Antes mesmo que o sorriso convencido pudesse tingir os finos lábios do treinador assim que o réptil acertava o derradeiro ataque com suas presas chamuscadas, culminando no desmaio do inseto rosáceo. No momento em que Ninjask com sua velocidade assombrosa cercava com suas réplicas a ruiva, de sua mão, deixou escapar aquele item estranho ao garoto. Quando o apetrecho escapou das ligeiras mãos da ladina, irrompera do vidro quebrado uma cortina de fumaço, causando espanto a Nicholas.
— Tomem cuidado — soprou sem pensar muito, levado apenas por seu impulso ao ver a névoa sendo levada para sua direção.
Colocou seu antebraço à frente de seu nariz, tapando a respiração para que aquele gás desconhecido não adentrasse suas vias aéreas e causasse qualquer complicação quanto à sua respiração. Ainda com a mão livre com o antídoto em mãos, borrifou-o sobre o corpo do réptil alaranjado, encerrando — enfim — aquela condição melindrosa que tanto o afligia. E, assim como o louro, as demais criaturas semicerravam seus olhos e tapavam suas narinas por impulso. Com sua vista prejudicada devido a névoa, Nico foi capaz de ver o brilho rubro da esfera bicolor recolher a exaurida Wormadam.
Apesar de o vento vindo dos andares superiores empurrarem a névoa para a saída às costas do treinador — como única abertura naquele espaço fechado —, tempos depois, o caminho para o segundo andar parecia livre. Nico lembrava-se dos grunhidos de seu canídeo na direção do esguio vulto visto outrora. Seu fantasma estava nos arredores, não dando sinal algum de hostilidade de qualquer direção que fosse possível. Apesar de derrotar a rocket que o castigou com inúmeras condições negativas, as sequelas dos combates seguidos — entre o agora inconsciente e a garota —, Nicholas pôs-se a pensar se realmente teria uma vantagem notória ao enfrentar seu algoz: o responsável por tomar a cândida treinadora por seus delicados braços e arrastá-la até a toca que se encontrava agora.
O ritmo acelerado do tórax — quiçá movido pela tensão dos ínfimos minutos que se sentira exposto naquela paradoxal imensidão enevoada, nublando seu campo de visão — diminuía aos poucos. Calmamente, abriu a sua mochila, retirando o penúltimo medicamento que repôs no centro pokémon, borrifando-o sobre Charmeleon. Percebendo a evolução de seu inicial naqueles combates subsequentes e buscando garantir também a superioridade numérica, Nicholas não queria perdê-lo celeremente, afinal, estaria em desvantagem ao enfrentar o Drilbur que o louro se recordava com amargor. Aspergiu o gélido remédio contido daquele frasco de plástico, ideal para viagens — longa ou breve —, revigorando levemente seu lagarto. Seus olhos ziguezagueavam aquela penumbra pouco iluminada com a escada à sua frente, buscando pensar como o rocket havia se preparado durante os combates.
“Eu duvido que ela foi embora e deixou aquele arrombado à sorte. Desgraçada, já devem estar tramando alguma coisa”, resmungou mentalmente o treinador, arrumando a alça de sua mochila azul em suas costas. Engoliu em seco, experimentando a tensão de ter uma vida em suas mãos, e em qualquer deslize, poderia deixá-la escapar; Nicholas já carregava essa responsabilidade desde o incidente na rota 101, contudo, Emma agora estava tão próxima que seus pesadelos assaltavam suas memórias enquanto sua visão ainda turva tentava se focar na figura das escadas.
Tornou a respirar fundo. Mesmo com seu interior conturbado, transpassava a calma rotineira que sempre lhe foi característica e sua frieza típica. Não era hora de estragar tudo graças a uma injeção abrupta de adrenalina no vital líquido carmim percorrendo seu corpo entre veias e artérias, pensava Nicholas.
— Mightyena, indique para onde a menina foi. Nós vamos começar a subir. Ninjask, use o Double Team para que consiga olhar em várias direções ao mesmo tempo. Shedinja, vá na frente e sempre me avise se tiver alguma armadilha ou algo hostil — agachou-se, ficando na altura dos olhos da hiena. — Alerte-me se estivermos perto, ok?
Ao murmurar os seus comandos, começou a galgar silenciosamente as escadas. Seu fantasma o alertava sobre qualquer tipo de hostilidade à sua frente, enquanto o canídeo seria a sua direção, guiada por seu olfato. Antes de partir, aproximou o cardigã de Emma das narinas de Mightyena para que o canídeo relembrasse do cheiro da loira.
Subiu, moroso e cautelosamente, enfim.
— Tomem cuidado — soprou sem pensar muito, levado apenas por seu impulso ao ver a névoa sendo levada para sua direção.
Colocou seu antebraço à frente de seu nariz, tapando a respiração para que aquele gás desconhecido não adentrasse suas vias aéreas e causasse qualquer complicação quanto à sua respiração. Ainda com a mão livre com o antídoto em mãos, borrifou-o sobre o corpo do réptil alaranjado, encerrando — enfim — aquela condição melindrosa que tanto o afligia. E, assim como o louro, as demais criaturas semicerravam seus olhos e tapavam suas narinas por impulso. Com sua vista prejudicada devido a névoa, Nico foi capaz de ver o brilho rubro da esfera bicolor recolher a exaurida Wormadam.
Apesar de o vento vindo dos andares superiores empurrarem a névoa para a saída às costas do treinador — como única abertura naquele espaço fechado —, tempos depois, o caminho para o segundo andar parecia livre. Nico lembrava-se dos grunhidos de seu canídeo na direção do esguio vulto visto outrora. Seu fantasma estava nos arredores, não dando sinal algum de hostilidade de qualquer direção que fosse possível. Apesar de derrotar a rocket que o castigou com inúmeras condições negativas, as sequelas dos combates seguidos — entre o agora inconsciente e a garota —, Nicholas pôs-se a pensar se realmente teria uma vantagem notória ao enfrentar seu algoz: o responsável por tomar a cândida treinadora por seus delicados braços e arrastá-la até a toca que se encontrava agora.
O ritmo acelerado do tórax — quiçá movido pela tensão dos ínfimos minutos que se sentira exposto naquela paradoxal imensidão enevoada, nublando seu campo de visão — diminuía aos poucos. Calmamente, abriu a sua mochila, retirando o penúltimo medicamento que repôs no centro pokémon, borrifando-o sobre Charmeleon. Percebendo a evolução de seu inicial naqueles combates subsequentes e buscando garantir também a superioridade numérica, Nicholas não queria perdê-lo celeremente, afinal, estaria em desvantagem ao enfrentar o Drilbur que o louro se recordava com amargor. Aspergiu o gélido remédio contido daquele frasco de plástico, ideal para viagens — longa ou breve —, revigorando levemente seu lagarto. Seus olhos ziguezagueavam aquela penumbra pouco iluminada com a escada à sua frente, buscando pensar como o rocket havia se preparado durante os combates.
“Eu duvido que ela foi embora e deixou aquele arrombado à sorte. Desgraçada, já devem estar tramando alguma coisa”, resmungou mentalmente o treinador, arrumando a alça de sua mochila azul em suas costas. Engoliu em seco, experimentando a tensão de ter uma vida em suas mãos, e em qualquer deslize, poderia deixá-la escapar; Nicholas já carregava essa responsabilidade desde o incidente na rota 101, contudo, Emma agora estava tão próxima que seus pesadelos assaltavam suas memórias enquanto sua visão ainda turva tentava se focar na figura das escadas.
Tornou a respirar fundo. Mesmo com seu interior conturbado, transpassava a calma rotineira que sempre lhe foi característica e sua frieza típica. Não era hora de estragar tudo graças a uma injeção abrupta de adrenalina no vital líquido carmim percorrendo seu corpo entre veias e artérias, pensava Nicholas.
— Mightyena, indique para onde a menina foi. Nós vamos começar a subir. Ninjask, use o Double Team para que consiga olhar em várias direções ao mesmo tempo. Shedinja, vá na frente e sempre me avise se tiver alguma armadilha ou algo hostil — agachou-se, ficando na altura dos olhos da hiena. — Alerte-me se estivermos perto, ok?
Ao murmurar os seus comandos, começou a galgar silenciosamente as escadas. Seu fantasma o alertava sobre qualquer tipo de hostilidade à sua frente, enquanto o canídeo seria a sua direção, guiada por seu olfato. Antes de partir, aproximou o cardigã de Emma das narinas de Mightyena para que o canídeo relembrasse do cheiro da loira.
Subiu, moroso e cautelosamente, enfim.
off. :
Trocar o Slash por Scratch no Charmeleon; Ninjask não vai aprender Absorb não.