesse seu devido trabalho de ajuda-los.

Ao perceber a presença do Eevee ele logo lembrou da garota a qual viu alguns momentos antes, e certamente algumas dúvidas sobre ela surgiram em sua mente. “Quem ela é?” ou até mesmo “O que ela faz aqui?”. Tais perguntas seriam respondidas em alguns instantes.

- Eu não sei quem pode ter sido o MONSTRO que fez isso... – Disse Owen olhando para Soraya, seu olhar fitava os olhos da garota de forma penetrante. – Quem você acha que pode ter sido?

A pergunta em si não era tão importante quanto ter certeza de que a própria garota não havia cometido tal ato, o loiro era alguém desconfiado, mas certamente naquelas circunstâncias ele não poderia confiar em qualquer um.

Owen via a situação e logo se prontificava de também ajudar, ele estava pronto a qualquer ocasião adversa, e logo, sem muito pensar, lançava ao ar a pokébola de Metang, o loiro imaginava que o Pokémon metálico teria uma enorme facilidade em remover as pedras que estavam sobre os pequenos.
- Hefesto, use suas garras metálicas para quebrar as pedras! – Dizia Owen enquanto olhava confiante para seu Pokémon, ele suspirava e logo se abaixava para também fazer seu trabalho.

Gött e Circe infelizmente não podiam fazer nada, o corpo de gás e fumaça do fantasma e o tamanho minúsculo do pequeno inseto não lhe davam outras opções a não ser permanecerem olhando sem muitas ações, mas certamente o jovem treinador não os deixaria ali parados atoa. – Gött, fique atento a qualquer um que se aproxime e também a quem pode estar se afastando, o idiota que fez isso ainda pode estar por aqui.

O loiro se enfurecia facilmente ao ver situações adversas como aquela, dava brechas a instabilidades emocionais e pessoais, mas se continha ao ver a serenidade e sinceridade da moça ao ajudar genuinamente os Pokémon. Ele a olhava com resquícios de admiração, porém optava por não demonstrar.