Pokémon Mythology RPG 13
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Ato 02 — Vendeta.

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Mensagem por Nico' Ter Jul 07 2020, 01:38

Nada demais até então. A abordagem amigável da dupla de policiais fizera com que Nico, internamente, respirasse aliviado por não suspeitarem de nada. O soído dos passos se encaminhando para o outro lado do beco auxiliava o loiro em seu ousado plano, já que a polícia não lhe era necessário até então.

Buscou tingir um sorriso mais receptivo e simpático em seu semblante, para disfarçar todos aqueles acontecimentos com o Rocket. Nico atuava com extrema maestria; fazia parte de sua personalidade fazer o que for necessário — desde que não haja nada hediondo — para conseguir seus objetivos, e ele tinha em mente, e por isso, prosseguia com seus planos mirabolantes.

Olhou para o banco de trás, vendo o pequeno cão alaranjado natural de seu continente parecendo buscar uma interação para com o garoto e seu canídeo. Não que Nicholas odiasse interagir com todo e qualquer tipo de sujeito, preferindo manter-se em uma redoma criada pela sua mente, mas as circunstâncias estavam longe de ser boas para falar com qualquer cidadão naquele instante.

Ao ver de relance aquela cena entre o policial loiro com seu Growlithe, fitou o segundo, que o abordava gentilmente. A mão direita de Nico foi até a sua nuca, coçando seus cabelos dourados enquanto adornava seu cenho com um sorriso despreocupado e inconsequente, tal como inúmeros treinadores novatos — a roupagem lhe servira bem até então, não era hora de trocá-la.

— Ah, sim, claro. Eu estava pensando em ir até o sul da cidade, já que um parente de uma garota conhecida de tempos minha reside, mas acabei vindo parar nesse beco por um acaso — não desfazia sua feição inocente naquela aparência. Até mesmo seu riso abrangia uma área maior em seu rosto, buscando passar uma tranquilidade para os agentes. — Será que seria possível me levarem até lá, por favor?

Pedia com gentileza o favor para o policial, agora mais caro. Não tinha muito o que fazer naquela situação, a não ser aguardar.

off.:
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Mensagem por Ayzen Ter Jul 07 2020, 11:56

Off escreveu: Razz



Quarta, 01h45min - Rutsboro City
"Lua crescente, poucas nuvens no céu. 19ºC"  


O negro encarava o menino naquelas ruas. Deu ainda uma olhada para frente e outra para o retrovisor. Era inacreditável que um menino estivesse ali naquela hora e não dormindo. Não que Nico fosse uma criança, mas diferente de La Rousse, Rutsboro tinha poucas opções de entretenimento e sua grande maioria não ficava no centro da cidade. O olhar do policial loiro era mais aéreo e até meio desatento. Era como se a responsabilidade toda fosse entregue ao negro e o loiro estava ali só de suporte... O problema é: Nico acha que a polícia é Uber? O policial não gostou muito disso, mas era certinho demais para deixar o menino nas ruas.

- Entra ai, garoto;- a voz rouca do homem indicava positivo para que ele entrasse na viatura. Bem, ele parecia ser o policial mau, enquanto loiro o policial bom... Coisa típica de filme que o narrador colocava na rota.

O carro ligava a seta e fazia o retorno naquela rua mesmo. Nico ficava no meio, com Jigglypuff no colo. Em sua esquerda, Growlithe, após ser advertido pelo mestre loiro, ficava sentado balançando sua cauda e com a língua para fora. Será que o Pokémon tinha tomado café? Estava agitado demais. Mightyena apoiava-se na direita do banco. Como ninguém reclamou, a dark hiena do garoto mantinha um sentado quieto, estufando o peito e ignorando os olhares de pedidos para brincar do Fire ali.

O veículo descia as ruas, seguindo para o sul. O policial mantinha-se calado, mas o bonzinho parecia interessado em... Conversar? Algo do tipo.. - É muito curioso ter alguém assim nas ruas... Não tem nada aberto no centro... próxima vez tente pegar um ónibus mais cedo...- informava o policial, com um tom ríspido, forçado, tentando mostrar autoridade, mas não escondia o seu lado infantil. O que dirigia ignorava...

Distanciando do centro, era possível ver uma avenida que seria ponto de entretenimento da cidade, com quase todas as casas de comida fechada. Apenas um bar estava aberto, com poucos clientes. Já era hora de fechar também... Enquanto distanciavam-se desse local, pegava uma longa avenida. Cada vez mais os grandes prédios cinzentos estavam se tornando menos números. Os poucos prédios que se viam naquela área não passavam de três ou quatro andares. Mais casas, simples, nada luxuoso. Bem, talvez ali seja a parte residencial da cidade.

- E qual a rua em que sua amiga mora, rapaz?- questionava o homem, que dava a entender que iria deixar na porta da casa da tal menina e não sairia dali até que Nico entrasse...



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Mensagem por Nico' Ter Jul 07 2020, 21:31

Quando a voz rouca do policial rasgou os ares, chegando até os ouvidos do loiro, o mesmo forçara mais um sorriso simpático, que se estendia entre as duas orelhas, buscando falsificar simpatia. Agradecia com a cabeça, dirigindo-se ao veículo. Sem delongar, chamou seu monstrinho para dentro do carro, que sentava a sua direita. À sua esquerda, Growlithe, simpático como nunca, com sua língua para fora, garrido, contrariando todos os estereótipos de cães policiais. Nicholas afagara a cabeça do pequeno, gargalhando para o mesmo.

Emma, em seu lugar, faria o mesmo que ele. Divagou naqueles milésimos enquanto suas mãos adentravam os pelos alaranjados do cão.

A viatura começava a tomar direção para o sul da metrópole. Embora seu exterior atuava como um adolescente tonto qualquer que andava pelas perigosas ruas de Rustboro, em seu interior, Nicholas já começava a esquematizar todo o seu plano assim que localizasse o esconderijo dos Rockets. Diante daquele externo tão simplório e cândido — claro, obviamente falso —, os policiais jamais suspeitariam até mesmo do que ocorrera naquele encontro entre duas nuvens carregadas, contudo, por ódio.

Hora ou outra, o garoto afagava o dócil Growlithe, buscando reforçar ainda mais sua ilusória imagem de adolescente inocente. Ah, se soubessem realmente quem Nicholas aprisionava em seu interior, e sua luta interna constante para conciliar aqueles traços tão lôbregos à sua personalidade costumeira, a fim de dar um fim àquela faca de dois gumes quando se rendesse aos sentimentos mais extremados.

Maldita Emma. Por que resolvera se deixar levar por aqueles homens? Não era mais fácil deixar Nico tomar o seu lugar? Maldita racionalidade, que, por mais treinada que seja, sempre perderá para o seu arquirrival: a emoção. Nicholas sentia na pele o peso de um laço, por mais repentino que fosse, dera sinais de ser tão rijo e afável que o mesmo jamais pudera pressentir.

As palavras do policial que nada dissera até então interromperam aquele momento com o cachorro dos agentes. Nicholas olhara surpreso, como se realmente ouvisse a chamada de atenção do vigilante. O homem negro, por outro lado, apenas se silenciava, quiçá focado apenas no caminho que se dirigia ao sul da grande metrópole de Rustboro.

— Da próxima vez, tomo mais cuidado com o horário. Peço desculpas — exprimira, buscando passar ainda mais daquela personalidade completamente diferente do que realmente era.

Um silêncio sepulcral se instalava na cidade das luzes. Era audível apenas o assobio do vento gélido da madrugada percorrendo as vias da cidade, assombrando portas e janelas. Os postes, acesos, forneciam apenas a iluminação necessária para o pavimento da cidade, enquanto os becos, imersos na penumbra, lares de homens tão asquerosos quanto aquele que enfrentou a instantes atrás. Pobres das almas que vagassem naquela metrópole, agora, calada.

A voz rouca do policial no volante cessou o silêncio no interior da viatura como uma indagação. Sem pretensão alguma, apenas querendo saber onde era a casa da “amiga” de Nicholas. O loiro esperava certo espírito altruísta da polícia, pois em seu tom de voz, era explícito de que deixariam o garoto e Mightyena justo na porta da residência, e sairiam apenas quando o loiro entrasse.

De fato, economizara muito tempo utilizando-se de mais um transporte. Todavia, o problema era que teria de envolver os policiais com sua astúcia, uma missão muito mais difícil que intimidar um criminoso pego em flagrante como o Rocket de outrora.

— Não precisam se preocupar comigo. Podem me deixar próximo aos prédios abandonados que consigo me localizar por lá. Vocês já fizeram muito por mim, e sou muito grato por isso — mantinha seu riso “inocente” a todo instante. O disfarce era necessário, e nem era possível saber se a dupla cairia no ludíbrio do treinador, guiado apenas pelo seu desejo de vingança.

Esperaria alguns minutos — cerca de cinco —, para romper com a barreira de silêncio no veículo, buscando mais algumas informações despretensiosamente. Era necessário, claro. Aquele trio de malfeitores, barulhentos como eram, poderiam ter deixado algum rastro para as autoridades locais. Possivelmente, colhê-las despretensiosamente ampliaria o campo de procura de Nicholas.

— Desculpem-me perguntar — levaria sua mão esquerda, que outrora acariciava a mão do cão laranja para suas madeixas douradas, coçando-as. —, mas como anda a cidade ultimamente? Aconteceu algo no dia de hoje? A cidade me parece bem calma.

Plantar verde para colher maduro era necessário. Joy, por ser afável demais, não imaginava que seria algo fora de sua área de trabalho. Ao pouco que analisou, era provável que o agente louro vazasse alguma informação; o guarda no volante era a maior preocupação de Nicholas, já que se mostrava sempre astuto. É como diz o ditado: vai que cola.
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Mensagem por Ayzen Ter Jul 07 2020, 22:43




Quarta, 01h55min - Rutsboro City
"Lua crescente, poucas nuvens no céu. 19ºC"  


A direção naquela parte da cidade era sempre livre. Ninguém na rua. Era um bairro bem popular ali, uma ou outra casa se destacava de ser bem maior do que as outras e bem mais construída, mas era cercada de altos muros, que não permitia apreciar por completo aquele planejamento arquitetônico. Haviam inda outros prédios ou casa em construção, ainda em tijolo e até terrenos tomados pelo bairro, com placa de “Vende-se” em frente, e o número para contato. Os policiais passeavam naquela região, que era, sobretudo, calma.

O negro arqueava a sobrancelha encarando Nico pelo retrovisor. Não precisava ser um gênio para perceber que ele o policial achava aquilo absurdo, principalmente pela preferência do rapaz em querer ir para “prédios abandonados”. Se fosse eu ali, iria rir! Já o loiro não achou estranho a escolha do garoto. Se estivesse sozinho ali, certamente deixaria Nico onde ele quisesse, pois não achou estranha a escolha.

- Negativo, garoto. Me fale o endereço que eu acho no GPS.- dizia o policial, pegando o seu Pokénav (o menino identificava) e colocando em suporte no carro. O Equipamento abria direto no mapa de Rutsboro. O loiro nem ligava muito para aquela negação, era algo para ele que não merecia sua atenção, no momento, mas ele queria mesmo responder o questionamento do menino.

- Dia normal, nada de novo... Alguns arruaceiros fizeram briga em um bar, foram presos, mas já pagaram a fiança... Estavam bêbados... Acho que o pai de um foi busca-lo na delegacia e deu uma bronca na frente de todos... Menino mimado.- começava, em tom de descontração, como se narrasse mais um dia na delegacia. - A oficial Jenny brigou comigo mais uma vez pelo relatório...

- Eu já falei para você editar aquela p*rra direito...- o negro cortava a narração, também até entrando naquela conversa de narração do dia-a-dia.

- Ficamos de olho em todo e qualquer Jeep Compass preto, 2019 que teve em Rutsboro... A polícia de Oldale disse que três homens roubaram este veículo lá e a polícia rastreou até a saída de Petarlburg Wood. Os rangers até deram uma ajuda nisso, dizendo que estaria vindo para Rutsboro, mas a blitz de 18 horas não pegou nenhum....

- Eles já devem ter se livrado do carro... Deve ter pego para praticar um crime e soltou no meio da estrada... Logo os rangers acham, você vai ver!- parecia que o negro já tinha uma boa experiência no assunto de grandes crimes. - E você, garoto? Onde vai ficar? Quero o nome da rua e o número da casa...



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Mensagem por Nico' Qua Jul 08 2020, 22:17

Merda.

Por mais que o policial nem ao menos suspeitava das intenções do loiro em descer por ali, o mesmo fazia questão de deixar o garoto na residência, quiçá apenas por precaução mesmo. Interiormente, o Nicholas fazia questão de amaldiçoar o motorista por aquela insistência inconsciente. Todavia, sem delongar muito, o outro seguia a narrativa do cotidiano da polícia de Rustboro. Nico apenas se fingia interessado pelas histórias, forçando até mesmo algum riso no canto dos lábios.

A discussão entre a dupla era hílare. O policial no volante cortava o relato de seu parceiro no momento em que este dissera da bronca de Jenny sobre o mesmo após um relatório mal editado. Coisas do trabalho, enfim. A narração não parava por aí. E chegava, por fim, a parte que interessava o garoto.

O segundo exprimiu sobre um Jeep roubado de Oldale que rumava por Rustboro. Os suspeitos eram três pessoas, que conseguiram escapar da patrulha policial que os perseguira assim que saíram de Petalburg Woods. Ora, o loiro passou a pensar um pouco na suspeita, e nem precisou derreter seus neurônios para saber de quem estavam falando. A carta de Emma era certeira, o que queria dizer era que aqueles filhos da puta poderiam estar mais próximos do que imaginam.

Naqueles instantes, Nicholas divagava sobre as inúmeras incógnitas que eram colossais diante até mesmo das inúmeras sinapses que seu cérebro fazia a fim de conseguir uma saída lógica para onde três bandidos poderiam se esconder. Era faro que, nas periferias, onde a tendência é haver menos rondas policiais, eles poderia estar; mas, e se não estivessem? As pistas apenas entregavam mais indagações para o aspirante a detetive, motivado apenas por sua raiva interna e desejo de ter a treinadora ao seu lado.  

Os comentários do guarda mais astuto faziam sentido, ainda mais para alguém que aparentava ter tanta experiência como ele. O veículo pode ter sido apenas usado para fugir da singela cidade até a metrópole, onde estariam maquinando sabe-se o que, utilizando a loira como refém.

Eram tantas as possibilidades do Rockets, e tão poucas as de Nico.

Depois de seus devaneios acerca do real paradeiro da garota, o treinador prestava atenção no motorista da viatura, tornando sua atenção e personalidade ilusória.

— Eu cheguei não faz muito tempo, então não conheço por nome de rua ou número. Apenas me deixar naquele ponto de referência antes já me ajuda muito. Mightyena está comigo, então não temos o que temer — dissera, após afagar Grotwlithe mais uma vez, e depois, o seu canídeo. — Aliás, sobre esse tal carro de Oldale: já tem alguma suspeita de quem estava conduzindo ou alguma ideia do paradeiro dos bandidos? Me parece realmente grave.

Quem não arrisca, não petisca. E lá vai Nicholas tentar garfar mais algumas informações.
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Mensagem por Ayzen Qua Jul 08 2020, 23:09




Quarta, 01h55min - Rutsboro City
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Aparentemente, Nico tinha uma suspeita forte de que aquele carro em que a patrulha de policias de Rutsboro estavam esperando fossem dos rockets. Bem, os policiais afirmaram que estava aguardando aquele modelo e placa, mas não pegaram nada. Talvez o carro nem tivesse chegado até a cidade, mas o loiro precisava confirmar. Mais uma pergunta era lançada. O loiro policial não teve nenhuma intenção de esconder. - Existem muitas facções criminosas, não sabemos ao certo... Bem, pode ser qualquer um deles...

- Rockets!- bradava o negro, sem sombra de dúvidas e com uma convicção surreal. - As facções e crimes em Hoenn ficam localizados em suas cidades... Crimes como estes que saem de cidade para outra são coisas de Rockets... Desde que eles vieram para Hoenn, nosso trabalho dobrou... Roubo de Pokémon, venda de drogas... Tudo o que dê dinheiro os rockets tentam estar envolvidos...- o negro falava com uma certeza...

O carro continuava movimentando e o Pokénav do mais velho estava ainda no suporte no carro, com GPS ligado. Growlithe babava em Nico, enquanto Mightyena e Jigglypuff continuavam em silêncio. A fada estava em pensamento profundo, por tudo o que via e tudo o que ela queria era sua treinadora.

- Sim, garoto, vou passar devagar nas ruas até você identificar a casa ou a rua.. Mande uma mensagem para sua amiga...- insistia o negro, em não querer abandonar o civil em qualquer lugar... Que tipo de policial faria isso em uma metrópole?

- É, fique tranquilo...- complementava o outro policial - Não é como se tivéssemos alguma coisa para fazer...- falava o homem, mas nesse momento, o rádio da polícia tocava. O negro atendia ali mesmo, mostrando estar alerta.

“Cable...”- começava a voz do outro lado “...estamos com uma mulher na delegacia que fugiu de uma tentativa de estupro...” – começava o relato...



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Mensagem por Nico' Qui Jul 09 2020, 23:23

As perguntas lançadas seguiam, com o loiro demonstrando apenas curiosidade externamente — por mais que suas indagações eram intencionadas. O policial no bando do passageiro divagava sobre as demais facções criminosas, tal como a luz monocromática adentrando um prisma óptico, sendo que na saída, aquele único feixe dividia-se em inúmeras cores devido a diferença de velocidades entre as colorações. Seu raciocínio fora cortado pelo motorista prontamente.

Rockets.

A experiência do homem negro e a convicção com que falava confirmavam a suspeita — embora certa — de Nicholas: aqueles desgraçados estavam realmente na cidade. Mas onde? Estava longe de descobrir. Sem delongas, exprimiu também sobre as atividades ilegais da organização criminosa oriunda de Kanto nas regiões, e, quiçá, a audácia e ganância dos Rockets em atravessarem cidades para conseguirem o que querem.

Todavia, não conseguira uma única pista sobre o real paradeiro dos bandidos que tiraram aquele que era o seu maior tesouro — até aquele ínfimo momento de uma vasta jornada — de seu lado, deixando apenas uma projeção de seu âmago naquela rechonchuda fada que Nicholas carregava em seu colo. A pequena, agora, possivelmente não enxergaria mais virtude nas janelas cerúleas do treinador; entendível. Mas, ah se ela soubesse daquela confusão que se passava no interior de Nico, pelo menos a ponta do iceberg.

Analogamente, é como o mito de Atlas. O treinador carregava um peso tal qual o próprio firmamento de suas costas. Não era apenas uma vida, e sim alguém com uma personalidade tão cândida e aura tão cintilante que era capaz até mesmo de dissipar as trevas residentes no interior do loiro, cuja nunca fora tão audaciosa de dar as caras durante toda a sua existência. E Jigglypuff, mesmo que não soubesse, aumentava ainda mais as responsabilidades sobre Nicholas; seu semblante sorumbático e choroso desde o momento em que se encontraram nos confins da rota 101 lhe eram tão nítidos. Sua alma descia aos mais profundos infernos em agonia, bramindo para o nada, sendo audível apenas o eco de sua própria voz — nenhuma esperança, só incumbências.

Estava aéreo quando o guarda ao volante fizera uma requisição, apenas para que dissesse a rua ou casa assim que o visse. Ah, céus, ele era realmente insistente. Nicholas divagava sobre como proceder naquela situação: queria se ver livre dos homens fardados para prosseguir com sua busca. Todavia, arrumar mais uma confusão, agora com pessoas protegidas sob a custódia da lei — como não apenas isso, mas também os agentes da mesma? Não passava também pela sua cabeça ter de entregar todo o seu plano, já que a instituição iria tomar as rédeas da investigação com toda certeza.

Se fosse necessário agir, fá-lo-ia, com toda certeza. Sua obstinação era capaz de enfrentar até mesmo a polícia que não lhe faria mal algum — ao menos, por enquanto.

— Sem problemas — dissera, com um leve sorriso distraído.

Deu de ombros para as palavras do passageiro. Nico focava-se apenas no policial ao volante, que se mostrara astuto, ao contrário do outro. Pareciam uma dupla de filmes de ação, caso alguém reparasse bem. Mas, detalhes tão ínfimos não era sequer processados pela mente avoada do loiro; o que era para ser um resgate direto, gradualmente tornava-se uma digressão, e eventualmente, poderia até mesmo fugir do controle daquele que o próprio criara.

Se alguém se mantém em pé sobre a chuva, vai se molhar. Ao menos, naquele momento, era melhor se manter cauteloso, apenas agindo assim que necessário. Abraçou um pouco mais forte Jigglypuff e olhou de relance para Mightyena em seus olhos, apenas sinalizando não verbalmente que ficassem alertas se comandasse algo. Precaução era necessário, afinal, não se sabia o que poderia acontecer posteriormente.

Se as coisas já não andavam bem para Nicholas no interior daquela viatura, piorou. Uma voz do outro lado do rádio informava que, na delegacia, uma garota estava relatando uma tentativa de estupro. Só podia ser aquela menina, que açodou após uma breve troca de olhares com Nicholas. Torcia para que a mesma não dissesse nada que o incriminasse — por mais estranhamente que agira naquele encontro.

Manteve-se taciturno, com seus ouvidos alertas. Suas criaturas, após o sinal, não podiam não estar atentas caso algum comando repentino de Nicholas viesse. Hora ou outra, o improviso era essencial; e era isso que o treinador estava buscando fazer.

Nicholas já contava que teria de descascar algum pepino hora ou outra, todavia, caso ela fosse depor, que ao menos favorecesse o treinador.
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Mensagem por Ayzen Sex Jul 10 2020, 00:31




Quarta, 02h00min - Rutsboro City
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O menino se sentia cercado. Naquele banco de trás, o rapaz assistia o policial receber informações da central de polícia de Rutsboro. Ele sabia do que se tratara. Fora ele que salvara a menina... No entanto, ser reconhecido como um “herói” ou vigilante traria mais problemas do que elogios. Primeiro um interrogatório, uma falação de que ele não poderia ser a lei e pipipi, popopo... Ajudar e fazer o trabalho deles, isso eles não faziam, embora não poderiam estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Fora isso, poderiam questionar sobre o homem, como era, tentaria levar ao serviço da lei... Seria burocracia para um dia inteiro... Um dia inteiro que seria para encontra Emma!

Enquanto Jigglypuff era apertada levemente, o menino ouvia aquelas informações com a central. “... ela relatou que um homem a ajudou no beco, mas não tem muita informação de ninguém... A coitadinha está muito nervosa!”. Santa Adrenalina e Nervosismo que ocultaram a visão da menina! Aquilo, ao menos por enquanto, daria tempo de Nico ficar no anonimato! Mesmo assim, era arriscado demais.

“Há necessidade de patrulha no centro da cidade...”, finalizava a voz do rádio, era feminina, aparentemente, mas que determinava o fim do passeio de carro.

- Garoto, temos que fazer nosso trabalho e teremos que voltar ao Centro... Acho que como você não é daqui, procurar a rua da sua amiga de noite vai ser difícil... Podemos te deixar no Centro Pokémon... Ele é para treinadores, só mostre a pokedex e tem cama e comida à custas do governo!- afirmava o homem, solicitando uma confirmação do rapaz do banco de trás...



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Mensagem por Nico' Sex Jul 10 2020, 21:10

Golpe de sorte, destino, cagada. Bem, chame como quiser; o fato era de que o treinador estava livre de uma futura confusão que envolveria seu nome. O nervosismo era notório no momento em que a garota apenas açodara para fora daquele beco após a intervenção do loiro sem ao menos pestanejar. Considerando o cenário, nada mais justo.

A fala do policial transmitia apenas calma. Com o incidente de instantes atrás, fora requisitada que a patrulha seguisse para o centro da cidade — próximo de onde ocorreu a tentativa de estupro daquele Rocket cuzão. Ao mesmo tempo que a tentativa de fuga para o sul fora frustrada pelo chamado, era boa também para Nico: ora, durante aqueles minutos inesgotáveis no interior do veículo, diante da insistência do motorista, não havia uma outra saída a não ser utilizar as habilidades de Jigglypuff para escapar, e se o fizesse, deixaria dois policiais dormindo em uma viatura na zona periférica.

Chances de um provável assassinato recairia sobre seus ombros. E mais sangue teria de ser derramado por puro desespero e egoísmo? Sim, Nicholas estava ávido para chegar até aqueles três naquela imensa metrópole, contudo, ainda tinha algum senso de justiça e bom senso. Ao menos, era o que pensara.

— Ah, sim, sem problemas. Amanhã eu dou um pulinho aqui — afrouxou um pouco a fada em seu colo, afagando-a, buscando passar serenidade para a mesma. — De qualquer modo, fico muitíssimo agradecido pelo que fizeram por mim, mesmo não sendo a obrigação de vocês. Tenham um bom trabalho e cuidem-se bem.

Até agora, aquela imagem inócua não levantava suspeita alguma para a dupla de agentes. Se em time que estava ganhando não se mexe, Nico mantê-la-ia o máximo possível para toda e qualquer pessoa. Era essencial manter toda a sua personalidade e intenções trancafiadas ao máximo em suas ações, dando algumas brechas hora ou outra — afinal, estava lidando com criminosos, e os informantes do mesmo pertenciam ao mundo do crime.

Quanto a Joy? Nicholas não achava que teria tantos problemas assim se aquela aparência ilusória fosse mantida com tanta proficiência tal como fizera até então. Dado o que foi lhe dito, a viatura apenas o deixaria na porta, e ele estaria livre para inventar qualquer desculpa para a enfermeira de plantão por mais bem intencionada que fosse.

Não obstante, era necessário que os agentes não tornassem ao centro pokémon em caso de a menina confessar, para não estragar seus planos. O resgate relâmpago havia falhado, e era a hora de recolher, reunir todas as informações que tinha e se replanejar para, sem falha, resgatar a treinadora no outro dia.
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Mensagem por Ayzen Sex Jul 10 2020, 23:51




Quarta, 02h25min - Rutsboro City
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Sem escolhas, o treinador se via no carro dos policiais, dando uma volta na cidade, mas dessa vez retornando ao Centro Pokémon. Foram minutos de tensão enquanto o menino pensou em usar o seu Jigglypuff (que não era seu, mas, poderia ser utilizado) para poder retomar o controle da situação. Causar um dano desses, atacando policias em serviços, causaria tanto problema ao menino, com consequências que ele teria que lidar no futuro, que nem se sabe se um dia poderia ter outra oportunidade de resgatar Emma...

Agora, todas as ruas que ele havia passado apareciam mais uma vez na visão do rapaz. Ele seguia olhando firmemente para cada local, esquina e território. Seu olhar atento logo avistou o Centro Pokémon, aquele prédio bem equipado para várias necessidades de diversos treinadores. O menino só tinha que agradecer. O policial loio aproveitou o momento para dar mais um aviso ao rapaz, para mostrar serviço, antes dele passar por aquelas portas automáticas.

Assim, ele conseguia ver aquele mesmo espaço outrora descrito. Joy, detrás do balcão, com sua Chansey (sim, Chansey!) sorria para Nico quando ele chegou com Mightyena e Jigglypuff. A rosada era um amor, com todos, e apenas perguntou como poderia ajuda-lo, como se nunca tivesse visto o loiro... Bem, era óbvio que não era a mesma Joy de mais cedo, mas era tão prestativa quanto. Um Centro Pokémon daquele tamanho precisaria de mais funcionários, não é mesmo?



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