off :
Bom dia, boa tarde, boa noite, senhor narrador!
Como vossa senhoria deve ter percebido pelo título, aqui está minha pessoa para participar do evento do parque de diversões. Trago comigo um belíssimo princesinho chamado @”Luch”, e espero que possamos ter uma boa rota juntos. Cuide bem de nós dois, sim? <3
Eu sou um pouquinho lesada e posso ser melosa de vez em quando, mas NÃO DESISTE DE MIM
Ah, você pode adicionar o apelido da Fletchinder pra mim, por favooooor?
Não pretendo usar ela de companhia oficial (?) ao longo do evento, acho que é necessário mencionar isso. Só queria narrar essa ceninha inicial que eu juro, juro que tentei não me alongar demais.
Ademais, vamos à rota! <3
Como vossa senhoria deve ter percebido pelo título, aqui está minha pessoa para participar do evento do parque de diversões. Trago comigo um belíssimo princesinho chamado @”Luch”, e espero que possamos ter uma boa rota juntos. Cuide bem de nós dois, sim? <3
Ah, você pode adicionar o apelido da Fletchinder pra mim, por favooooor?
Não pretendo usar ela de companhia oficial (?) ao longo do evento, acho que é necessário mencionar isso. Só queria narrar essa ceninha inicial que eu juro, juro que tentei não me alongar demais.
Ademais, vamos à rota! <3
Quão difícil é delimitar o limiar entre realidade e fantasia?
Eram essas as principais palavras que retumbavam em sua consciência, dentre tantas outras, enquanto os orbes acinzentados passeavam pelas várias tendas espalhadas ao longo do parque às margens de Goldenrod. Se tivesse de ser sincera, a ausência de qualquer companhia humana (quer dizer, qualquer uma que conhecesse, considerando que não eram poucas as pessoas que corriam e caminhavam de um lado para o outro, solitárias ou em conjunto, explorando as inúmeras atrações cuidadosamente organizadas pelas famosas irmãs colecionadoras de Tohjo) era, para dizer o mínimo, inquietante - e não só por estar em público ou pela ansiedade que antecipava um encontro já tão esperado, oh, não; Em realidade, o horizonte recheado de barracas, treinadores, confusão e gritaria, hah, não é de se surpreender que aquela paisagem era tão fácil e intimamente associada pela moça com aquela que antecedia as entranhas das ruínas de Oirar’t, sabe-se lá quanto tempo antes de todos aqueles fantasmas do passado, aprisionados quase que eternamente pelo desejo de desvendar os mistérios por detrás dos portões que protegiam a cidade, sofressem de consciência estilhaçada pelo psíquico alado que reinava naquele que, um dia, certamente havia sido um belíssimo império.
Com tranquilidade quase separatista à mente, as costas se acomodaram sobre o tronco de uma das tantas árvores que traziam vida à reserva ecológica. Absorvidas por inércia delicada, as pernas se permitiam repousar por sobre a relva macia, acolhidas com gentileza pelas gramíneas que não se intimidavam em afagar a pele alva, em toque amigável que trazia um formigamento confortável para a superfície da derme; A respiração, serena como há muito não se mantinha, tomava responsabilidade pela movimentação discreta de sobe e desce do peito, o ar escapando casualmente por uma ínfima fresta inconscientemente aberta por entre os lábios rosados - as pálpebras quase cerradas, em contrapartida, dificultavam a análise do ambiente pelas pupilas escuras, já praticamente ocultas por detrás dos avermelhados fios desalinhados que tombavam por sobre os olhos.
Ainda assim, mesmo com tantos projetos de interferências que pareciam se esforçar para atrapalhar a liberdade das íris, houve um momento que os orbes foram capazes de enxergar, no gazebo elegante construído ao meio do parque, a interação discreta e particular de um casal (ou assim os julgou) abraçado, ambos dependurados na mureta da estrutura de tons claros. Sutil foi o sorriso, aliás, que tremulou pelo contorno dos próprios lábios, enquanto visualizava o cenário relaxante protagonizado pelos jovens estranhos sob o céu tingido por uma explosão hipnotizante de cores mornas, decorado por nuvens fofas de algodão que pareciam extremamente próximas ao alcance dos dedos e que, não menos importante, se reservavam ao luxo de observar também a cena romântica protagonizada pelo astro solar que, em beijo cálido, conduzia as primeiras juras de entrega à linha do horizonte - era o poente que, em toda a sua glória, se apresentava como prelúdio à uma noite que em pouquíssimas horas se iniciaria.
É engraçado como, ao mesmo tempo que um sentimento tão doce começa a pulsar pelo peito, um gosto amargo encontra espaço para deslizar pela garganta, rasgando sua parte interna com garras afiadíssimas de preocupação sórdida. Veja: Quando um reencontro é aguardado com tamanho desejo que estoura no coração uma flâmula incontrolável, quão cruel é que, nos braços de tão tola existência, repouse a preocupação de ter de enfrentar uma expressão desapontada engravada na face daquele que conduz as inflamadas batidas dentro do peito?
…
— ...Porcaria de organização. — Praguejou ao vento, em um sussurro que se perdeu nas notas melódicas da brisa fria que começava a soprar. Restou-lhe à consciência a atitude de permitir que as pálpebras caíssem, suaves, em tentativa vã de expulsar os temores que escalavam por sua coluna, divertindo-se ao sacolejar e baquear a estrutura já frágil dos ossos. A própria atmosfera se uniu ao trabalho ousado de desestabilizar-lhe o estado e, incapaz de interferir em seu âmago, limitou-se à um sopro violento do zéfiro, que bagunçou-lhe as madeixas avermelhadas e arremessou alguns fios desalinhados à frente do rosto - discreto, o cenho se franziu, e uma das mãos se ergueu para expulsá-los, sem pressa, ajeitando-os por detrás da orelha antes que um suspiro manso escapasse dos lábios, a cabeça balançando em negativa discreta.
Um canto sereno foi o culpado por tragá-la mais uma vez à realidade, as pálpebras decretando a liberdade dos orbes acinzentados para que estes pudessem escanear mais uma vez o ambiente, demorando-se um pouco na imagem inicialmente borrada de uma mancha laranja que repousava sobre o esverdeado do tapete natural que recobria o solo, um sorriso suave pintando os lábios ao observar a tranquila ave que descansava próxima à mochila largada na grama, aquecendo-se junto ao tecido do acessório que guardava alguns filhotes que em breve (esperava) escapariam da casca que os envolvia. Os olhos calmos, embora incisivos, foram os responsáveis por obrigar com que os pensamentos ruins escapassem pelas brechas dos dedos da jovem, pelo menos por um único instante.
— ...Tudo bem, Margaret. — Sussurrou, esticando o braço livre para afagar com delicadeza as plumagens laranjadas da cabeça da pequena alada. — Está tudo bem. — Garantiu, embora a consciência dissesse o contrário. A outra mão roçou pelo próprio pescoço, as pontas dos dígitos percorrendo o tecido macio do cachecol bicolor que protegia-lhe do clima que, pouco a pouco, ameaçava esfriar. Além disso, também existia uma preocupação constante a respeito de se o rapaz chegaria a tempo, se não desistiria pelo meio do caminho, se não encontraria companhia melhor, se, se, se…
...Se.
Tinha de admitir que, sim, havia sido um pouco… Impulsiva, por assim dizer, ao embarcar de repente em um dos navios que levavam ao evento anunciado dias atrás por certas meninas que havia encontrado, por acaso, durante suas andanças pela 121. Claro, não era como se pudesse se culpar por inteiro - ora, a verdade era que precisava de um distanciamento, pelo menos momentâneo, daquele maldito continente que tantas memórias ruins já acumulava por suas vísceras, em lembrete constante dos espíritos amaldiçoados que faziam questão de perseguir-lhe por praticamente qualquer lugar que passava, com lembranças sofríveis e até cruéis.
...Embora, tivesse de confessar, também existiam lá alguns bons centavos que fazia questão de relembrar.
Luch era um deles, afinal.
Enfim, o fato era que: Após um breve convite feito nervosamente pelo Pokénav durante a travessia pelo oceano, a confirmação do moreno ao pedido de companhia para visitar o parque de diversões havia caído como um bálsamo em seu coração. Era fato que ainda tinha um pouco de receio se ele realmente chegaria (quer dizer, imagine só se o rapaz havia tido alguns problema, perdido o sinal do aparelho eletrônico mais uma vez e simplesmente não aparecesse??? Por céus, seria um dos bolos mais trágicos que já teria tomado na vida, e disso não tinha dúvida alguma.) mas, independente de qualquer coisa, restava-lhe aguardar e esperar que a imagem de Drac lhe enchessse os olhos antes que os responsáveis pelas barracas e pelos brinquedos encerrassem o expediente e eles dois acabassem perdendo a oportunidade de curtir juntos um passeio de fim de tarde.
...Teria de esperar e torcer, não é?
É. Isso mesmo.
Flame Body (Fletchinder):
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