Miss Americana & The Heartbreak Prince

Seus olhos visualizavam mais uma brilhante atuação das estrelas mirins. Clair pedia a Sean para apontar o caminho até a saída, e ele de fato o fazia enquanto a garotinha enfrentava e barrava a entidade sozinha, o que demonstrava um ato de pura bravura. Eis que, assim que o rapazinho lhes deixara próximos à saída, o garotinho voltara a se afastar, não sem antes dar um último abraço naquele que seria seu irmão, apenas para enfim chegar a seu ápice. Era este o último ato das crianças, que em um ato em conjunto, purificavam aquela entidade maligna, deixando apenas Karinna e Lysander próximo ao tronco e também à estátua de Destino.

Estariam seus problemas resolvidos? Longe disto, pois os eventos passados, por mais que ambos os atores já soubessem o que estava a acontecer, o fato de presenciá-los fisicamente tornava a tudo ainda mais realistico, de forma a afetar Karinna de maneira extrema. Assim que a jovem caíra ao chão em prantos, Lysander soubera imediatamente: Aquele não era um ato de sua personagem, mas sim de Karinna enquanto pessoa, a atriz. Por um momento o jovem apenas a fitara, ligeiramente confuso por não saber como reagir, mas então decidira rapidamente por seguir a seu próprio coração, e então abaixar-se diante dela, ficando então à sua altura.

- Está tudo bem... Está tudo bem. - Repetia o jovem a observá-la diretamente em seus olhos, permitindo que por um instante a garota desabafasse a seus sentimentos. - Eu estou do seu lado, não estou? Não importe quantas outras situações ruins surgirem à nossa frente, eu permanecerei a seu lado. Você pode contar comigo a tudo. - Continuara, envolvendo-a em um abraço. Em seguida estendia à moça um pequeno lenço branco que sempre carregara consigo, e que nutria as iniciais L.L, as iniciais de sua mãe, já que o mesmo um dia pertencera à ela. Com o lenço em suas mãos, enxugava suas lágrimas. Ao fim, fazia menção de levantar-se, dizendo que deveriam prosseguir. Assim, ambos seguiam em frente em suas jornadas naquela apresentação.

Atitudes a parte, aquele era o momento de Karinna brilhar diante do público, imersa em todo o drama pessoal da atriz, mais do que a própria personagem. No entanto, a trama tinha de continuar, então, enquanto permaneciam juntos, os efeitos especiais voltam a surgir de maneira especial. Sentia o peso de deu corpo desaparecer ao ver seu corpo flutuar junto com o de Karinna, mantendo-os suspensos no ar por alguns instantes enquanto a estátua agia de maneira bela. Assim que todo o efeito chegara a seu fim, o jovem estava agora diante de um cenário distinto, e diferentemente da personagem de Karinna, Lysander não sabia dizer com exatidão quem era a figura diante de si, apesar de obviamente sentir que havia uma nítida imponência em sua forma, apesar de parte dela permanecer oculta a deus olhos.

Assim, a mulher dava a entender que aquilo havia dido preparado para Karinna, como uma forma de prrparação a algo, tendo Lysander apenas sido pego como um efeito colateral, mas que ainda assim aprendera algo de grande valor. Bom, diante do convite a se aproximarem da mulher, Lysander permanecera um tanto receoso de imediato, mas então olhara para Karinna, que parecia nutrir certa confiança pela mesma, de forma que mal hesitara diante de tal figura. - Bom... Se Karinna confia nela... Deveria eu também confiar? - Refletira ele pouco antes de enfim dizer. - Hum... Devo presumir que conhecera minha mãe, antes dela haver se tornado esta pessoa tão má e rancorosa? Afinal... Como eu deveria chamá-la? Ou melhor... Quem é você? - Questionava o jovem, ao seguir Karinna a se aproximar da mulher.

Assim que se aproximara o suficiente da figura, esta se revelara como uma bela mulher, ornamentada por uma bela produção da equipe responsável pelo figurino. Em verdade, todo aquele cenário trazia a tona um detalhismo muito grande por parte de todos os envolvidos, vez que haviam muitas coisas a se valorizar por ali. Diversos monstrinhos gramíneos caminhavam pelo palco, a trazer um tom revigorante a paisagem, evocando uma sensação de tranquilidade e calmaria, mesmo após a todos os acontecimentos tenebrosos que os envolvera ainda a pouco. No entanto, apesar de tudo isto a rodeá-lo, parecia chocar-se ao notar quem também se encontrava ali presente: Rhaegal e Brie. As mulheres que haviam atacado Lysander e Karinna pouco após seu encontro. Fora uma delas a responsável pela tempestade de neve que tiveram de enfrentar. Assim, uma certa tensão não tardava em dominar o jovem, o que se tornava visível pelo simples caminhar do jovem, além do fato de se recusar em deixar de fitá-las, como se estivesse a espera de um novo ataque.

- Compreendo... - Emitira o rapaz, ainda a manter o olho nas duas oponentes ali presente. - A morte de papai a afetara drasticamente... Parecia prestes a surtar diante da simples menção à ele... Mas, quanto a... A Sean. Jamais ouvi qualquer palavra sobre isto. - Prosseguia ele, em um tom sutil de aspereza, deixando claro que não parecia gostar de terem lhe ocultado tal existência. - Mas, acho que isto simplesmente mostra o quanto a morte dele a afetou... Ao ponto de jamais mencioná-lo... Ou mesmo proibir a todos que jamais falassem sobre ele... - Continuara ele, a se aproximar, mas ainda assim manter certa distância de Brie e Rhaegal. - Mas, enfim... Não, jamais ouvi tal parábola... Mas, imagino que esteja prestes a ouvir. - Prosseguia ele, apenas a esperar pelo início da história.

Lá estava Lysander, a ouvir a história de seu personagem... Enquanto ator, ele sabia exatamente o plano de fundo a envolver sua caracterização, mas a seu personagem, a história era inédita. No início, tentara descobrir qualquer mensagem que pudesse ficar subentendida na elaboração de tal parábola, mas não tardara para que tal parábola se aproximasse estranhamente da realidade. Eis que... Assim que a tal Rainha voltara seu olhos a Lysander, antes mesmo dela referir a si, ele soubera de imediato que aquela era sua história, a história de sua família, mais exatamente. Adotando uma postura mais desconfortável e receosa, o jovem dera um passo para trás, confuso, mas ainda assim interessado em descobrir como aquilo se finalizara, apenas para obter a informação: Terminara em Morte. Seus olhos, imediatamente se envolveram em lágrimas, ao descobrir sua origem, uma origem que jamais lhe fora contada antes. Com um filete de lágrima a escorrer de cada olho, o jovem continuava a fitar a rainha, por vezes desviando o olhar para Karinna, apesar de não saber ao certo o por que. - Então... Sean... Sean era o filho de minha mãe com aquele que de fato ela um dia amou... - Prosseguia ele, a morder seu lábio inferior, que tremia, assim como suas mãos, que eram levadas a sua face na tentativa de enxugar suas lágrimas, não que funcionasse, pois tão logo que as limpava, novas insistiam em escorrer por sua pele.

- Mas...O que isso faz de mim? - Continuava o jovem, em um tom baixo, como que quase em um sussurro para si mesmo enquanto se limitava a encarar a seus pés. No entanto, enquanto ainda questionava a si mesmo sobre sua identidade, a rainha finalizara o seu discurso, anunciando que ela seria a última prova de Karinna e Lysander, o último desafio a ser encarado, ao mesmo tempo em que Destino se aproximara, trazendo consigo um companheiro, a medida em que uma bela música começara a tocar pelo, evocando ao público todo um clima para aquele combate. Com seus olhos marejados, Lysander voltara-os a seu redor uma última vez, a examinar a toda a beleza ali contida, um tanto alheio ainda devido à revelação por sua mãe, o que em verdade o fizera sentir apenas mais empatia por esta. Mas, ao fim de tal giro, o jovem cerrara seus punhos e se voltara a Rainha enquanto caminhava na direção da mesma, uma séria expressão de determinação em sua face. - Ninguém... Jamais... Deveria ser privado de amar. Não acho que tenha sido justo. Eu... Eu deveria me sentir mal por apenas sentir ainda mais empatia por minha mãe, ó majestade? Viver uma vida, a saber que aquele que um dia você tanto amara, havia sido tirado de si... Você pode imaginar? - Havia todo um peso a envolver suas palavras, como se verdadeiramente emocionado. Com um rápido olhar a Karinna, o jovem continuara. - Você pode imaginar, não pode? Pois, não foi a morte de Clair que trouxe a tona tal sentimento de Ira e Vingança? - Finalizara o jovem, já a esquecer por completo as lágrimas que escorriam de sua face. Sua mão a descer instintivamente por seu longo sobretudo, de onde tranquilamente retirara uma única esfera pintada em tom roxo.

- Todos estes reinos... Todos eles... Eles não precisam de mais disputas, de mais sangue a escorrer por suas mãos. - Ao fim, levara a mão ao peito, de onde um lampejo roxo fora imediatamente liberado, a saltar para sua frente, onde em meio a diversas centelhas de igual tonalidade surgia uma criatura, a emitir sua luz dourada, que refletia sobre as centelhas, a proporcionar um belo efeito visual. A criatura escolhida desta vez era UMBREON! - O que eles precisam é de se unir, e é por isto que lutarei! Umbreon, PROTECT e então TOXIC em Sawsbuck!