O Cavaleiro dos Dragões chegou: Katakuri e o Teatro Draconiano!

Após um belo momento de interação com seus pequeninos dragões, Katakuri Dawn dava início a uma bela prece destinada àquele que ele cultuava: Rayquaza, uma lenda regional. Uma lenda que poderia até mesmo não ser real, mas uma lenda em que ele, como um verdadeiro treinador de dragões, preferia acreditar. De qualquer forma, após tal ritual, no qual desejava boa sorte em sua próxima aventura, o rapaz seguia até o interior da grande construção que sediava o Teatro Continental. Era claro que aquele local estava entupido de pessoas. Havia todo o tipo de gente ali, desde a estranhos com roupas grotescas e chamativas, desde a simples pessoas de nariz empinado e vestes caríssimas. Mas, não fora uma tarefa tão complicada encontrar alguém que pudesse instruí-lo, já que à porta da construção estavam um pequeno grupo, justamente com o intuito de guiar aqueles que viessem participar ou mesmo aqueles que vieram apenas para apreciar uma bela apresentação teatral. Desta forma, um jovem de colete alaranjado - Sim, e um tom chamativo justamente para se destacar dos demais - se aproximara do jovem Dawn e lhe questionara se estava ali para apresentar, e uma vez que esta era sua única escolha, informara.

Logo, o jovem o guiara até uma porta lateral, a revelar um espaço relativamente grande onde diversos outros treinadores caminhavam para lá e para cá. Era este o camarim. Haviam diversos sofás empurrados às paredes, onde os participantes poderiam descansar, e ainda algumas bancadas com espelhos para que pudessem dar um último retoque em suas fantasias. Imediatamente o jovem que o guiara requisitara uma das garotas do figurino para auxiliá-lo naquela tarefa. Assim que a moça se aproximou, o jovem de colete laranja se retirou, justamente para guiar a outro treinador que poderia estar chegando. - Olá! Sou Beatriz... Então, você já tem algo em mente sobre a fantasia que gostaria de vestir? - Questionava a garota, enquanto já começava a se enfiar dentro de um armário, onde o Katakuri bem pudera notar, estava abarrotado de fantasias. - Prefere algo mais... Real, como um membro da corte, ou quem sabe algo mais selvagem... Uma das criaturas do bosque... Ou ainda algo mais encantado? - Continuava ela enquanto já voltava do embolo de fantasias com uma fita métrica em suas mãos. Inesperadamente, a garota começara a tocá-lo, para medi-lo, constrangendo-o ao esbarrar em certas partes mais sensíveis, porém a moça estava tão agitada que mal percebera. 

A garota que estava a auxiliar Katakuri realmente parecia em constante movimentação, apressadamente caminhando de um canto a outro, em busca de agulhas e linhas específicas, ou até mesmo carregando enormes rolos de tecidos, de forma a esperar que o jovem retornasse com a fantasia que optara para seu desempenho. - Ah! Que bela escolha! - Dissera a moça, já retirando a vestimenta das mãos do rapaz e a jogando sobre uma enorme mesa à sua frente. - Um cavaleiro em armadura reluzente... É uma excelente escolha! Só um segundinho... Tenho de comunicar sua escolha aos roteiristas. - E assim, deixando a fantasia por ali, a garota saira a correr pelo grande salão, até encontrar um homem de meia idade, careca e com uma boina em sua cabeça, com quem parecia conversar por alguns instantes e então ao fim retornar para retomar o trabalho com a fantasia escolhida pelo rapaz. - Logo eles devem lhe trazer um roteiro, o qual poderá ler enquanto eu faço os ajustes necessários à fantasia.

Eis que, focando-se completamente na fantasia, Beatriz parecia uma pessoa completamente diferente, sem toda a correria e pressa, ajustando-a minimamente para pudesse parecer perfeita para Katakuri, e enquanto ela o fazia, não demorou para que o senhor com quem ela conversara ainda a pouco retornasse, mas desta vez a cutucar o jovem em seu ombro. - Katakuri Dawn, é? Esta será a peça que terá de interpretar... Ainda terá um bom tempo para ler até sua entrada, então pode ler com calma. - Informava o homem enquanto lhe estendia uma copia do roteiro que estava fardado a cumprir. Na capa do mesmo lia-se "Jabberwocki", e abaixo de tal palavra em uma escrita rebuscada, estava a imagem de uma cabeçorra draconiana. Parecia se encaixar perfeitamente com sua carreira enquanto Treinador de Dragões. Assim, enquanto já estava para iniciar a leitura do segundo ato, fora interrompido por Beatriz, que lhe estendia a fantasia. - Aqui... Experimente... - Dizia em um tom autoritário. - Todos os provadores estão ocupados, mas pode se despir ali atrás daquelas fantasias, eu te dou cobertura. - Apontava ela a um aglomerado de fantasias penduradas em uma barra móvel, onde o rapaz poderia se esconder de olhares curiosos.

Uma vez que Katakuri surgisse, já com sua fantasia, Beatriz o analisara, desde a ponta de seus pés até o término da fantasia. - Hum... Ainda precisa de alguns toques... - E assim, já foi pegando a agulha uma vez mais enquanto se ajoelhava à lateral do rapaz e começava a cerzir a fantasia para que desaparecesse com uma dobra que a incomodara visualmente. - Fique parado, ou eu o espeto... - Continuava ela, porém com um tom um tanto tranquilo e divertido, como se para ela estar a revirar aquelas fantasias a fizessem se divertir, mesmo sob pressão. - Hum... Mais cedo me chamou de Karina... Quem seria? Uma namoradinha? - Prosseguia, tomando liberdade para uma brincadeira. - Ela também irá participar?

Enfim... Não tardara para que o mesmo senhor que lhe entregara o roteiro voltara a se aproximar dizendo:

- Você é o próximo. Tem 3 minutos para finalizar aqui e ir pro palco. Boa sorte! - Finalizara ele, ríspida e rapidamente, enquanto já partia. Era isto... Estava em sua vez

Se o que o jovem pretendia ao ficar apenas de cueca na frente de todos era causar impacto à garota, o efeito não fora bem este. Ela simplesmente o vira por um instante e então desviara o olhar, como se tivesse coisas mais interessantes a notar que não fosse o volume minúsculo de Katakuri. No entanto, aquilo certamente causava repulsa de alguns outros membros da equipe técnica e de alguns outros participantes do evento que ainda se encontravam por ali, tendo alguns já apresentado suas peças, e outros que ainda se apresentariam após Dawn. Alguns o olhavam com cara de nojo, o julgando por sua auto estima elevada a beirar a arrogância. Notando o olhar que muitos voltavam a Katakuri, a moça não resistira em dar um risinho discreto, mas assim que constatara que ele já havia colocado sua fantasia, provando-a, voltou a ser séria, como ainda a pouco havia se tornado ao estar ajeitar a mesma. - Se lhe espetar, a culpa seria sua. - Dissera ela, apesar de ter um tom de diversão. - Mas, quanto ao convite para tomar um café... Tenho que dizer que eu aceito. - Continuava ela, com um singelo sorriso em sua face. - Desde que não se incomode que meu namorado também vá! - Finalizara a acenar para um outro rapaz que ali estava presente, mal conseguindo conter mais um risinho constragedor. Era um dos contra-regras, 1,93m, um verdadeiro galã, diferentemente do pobre Katakuri. Ele pouco se importara com a atitude de Katakuri, já que parecia confiar plenamente em Beatriz.

Pobre miserável... Nada do que tentara funcionaria... Era isto um indício de que estava fardado a um fracasso também em sua peça? Bom, após dar um beijinho na bochecha de Beatriz, que não passara de nada além disso, o rapaz estava liberado para ir ao palco, porém assim que virara as costas, ouvira Beatriz dizer. - Mas obrigada por ser gentil ao dizer que pareço sua irmã. - Bom, ao menos conseguira fazê-la acreditar em sua irmã, apesar de não ter ajudado a conquistá-la, já que isto estava fora de cogitação. Ao fim, a moça voltara a se afastar, para atender a outro participante, enquanto o contrarregra namorado da moça o posicionava ao lado do palco, onde ao menos por enquanto não seria visto pela plateia. - Você entra assim que ouvir o som do dragã○ a bater suas asas. - Informava ele enquanto as cortinas já começavam a se abrir lentamente. - Tire seus olhos da minha garota e foque na sua peça, garotinho. - Dera um leve tapinha nas costas do rapaz e então se afastara um pouco, a puxar uma corda para que o efeito especial ocorresse pelo palco.

Assim que as cortinas estavam ainda se abrindo, um forte sonido tomara conta do lugar. Era o brado imperioso de um dragã○ em cólera, era intimidador, e precedido pelo som de chamas a serem liberadas. O palco, a este ponto, se assemelhava a um bosque em um eterno inverno. A "neve", após ser ativada pelo namorado de Beatriz, caía lentamente sobre o palco, que era colorido pelo mais puro e belo branco . Algumas árvores secas ilustravam bem a sensação invernal que recaia sobre o ambiente. Eis que, interrompendo o som a ser liberado pelo que seria a criatura draconiana, surgira o som metálico de uma espada ou lança a se chocar com algo resistente como uma armadura por diversas vezes. Pelas caixas de som, o som parecia rotacionar pelo palco, de forma a dar ao público a intenção de que a batalha realmente acontecia a seu redor, por vezes se aproximando e por vezes se afastando. O som era alto, justamente para trazer impacto e bravura. Eis que, com o som de uma espada a se partir ao meio, a ser procedido pelo som de bater de asas, dando a entender a retirada do dragão após uma "vitória", era esta a deixa para Katakuri invadir o palco a simular o término da batalha e apresentar seu personagem ao público.

OFF: Sorry a demora, mas cá estou de volta e na ativa.  ^^

Agora... Me explica qual a tara por este "Capacho de Fadas" que tu tanto menciona nos teus posts, moço? Tá drogado ou o que? e.e

Alias, vi que o mapa aqui ficou em baixa qualidade, mas já tinha enviado no Discord, então de boas. kkkkkkkk

Após um breve diálogo com o rapaz que seria o namorado de Beatriz, Katakuri estava enfim liberado para invadir o palco gélido e invernal. Sua entrada, fora realmente bem feita, em um tom audível a todos os espectadores e ainda conseguira apresentar-se dignamente como Ornstein, um nome um tano complexo de ser pronunciado por algumas crianças que assistiam a peça junto de seus pais, mas ainda assim era um nome que impunha certa credibilidade ao jovem, vez que combinava perfeitamente com a fantasia que estava a vestir, uma armadura dourada e reluzente, simplesmente bela e também poderosa, que mesmo por trás de sua beleza, também mantinha sua funcionalidade, já que sua função basal era protegê-lo de danos. Mas... Seria ela capaz de resistir até o fim de sua aventura épica? Alias, já era hora de encaminhá-la, sim... E assim, da lateral, o público vira apenas a ponta de cornetas e alguns outros instrumentos de sopro a anunciar a chegada de algo... Ou melhor, de alguém, muito provavelmente relacionado à corte de Copas, já que aquele sonido era muito peculiar dos seus.

Contudo, assim que surgira em cena, não parecera ser um membro muito influente da corte. Na real... Praticamente nem mesmo era da corte; a julgar por suas vestimentas simples, não passava de uma das muitas empregadas da corte, ou talvez quem sabe, uma cortesã oculta. Mas, ainda assim, a moça parecia manter alguma compostura em palco, seus olhos focavam em Dawn e caminhava em sua direção, tendo em suas mãos, apoiada contra seus volumosos seios, uma carta em forma de pergaminho. Assim que se aproximou o suficiente de Katakuri, pôs-se a anunciar-se oficialmente. - Senhor Ornstein? Sou Melissandre, e venho sob as ordens de Vossa Alteza, Rainha de Copas, entregar-lhe esta ordem... - E assim, a moça que até então mantinha uma expressão blasé, permitira que o rolinho de pergaminho em suas mãos se abrissem, para que pudesse ler. - Caro Sr. Ornstein... Não me passou despercebida a grande inutilidade que o senhor representa a este império... Incapaz de render tão pequena besta draconiana, simplesmente deprimente, afinal, não era esta sua função? Deveria cumpri-la sem maiores dificuldades se fosse realmente capaz... Porém, uma vez mais lhe dou um voto de confiança, e provavelmente o último:  Segundo informações confiáveis, o monte JubJub é onde reside o Jabberwocky, também conhecido por alguns como Jaguadarte, um enorme libélula, simplesmente poderoso... Sua missão será viajar até tais terras, e enfrentar tal criatura na tentativa de capturar um de seus ovos. Ah sim... Cuide bem de meu futuro bebê Jabberwocky, caso contrário, já imagina quais serão meus comandos, não? Mas para lembrá-lo... "Cortem-lhe a Cabeça!".

Ao fim de sua leitura teatral, a moça voltava a enrolar o pedaço de pergaminho, e então o entregava nas mãos do próprio Ornstein, junto também de um segundo pedaço de papel, do qual desta vez não haviam palavras, apenas um desenho de todo o território mais próximo, que de alguma forma poderia lhe ajudar... Bom, para enfim chegar ao tal Monte JubJub, tinha ainda alguns outros meios a atravessar, como por exemplo um não tão pequeno bosque, e ainda as Montanhas das Divisões... Bom, tinha um longo caminho à frente, de forma que era hora de iniciar sua jornada caso desejasse manter sua linda cabecinha intacta.

Após a atriz se retirar do local, aos sons de trombetas e seguindo pelo mesmo caminho de que viera, era hora também de Katakuri se retirar... Ou ao menos, daquele primeiro instante, assim, o jovem começara a correr pelo palco, sua armadura a emitir um ranger metálico conforme se movimentava. Seus movimentos pareciam um tanto engraçados com aquilo, mas ao menos parecia ser um tanto confortável em seu interior, talvez por não ter nada a fazer volume em seu interior. Enfim, por um rápido instante o jovem desaparecia de cena... Assim, enquanto o rapaz estava ausente, o público presenciara uma mudança no sério, tudo intencional para que o público visualizasse aquilo com olhos mais realísticos e naturais. A iluminação caia, e aos poucos um segundo fundo surgia a cobrir o primeiro, trazendo desta vez um clima mais noturno ao palco; outro efeito proporcionado pela equipe fora o ativamento dos ventiladores às laterais a jogar mais dos floquinhos de "neve" pelo palco, como em uma verdadeira tempestade de neve no palco.

A mudança fora tão rápida, mesmo ao público, que Katakuri mal tivera tempo de beber um copo de água servido por Beatriz e então já era sua deixa para entrar em palco uma vez mais. - Vá lá. É sua deixa! - Dissera a garota enquanto retirava o copo da mão do rapaz e o namorado da mesma já tratava de apontar para o palco, direcionando-o para onde correr. Do outro lado, contudo, já estava posicionada uma bela garota... De pele branca, e belos cabelos ruivos em um cumprimento médio, estava a próxima atriz que interagiria com o jovem, e que também o acompanharia por um bom tempo... Bom, aquela seria sua primeira interação com a moça, então se procurava um bom desempenho em sua peça, era importante possuir certa compatibilidade e afinidade com os demais atores que envolveriam a peça. De qualquer forma, a garota estava a caminhar na direção oposta à qual Katakuri em breve rumaria, usando seu Stantler para bloquear a neve que avançava em sua direção. Contudo, algo certamente os diferenciava... Tanto a garota, quanto a criatura que "lutava" bravamente contra a tempestade de neve, traziam em suas cabeças cartolas. As da moça tinham uma coloração ácida, em um tom verde, a contrastar perfeitamente com suas madeixas ruivas, enquanto a rena, mantinha uma cartola mais tradicional, porém com uma fita em coloração amarela, para combinar com seus chifres, de forma que a fita parecia ainda sobrar e cair sobre as laterais da cartola, a se enroscar em seu chifre com o forte vento.

Bom, segundo o roteiro o jovem deveria abordá-la neste instante, sobre o que estaria fazendo, uma tão bela moça, naquele bosque, em tal horário... Poderia ser suspeito, não? Não fazia, necessariamente, parte de sua missão, mas um pouco de cavalheirismo não faria mal a ninguém, nem mesmo à besta quadrada que era Dawn.