King's Row

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Bem, não sei dizer se as vacinas não foram danificadas, mas antes que pudéssemos pensar nisso, a policia já tinha chegado no local. Pelo menos não precisei explicar onde eu estava, que convenhamos, não seria nada fácil de fazer. Mas a policia não era exatamente um sinal de alívio, já que sobrou pra mim ter que explicar o que aconteceu. Mas não ficaria brava com Joana por ter me largado aqui, afinal ela tinha um trabalho mais importante.

- Então, eu fui encarregada de receber as vacinas do Corsola Vírus enviadas de Mountrock pelos correios, foi daí que vimos que os correios foram atacados e então Joana e eu decidimos entrar. Não precisamos explorar muito o local para encontrar uma caminhonete e então nos infiltrarmos na caçamba dela e foi assim que viemos parar aqui. Como vocês podem ver, tem uma pista de pouso, provavelmete um avião levaria as vacinas embora pra não sei onde. - Eu conseguia falar com uma fluidez atípica, talvez a minha ansiedade me fazia não gaguejar, curiosamente.

- E quem estava por trás desse crime era o Senhor Fujita, chefe dos enfermeiros daqui de Mu Island, mas me desculpem, eu não sei muito sobre ele. Ahem, posso te mostrar documentos de que eu estou a serviço do hospital de Mountrock, mais especificamente o Cesar-TC. - Então eu vasculhava a minha mochila e procurava a pasta com os documentos, que no meio da bagunça que era aquela mochila, a pasta era uma das poucas coisas devidamente guardadas.

E então eu esperava a reação da Oficial Jenny a toda a informação que eu acabei de "disparar". Quer dizer esperaria até eu perceber alguma coisa que me deixou preocupada.

- Ah não, não, não. Acho que os bandidos fugiram.

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Ainda bem que não contestaram nada de que eu falei. Eu não estava no estado mental para tentar argumentar, e muito menos argumentar com uma policial, mas enfim eu tinha um peso enorme sendo tirado de minhas costas. Eu passei por um momento em que tudo poderia ter dado errado, talvez tão ruim quanto o meu segundo dia de jornada, mas dessa vez eu estou mais forte. Mas será que foi porque eu estou mais forte mesmo? Bem, acho que não vou conseguir muita coisa pensando sobre isso. Eu tinha que dar um jeito de voltar até o hospital, pois eu tinha assuntos com Joana.

- U-umm... vocês poderiam me levar até o hospital ou pelo menos me dizer como eu vou daqui até lá? - Eu dizia para a Oficial Jenny, sem muitas esperanças de conseguir uma informação útil. Ela estava ocupada com coisas mais importantes eu acho.

Que seja nesse meio tempo eu ouvi algo na minha mochila e na verdade era o Eevee saindo da pokébola. A raposinha estava estranhamente hiperativa, correndo em círculos, parecia procurar alguma abertura com luz do sol, visto que corria das sombras e finalmente encontrou o que desejava, ficando parado lá por um tempo e começando a brilhar. Eu rapidamente assimilei o que era: então o Eevee não me odeia mesmo. E lá estava ele em uma forma bem diferente, com pelos mais finos e coloração roxa.

Porém a hiperatividade dele não tinha passado, ele começou a fuçar minha mochila e jogar uns papéis no chão. Eu fiquei terrivelmente assutada pensando que eram os documentos de Mountrock, mas nem eram, eram apenas folhas em branco que eu trazia para praticar desenho, coisa que eu nunca fui capaz de fazer desde que comecei como treinadora.

- Vai com calma aí amigo. Você podia ter rasgado alguma coisa importante. Hmpf, Espeon mau. - Fazia uma cara de raiva apenas para brincar com o psíquico, que soltava um cry que parecia uma risada: - Olha, você gosta do caos mesmo. Não era assim quando era um Eevee. Hmpf. Por isso vou te chamar de Dimentio.

Depois do "showzinho" com Espeon eu me voltava para a Oficial Jenny e logo pedia desculpas pela distração e ficava pronta para ver se ela ia me ajudar ou não.

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Oh graças a Arceus, Jenny aceitou me dar uma carona até o hospital. Agora que eu penso, eu acho que não teria "forças" para chegar até lá por mim mesma. Eu retornava o travesso Espeon para a pokébola e então aceitava a carona, colocando o capacete. E como foi rápido, até fiquei um pouco tonta, mas essa rapidez era justamente o que eu precisava. Eu estava ansiosa para ver o que Joana queria e certamente deve ser algo importante. Além do mais, eu estou curiosa para saber se aquelas vacinas são promissoras ou não. Se tudo der certo eu teria as respostas para as minhas perguntas.

Eu chegava no hospital, que estava bem movimentado, o que eu achava estranho, mas não passaria muito tempo questionando aquilo, talvez nem seja tão estranho assim. Eu poderia ir direto até a sala de Joana que eu lembrava onde fica, mas primeiro é melhor eu me certificar de que ela está aqui. Chegava no estabelecimento, passava álcool em gel nas mãos e então ia até a recepção, perguntar sobre Joana.

- Umm... a doutora Joana Bandeira está? Preciso falar com ela, avisa pra ela que é a Kathryne que está aqui caso ela estiver ocupada no momento.

Eu esperava a resposta do atendente e caso fosse preciso, esperaria sentada. Eu realmente poderia ir direto para a sala de Joana, mas o motivo porque não fiz isso é simplesmente porque é bem mal educado de minha parte chegar sem aviso nenhum. Somos conhecidas, mas Joana é uma profissional apesar de tudo e eu deveria respeitar isso. Além de que eu nem sei se ela pode falar comigo agora. Enfim eu teria que conter a minha ansiedade. O que será que ela quer comigo?

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A recepcionista me olhava de um jeito estranho, o que era? Eu tava de máscara então sei que não era esse o problema. Que seja, ela chamava Joana que era o que importava e a médica ia até a recepção pra me ver. E graças a ela eu percebi o que devia ter espantado a recepcionista: eu estava uma completa bagunça, meu cabelo estava horrível, acho que andei muito ansiosa a ponto de não perceber que eu estava daquele jeito.

- Oh, espero que a vacina funcione, se funcionar vai ser um grande peso tirado de você né? Hehe. - Conversava com Joana enquanto ela escovava os meus cabelos. Eu estava começando a desenvolver uma amizade com a médica e que vai além de eu admirar o profissionalismo dela como médica. Se ela não tivesse decidido entrar naquela caminhonete, a vacina estaria sendo vendida em algum lugar do mundo. - Que bom que deu tudo certo, mas eu não conseguiria se não fosse sua coragem. E também do Metang aqui. - Eu acenava para o metálico, será que ele gostava de mim? Enquanto eu tentava chamar a atenção do Metang eu era surpreendida por Joana. Um abraço.

- É, acho que você quebrou vários protocolos com isso. Acho que é bom a gente lavar a mão depois disso, hehe. - E então a médica me entregava algumas coisas: - Muito obrigada, esses itens vão me ser úteis mesmo. E sim, eu sempre estive interessada em ir no Valley of Steel, só que eu sempre tive medo. - Era pra eu ir pra lá com Daisuke há um tempo atrás antes de termos uma completa mudança de planos. Agora eu fico pensando, sera que eu conseguiria ir lá sozinha?

Eu me despedia de Joana e também de Metang. Claro que eu tinha pensamentos ao ver o Metang como: eu queria um desses pra mim. Bem, agora é pensar no que fazer. Eu estava planejando ir no tal de Doll Fanfest que está em Johto: minha segunda vez fora de Hoenn. Eu saía do hospital e então iria dormir um pouco no Centro Pokémon, espero não ter interrupções.

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É, eu tive interrupções de fato, mas era uma boa surpresa pelo menos, pois acabava me dando um motivo a mais para ir no Valley of Steel. Entendo porque Joana queria saber sobre como os Beldum se comportam em seu habitat. Quem sabe enquanto faço isso eu não conseguiria um deles pra mim? É uma possibilidade, e diria que bem provável, mas não era hora de pensar sobre isso.

Eu queria tirar um cochilo no meu quarto do Centro Pokémon mas decidi que aquilo ia ficar para depois. Queria chegar em Johto logo, então em chamava Venger e fazia o que eu não estava com muitas saudades, que era voar nele. Meu destino era Mossdeep de onde eu pegaria um avião para Cinnabar em Kanto. Aproveitaria e iria olhar a base da Requiem que estava em Cerulean. o meu potinho. Depois disso tudo eu tiraria um belo cochilo até o Doll Fanfest.