Capitulo 16 - Agora te Pegamos, Phillipe Swirller! - "Um Mar de Justiça / Parte 3"

Minha tentativa de tentar verificar a procedência dos corpos, fora em vão. Assim, o que me restava era seguir em direção à saída que chamara mais minha atenção. Fazendo sinal para que Dragoon nadasse até a superfície pela abertura menor, eu me segurava firme novamente, para não ser deixado para trás.

Assim que saíamos da água, vi que se tratava de uma pequena sala. Não havia nada ali além de luminárias, esperava que o caminho a seguir fosse todo assim. Se não fosse, traria Boom de volta para me auxiliar, depois de retirar o equipamento de mergulho e guarda-lo na mochila.

Ali havia apenas um único caminho a seguir, sem ter outra escolha, seguiria por ele. Como não queria fazer Dragoon ficar se arrastando pelo chão, o deixei descansar novamente em sua esfera. Depois, comecei a andar em direção ao corredor, mas sem me esquecer de olhar bem pelo caminho, para não cair em outra armadilha.

Eu estava bastante preocupado com Nagisa, mas sem saber para que lado procurar, a única saída era ir seguindo. Eu o encontraria, mesmo que tivesse que passar dias ali dentro procurando.

Depois de voltar a caminhar, eu começava a ficar impaciente. Não havia nada por ali, além de um caminho bem difícil de passar. Mas eu não tinha muita escolha, se eu voltasse, nunca saberia o que tinha no final, e isso não me deixaria em paz. Quando as luzes terminaram, e o caminho começava a ficar ainda pior, eu era obrigado a liberar Boom mais uma vez. - Desculpe amigo, mas vou precisar um pouco mais da sua energia. Tome cuidado. - Eu dizia deixando-o ir na frente.

O caminho começava a ficar cheio de obstáculos, e com isso, o ritmo da caminhada reduzia. Eu me espremia para passar em alguns locais, enquanto Boom, rolava por baixo ou ao redor dos obstáculos que pareciam não afeta-lo tanto quanto a mim. Mas por fim, conseguíamos passar sem nenhum problema maior, visto que com todas aquelas irregularidades, foi impossível colocarem alguma armadilha por ali.

Eu começava a esfriar a cabeça novamente, já que ficar irritado não me ajudaria em nada. Mesmo que no fundo eu quisesse arrancar a cabeça do Phillipe, eu primeiro precisava saber se meus amigos estavam bem. Sabia que Will conseguiria se virar bem, mas Nagisa era inocente demais as vezes, e aquilo me preocupava bastante. Mas um frio percorreu em minha espinha quando a luz de uma lanterna passou a uns metro a minha frente. - Boom, fique parado. - Eu sussurrava. - Fique aí, que eu vou me aproximar em... Quer saber, não vou não, aumente a luz. - Eu pensava um pouco mais e decidia arriscar tudo.

- EI! VOCÊ AÍ! - Eu gritei. Boom se iluminou ainda mais, nos revelando. Mas por causa da distância e da luz da lanterna em nossa direção, ainda não dava para saber quem era. Mas eu esperava que fosse o Phillipe.

Aquele meu episódio súbito de jogar tudo pro lato, acabou sendo desnecessário. Assim que chamei a tenção da figura desconhecida, logo ouvi a voz de Will em resposta. Para minha tristeza, não era Phillipe, mas talvez aquilo fosse bom, já que não sabia se estava pronto para enfrentá-lo sozinho. - Will! Que bom ver que está bem também. - Eu seguia em sua direção aliviado. Agora só precisávamos encontrar Nagisa.

Will contava um pouco do que tinha visto, e questionava sobre o que eu poderia ter encontrado. - Depois que sai da armadilha, cheguei a um lugar coberto de água. Tinha muito corpo humanos lá, mas não tinha nenhum sinal de luta ou de que tivessem sido mortos por lá. Depois de mergulhar, encontrei duas passagens que levavam até lá, uma delas me trouxe para esse túnel, mas a outra não sei para onde leva. - Eu contava um pouco do que tinha visto. Mas era apenas aquilo mesmo.

- Então vamos para o túnel que você ia explorar. Não quero ter que passar por aquele lugar de novo.

Agora que estávamos juntos novamente, poderíamos procurar por Nagisa com mais chances de ajudá-lo. Como Blade estava em segurança, e Will estava comigo, era menos distração na minha cabeça. Se Will não quisesse ver o local com os corpos, seguiria ele em direção ao túnel central. Esperava que finalmente encontrássemos Phillipe, e pudéssemos salva Nagisa.

Will ia na frente para mostrar o caminho, e comentava sobre os capangas que tinha encontrado. Eu havia encontrado apenas um, mas nem chegava a ver seu rosto. Mas eu ficava aliviado por Will ser bem forte, e nem precisava se preocupar com os capangas. Muita sorte ele ter podido vir.

Assim continuamos seguindo o largo túnel com o auxilio da iluminação de Boom e da lanterna de Will. Mas sem nos preocuparmos se alguém nos veria ou não. O efeito surpresa já tinha passado a muito tempo, e agora o que importava era encontrar alguém ou que alguém nos encontrasse.

O caminho parecia novamente coberto por armadilhas, visto que o chão estava bastante desnivelado, e muitas partes pareciam ter sido mexidas. Assim, tomamos muito cuidado para evitar esses locais, já que não queríamos mais nenhum acidente. Mas, por causa deles, acabamos encontrando outro corpo estirado no chão, mas este ainda não estava morto, e assim que nos viu, pediu ajuda.

Ele conhecia Will, e como estava amarrado ainda, com certeza era um dos capangas que ele havia comentado. Mas o homem estava bastante ferido, provavelmente por ter caído em uma das armadilhas, já que estava andando no escuro, e ainda por cima amarrado.

Will logo começou a conversar, e foi até ele. Ele parecia realmente saber nos guiar naquele labirinto de túneis, mas será que o faria mesmo? Mas de qualquer forma, precisávamos ajuda-lo. Enquanto Will fazia os primeiros socorros, eu olhava ao redor, para ver se não havia mais nenhum perigo. Se a armadilha ainda estivesse ativa, poderia acabar no acertando. Acabei encontrando alguns pontos brilhantes na parede, eram bem parecidos com aqueles que eu tinha. Eu ainda não sabia para que serviam, mas deviam ter alguma utilidade, com certeza Will saberia. Resolvi pegá-los para mostrar a ele.

Quando ele terminou o curativo, ele começou a questionar o homem sobre o que ele tinha prometido falar. E eu já aproveitei e questionei também. - E nos diga também onde está o nosso amigo. O loirinho que estava comigo. - Eu ainda tinha minhas dúvidas se o homem estava bem o suficiente para sobreviver até sair dali, mas a prioridade era nossa missão e nossos companheiros.