Re: 5 - Slateport

por **Loki'** Seg 4 maio 2020 - 18:18

Merle saiu do ambiente refrigerado do centro Pokémon para o calor das ruas de Slateport, e apesar de ter chegado à cidade a menos de um de um dia já se sentia em casa. O sol batendo na pele e a brisa salgada vinda do mar soprando nos cabelos lhe traziam as mais diversas lembranças dos mais variados momentos de sua vida em Lilycove, e só deixavam o treinador mais ansioso para descobrir o que a cidade tinha reservado para ele.

Os pontos de referência mais próximos ao rapaz eram um grande shopping e uma movimentada praça, tentou lembrar se precisava comprar algo mas nada lhe veio a mente, resolveu então ir até a praça e ver se conseguia ver ou ouvir algo que lhe chamasse a atenção. Se certificou mais uma vez de que o ovo que lhe fora presenteado pela mãe de Fausto estava seguro na mochila e seguiu caminhando em direção a praça, Merle não fazia idéia de como cuidar de um ovo Pokémon, mas sabia que se deixasse o objeto quieto na mochila ele logo encontraria seu caminho para a luz do dia, por hora resolveu focar suas atenções no que estava acontecendo na praça a sua frente.

por **Victoria** Ter 5 maio 2020 - 12:50

Optou pelo mais próximo; a praça bem diante de seus olhos. Atravessou a ciclovia movimentada, o asfalto quente e chegou até a calçada movimentada. Pisando ali, já podíamos afirmar; ele estava na praça central de Slateport. Ao centro uma estátua de algum presidente da república que ninguém mais se importa; em volta dele?! Gente. Muita gente. O local estava tomado por uma movimentação mais que cotidiana; era uma movimentação comercial. O local abrigava diversos "camelôs" e serviços a se prestar. Não havia nem mesmo dois minutos que Merle pisara ali e já fora interceptado por dois prestadores de serviço.

Ao mesmo tempo!

Quem vinha a esquerda era uma mulher na meia-idade, de cabelo longo e preto, que tinha em sua cabeça um pano levemente transparente, repleto de lantejoulas e predrinhas. Quem vinha a sua direita era um adolescente de cabelo raspado e barba inexistente. Em suas mãos uma câmera fotográfica. Ambos alcançaram o alvo ao mesmo tempo e atropelaram o próprio protagonista ao meio de suas propostas:
- Posso ler sua sorte de hoje, rapaz?! Algo me diz que vai ser um dia bom - Falou a mulher, em voz baixa e próxima-demais de Merle - Uma foto sua naquela estátua para recordar a viagem a Slateport... o que acha?! Faço um precinho bom para você.

Progresso Ren:

Progresso Merle:

por **Loki'** Ter 5 maio 2020 - 14:37

Assim que chegou na movimentada praça, Merle foi logo abordado por dois estranhos personagens que se atropelavam para ver quem iria tentar tirar seu dinheiro primeiro. O rapaz ouviu as propostas de ambos e em seguida deu dois passos para trás, "Ok pessoal, vamos tentar respeitar o espaço pessoal do próximo, certo?" falou, estendendo as duas mãos e fazendo um gesto para que se afastassem um pouco.

"Um de cada vez. Senhor fotógrafo, com todo o respeito, essa estátua é bem feinha, vou ter que deixar sua oferta passar." Merle esperava que o fotógrafo fosse capaz de entender "Sem contar que eu também ando meio mal de grana, sabe como é, tá difícil pra todo mundo."

E voltando-se para a mulher envolta em lantejoulas e pedrinhas continuou: "Agora, a senhora já pegou no meu ponto fraco, mas é aquilo que eu disse pra ele, a situação não tá fácil, como que eu sei que você não tá tentando me enrolar? Acho que antes de ler a minha sorte a senhora deveria ler a sorte do senhor fotógrafo para eu ver se vale a pena."

por **Victoria** Ter 5 maio 2020 - 20:38

A fala de Merle deixou o fotografo até um pouco abatido; será que todos pensavam assim?! Isso seria explicação mais que o suficiente para explicar o fiasco de seu trabalho naquela região. Bem, respirou fundo e observou a resposta da moça que viera em paralelo a ele, já esperando que sairia ainda mais triste do que chegou:
- Oh rapaz, não precisa nem ser cigana pra saber que a sorte dele não ta das melhores - Falara isso e jogara uma das mãos para trás, gargalhando do rapaz que foi rejeitado. Ainda mais magoado que antes, o homem deu as costas e saiu de cena aos poucos, enquanto a mulher continuava sua pechincha - Veja só, você não pode me pedir para trabalhar duas vezes e pagar só uma, mas vou te dar uma introdução... você passou a manhã na beira do mar... acertei?!

Bem, talvez isso não fosse suficiente, mas a moça estava certa de que ao menos fisgaria um pouco da atenção de Merle com essa pequena frase.

Progresso Merle:

por **Loki'** Qua 6 maio 2020 - 11:48

Merle tentou segurar mas não conseguiu, ao ouvir a leitura da moça não pode deixar de soltar estrondosas gargalhadas. "Pô moça, mas aí é fácil também, quem em sã consciência vem em Slateport e não dá nem um pulinho na praia?" perguntou entre os acessos de risadas, e receoso de que talvez a cigana não fosse encarar com bons olhos sua atitude, tentou se redimir. "Você não me provou muita coisa, mas pelo menos me divertiu." e estendendo a palma da mão esquerda para a mulher continuou "Vamos ver o que você tem a me dizer, eu tenho que admitir que apesar do ceticismo sempre arrastei uma asa para o esoterismo. Então vamos lá, me conta o que mais você tá vendo."

por **Victoria** Qua 6 maio 2020 - 14:15

- Ah... meu jovem, eu mesma não leio nada não! Mas que bom que me deu sua mão - E ao dizer isso, a moça jogou uma esfera ao ar.
Quando a esfera começou a pousar, um brilho rosado revelou uma humanóide de um metro e meio. Seus cabelos loiros iam até a cintura e seu lábio grosso era "signature" do pokemon em questão. Sim, uma Jynx! A pokemon pousou no chão e viu Merle, o agraciando com um sorriso simpático.

Agora sim, a psíquica responsável por ler seu futuro estava presente. Num ato levemente invasivo, ela tocou a mão de Merle, apoiou-a na sua, aproximou o rosto e a cheirou. O odor de maresia adentrou suas narinas e nesse exato momento a paranormal sentia; ele era um pescador. Ao entender isso, deu um beijo na mão de Merle, mas nada muito profundo aconteceu.

Ao menos não até agora.
Ponto para o ceticismo do rapaz, não é?!

Progresso Merle:

por **Loki'** Qua 6 maio 2020 - 21:45

O garoto se surpreendeu com a aparição repentina do pokémon psíquico, o rapaz ainda não estava acostumado com os monstrinhos que vieram de outras regiões após a famosa enchente. "Uau, onde a senhora conseguiu essa Jynx?" perguntou curioso, "Aposto que numa batalha ela deve causar um estrago."

Mas Merle se dispersava, ainda não conseguia identificar onde a estranha mulher queria chegar, "Mas e então, é ela quem vai ler o meu futuro? Não, é a sorte, não é? Eu já estou ficando confuso com essa história toda." falou, a cabeça do rapaz realmente estava a ponto de dar um nó, sua mente não era das mais brilhantes e o rapaz receava se deixar distrair com trivialidades e acabar dormindo no ponto.

por **Victoria** Qua 6 maio 2020 - 23:23

A mulher ouviu as frases de Merle e deu para trás. Colocou a mão na cintura bastante desconsertada mas evitou falar a princípio. Antes de opinar ou responder, esperou que Jynx a permitisse comentar algo:
- Menino, você já viu alguém lendo sorte passada?? - Fora uma resposta bastante congruente; não se lê sorte se não for do futuro. Não existe sorte de algo que está em curso ou já passou - Além disso, eu não conseguia a Jynx, ela que me escolheu. Pois bem, ela já vai te passar o que você precisa saber.

Fora durante toda essa discussão que a pokemon decidiu soltar a mão de Merle e se afastar. Quando pegou distância, alvejou o garoto e usou um golpe pouco comum, chamado Telekinesis. A princípio o pescador viu suas roupas começarem a levantar e, de repente, ele como um todo estava mais leve! Não chegou a flutuar, mas sentia que ao menos havia perdido trinta à quarenta quilos. O efeito durou por um tempo e quando enfim sentiu-se no peso normal, algumas memórias vieram a tona em sua mente.

A primeira delas era de uma batalha contra uma Jynx, que perderia inevitavelmente. A segunda delas era um túnel fechado, que inevitavelmente teria que passar. A terceira um grupo de soldados o atravessaria, inevitavelmente. O quarto? A bandeira de Tohjo seria arqueada ao meio da rua em que estava, inevitavelmente. A quinta? Bem, a quinta e última era o número 250, que não sairia da sua cabeça... inevitavelmente. Ao fim sua leitura da sorte; Merle seria um rapaz de sorte ao fim do dia, mas só ao fim dele. De modo geral, seu memorar não fora de todo agradável; talvez ficasse receoso se essa sorte de fato chegaria.
- Pois é isso rapaz, e o dinheiro?! - pediu, sem muito pudor.

Progresso Merle:

por **Loki'** Qui 7 maio 2020 - 13:43

Merle deu dois passos para trás após receber aquele excesso de informações, a maioria dos eventos mostrados pela pokémon pareciam ser realmente muito importantes, e de interesse de muitos outros além dele, mas ainda tinha suas dúvidas se podia acreditar no que acabara de ver ou não, afinal, o rapaz não conhecia muito sobre pokémons psíquicos e a cigana poderia muito bem ter feito ordenado que sua Pokémon implantasse aquelas imagens em sua mente. Resolveu, porém, confiar na artista de rua e no serviço que ela oferecia, "Uau, é uma baita atração de festa que você tem aí. Muito bem, qual o seu preço?"

Mesmo estando disposto a pagar pelos serviços da mulher, Merle ainda queria comprovar se o que havia visto realmente era tão imutável assim, se ele se lembrava corretamente, a primeira visão era uma batalha contra uma Jynx que ele perderia inevitavelmente. Incomodado com a imutabilidade dos eventos que havia visto, resolveu compartilhar suas dúvidas com a cigana. "Em uma das minhas visões eu batalhava com uma Jynx e perdia" começou, medindo cuidadosamente suas palavras de forma que não ofendesse a mulher, "Você por algum acaso conhece algum outro treinador que esteja andando por aí com uma Jynx ou é você mesmo que vai me derrotar? E outra, porque os eventos são imutáveis? Agora que eu sei que eles vão acontecer não tem nada que eu possa fazer para evitar? Sabe, que nem aquele negócio, efeito borboleta ou algo parecido."

por **Victoria** Qui 7 maio 2020 - 22:49

A cigana agora tinha uma surpresa agradável; em geral os clientes acabam conversando sobre suas visões como se a moça soubesse do que se tratava. Nunca é o caso! A mulher nunca sabe o que Jynx passou para eles; a menos que Jynx resolva compartilhar consigo também as memórias... o que, bem, nunca acontece. Fora com essa surpresa agradável que ela ouviu o relato breve de Merle e respondeu:
- Não sei se há alguma outra Jynx por ai, mas se quiser testar o destino, pode tentar comigo mesmo - A moça então olhava para Jynx e perguntava se ela toparia o desafio; ela apenas disse que sim - Você pode sim ir contra o destino, não tem problema algum... há quem acredite que isso é possível, é importante você seguir suas crenças, menino. Mas desafiar uma Jynx não é inevitavelmente dar chance ao destino?! Talvez a forma mais fácil de mudar isso é ir ao seu quarto e dormir o resto do dia.

A moça então olha em volta, vê que a movimentação da quadra parece diminuta e aponta para um espaço vago ao canto, de baixo de algumas árvores recém podadas e extremamente feias (justamente por isso):
- Se quiser batalhar, pode ser ali. Um versus um, né? Não tenho outro pokemon comigo... ou melhor, nenhum outro pokemon me tem - E dito isso, a moça começou a caminhar em direção ao campo - Mas não deixarei simples. Se você ganhar, não precisa me pagar, já que vai ter mudado seu futuro e minha projeção foi inútil. Se eu ganhar, quero não só que você me pague, mas que faça um favor para mim.

Progresso Merle:

por Conteúdo patrocinado