Re: Rápido treinamento

por **Ayzen** Ter Abr 21 2020, 17:14

Segunda, 19h40min
"Céu com poucas estrelas, noite"

Katakuri se exaltava ainda mais, lançando acusações contra o motoqueiro, que também estava sendo preso. O mesmo ainda falava sobre o fato de que Machoke era continuamente maltratado, fazendo o policial olhar de forma suspeita para a Enfermeira Joy ali, mas fazendo-a negar com um balanço triste de cabeça. A mesma enfermeira pegava a esfera do motoqueiro e entregava para o policial moreno, enquanto o loiro revistava os dois “bandidos”. Surpresa foi era encontrar um saquinho com um pó branco ali na jaqueta do motoqueiro, o fazendo abaixar a cabeça e ficar quieto, enquanto Katakuri exigia a libertação de Machoke, falando que ele tinha trazido o Haunter para ali. Aquela informação fora interessante para o policial!

- Base, eu achei o suspeito do terrorismo feito na avenida principal e que furtou o Haunter... Estou levando outro que estava brigando, talvez seja parceiro do indivíduo que se acidentou. Também está portando drogas..

- Pô velho, não sei o que isso tá fazendo ai... Não é meu... - a primeira desculpa clichê vinha do motoqueiro, enquanto Katakuri se remexia exigindo a liberdade de Machoke.

Enquanto isso, Nicholas queria saber o que estava acontecendo com o Pikachu, que naquele momento, era a principal atenção dele. Enfermeira Joy revisava os prontuários e suspirava. Tinha sido um dia cansativo e ela nem pôde trocar de turno por conta das várias emergências que o Centro Pokémon teve nas últimas horas.

- Pikachu está em cirurgia. Ele bateu a cabeça forte, após o acidente com o Rhyhorn, certo?- dizia olhando para Speed... O garoto tinha informado algo, mas não sabia até quanto o menino tinha revelado, talvez, só o suficiente, levando em consideração a esperteza do garoto. - Você é o responsável pelo Pikachu, né? Seu irmãozinho já contou tudo. Possivelmente a cirurgia termina em uma hora. Há hemorragia epidural e subdural, com uma grave hipertensão craniana... É uma cirurgia delicada, mas dr. Thompson é muito bom no que faz!

Enquanto Joy explicava a situação de Pikachu, Katakuri era orientado a não resistir e ir até o carro de polícia próximo dali para poder ser conduzido até a delegacia da cidade...

Progresso da Rota - Nicholas :

Progresso da Rota - Katakuri :

por **Katakuri** Ter Abr 21 2020, 17:26

Altas Aventuras na cidade Rocket ft. Mailson e Wester

Naquela situação cheia de animosidade e contenda, Katakuri ficava de uma forma sádica, contente por ver as drogas sendo achadas com o homem... sempre soube que ele era bandido – Viu? Eu falei que ele era bandido! Provavelmente deve usar o pokemon para traficar drogas também! – mas, alegria de pobre dura pouco!

O policial começava o acusar de “terrorismo”, fazendo o jovem arregalar os olhos – Terrorismo? Ta ficando doido? Eu fui salvar o pokemon! Se não fosse por mim, eles poderiam ter ido embora e nunca mais eu teria outra chance. Queria que eu ficasse parado? Vendo um pokemon ser usado por bandidos para praticar o mal? Nem fudendo, ta ligado? Sim, joguei as pedras na rua para impedir o avanço desses meliantes! As rochas de um Rock Slide não são assim grandes, seu policial... como o senhor pode falar de terrorismo? Na verdade, eu fiz o seu trabalho, se quiser me agradecer, estamos ai! Dá pra soltar essas algemas? Eu não sou bandido! Estava agindo para proteger os pokemons!

Katakuri ficava cada vez mais puto com toda aquela situação...mas faria tudo novamente se pudesse salvar os pokemons de lixos como aqueles dois. Valia a pena ser preso por isso! Se fossem seus pokemons sendo usados para praticar crimes, ele iria querer que tivessem agido para os salvar!

Valeu Ranzito!

por **Mama** Qua Abr 22 2020, 09:22

Rápido Treinamento

Foi uma boa notícia saber que Pikachu está bem. Uma preocupação ao menos no momento. Decidi deixar os garotos longe da confusão envolvendo a polícia, pois não queria que nenhum deles se metesse na confusão. Até porque de longe notei que um deles é um dos capangas de Toff e o outro me parecia um treinador um tanto quanto familiar, embora bastante escandaloso. Deixaria que eles resolvessem seus próprios problemas.

- Obrigado, Enfermeira. - Decidi que não é um bom momento para iniciar a conversa com ela sobre a arena e as crianças, deixarei isso para depois. - Você pode ficar de olho nas crianças por um momento enquanto eu resolvo alguns assuntos? Eu não irei sair do Centro, só vou arranjar algo para elas comerem. Não quero que elas fiquem perto daquela confusão toda com a polícia. - Um bom pretexto para que Joy tire as crianças da vista de todos enquanto resolvo alguns problemas no próprio Centro Pokémon.

Off: Indo no CP.

por **Ayzen** Qua Abr 22 2020, 17:51

Segunda, 20h50min
"Céu com poucas estrelas, noite"

A baderna ali no Centro Pokémon continuava. Nicholas passava tentando ignorar tudo, indo direto até Joy, pedindo informações sobre a situação do Pokémon do garoto. Speed tinha inventado alguma coisa, talvez por conta do medo, afinal, o jovem vivera muito tempo sozinho, não esperava bondades, nem mesmo de Joy. Katakuri continuava em sua defesa, tentando proferir o que era necessário para garantir sua liberdade. Lamora continuava ali, agora tendo que vigiar 3 crianças, junto de Skarmory, enquanto Joy assentia que cuidaria de todos. Era um plantão daqueles!

Enquanto o jovem monotreinador continuava, os dois policiais já começavam a perder a paciência aos poucos. Como Katakuri não muito de cooperar, os mesmos empurravam no para fora do estabelecimento, enquanto as pessoas assistiam ali o “show”. O motoqueiro não reagia: era o mais culpado! Os dois policiais, forçando ou não, tirava todos os pertences de Katakuri e do homem, enquanto uma das Joys entregava cópias do prontuário dos Pokémons, Machoke e Haunter.

- Quem decide isso não somos nós, rapaz! Está nas mãos da oficial Jenny...

Nicholas e os seus 3 filhos

O jovem ruivo recebia mensagens ali mesmo de um jovem alto, loiro e bonito, bem atraente. O mesmo parecia ofegante pelo tanto de informações que despejava sobre o rocket, que naquele instante só entendia “Winnie”, “Sociedade”, “Egg”. Era melhor alguém menos intenso para explicar tudo, o que não seria a rosada, mas que no momento, estava de bom tamanho. Após realizar as trocas, Nicholas se dirigia até o refeitório de LaRousse, que por ser uma cidade com mais condições financeiros (pelo menos, uma cidade que queria mostrar que tinha mais dinheiro), servia três refeições por dia.

Os meninos comiam sobre os olhos vigilantes de Alakazam, que estava parecendo um guarda-costa... Speed mexia na comida de forma triste, ainda preocupado. O jeito era esperar, e os minutos se passavam, Speed se angustiava, pois contou 1 hora certo como Joy tinha dito, mas a cirurgia tinha demorado mais do que era esperado. Logo, um homem alto, cabelos ondulados bem penteados, debaixo de uma toca azul-turquesa, com um típico pijama cirúrgico/roupa privativa de tom rosado claro surgia, acompanhado de uma outra Enfermeira Joy, de roupas similares. Nicholas percebia que mais de uma Joy gerenciava aquele espaço, que era enorme...

- Boa noite! Sou o Dr. Thompson, neuro-cirurgião Pokémon. O quadro de Pikachu passou por algumas instabilidades durante o processo cirúrgico, mas agora está tudo bem. Ele foi internado e a partir de amanhã de manhã poderá receber visitar. Dependendo da evolução do quadro, acho que tenho condições de liberá-lo em três dias. Preciso alguém maior de idade (+ 16 anos) para assinar a papelada informando do procedimento, cuidados e alegando que isso aconteceu por conta de um acidente... - dizia o homem estendendo a prancheta com os papeis ali para que Nicholas assinasse, afinal, notoriamente, o rocket era o mais velho...

Katakuri, o cidadão de "bem", e sua prisão

O jovem monotreinador não estava aceitando o fato de que fez algo bom e estava pagando injustamente por isso. Tudo bem que ele provocou um acidente em La Rousse, levando um cara quase a morrer (se é que não vai morrer), além de ter roubado um Pokémon... No entendimento do rapaz, tudo aquilo era cabível, levando em consideração que ele julgou que eram malfeitores... Tudo bem que foi um preconceito, né? Mas ele agiu no impulso...

Dentro do carro policial, havia uma divisória que separava àqueles que sentavam nos bancos de trás dos oficiais, além de separar do preso ao lado. O homem estava cabisbaixo e tenso. Talvez já tivesse passado pela polícia e uma segunda passagem portando drogas (mesmo que pouco) não seria perdoado. As ruas continuavam movimentadas, não para o trabalho, mas para as festas noturnas de La Rousse. Ao chegar na delegacia, cada oficial conduzia um preso para uma sala diferente.

Katakuri ficava em uma sala mais escura, pequena, com um vidro fosco enorme na parede, de certo alguém o observava do outro lado, como nos filmes. A mesa de metal era usada para prender a algema. Pelo menos o jovem não precisava ficar com os braços para trás. Ninguém ia diretamente para ali, fazendo os minutos se tornarem horas e em seguida, só depois de tudo isso, a porta se abriu, mostrando a mulher de cabelos azulados, olheiras profundas e um café na mão, segurando papel e um tablet na outra. A mulher era a típica imagem de uma policial que estava sofrendo para manter a segurança em LaRousse, mas tipicamente, não era algo fácil.

- Katakuri Dawn, de Unova... Há aproximadamente duas horas o senhor foi flagrado voando pelos céus de LaRousse em um Flygon level 40 e executou às 19h 30 minutos o golpe Rock Slide, que resultou na hospitalização em estado grave de um motorista, que diga-se de passagem já com passagem na polícia, e houve um furto do mesmo de um Pokémon da espécie de Haunter... Temos aqui 12 gravações no Pokégram e de civis que disponibilizaram do senhor executando estas ações... Também informo que 10 minutos depois o senhor começou a acusar, sabe-se de lá com que fundamentos, outro indivíduo, com também com passagem pela polícia, de maus tratos Pokémons, o que não consta no relatório disponível nem do Centro Pokémon, nem do nosso médico legista, que por acaso ficou bem furioso comigo ao pedir que avaliasse o estado de saúde de Machoke, alegando que a área dele era só com o Pokémon morto. – a Joy parecia quase que automática enquanto falava, demonstrando apatia na voz, mas ainda seriedade. - Senhor Dawn... O senhor sabe que esta cidade não tolera justiceiros, nem ao menos ladrões que roubam de ladrões... Apenas um juiz, e eu repito, um juiz, pode proibir o porte de Pokémon e nada, repito, nada justifica quase ter matado um homem, mesmo este não sendo o melhor exemplo de cidadão... Agora eu pergunto: qual o seu ponto de vista desta história?

Progresso da Rota - Nicholas :

Progresso da Rota - Katakuri :

por **Katakuri** Qua Abr 22 2020, 19:44

Altas Aventuras na cidade Rocket ft. Mailson e Wester

Os policiais tratavam Katakuri como um mero meliante, comparável ao que ia ao lado dele. Nunca na vida pensava que ia ter que passar por isso. Nunca foi preso antes, todavia já foi parado pela polícia de Opelucid, depois de alguns shows que ia, mas sempre saia tranquilamente. Desta vez, foi sério, sendo algemado do início ao fim do trajeto. Atrás do carro, o jovem voltava a tagarelar – Levando um cidadão de bem, junto com um lixo desses aqui, tudo bem policiais. Dá próxima vez vou deixá-los se safar, afinal, o trabalho da polícia é sempre bom e eficiente... certamente teriam dado conta da questão – o rapaz continuava a reclamar de vez por outra, enchendo o saco das autoridades.

O que mais incomodava o treinador eram aquelas malditas algemas. Um símbolo de que ele estava quebrando a lei e precisava ser tratado como tal. A vontade de Katakuri era explodir aqueles policiais todos e dar o fora dali... por falar nisso, por sorte seus pokemons não presenciaram ele sendo levado algemado em uma viatura. Pelo menos isso.

Na sala de interrogatório, o deixavam esperando por muito tempo. Katakuri já havia assistido séries policiais e sabia que aquilo era uma estratégia comum... so não sabia que quando a pessoa sofria disso, era muito pior do que nas telas. O jovem se remexia, olhava pro teto, tentava se levantar, gritava por uma água ou um cafezinho. Enfim, estava nervoso por estar numa situação como aquele.

Finalmente, depois de muito tempo, uma mulher de cabelos azulados e com um semblante de bastante estresse, adentrava o recinto. Ela tinha cara de poucos amigos e logo começava a falar com o rapaz, mostrando os diversos atos pelos quais ele era acusado – Meu ponto de vista, querida, é que eu estava tentando salvar dois pokemons. Eles estavam correndo pela avenidade, com os pokemons bastante machucados e na garupa, em vez de estarem na pokebola... achei aquilo estranho e decidi agir... bem, não “escolhi” decidir. Você pode não acreditar, mas quando eu me lembro do episódio minha Flygon já estava fora da poke e eu apenas segui meu instinto. Ai teve outro problema, essa cidade tem muitos prédios altos e é difícil ficar voando por ela perseguindo malfeitores, então tinha que usar o Rock Slide para tentar impedir o avanço deles antes que eu não pudesse mais persegui-los – pura mentira, mas a face de Katakuri nem tremia. Tinha agido por puro instinto novamente, achando que ia dar tudo certo...

Depois de uma breve pausa, pois sua garganta tava seca, o jovem reiterava o pedido por uma água e também para ir ao banheiro. Independentemente de qualquer coisa, iria continuar – Então... onde eu tava mesmo? Ah, sim, o Rock Slide. Esse movimento, sempre que eu usei, não eram pedras muitos grandes a ponto de causar um bloqueio na rua ou algo do tipo. Eu o usei apenas para tentar atrasar ou bloquear o caminho específico dos motoqueiros. Enfim, eu não ROUBEI o Haunter. Como pode ser roubo se eu não quis ter ele pra mim nem dar para ninguém? Eu quis apenas SALVAR o pokemon das mãos de um bandido! Tanto o é, que deixei no Centro Pokemon e pedi para a enfermeira cuidar dele e dar um destino melhor para aquele pokemon que parecia bem sofrido. Você gosta de ver pokemons sendo usados para fins nefastos? Eu, pelo menos, não! Por fim, não matei ninguém, nem quis isso, agi apenas em prol dos pokemons, posso ter me excedido, mas foi tudo pelo bem maior... agora posso ter minha água e minha ida ao banheiro? Isso não são direitos humanos? – falar tudo aquilo aliviou bastante o jovem que parecia ter um Wailord nas costas. Tinha falado quase que toda a verdade e mesmo a mentira se encaixava muito bem na história contada, sendo difícil para a Jenny perceber.

Valeu Ranzito!

por **Victoria** Qui Abr 23 2020, 00:25

A estranheza e velocidade que as coisas aconteciam me fazia esquecer por completo o que aconteceu agora pouco. Ok, ok, eu sei que foi tipo... ontem, mas veja só, eu já gastei tanto dinheiro e fui tão consumista que o pós-sequestro foi suprimido com futilidades. Não deu nem tempo de sofrer o pós-trauma; eu estava eufórica.

Pensando bem, euforia é uma coisa muito comum no pós-traumático até... né?!

Arg, não sei. Se eu fosse psicóloga ou médica eu provavelmente saberia isso, mas como não sou (e nem ninguém aqui é), deixarei essa dúvida no ar. No fundo, no fundo, bem lá no fundo, eu suspeito de algum vestígio ou cicatriz que Galar deixou mas por cima?! Por cima eu estou certa de que estou bem. Desembarquei em La Rousse de noite, em um céu pouco-estrelado. Não sei te dizer ao certo se é nuvens ou luminosidade urbana; mas estou certa de que uma ora ou outra vai chover.

Talvez amanhã.

Bem, isso não importava muito; meu único intuito naquela cidade era matar-quem-me-matava. Acho que posso dizer assim; ao menos é o que dizem para fome. Mas esse não era o caso dessa vez, eu só queria matar a saudade de ver o tal do Nicholas. Fazia tempo que não o via; depois da nossa doida despedida, fui obrigada a partir com um sentimento de que não o veria nunca mais.

A questão é que eu sempre vou embora assim mas... ah, mas bem, esse nunca mais nunca acontece. Dizem que não se deve dizer "nunca" né?! É uma palavra meio dura. Pois bem; me despedi de Ayzen com um "quê" de até logo que até sentia falta de confiar. Todas as minhas últimas despedidas tinham um gosto de "não sei se terá um de novo, mas espero que tenha". No Monte Pyre eu estava certa de que um de nós morreria; em Forina, estava certa de que Nicholas não iria querer me ver de novo e, por fim, no Battle Tower, eu já duvidava se deveria o ver mais uma vez. Bem, devendo ou não, lá estava eu, pronta para mais uma dose de surto.

Até por que, esse vai-e-volta, disse-me-disse, fica-não-fica servia como uma luva para ativar todos os poros da minha pele e vermelhar por completo minha face. De raiva, de vergonha e, principalmente, de calor. Olhei-o ao longo do Centro Pokemon; eu já o tinha visto mas ele parecia ocupado demais (ou distraído o suficiente) para simplesmente não me ver. Deixei-o andar para lá e para cá por um bom tempo e, quando enfim tomei coragem, caminhei em direção ao rapaz. Ele havia acabado de iniciar uma breve caminhada para o destino mais óbvio; a saída. O persegui calmamente e, atrás d'ele, acabei parando na praça bem à frente.

Ele parecia estar ocupado. Eu devo atrapalhar?! Melhor não. Por um instante dei as costas; esperei que ele não tivesse me visto até que eu tomasse uma decisão. Quando tomei-a, fiz o ato num impulso, até porque, se não fosse impulsivo, eu nunca iria findar coisa alguma:
- Ei, Nicholas - E o chamei. Era simples, tosco mas... ah, mas ver Nicholas era sempre assim. Era sempre como se fosse a primeira vez.

por **Mama** Qui Abr 23 2020, 00:47

Rápido Treinamento

Depois de realizar a troca com o tal de Ayzen, um cara bem estranho diga-se de passagem, voltei para o interior do CP. Enfim levei comida do refeitório para as três crianças que pareciam bem satisfeitas. Speed é claro estava triste com o Pikachu que ainda estava em cirurgia. - Fique tranquilo, ele vai ficar bem.

Uma hora se passou e o Dr. Thompson acabou a cirurgia. Segundo ele Pikachu estava em repouso e poderia ter alta em três dias. Ao menos é tempo o suficiente para eu resolver minha situação com as crianças e Toff. Assinei o papel e agradeci ao médico.

- Muito bem, vocês tiverem uma noite longa e agora é melhor descansar. Amanhã todos poderão ver o Pikachu. - Junto com Alakazam arrastei as crianças até um dos quartos, pedi para enfermeira que concedesse um quarto só para nós e deixei que Alakazam os vigiasse.

Infelizmente eu não estava com sono também. Assim como Ayzen disse, Winnie estava vindo para cidade. Quantos dias faziam desde que ela viajou para Galar? Eu realmente não faço ideia, mas parece ter sido uma eternidade. Eu por muitas vezes me arrependi de não ter ido também e fiquei pensando se ela ficou triste comigo por essa decisão. Ou talvez tivesse ficado aliviada, já que estávamos há um bom tempo juntos…

Resolvi caminhar um pouco pelo pátio do Centro, talvez tentar em contato com Margo e Andrew para descobrir o paradeiro de Toff. Não seria uma má ideia me livrar dele ainda essa noite. Até que meus pensamentos foram interrompidos por uma voz bastante familiar.

- Winnie? - Perguntei ao me virar. Mesmo que ela estivesse exatamente na minha frente, foi uma pergunta idiota. Mesmo assim dei um sorriso involuntário e me aproximei. - Não esperava te encontrar aqui agora. Quando você chegou?

por **Victoria** Qui Abr 23 2020, 00:57

OFF: OI KATAKURI, OI AYZEN, OI RAN <3 <3 <3 <3

A pergunta de Nicholas me deixa um pouco envergonhada. A verdade é que não tinha mais de uma hora que cheguei; e a primeira coisa que fiz?! Simplesmente ir num área comum, onde eu provavelmente o encontraria. É idiota da minha parte, certamente, mas ele não precisava saber essa parte... né?! Pois bem. O vermelho na minha bochecha fora inevitável. Fitei o chão estático e com a voz-para-dentro, falei num tom bastante embolado:
- Faz pouco mais de uma hora - Isso era verdade - Eu tinha que usar o Storage e vim para o centro pokemon - Já isso, mentira.

Continuei fugindo do teu rosto e mantive o silêncio mórbido por longos segundos. Durante todo esse tempo eu pude pensar no óbvio; se eu não falasse nada, não seria Nicholas que puxaria assunto. Não queria perpetuar aquele silêncio incômodo, como se não tivesse nada-a-dizer ou nada-a-fazer e denunciasse que minha única vontade era ficar em sua presença mais um pouco.

Engoli a seco.

Levantei a face.

Disse, agora já mais alto que todos os ditos até agora. Tão inseguro e estranho quanto, porém ao menos saiu a voz inteira, e não pela metade e sem força como o usual:
- O que tem feito em La Rousse? - Pergunta idiota, né Winnie. Não é muito difícil saber que aqui é a base Rocket e que Nicholas provavelmente estava aqui por isso - ... quer dizer, você parece ocupado, eu to te atrapalhando? Não sei se devia tomar seu tempo - E fora ai que reparei no quanto eu estava nervosa com a situação. Mas que droga Winnie; não é como se fosse a primeira vez. Sinta-se mais segura de suas próprias falas - É que assim... eu não to fazendo nada.

por **Mama** Qui Abr 23 2020, 01:21

Rápido Treinamento

Ao ouvir minha pergunta Winnie ficou um tanto vermelha e cabisbaixa. - Oh. - Exprimi ao ouvir sua resposta. Já fazia algum tempo que ela chegou. Eu provavelmente estava tão ocupado com as crianças que nem a vi. Será que passei por ela e não a notei?

Eu realmente espero que isso não tenha acontecido. Um curto silêncio nos envolveu enquanto eu pensava no que dizer em seguida. Felizmente, como de costume, ela foi a primeira a falar.

- Eu tive uma noite muita agitada… - Respondi com um sorriso torto. - E agora estou cuidando de três crianças. - Dei uma gargalhada ao terminar o final da frase. - Vamos sentar no refeitório e eu te conto tudo? Também quero saber como foi sua viagem. - Estendi a mão como um gesto de convite para que ela me acompanhasse.

por **Victoria** Qui Abr 23 2020, 15:24

Infelizmente minhas opções não eram tantas; se eu quisesse falar com Nicholas, acompanhá-lo parecia ser a única solução. O garoto se revelou ocupado, como bem interpretei. A vocalização da minha certeza me deixou ainda mais sem jeito; com a comprovação de que ele tinha mais o que fazer, eu deveria ficar ali?! Certamente não. Ainda assim, toquei sua mão e deixe que me levasse ao tal do refeitório de La Rousse que inclusive nunca estive. Respirei fundo ao toque e, dessa vez, fui um pouco mais espontânea do que de costume.

Antes de falar o ato, quero discutir com vocês. Qual a diferença entre impulsividade e espontaneidade? Ela existe? A princípio espontâneo me parece um eufemismo para impulsivo mas eu não estou mais tão certa disso. Sinto que meu ato de chamá-lo era um ato contra mim; um impulso que eu, de alguma forma, tentei barrar. Talvez o espontâneo seja de fato mais leve; um ato a favor. Que vai ao encontro do que eu queria performar. Talvez o espontaneo seja quando a performace e o imaginário sejam semelhantes e até conversem; o impulsivo parece ir contra... soa muito mais antitético que o resto dos conceitos.

Bem, por que falei isso?! Pelo simples prazer de trazer à vocês as explicações dos meus atos. O toque na mão, o acompanhar e minha seguinte frase:
- Senti... - E parei, visando simplesmente me corrigi - Sinto sua falta, Nicholas. Minha viagem não foi nada demais, me conta como ficaram as coisas em Hoenn - Acho que aqui temos uma mentira, né?! Mas ao menos, era uma mentira completamente consciente; o objetivo dela? Soar como um eufemismo para deixar que o menino falasse mais que eu.

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Segunda, 19h40min "Céu com poucas estrelas, noite"

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Nicholas e os seus 3 filhos

Katakuri, o cidadão de "bem", e sua prisão

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