O Cavaleiro dos borboletinhas Chegou!
A caminhada era cansativa, deixando o cavaleiro bem exausto, o que ele refletia em sua atuação, havendo momentos em que caminhava mais devagar pelo palco, respirava pesadamente, parava para descansar alguns momentos. Tudo para demonstrar ao público a sensação de desgaste que passava o protagonista daquela peça. Para ajudar nisso, a passagem de tempo era muito bem-feita, deixando o dia para trás e logo trazendo a noite imponente!
Além do grande lapso temporal pela busca à garota, a neve voltava e Ornstein interpretava seus movimentos condizentes com ela, lentos e difíceis. Então, repentinamente, o cavaleiro ouvia uma voz. Seus instintos se aguçavam e ele logo olhava os arredores com a finalidade de achar a origem daquela voz. Fora em vão... ainda não era hora de encontra-lo, supunha Ornstein.
Ao tentar procurar a voz peculiar, que exibia um tom fora do cordial, mostrando suas intenções de zombaria, Ornstein esbarrava na grande cartola de Stantler e se apoiava em Salamencer para não cair, com um misto de impacto e susto... o que poderia ter acontecido com o pokemon! A taquicardia bateu no cavaleiro e ele logo tentava, agora com mais afinco, tentar encontrar qualquer pista que o levasse à jovem Selena – Quem é você? Pare de brincadeiras e me ajude a encontrar a pobre Selena! Ela deve estar passando por maus bocados... tenho esse pressentimento. Se for um ser com bondade no coração, ajude este jovem cavaleiro em sua empreitada!
Então, passados alguns instantes, o ser se revelava, do alto de uma construção, imponente e com pouca cara de ser alguém de bem, ele continuava suas falas. O tom de deboche e ironia era claro como o sol pela manhã. Ornstein percebia isso... mas não se deixava levar por uma lábia tão fraca
Não vai conseguir me enrolar com essa fala capciosa. Meu agir é sempre dando o máximo de mim... se fui pego de surpresa, é porque o inimigo foi muito bem e não eu que errei. Se vais tentar uma abordagem desse... naipe, sugiro desistir, sou um ser prático, se não vai me ajudar, adeus, não gosto de seres que já chegam mostrando segundas intenções.
O gato então, em um belo movimento, se aproximava do treinador e o rodeava, analisando. Ornstein e Visenya devolviam o olhar investigativo. Estavam preparados para se o pokemon fizesse algum movimento súbito. Não conheciam o ser, mas ele não parecia ter a melhor das índoles. Deviam ter cuidado redobrado – Vai me ajudar ou não? Pareces conhecer o paradeiro de quem procuro.