Rota 102 - Yeap Prescott #002

Chegar na rota 102 poderia ser um momento muito animador para Yeap. Ele via que o ambiente se transformava completamente, antes a cidade bem movimentada e sem qualquer vegetação, agora um local calmo, muito bem limpo e bem revigorante. As paisagens, os Pokémon e as pessoas que por ali passavam davam ainda mais graça a todo aquele local especial. A conexão entre Petalburg e Oldale era muito tradicional e bem receptiva.

O jovem treinador poderia ver todas as opções que ele tinha a sua frente, e o que não faltavam eram escolhas. Desde exercícios mais simples como correr pelo grande campo gramado que contornava o pequeno lago como também se aventurar entre as árvores e vegetações da infindável selva que também havia na rota. Os Pokémon estavam muito bem despertos também. Haviam diversos Taillow planando sobre as árvores e se acomodando também nas copas das mesmas, além de diversos Zigzagoon e Linoone que cavavam buracos por baixo de arbustos frutíferos e aproveitavam para se deleitar das berries que ali tinham. De longe também era perceptível os peixes que saltavam no lago, alguns Magikarp e Goldeen davam o ar da graça e maravilhavam ainda mais o ambiente.

Yeap poderia começar então a explorar o local. Ele era acompanhado por algumas pessoas que transitavam pela trilha que ligava as duas cidades. Muitas delas a serviço, mas haviam sim algumas que optavam por simplesmente tirar um tempo para descansar e aproveitar o clima agradável daquele lindo dia ensolarado.

Yeap, então, começava sua aventura, ele estava tão entusiasmado que se imaginava explorando cada canto daquela rota. Ele se imaginava aproveitando o lago, as densas selvas e também o próprio campo gramado que embelezava o local. Sem dúvida aquilo poderia encher os olhos de quem visse.

Era preciso uma ação concreta, e não apenas pensamentos futuros e a dúvida sobre o que fazer, de fato o jovem precisava agir. Talvez não fosse um de seus planos continuar ali, parado, enquanto o calor do sol consumia sua pele jovial e o vento sujasse suas pernas e pés com a poeira do chão.

O jovem tinha em seu campo de vista as pessoas transitando, elas passavam pelo portal, que demarcava a entrada da cidade, e também ficavam se divertindo aos cantos da trilha com seus Pokémon e amigos. Alguns, outros, aproveitavam o lago para se refrescar com mergulhos e outras coisas. E haviam também os mais aventureiros que se desafiavam a enfrentar aquela densa selva que também estava disposta a sua frente.

O que não faltava era opção de por onde continuar sua aventura, ele tinha sim muitas escolhas, mas apenas uma, ou praticamente um meio caminho entre elas, deveria ser explorada.

Yeap decidia por explorar a pequena selva que cercava a rota. Ela parecia bem densa e volumosa, além de extensa também. Alguns barulhos estranhos, típicos de locais menos movimentados, facilmente eram perceptíveis mesmo da entrada da mesma.

A floresta era destacada por suas grandes árvores, com troncos que pareciam alcançar os céus e raízes que rachavam a terra. Haviam também algumas outras caídas, estas que estavam praticamente encobertas por musgo e algumas vinhas. O chão tinha suas vegetações gramíneas, alguns arbustos e vários buracos falsos, o que poderia ser tanto tocas de Pokémon como também armadilhas de predadores. A atenção do jovem deveria ser redobrada quanto ao isso, caso ele não desejasse ser apreendido ou apreender um destes.

O garoto continuava sua aventura, agora, acompanhado de seu Zigzagoon. O Pokémon que se mantinha muito animado e alegre junto de seu treinador. Aquele local era típico de sua espécie, certamente ele teria facilidade em explorar a selva e, também, batalhar em um local como aquele.

Os barulhos que vinha do interior da mata eram muito distintos e eles conseguiam ecoar bastante. Eram sons de pássaros e uivados de lobos. Haviam também grunhidos e miados, além de som de arrastar e puxar de algo contra o solo. Insetos se moviam entre as árvores, tais como Wurmple que “caminhavam” em folhas e as comiam. As linhas de sedas destes Pokémon se estendiam de uma árvore a outra, como se fosse uma ponte para elas se locomoverem.

De fato, a floresta dispunha de várias coisas muito interessantes, desde Pokémon e itens para encontrar até batalhas contra selvagens e locais para explorar.

O jovem começava, então, os primeiros passos de sua exploração. A floresta lhe apresentava uma dificuldade razoável, mas ele conseguiria superar isso, por outro lado seu pequeno Pokémon guaxinim caminhava sem nenhum problema.

Ele conseguia ver os Pokémon que lhe envolviam, desde pássaros que cruzavam os céus até insetos que pareciam despreocupados. Yeap não se preocupava com nada disso, até então, prestando atenção apenas quando a seu caminho para encontrar alguma coisa que lhe entretece. O que de fato ocorreu.

Ao ordenar que o Zigzagoon lançasse um Sand-Attack em um dos buracos, ele pode perceber que o chão começava a tremer, foi rápido, mas o suficiente para fazê-lo sentir aquele tremor totalmente, deixando suas bases levemente fracas e, talvez, sua atenção em alerta ao máximo.

Dos buracos, como se instantaneamente, vários Seedot saíam correndo na direção do treinador. Eles estavam aos grupos e todos pareciam querer atacar o garoto, o qual estava claramente em desvantagem. Nenhum número claro era possível se obter, mas eles facilmente passavam da casa da dezena. Era praticamente impossível enfrentar todos eles de uma vez e continuar ali também não poderia ser a melhor das ideias.

Yeap poderia agir tanto ofensivamente quanto defensivamente. O fato era: cada escolha traria efeitos bem diferentes e muito impactantes.

Os movimentos mais serviram para enfurecer os Seedot do que devidamente pará-los. De fato era uma boa ideia em tentar dificultar a passagem deles, mas os Pokémon já eram acostumados com obstáculos e rapidamente saltavam por aquilo sem dificuldade alguma.

Yeap conseguia correr, pelo menos, e seu Zigzagoon conseguia acompanhá-lo. Logo mais a frente a floresta parecia se dividir em dois caminhos. Era simples e a distância permitiria com que o jovem treinador decidisse por qual passar.

A direita o caminho era mais escuro e com mais obstáculos, haviam, ainda, alguns outros buracos e troncos e vinhas pela frente, Além de algumas árvores caídas e uma cerca malfeita toda quebrada e mal continuada. A cerca parecia levar a uma pequena casa aparentemente abandonada ao final daquele estreito caminho.

A esquerda era completamente diferente, o caminho era caracterizado por uma luz bem forte e clara no fim daquele “túnel” de árvores, as folhas das árvores vaziam uma cobertura para a luz do sol e os troncos demarcavam meio que uma trilha mais limpa até uma área mais aberta ao fundo. Haviam algumas placas caídas pelo chão com escritos em vermelho, mas devido a velocidade e distância do garoto ele não conseguia ouvir.

Yeap precisava decidir.