[Ecruteak] Legally Angels

AH! A formosa cidade de Ecruteak. Um legado ancião no coração da região de Johto. Ela que ainda tinha o zelo de tombar e manter as construções mais antigas como memória que moldou a identidade da cidade... agora chorava com os destroços do fenômeno climático, ainda mais que da vez onde uma das torres centenárias fora atingida por um raio e incendiada.

Algumas histórias envolvendo míticos e lendários foram contadas além do tempo, agregando uma maior misticidade ao lugar, como se realmente estivesse conectada a alguma força maior. A verdade é que toda história envolvendo um pokémon forte demais, sempre terminava em tragédia antes da glória. Olha Kyogre como exemplo! E quase ninguém sabia, mas foi assim que as torrentes pararam e as águas recuaram para os oceanos.

Mas já não era hora de contar histórias ou ficar sonhando que Ho-oh apareceria para criar um arco-íris e reconstruir a cidade. Não, isso haveria de ser feito pelas mãos dos cidadãos, que vagarosamente retornavam à cidade, e aos poucos voluntários que decidiam ajudar Ecruteak a se reerguer.

Haruki Odayakana, Ren Hughes e Rosemary Ivashkov eram alguns dos jovens dispostos a darem um pouquinho do seu tempo podendo estar se preparando para o próximo concurso para a causa. Após um desencontro nos transportes, eles finalmente se achavam para zarpar juntos até Ecruteak. Os sentimentos, principalmente daqueles que tinham alguma conexão, não só com a cidade, mas com a região inteira que fora atingida, eram múltiplos. Tinha o prazer de estar de volta. A nostalgia dos velhos tempos. A aflição de não ter notícias de familiares e o medo de tê-las. Essas e outras que somente os coordenadores e aspirante podiam descrever cada qual as suas, principalmente ao ver de cima a calamidade que enfrentariam...

Que Ecruteak era conhecida pela arquitetura milenar era certo, mas também tinham campos dourados fazendo fronteira com a cidade e muita vegetação que estabelecia uma harmonia entre a natureza e a civilização pacata da cidade. Foi de cortar corações ao ver casas e mais casas des-tru-í-das pela forte e incessante ação das chuvas. Árvores e mais árvores podiam ser encontradas nos muros e tetos de construções mais baixas. As cores naturais deveriam pintar a paisagem da cidade agora era só cinza e marrom. Todavia, nos limiares da cidade histórica havia uma esperança dando as graças. A Torre do Sino! Sim, ela permanecia de pé e vitoriosa após mais uma catástrofe!

Bom, o tour de horrores - ou não - terminava e eles se reuniam junto a outras pessoas empenhadas em ajudar no que podiam. Na liderança das equipes, que se formavam de acordo com as atividades que estavam sendo distribuídas, haviam Rangers e também empregados da Sienna Co. Era fácil identificar ambos pelos uniformes laranja e amarelo, respectivamente.

Restava ao trio decidir por onde se bandeariam. Um patrulheiro estava guiando um grupo para ajudar a remover as árvores mortas das vias principais e levá-las para utilizar a madeira em construção de novas casas. Já outra reunia uma equipe para cuidar dos Pokémon selvagens (era muita coisa para listar). Um rapaz da empresa de mil ideias convocava equipes para recolher entulhos e ajudar na construção de lotes de casas. Já outro estava com um grupo que iria realizar ações humanitárias, relacionados às crianças desabrigadas, e outra coordenava um time para cuidar dos idosos. Por fim, um representante da cidade, sem uniformes, reunia uma equipe seleta para cuidar dos templos sagrados (apenas 1 de vocês pode seguir com esse).

O que nossos heróis e heroína resolveriam fazer de início? Provavelmente depois teriam tempo de explorar e procurar notícias de familiares e afins, isso se não acontecesse durante o voluntariado.

Era uma pena os companheiros que acabaram de se reunir decidirem se dividir para conquistar. Eles choravam e fazia a presença observadora sentir que teria de trabalhar mais.

Bom, agora cada um seguia com seu grupo. Rosemary estava entre homens fortes - alguns dava para ver que tinham usado anabolizantes demais - e outros com cara de poucos amigos. Era um grupo de 40 em média. O mutirão era dividido entre 10 pequenas equipes de 4 para facilitar e agilizar a limpeza da cidade. O ranger responsável por coordenar a missão de retirada das árvores se unia com o agente da limpeza dos entulho e pedia cuidado com as árvores que eles retirariam, pois o material seria reutilizado para construção de moradias. Ele logo apontava para alguns caminhões que esperavam para transportar a matéria-prima.

No campo de visão do pequeno grupo de Rose, haviam duas árvores numa casa, quatro numa escola e oito no meio da rua. O ranger reforçava a cautela, pois os escombros das construções poderiam estar frágeis e causar algum acidente. Recomendou pedir auxílio para Pokémon do tipo lutador, terrestre ou psíquico, dando liberdade para outros que os treinadores acreditassem que pudesse auxiliar. Já o agente da Sienna Co. pedia para trabalharem juntos e apontava outro caminhão aguardando o carregamento dos destroços.

Longe dali, Ren - que mais sentia com o afastamento da crew - caminhou ao lado de suas fadas por alguns minutos até chegarem numa espécie de acampamento próximo aos campo de trigo (que restava apenas o solo e em péssimas condições para plantio). Algumas tendas grandes e outras pequenas cabanas refletiam a triste realidade de muitos jovens e crianças que já eram órfãos e outros que se tornaram ou se perderam dos responsáveis e estavam ali aguardando o serviço social resolver sua situação.

De toda forma, o assistente de Lisia precisaria ter muita empatia para ajudar a minimizar os estragos na vida daquelas pobre almas inocentes. O rapaz que liderava a ação pedia aos voluntários que se dividissem em dois grupos. Um ajudaria a nas instruções de higiene pessoal com consciência dos poucos recursos e o outro na distribuição de refeições aos que já tinham lavado as mãos.

Longe dali, o coordenador natural da cidade sentia um chamado e se candidatava ao cargo com o último líder das ações voluntárias. Houve uma longa avaliação silenciosa antes dele ser aceito. Talvez Haruki reconheceria o homem loiro de vestes negras e púrpuras, afinal, era Morty um dos especialistas mais famosos da região. Sério e reservado, o representante convocou seu time de voluntários e se encaminharam para os portões do jardim que dava acesso às torres gêmeas. Lá, ele admirava respeitosamente o santuário elevava seu tempo para se referir aos treinadores quais atividades fariam.

— Precisamos fazer a manutenção das torres. Tem uma equipe verificando a situação estrutural para saber se é seguro entrar. Enquanto isso preciso que façam a limpeza da área externa.

Os equipamentos eram empilhados entre os voluntários por um Gengar. Haviam vassouras, ancinhos, baldes e panos. O espaço estava triste. Entre as históricas torres havia muita lama e folhas mortas. Seria necessário um turno para remover o excesso de lixo e outro para limpar. Por sorte, o jovem criador teria ajuda de mais outros quatro jovens, também dispostos a fazer o seu melhor pela cidade. Todos escolhidos a dedo pelo representante.

Quando puderam começar, todos os outros secundários foram pegar os ancinhos e alguns sacos de lixo enquanto um rapaz de quimono ficava para trás, um pouco solitário, com seu Eevee ao lado.