Pokémon Mythology RPG
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[Akai Ito] – Doll Fanfest –

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Quão difícil é delimitar o limiar entre realidade e fantasia?

Eram essas as principais palavras que retumbavam em sua consciência, dentre tantas outras, enquanto os orbes acinzentados passeavam pelas várias tendas espalhadas ao longo do parque às margens de Goldenrod. Se tivesse de ser sincera, a ausência de qualquer companhia humana (quer dizer, qualquer uma que conhecesse, considerando que não eram poucas as pessoas que corriam e caminhavam de um lado para o outro, solitárias ou em conjunto, explorando as inúmeras atrações cuidadosamente organizadas pelas famosas irmãs colecionadoras de Tohjo) era, para dizer o mínimo, inquietante - e não só por estar em público ou pela ansiedade que antecipava um encontro já tão esperado, oh, não; Em realidade, o horizonte recheado de barracas, treinadores, confusão e gritaria, hah, não é de se surpreender que aquela paisagem era tão fácil e intimamente associada pela moça com aquela que antecedia as entranhas das ruínas de Oirar’t, sabe-se lá quanto tempo antes de todos aqueles fantasmas do passado, aprisionados quase que eternamente pelo desejo de desvendar os mistérios por detrás dos portões que protegiam a cidade, sofressem de consciência estilhaçada pelo psíquico alado que reinava naquele que, um dia, certamente havia sido um belíssimo império.

Com tranquilidade quase separatista à mente, as costas se acomodaram sobre o tronco de uma das tantas árvores que traziam vida à reserva ecológica. Absorvidas por inércia delicada, as pernas se permitiam repousar por sobre a relva macia, acolhidas com gentileza pelas gramíneas que não se intimidavam em afagar a pele alva, em toque amigável que trazia um formigamento confortável para a superfície da derme; A respiração, serena como há muito não se mantinha, tomava responsabilidade pela movimentação discreta de sobe e desce do peito, o ar escapando casualmente por uma ínfima fresta inconscientemente aberta por entre os lábios rosados - as pálpebras quase cerradas, em contrapartida, dificultavam a análise do ambiente pelas pupilas escuras, já praticamente ocultas por detrás dos avermelhados fios desalinhados que tombavam por sobre os olhos.

Ainda assim, mesmo com tantos projetos de interferências que pareciam se esforçar para atrapalhar a liberdade das íris, houve um momento que os orbes foram capazes de enxergar, no gazebo elegante construído ao meio do parque, a interação discreta e particular de um casal (ou assim os julgou) abraçado, ambos dependurados na mureta da estrutura de tons claros. Sutil foi o sorriso, aliás, que tremulou pelo contorno dos próprios lábios, enquanto visualizava o cenário relaxante protagonizado pelos jovens estranhos sob o céu tingido por uma explosão hipnotizante de cores mornas, decorado por nuvens fofas de algodão que pareciam extremamente próximas ao alcance dos dedos e que, não menos importante, se reservavam ao luxo de observar também a cena romântica protagonizada pelo astro solar que, em beijo cálido, conduzia as primeiras juras de entrega à linha do horizonte - era o poente que, em toda a sua glória, se apresentava como prelúdio à uma noite que em pouquíssimas horas se iniciaria.

É engraçado como, ao mesmo tempo que um sentimento tão doce começa a pulsar pelo peito, um gosto amargo encontra espaço para deslizar pela garganta, rasgando sua parte interna com garras afiadíssimas de preocupação sórdida. Veja: Quando um reencontro é aguardado com tamanho desejo que estoura no coração uma flâmula incontrolável, quão cruel é que, nos braços de tão tola existência, repouse a preocupação de ter de enfrentar uma expressão desapontada engravada na face daquele que conduz as inflamadas batidas dentro do peito?



— ...Porcaria de organização. — Praguejou ao vento, em um sussurro que se perdeu nas notas melódicas da brisa fria que começava a soprar. Restou-lhe à consciência a atitude de permitir que as pálpebras caíssem, suaves, em tentativa vã de expulsar os temores que escalavam por sua coluna, divertindo-se ao sacolejar e baquear a estrutura já frágil dos ossos. A própria atmosfera se uniu ao trabalho ousado de desestabilizar-lhe o estado e, incapaz de interferir em seu âmago, limitou-se à um sopro violento do zéfiro, que bagunçou-lhe as madeixas avermelhadas e arremessou alguns fios desalinhados à frente do rosto - discreto, o cenho se franziu, e uma das mãos se ergueu para expulsá-los, sem pressa, ajeitando-os por detrás da orelha antes que um suspiro manso escapasse dos lábios, a cabeça balançando em negativa discreta.

Um canto sereno foi o culpado por tragá-la mais uma vez à realidade, as pálpebras decretando a liberdade dos orbes acinzentados para que estes pudessem escanear mais uma vez o ambiente, demorando-se um pouco na imagem inicialmente borrada de uma mancha laranja que repousava sobre o esverdeado do tapete natural que recobria o solo, um sorriso suave pintando os lábios ao observar a tranquila ave que descansava próxima à mochila largada na grama, aquecendo-se junto ao tecido do acessório que guardava alguns filhotes que em breve (esperava) escapariam da casca que os envolvia. Os olhos calmos, embora incisivos, foram os responsáveis por obrigar com que os pensamentos ruins escapassem pelas brechas dos dedos da jovem, pelo menos por um único instante.

— ...Tudo bem, Margaret. — Sussurrou, esticando o braço livre para afagar com delicadeza as plumagens laranjadas da cabeça da pequena alada. — Está tudo bem. — Garantiu, embora a consciência dissesse o contrário. A outra mão roçou pelo próprio pescoço, as pontas dos dígitos percorrendo o tecido macio do cachecol bicolor que protegia-lhe do clima que, pouco a pouco, ameaçava esfriar. Além disso, também existia uma preocupação constante a respeito de se o rapaz chegaria a tempo, se não desistiria pelo meio do caminho, se não encontraria companhia melhor, se, se, se…

...Se.

Tinha de admitir que, sim, havia sido um pouco… Impulsiva, por assim dizer, ao embarcar de repente em um dos navios que levavam ao evento anunciado dias atrás por certas meninas que havia encontrado, por acaso, durante suas andanças pela 121. Claro, não era como se pudesse se culpar por inteiro - ora, a verdade era que precisava de um distanciamento, pelo menos momentâneo, daquele maldito continente que tantas memórias ruins já acumulava por suas vísceras, em lembrete constante dos espíritos amaldiçoados que faziam questão de perseguir-lhe por praticamente qualquer lugar que passava, com lembranças sofríveis e até cruéis.

...Embora, tivesse de confessar, também existiam lá alguns bons centavos que fazia questão de relembrar.
Luch era um deles, afinal.

Enfim, o fato era que: Após um breve convite feito nervosamente pelo Pokénav durante a travessia pelo oceano, a confirmação do moreno ao pedido de companhia para visitar o parque de diversões havia caído como um bálsamo em seu coração. Era fato que ainda tinha um pouco de receio se ele realmente chegaria (quer dizer, imagine só se o rapaz havia tido alguns problema, perdido o sinal do aparelho eletrônico mais uma vez e simplesmente não aparecesse??? Por céus, seria um dos bolos mais trágicos que já teria tomado na vida, e disso não tinha dúvida alguma.) mas, independente de qualquer coisa, restava-lhe aguardar e esperar que a imagem de Drac lhe enchessse os olhos antes que os responsáveis pelas barracas e pelos brinquedos encerrassem o expediente e eles dois acabassem perdendo a oportunidade de curtir juntos um passeio de fim de tarde.

...Teria de esperar e torcer, não é?
É. Isso mesmo.

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Hm... Parece que finalmente consegui um momento para escrever minhas memórias. Mas não exatamente como deve estar pensando, pois não possuo lápis, caneta ou papel para tal. Eu costumo escrever minha vida e minha jornada aqui mesmo, dentro da minha cabeça, só entre você e eu e alguns muitos curiosos. Interessante, né? Mas enfim... Já faz algum tempo que minha "aventura" passou de uma experiência tranquila de viagens e batalhas para algo um pouco mais intenso. E não, não estou falando sobre a experiência no Mt. Pyre. Pelo menos, não apenas ela... A turbulência em minha alma havia começado semanas antes disso, mais precisamente em Sootopolis e foi perdurando e enraizando-se em minha vida de uma forma avassaladora, mas não ruim. Entretanto - aí sim, no Mt. Pyre e seus percalços dolorosos - em algum momento tudo pareceu ter desandado e eu havia perdido parte do meu rumo, a minha vontade, o meu... Foco?  Bem, daí em diante eu perdi a harmonia entre a felicidade e a ansiedade. Havia momentos de intensa alegria, mas profundo desapontamento. Outros de forte tristeza, mas revigorante esperança. Parecia que eu estava destinado a ser uma dualidade intrigante e distante do equilíbrio, até que... FINALMENTE Tudo mudou!

Depois de momentos agradáveis com o pessoal da Virtuum no Centro Pokémon de Lilycove, tratei de me despedir de cada um e seguir meu caminho solitário... Eu havia até planos a serem realizados, mas a preocupação com Natalie não me deixava em paz. Voltei ao meu quarto no segundo andar do Centro e tentei relaxar, mas aquela angústia de sempre me corroía por dentro e impulsionava meu corpo para fora da cama, como pequenas agulhas tentando me torturar sem motivo algum. Sendo assim, mais uma vez tomei banho, troquei de roupa e fui para o exterior. Eu estava inscrito no Contest de Lilycove, mas não tinha a mínima vontade de participar. Minha cabeça estava em outro lugar na realidade. Foi por isso que com muito esforço eu resolvi participar da Monitoria programada e ofertada pelo Ginásio da Cidade, mas sem compromissos... Ao terminar, pela terceira vez no dia, retornei ao meu quarto para descansar e, ao deitar, deparei-me com uma mensagem que iria mudar o meu humor de agora para sempre:

"Sei que pode parecer um pouco (bem, talvez muito) repentino, mas…
Não sei se ficou sabendo, mas abriram um parque de diversões em Tohjo, esses dias, e ele vai ficar algum tempo, e, uh… Quero que você venha comigo. Sinto sua falta, Luch. Podemos nos encontrar lá, por favor?"


Apesar de ser exatamente o que eu QUERIA LER, não pude evitar de ficar surpreso. Minha falta de forças tornou-se empolgação e quando menos esperei, já estava sentado na cama, no escuro, apenas com a luz do PokéNav iluminando um espontâneo sorriso que surgia em meu rosto. Fui rápido em dedilhar a tela e enviar uma resposta afirmativa, afinal não perderia a chance de rever Natalie novamente e podermos colocar tudo em dia, todas as histórias, angústias e alegrias. Na pressa, enviei uma mensagem curta, que após ter sido "lançada na rede", me despertou a dúvida se havia sido tão esclarecida quanto a meus sentimentos como eu gostaria. Talvez não... Mas não fazia sentido enviar outra para "corrigir" esse tipo de coisa, então deixei quieto. Teria todo o tempo do mundo para deixar meus sentimentos bem evidentes quando estivesse lá. Sendo assim, comecei a arrumar todos meus pertences para uma viagem longa, catando roupas perdidas e acordando os Pokémon dorminhocos, principalmente Mey, que parecia um "calombo" debaixo das cobertas e também Epsy, que dormia enrolado no canto do quarto, sobre uma cadeira acolchoada. Esperei que eles despertassem e os trouxe de volta para suas respectivas cápsulas, deixando o Centro e devolvendo a chave para a Enfermeira Joy.

A viagem que se sucedeu, apesar de longa foi carregada de esperanças, que felizmente venciam a ansiedade. Este tal evento, a Doll Fan Fest. Ou algo do gênero, ocorria no National Park e havia traslado especial para todos os participantes saindo de cada uma das cidades de Johto. Sendo assim, não foi difícil me deslocar de Olivine - o local da minha chegada - até lá. O ônibus deixou todos os participantes, inclusive eu, num espaço interno, nas "costas" da entrada principal, para aqueles que viessem de transporte público convencional, a pé ou outra forma qualquer, então digamos que eu me sentia "privilegiado" em já pisar nos terrenos do Parque antes que todos na grande fila de espera.

Sem muito mistério, atravessei o saguão e as roletas de entrada, sendo abordado por um funcionário que me impôs uma escolha... Só poderia levar comigo um companheiro nesse passeio pelo Parque. Uma pena, já que todos tinham vontade de se divertir por ali. Mas... Regras são regras e eu não perderia tempo discutindo-as. Resolvi levar Mey, por motivos óbvios, seria a oportunidade perfeita de reviver minhas diversões em Nimbasa, mas agora na companhia da Meowth, que pouco teve a oportunidade de vivenciar isso. Assim que a "adotei", tivemos que deixar às pressas Unova. — Sim, vou levar a Meowth. Meu nome é Luch e o dela é Meo-Mey! — Expliquei, recebendo crachás personalizados, para mim e para ela. Agora devidamente "trajado" e identificado, só me restou avançar por entre o público e as atrações, mantendo meus olhos sempre bem atentos a tudo o que acontecia ao redor e também em busca da ruivinha, motivo da minha vinda. E bem, para me ajudar nada mais justo do que manter Mey sobre minha cabeça, como ela adorava fazer.

Não demorou muito até a exasperada Meowth avistar Natalie dentre a confusão de gente e Pokémon. Ela encontrava-se perto de uma árvore, um pouco mais afastada da muvuca. Com um cutucão no crânio e batidas na orelha, fiz o que Mey me ordenava e cortei um trajeto no meio do povo até finalmente alcançar meu objetivo e, por que não, recompensa. Abri um sorriso ainda mais largo - como se não fosse fácil - e finalmente surgi na frente da garota, totalmente de repente, talvez como um vulto ou aparição. Estava com o coração aquecido, mas com o estômago gelado pelo reencontro. Óbvio. Não sabia se havia uma forma fácil de fazer essa aproximação ou se sempre acabava sendo como puxar um curativo "colado" na pele, ou seja, sendo melhor puxar de uma vez só, mas fiz... — NATY! Cheguei... Eu... Eu... Até achei que todo o convite e tudo mais fosse uma alucinação minha HAHAHA! Mas aqui estamos e, parece muito real para mim... Pode me beliscar? — Comentei, falando mais rápido do que gostaria e terminando com uma risada nervosa. Como seria sua reação?

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Considerando todas as circunstâncias pontuadas até então, é compreensível a noção a respeito de como os ponteiros do relógio passavam devagar a cada minuto, segundo ou mesmo milésimo que se arrastava sem que quaisquer notícias do unoviano fossem por si recebidas. Em realidade, era fato que seu íntimo mantinha flâmula gentil de esperança de que não precisava se preocupar com isso - entretanto, a outra parte d’alma sussurrava ao pé do ouvido, distorcida, pois e se? Afinal, um “bolo” não é exclusivo caso a outra parte simplesmente não queira aparecer; E, nesse ponto, arrisco dizer que o temor começava a se arrastar para um terreno que a ruiva não fazia questão de pensar a respeito, que era justamente a fatia que indicava não uma falta proposital, mas sim uma forçada.

Foi com uma respiração profunda e pesada que a cabeça balançou de um lado para o outro, tentando espantar os pensamentos infortúnios que ousavam avançar e conquistar território em um psicológico maltratado - veja, se o próprio Arceus já havia deixado claro que tanto desejava a adversar, como poderia chegar à conclusão de que uma porcentagem significativa de seu coração estivesse segura, independente se perto ou distante? -. Em desnorteio silencioso, as costas se afastaram do tronco de árvore, pendendo para frente enquanto as pálpebras apertavam por um breve instante; Discretas, as mãos se ergueram para massagear as têmporas, a respiração profunda indo e vindo enquanto a jovem trabalhava para tomar as rédeas do próprio consciente.

Então, veio a voz.

Por um instante singelo, o corpo simplesmente parou de funcionar - e o cérebro se deu ao trabalho de filtrar a voz que repentinamente sobrepôs a confusão agitada do festival próximo, acolhendo-a como longínquo conhecido nunca visto, mas há muito esperado. A respiração escapou num fôlego vagaroso, e os orbes acinzentados foram libertos de sua prisão de carne, vagando sem rumo pela relva esverdeada até enfim trombarem com o par de pés que repousava nervoso a poucos centímetros de si mesma; As pupilas não descansaram por ali, porém, escalando pelas pernas agitadas e galgando posição pelo corpo do moço que, àquela altura, mais parecia miragem.

Admito que foi de repente, num gesto quase brusco, que as pernas se moveram para que pudesse se levantar - e, embora hesitasse por pouco mais de dois segundos, o coração urgiu para que o corpo se atirasse contra o do rapaz, o peito se unindo ao seu em tentativa silenciosa de comunicação dos cardíacos. Os membros se descobriram trêmulos, os inferiores batalhando para sustentar o corpo atordoado com o mero impacto de sua presença; Tal como se fosse um ente querido que não se vê há muito, o rosto se afundou no peito do treinador, mergulhando de bom grado em seu cheiro e calor - e, oh, como havia sentido falta de ambas as coisas!

...Veja, admito que fosse inconsciente e que talvez fosse até dramático, mas não resistiu também às gotas salgadas que se acumularam sob as pálpebras e, com delicadeza muda, deslizaram pelo rosto, escorrendo em centímetros de pele alva antes de encontrarem fim no tecido das roupas de Drac - ah, quão drástico é lidar com tão profunda saudade, que se enraiza no peito e corrói a alma; Quão sofrível é a separação aparentemente infindável de dois projetos de amantes, quão temível é tê-la durante entrada em uma tempestuosa nuvem de puro caos e tormenta de mais variados níveis, que ousa até mesmo ligar o passado ao presente.

Entenda, então: O que mais seria válido pontuar? O que mais se faria necessário, além de um abraço apertado e saudoso que perdurasse segundos, longos segundos arrastados que pouco a pouco aqueciam seu coração, que pouco a pouco o convenciam de que não se tratava de apenas mais uma miragem de um titereiro sádico que observava à distância, apenas para que pudesse puxar os cordames de sua marionete e fazê-la desaparecer tão rápido quanto um estalar debochado de dedos?

Nada.
Nada, eu ouso responder.
E foi assim que foi.

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Apesar da situação, havia uma certa graça naquele momento. Digo, não que o nosso reencontro não fosse recheado de graça, mas eu quis dizer a graça cômica mesmo. Bem, só não me entenda mal! Havia graça no momento porque, apesar de dramático e até mesmo romântico, por alguns segundos eu me sentia em um filme de amor, daqueles cheios de closes, câmeras lentas e um som de fundo que arranca-lhe os sentimentos à força e te faz chorar, mesmo que a cena não lhe traga por si só as emoções. E bem, o engraçado disso tudo afinal é que a mente humana era realmente LOUCA! Não havia música de fundo para puxar nossos sentimentos à flor da pele, nem mesmo jogo de câmeras, mas eu ainda assim fantasiava tudo isso em minha cabeça. Produzia, dirigia e atuava no meu próprio filme da vida, sentindo a percepção do tempo afetada enquanto Natalie se aproximava de mim. Ela corria, mas para mim a aproximação durava mais do que realmente durava, se é que consigo expressar-me bem.

— E...Eu! — Tentei expressar uma frase, muito provavelmente sem sentido, mas fui interrompido por um aquecimento em todo meu corpo, tão veloz e repentino que arrepiou os pelos dos braços que ainda não estavam "agasalhados" pelo corpo de Naty. Arregalei os olhos pelo susto e ao olhar para baixo, via seus cabelos ruiva-acerejados agitarem-se em minha direção e sua cabeça tocando meu peito de uma maneira abrupta, mas ao mesmo tempo gentil e amorosa. Admito que fiquei sem reação por alguns segundos, mas logo que voltei ao meu corpo, tratei de abraçar a pequena jovem, trazendo-a carinhosamente para ainda mais próximo do meu corpo, se é que isso era possível. Fechei meus olhos, sentindo minha face aquecer-se nas maçãs do rosto e sorri, mesmo que ninguém estivesse vendo. Nesse instante notei algo a mais... Lágrimas escorriam dos olhos de Naty e eu as notava porque chegavam a molhar minha roupa. Meus dedos, ainda em suas costas, roçavam suas pontas para cima, até que tocaram em seu cachecol, o meu antigo cachecol, que presentara a garota em nosso último encontro, já há alguns bons meses de "distância temporal". Se eu pretendia dizer para que ela não chorasse, havia falhado miseravelmente, pois meus próprios olhos encheram-se de lágrimas, mesmo que não tenham escorrido de uma vez. Segurei-a pelos braços e nos afastamos um pouco, então toquei seu queixo e fiz com que olhasse gentilmente para meus olhos. Precisava vê-la a esta distância e senti-la e... aproximando-me lentamente, pretendia sim tocar meus lábios com os dela, se algo não acontecesse antes...

Inesperadamente, Meo-Mey - que até então aceitava calada logo atrás de mim todo o reencontro - saltou pelas minhas costas, depois sobre meu ombro e agarrou-se à cabeça de Natalie, com um grande abraço de boas-vindas, que momentaneamente interrompeu todo aquele clima de desfecho romântico de novela — MEY! O que é isso? Hahahaha! Cuidado, você vai acabar nos quebrando com esses saltos de repente! Desculpa Naty, mas ela tava com saudades também! — Comentei, rindo, mas tentando repreender a felina. Meus olhos marejados ficavam evidentes naquele instante e toda a fantasia de um close apenas em Natalie e mim, como se fosse nosso filme, desfez-se. Agora era notável que estávamos de fato numa multidão de pessoas e Pokémon passando para lá e para cá aos montes, com esbarrões, com cheio de comida espalhando-se pelo ar e uma música animada - não dramática - ganhando os ares, afinal era um PARQUE! E no Parque a palavra de ordem era DIVERSÃO! Nosso momento mais íntimo teria que esperar um pouco mais, para o desespero do Fandom.

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Calor.

Não tinha certeza se era capaz de recordar-se qual exatamente havia sido a última vez que a sensação térmica espalhara-se daquela maneira pelo corpo, pulsando por suas veias e acalentando-a em agradável e confortável impressão de lar. Quer dizer; Até poderia levar em consideração todo o encontro e tempo passado com Karinna mas, entenda, apesar de passearem pelo mesmo espectro de aconchego, os sentimentos que se estendiam a cada um dos dois se resumia à uma oposição tola - e como não? Uma era irmã e, o outro, amante; Não traziam entre si a desconexão do envolver do coração mas, bem, tinham lá suas boas diferenças.

Não acredito que seja necessário explicar o por quê.

Além disso, o toque especial de tudo aquilo, duh, eram os braços firmes do unoviano que lhe envolviam o corpo. A face ainda se ocultava nos tecidos escuros de suas roupas quando o brevíssimo pensamento a respeito de como seus membros superiores combinavam, agora, assaltou-lhe de repente. Até poderia parar para refletir se o rapaz acabaria por notar as cicatrizes espalhadas por eles - e por muitos outros lugares que, uh, talvez não estivessem lá visíveis no momento, enfim - mas, hah, tal linha de raciocínio dissipou-se como dente-de-leão ao vento quando a ruiva sentiu as pontas dos dígitos longos percorrendo a extensão do próprio corpo, galgando em toque delicado por suas costas, ombros, braços e, então, o rosto.

Mesmo por detrás da cortina embaçada criada pelas lágrimas acumuladas, o coração pulsou ao passo que os orbes acinzentados encontraram os embargados do rapaz; Com discrição, os dentes pressionaram-se sobre a parte interna do lábio inferior, um sorriso fraco ameaçando nos lábios diante da tentativa de escape que o oceano ousava pelas íris marinhas de Drac. Uma das próprias mãos abandonou o tecido de sua camisa, encontrando o início do antebraço em toque delicado e, então, as pontas dos dígitos subiram em carícia tímida por ele, até alcançarem a mão que domava-lhe o queixo - envolveu-a, com gentileza imbuída, e a guiou para se acomodar sobre a própria bochecha, a mão cobrindo a sua e as pontas dos dedos ameaçando um entrosar tímido.

Tantas, tantas palavras podiam ser ditas naquele momento.

Nenhuma era suficiente.
...Nenhuma era necessária.

Não achou que era possível mas, quando percebeu a aproximação gradual da fronte do moreno, as maçãs do rosto se aqueceram ao passo que o coração agitava-se dentro do peito, explodindo em calor que antecipava um contato há muito almejado; A respiração chegou a prender por um, dois segundos, e as pálpebras ameaçaram cerrar, o próprio corpo não hesitando em começar a se aproximar do seu mais uma vez - os lábios tremularam, sutis, o peito subindo e descendo e...

E, de repente, se viu atacada por uma gatuna maluca que simplesmente saltou em sua cabeça de uma vez.

— E-Ei! — Gaguejou, as pernas afastando-se uns dois passos de maneira instintiva - quando o raciocínio compreendeu o quê (ou melhor, quem) ocupava agora o espaço (?) acima de seus fios, a ruiva não evitou um riso trêmulo, meio fanho por conta do choro, as mãos se soltando das roupas - e mão - do unoviano para que pudesse tomar a felina entre si. Foi com carinho genuíno que acolheu a quadrúpede nos próprios braços, esfregando o rosto em sua cabeça em uma gesto delicado, carinhoso, as pálpebras se apertando com mansidão ao finalmente se dar conta da presença da pequena. — Também senti sua falta, Mey... — Disse, baixinho; Se a própria pokémon não tomou a iniciativa de se afastar ou reacomodar, a ruiva a manteve no colo, embora o olhar rapidamente se voltasse na direção do oceano aprisionado nos olhos do companheiro. — ...De vocês dois. — Sussurrou, apertando as pálpebras num gesto manso de graça. Uma das mãos se libertou para que pudesse se acomodar no rosto do mais alto, e o polegar afagou-lhe a pele num toque ameno.

A ruiva não quis evitar se aproximar; E, sustentando-se sobre a ponta dos pés, depositou um beijo demorado no canto dos lábios do criador, as pálpebras se cerrando pela duração do toque que, infelizmente, logo teve de se findar.

— Obrigada por vir. — Sussurrou, ainda próxima, ainda que com a consciência de que não era necessário agradecer. Os pés se acomodaram mais uma vez acima da relva, relaxados, e foi um pio sonolento que arrastou-a novamente para a realidade; A moça volveu a atenção na direção da mochila abandonada nas gramíneas e, ao se dar conta da preguiçosa ave alaranjada (que aparentemente tentava dar um cochilo), o sorriso despontou com naturalidade. — ...E essa é a Margaret. — Apresentou, enquanto retirava uma das esferas bicolores para que pudesse apontá-la na direção da alada. — ...Pode descansar, Mar. Obrigada. — Disse, retornando a alada sem enrolar. — Ela acabou me fazendo companhia enquanto você não chegava, mas ela também anda cuidando dos ovos, então... — Explicou, sem jeito, ajeitando com delicadeza uma das madeixas ruivas por detrás da orelha; Inclinou-se, suave, para que pudesse recuperar a mochila e a pendurar no ombro com a mão livre, respirando devagar e aproximando-se um pouco mais do rapaz, o rosto deitando com mansidão sobre seu braço. — ...Chegou agora? — Perguntou, baixinho. — Como foi de viagem?

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Eu jamais imaginaria que Mey iria surgir tão de repente num salto contra Natalie. Ela era ciumenta às vezes, um docinho de coco em outras ocasiões, mas demonstrar saudades para pessoas que não eram "eu", era realmente algo incomum para a felina, o que realmente arrancava uma risada de mim, daquelas espontâneas e sem filtros. Já Natalie, "ninava" a Meowth em seus braços, enquanto a própria Mey usava suas patas para brincar com o cachecol no pescoço da garota, a peça de roupa que ela conhecia muito bem no pescoço do próprio dono, por muito tempo. Enquanto isso, eu admirava a menina e acabava por notar mais do que apenas sua beleza, sua gentileza e o amor que transbordava do seu "ser". Ela tinha cicatrizes em várias partes do corpo visível e... Sabe-se lá quais outras cicatrizes não teria por outras partes do corpo... Não que Naty não tivesse cicatrizes há muito tempo, apesar daquelas serem mais "espirituais" do que físicas... Nesse sentido, a parte das dores físicas parecia ser mais a "minha praia", afinal desde que comecei a jornada, não ficava uma semana sem novas marcas pelo corpo.

Senti o toque macio e delicado da jovem ruiva pelo meu antebraço, pelo meu próprio rosto e fui alegremente surpreendido por um beijo no canto dos meus lábios, daqueles que queria que fosse eterno! Infelizmente, durou bem menos do que eu imaginava, mas estava certo que teríamos outros momentos para tal. Afastei-me lentamente, ainda com os olhos fechados e fui abrindo-os lentamente, sendo recebido pelo olhar da própria Natalie, que me fitava com tanto... Amor... Que agora me aquecia por dentro em cada parte do meu corpo e da minha alma... Nesses segundos de "troca de olhares" amáveis, Mey pulou de volta para meu corpo e foi isso que me trouxe de volta para a realidade, ouvindo enfim que a ruiva comentava sobre um Pokémon que mantinha consigo. Margareth era seu nome e era uma belíssima Fletchinder! — PÁSSARO! — Esbocei com uma risada a seguir, aproximando-me com cuidado da Pokémon para observá-la, até Naty trazê-la de volta para seu "canto", quando mantive-me ereto novamente, podendo finalmente reagir a garota.

— É uma Pokémon belíssima! E ela ajuda a chocar ovos, não é? È que nem eu e minha Slugma... Eu até to com uma Mochila especial que deixo a Poké Bola da Nany sobre as incubadoras e ela passa o calor para os ovos... No caso, apenas um. Eu não sei o que vai nascer, mas a casca é branquinha, sem estampas, então estou curioso para ver o que vai nascer! — Comentei com Natalie, citando meus próprios pertences, enquanto apontava a mochila e também aproveitando o momento para tocar em outro assunto importante, logo depois de responder os questionamentos da própria Natalie, é claro — Eu estou ótimo, melhor agora com você, né? E só tem a ficar melhor! A viagem foi longa, mas foi até agradável. Adoro Johto, então não me canso de vir para cá... Inclusive, tenho muitas coisas para te falar, mas vamos falar sobre isso ao longo do dia. Quero aproveitar muito do Parque com você! Você também tem que me contar sobre essas novas cicatrizes e sobre toda a sua aventura enquanto esteve longe de mim...  — Comentei, com um leve tom de sermão, mas sorrindo ao final e demonstrando que não tinha como ficar chateado com nada que envolvesse Natalie —Bem, ANTES DE TUDO, NATY! Você não sabe o que eu vi ali atrás... Eu JURO que vi um Sorveteiro e ele estava perto de umas tendas coloridas no caminho para cá. Vamos andar até lá para procurar ele? Enquanto isso me fale sobre sua aventura e eu vou contando sobre minhas novidades também... Que tal?  — Comentei com a garota, com uma explosão de ânimo ao lembrar do que havia avistado e que a ruiva sabia muito bem a importância para nós. A essa altura, Mey já estava de volta na minha cabeça, apoiada no meu ombro também, bastante relaxada. Restava saber o que Natalie achava disso tudo.

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Foi com uma graça serena que a moça observou o repentino êxtase esboçado por Drac ao, enfim, aperceber-se da presença de sua pequenina espécime alaranjada. Deixando escapar um riso suave, tranquilo, deu-se ao luxo de admirar o treinador observando a alada por mais alguns segundos antes de enfim retorná-la e, então, ajeitar as alças da mochila sobre ambos os ombros, considerando que a felina já havia retornado à companhia de seu verdadeiro mentor.

— Com certeza! — Respondeu, movimentando o pescoço de um lado para o outro, tentando despertar da inércia na qual o corpo havia se metido durante a não-tão-longa espera pelo companheiro. — Se quiser, eu posso tentar te arranjar um ovo depois, que tal? Afinal, acho que é bem justo que tenha uma "babá-ave", considerando seu histórico... — Brincou, o tipo de brincadeira que se sabe ter um fundo de verdade e, naquele caso em específico, bem mais que um simples fundo. Então, inclinou-se um pouco para o lado, observando a mochila mencionada pelo unoviano, as sobrancelhas se erguendo com suavidade em surpresa diante do aparato trazido pelo rapaz. — Whow, todo equipado, hein? — Sorriu - ah, havia sentido falta daquele jeitinho "preparado" de Drac, se é que podia dizer assim. — Eu tô com um bando de ovo pra chocar. Só hoje, trouxe quatro! — Comentou, ajeitando brevemente uma das madeixas ruivas por detrás da orelha. — Até pensei em trazer mais, mas aí eu acabaria ficando só com a Mar por aqui e eu não achei muito justo ficar andando com ela pra lá e pra cá e exaurir a bichinha, sabe? — Disse, deixando escapar um suspiro mansinho. — Acabei trazendo o Cryogonal pra respirar um pouco de ar. Faz um tempo que a gente não anda junto, e tudo o mais... — Admitiu, coçando o braço esquerdo, um pouco sem jeito. Infelizmente, juntar mais e mais pokémons trazia como consequência a obsolescência de outros, independente do quão se esforçasse para que não.

Os pensamentos não se perduraram muito nisso, porém - e começaram a se desviar com o comentário de Luch a respeito de como as coisas estavam melhores, agora, e tendiam a permanecer daquele jeito. Chase sentiu o rubor colorindo-lhe as bochechas, suave, e permitiu que um sorriso tímido escapasse em resposta. A menção das cicatrizes, porém, a pegou de surpresa; E os orbes acinzentados automaticamente escaparam na direção dos próprios braços, passeando pelos riscos espalhados na superfície da pele, a inércia dominando-lhe a língua por alguns segundos, impedindo-a de falar - as palavras do rapaz, porém, atiçaram outra lembrança em sua cabeça, restando-lhe o ato de engolir saliva, inquieta, quando uma certa organização estampou-se em sua cabeça, testemunha e algoz não só de seus erros, como também da existência de Karinna.

...

Não sabia se teria coragem de comentar a respeito, se tivesse de ser sincera.

— ...Bem... — Disse, então, se aproximando um pouco do unoviano, pela esquerda. A mão de mesmo lado encontrou seu braço, e as pontas dos dígitos desceram devagar, num toque manso, escorregando pelo antebraço, pelo dorso da mão e pelos dedos do moreno, entrosando-se com gentileza - então, ergueu-a, e o corpo se uniu com o do companheiro antes que guiasse seu braço sobre os próprios ombros, acomodando-se contra o criador sem hesitar um único segundo, mas sem pressa alguma para o momento. — ...Acho que temos tempo o suficiente pra isso, né? — Sorriu, dando um cheirinho carinhoso no maxilar do rapaz, sustentando-se por um breve instante na ponta dos pés. Então, considerou até sugerir começar (ou simplesmente fazê-lo) a andarem para descobrir que tipo de coisas existiam nas entranhas daquele lugar mas, oh, as palavras de Valassa sequestaram-lhe os pensamentos e os tomaram de refém.

— ...Espera!!! Eu estou alucinando, ou você disse SORVETEIRO? — Exclamou, aumentando o tom de voz e forçando uma expressão de choque, em uma brincadeira boba que simplesmente não poderia ser esquecida. — Nãao, duvido! Não pode ser! — Disse, balançando a cabeça em negação, cética. — Até parece que você ia ter essa sorte toda, assim que chegasse aqui! Como que pode, hein? Sei não, tem certeza que não era, sei lá, uma barraca de algodão-doce ou algo assim? — Disse, as sobrancelhas se franzindo com discrição enquanto os passos começavam a se encaminhar na direção das tendas, os dedos entrelaçados com os seus incentivando-o a que viesse junto. — Nossa, e deixa eu te falar! — Acrescentou, de repente, piscando algumas vezes antes que o olhar volvesse na direção do rapaz, a atenção focando-se em sua expressão enquanto caminhava com tranquilidade. — Lembra que eu comentei contigo, lá em Sootopolis, que era mais fácil achar um lendário do que o sorveteiro? — Perguntou, retórica, deitando a cabeça contra seu tronco. — Então, e se eu te falar que topei com dois deles? — Riu, achando graça da própria catástrofe. Bem, era mais simples não surtar com a situação, considerando que não tinha mais de encarar os olhos furiosos dos animais e podia se acomodar nos braços de seu - por que não? - ... ...amante? — ...Ou melhor, três... — Suspirou, aconchegando-se um pouco mais no corpo do moreno, como há muito já desejava fazer. — Mas, você começa, vai! O que andou fazendo esses tempos? Chegou a ir ver o lance de aprendiz, que tinha comentado?

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Depois de um emocionante reencontro, rapidamente retornamos ao nosso "padrão de qualidade" da relação. Estávamos conversando sobre assuntos do dia-a-dia como se tivéssemos nos visto há não mais do que dias e não meses, como a realidade... Natalie me falou sobre fazer um Egg de Margareth e certamente isso iluminou meus olhos e me fez abrir um sorriso bastante espontâneo — Seria um prazer! Estou com uma coleção maravilhosa de Voadores! Consegui um Zubat e um Hawlucha e... e... um Togekiss! Incrível, né? Hahaha! — Comentei com Naty, empolgadíssimo. Ela então me falou sobre os muitos ovos que havia trazido para chocar e não resisti a dar uma espiadinha neles. Mas enfim... A ruiva também me explicou que trouxe Cryogonal, um Pokémon de Unova que vi em sua posse há muito tempo atrás, mas que era incrível, então fiquei ainda mais animado com a ideia.

— Bem, então acho que vamos ter mais uma sessão de bebês, como da vez que o Strange, Lenora e Athena nasceram, né? Bons tempos... Bons tempos... Lenora já é uma das minhas mais fortes companheiras, só atrás da Mey e do Buddy, eu acho... — Comentei despretensiosamente, lembrando do passado. Em seguida, comentei sobre as cicatrizes da jovem e acabei notando que o clima ficou um tanto... Pesado. Talvez não fosse o melhor momento para ela lembrar dessas coisas... Fiquei um pouco ansioso com a situação e felizmente o papo da Sorveteiro tirou a tensão do momento, para o qual Naty também demonstrou empolgação em encontrá-lo, insinuando que eu poderia estar apenas "achando" que o vi — Aaaah, mas eu tenho certeza absoluta! Casquinha, aquele creme colorido e em espiral em cima, até uma "fumacinha" de gelo saia voando do sorvete. É sorvete sim! E a gente vai pra lá AGORA Naty! AGORA! — Comentei com a garota, segurando-a pela mão e já caminhando na direção que havia visto, onde tinham algumas tendas coloridas, ainda desconhecidas para mim.

Enquanto caminhávamos, Naty foi comentando sobre alguns detalhes da sua aventura, ao mesmo tempo que me lembrava da última busca por um sorveteiro. Aparentemente ela havia encontrado não um, MAS TRÊS Lendários — Não... Não brinca... TRÊS? Zapdos e mais quais? — Questionei, arregalando os olhos — Não esquece isso aí pra me contar depois, hein? Mas sobre mim, eu não vou mais ser aprendiz de Líder de Ginásio. Estou pensando agora em ser Pesquisador Pokémon... Eu devo me mudar de vez para Johto, então estou a fim de conversar com o Elm ou o Oak sobre um estágio ou algo parecido, sabe? Acho que vou aprender mais com eles do que só batalhando. Nem ligo para batalhas na verdade... — Comentei com Natalie, chegando ao lugar que achava ter visto o Sorveteiro, mas infelizmente não encontrando-o... Olhei para os lados, mas tinha gente demais e mesmo sendo alto não conseguia ver a barraquinha — Não acredito... Acho que os Pokémon Lendários estão menos raros do que o Lendário Sorveteiro... — Comentei, decepcionado, escorando-me em uma das tendas que ficavam lá perto. Existiam seis e eu de fato não sabia do que se tratava, mas havia uma fila para entrar naquela seção, uma bem grande! Era provável que fosse um lugar bastante procurado — Desculpe Naty, mais uma vez perdi ele... O que você gostaria de fazer agora? Tem muita coisa pra ver no Parque, né?

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Dois jovens, dois corações


L


Olá, pessoas desconhecidas. Serei seu narrador nessa rota onde está destinado muito desespero hehehe


Meo-Mey pode ser ciumenta ás vezes com o seu treinador é claro, talvez fosse esse o motivo de ela ter saltado nos pombinhos em seu momento particular. Ora, se ela soubesse no que esse romance estava destinado a se tornar, provavelmente não saberia como reagir, mas os dois treinadores não pareciam se importar muito com isso, o pokémon já fazia parte da "família", principalmente para Luch que estava com ela desde que deixou Unova. O reencontro num parque não poderia ser melhor a não ser durante a noite, quem não ficaria animado em curtir um romance sob a luz das estrelas? Além de que certas atrações ficariam mais interessantes aos participantes com suas luzes acesas.

A conversa fora trocada onde diziam sobre seu futuro individual e de suas experiências enquanto estiveram separados... Nem todas, a experiência de quase morte de Natalie havia sido omitida até o presente momento do diálogo, falando sobre os três lendários que a ruiva encontrara em sua jornada, porém um deles não entendia que estava sendo mencionado, sim o lendário que um dia foi bronzeado. Qual seria o primeiro passo do casalzinho naquele local de alegria? Exatamente. Luch avistou um sorveteiro logo após a sua chegada, mas ele deveria saber que em um evento como aquele não deveria haver apenas um, mas muitos vendendo a sobremesa gelada nos cantos do National Park. Era a noite de sorte e finalmente poderiam fazer aquilo que ficou pendente da última vez.

Enquanto Natalie fazia a brincadeira sobre o sorvete, puderam observar algumas pessoas passando e tomando os seus próximos a eles, eram tantos sabores e tipos visíveis que já sabiam que seria difícil escolher. Mas antes que pudessem de fato decidir, ouviram um anúncio sendo dado através dos meios de comunicação instalados por toda a área festiva.

Atenção a todos os visitantes. Não se esqueçam que iremos virar a noite na festividade, então não tenham medo de correr para visitar todas as atrações, ainda temos bastante tempo de sobra. Há placas para indicar os lugares de interesse. Nossa equipe de segurança pede para manterem o local sem confusão e intrigas, vamos todos aproveitar nosso evento. Boa noite a todos.

Realmente, puderam notar placas, um indicava que o local onde estavam localizavam-se as barracas de captura, um evento rápido no qual teriam a chance de levar mais um amigo para casa. em uma estrada que levava para vários caminhos, havia outras placas indicando atrações conhecidas como uma simulação de um parque arqueológico e um brinquedo para testar a força de seu pokémon. Não só elas, mas algo nomeado de "Speedrunner" era indicado pelo itinerário que os levaria ao centro do parque. As pessoas comentavam sobre isso e também sobre algumas empresas conhecidas que enviaram representantes.

Mas o mais importante agora era: Para que lado fica o sorveteiro? Luch provavelmente lembraria, mas a placa que indicava a praça de alimentação também era um indicativo de que poderiam achar mais pontos de venda de sorvete, bem isso era com eles agora.

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.


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abra :

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off :


— Um Togekiss! — Exclamou, as sobrancelhas se erguendo com discrição em uma surpresa genuína. Quase chegou a perguntar há quantos séculos não se viam mas, hah, as palavras se entalaram na garganta quando se deu conta mais uma vez de que, sim, tinham passado muito tempo separados. Recordar desse pequenino fator fê-la encolher-se um pouco mais contra o corpo do moreno, em busca do aconchego que tanto sentia falta. — Esses tempos, o Tyr acabou me fazendo um ovo de Togepi, também! — Compartilhou, um sorrisinho manso se pintando nos lábios. — Inclusive, eu trouxe ele, hoje. Quem sabe se o seu não pode ensinar algumas coisas pro filhote, quando ele nascer? — Divagou, as lembranças volvendo quase que instantaneamente para a imagem de seu Roserade e Buddy; E, coincidência ou não, foi exatamente este último o citado por Drac em poucos segundos após, tragando mais uma vez sua atenção para a conversa despretensiosa que compartilhavam.

— Ah... Sim, parece que vamos! — Disse, um riso manso e sereno escapando diante de seu comentário. — Falando neles, como vão o Stranger e o Buddy? — Perguntou. Bem, não era como se não se importasse com os outros, mas não era surpresa que tinha mais afinidade, de certa forma, com aqueles dois; Ora, o balãozinho a tinha praticamente "adotado" e o pokémon-buquê, bem... Era um projeto de... ... ...Genro? Uh, algo nesse estilo, de certa forma. Uuughhh! — Gemeu diante da descrição do unoviano a respeito do tal sorvete que havia visto, com uma pontada de frustração. — Não fala isso, Luch! Se tiver visto errado, agora eu vou ficar morrendo de vontade! — Choramingou, empurrando o peito do rapaz com a mão livre, sem força alguma.

Bem, fosse verdade ou não, não fazia diferença; E digo isso pois logo foi arrastada (ou talvez não tanto assim) pelo rapaz para sabe-se lá onde e, sinceramente, não fez questão de discutir ou descobrir. Deixou-se levar, tal como faria dentro do vai-e-vem da maré, os orbes acinzentados passeando pelo caminho que se abria à frente a cada passo que ousava, guiada unicamente pela confiança de Valassa a respeito da existência de uma barraquinha (algo do tipo?) de sorvete.

— Até parece que dá pra esquecer. — Riu, sem jeito, diante do espanto do criador quando mencionou os lendários anteriormente encontrados. — Você vai achar que eu surtei de vez, tenho certeza. — Suspirou, balançando a cabeça com um certo "quê" de nervosismo. — Ah! — Deixou escapar, adiando um pouco o assunto de suas desventuras não só no deserto, como no próprio além-túmulo. — Uma pena pra líder, que perdeu um ótimo aprendiz... — Gracejou, franzindo com suavidade a ponte do nariz, espiando o companheiro pelo canto dos olhos. — ...Então, você pretende vir pra cá, mesmo? De vez? — Perguntou, um brilho cintilando animado no olhar diante da hipótese levantada pelo rapaz - ora, isso não significaria que poderia, enfim, passar um tempo em sua terra natal? Há quantos séculos não tinha como se dar esse luxo, céus! — ...A gente podia vir junto. Quer dizer, eu tenho uma e outra coisa pendente em Hoenn, mas não deve demorar tanto pra resolver, eu acho... — Comentou, devagar, questionando-se quão complicado poderia ser conseguir falar com o Stone para que revelasse o que se escondia por trás das pedrinhas que carregava.

...Tentou ignorar o fato de que parte dessas "coisas" eram os trabalhos que deveria fazer à organização que titereava Karinna.



— Corta essa... — A moça choramingou, então, quando o unoviano mencionou que teria perdido o tal do sorveteiro. — Sabia que você não tinha visto nada! Só falou pra me lurar pra cá pro meio, né? Admite! — Disse, cutucando a costela do mais alto. — Você é um bobão, Luch! — ...e… Antes que pudesse pensar sobre o que deveriam fazer, então, teve a atenção chamada pela voz monótona que escapava de… Autofalantes, percebeu, ao olhar em volta só para ter certeza de que não tinha surtado. — ...Oooh, salvo pelo gongo… — Comentou, os dedos se soltando dos do rapaz por um instante. — Parece que vamos ficar a madrugada toda aqui procurando pelo sorveteiro, hein? Vou ter que adiar seu castigo por me enrolar. — Brincou, as pupilas vagando pelo ambiente até encontrar uma placa que indicava estarem em uma atração de "Tenda das Capturas". E, bem, como todo bom treinador… Não podia deixar de se interessar, né? — Olha, Lú! — Indicou, apontando na direção da tal placa. — A gente pode aproveitar que já tá por aqui e ir logo nessa fila, que que você acha? — Perguntou, já começando a procurar onde era o final da mencionada. — Talvez ainda tenham algumas coisas interessantes pra encontrar, apesar de toda essa gente. Vamos? — Sugeriu. A atração parecia um bom começo… Era onde Sakazaki encontrara o estranho diabrete azul, então sabe-se lá o que poderia esperar por ela, né?

Teria de descobrir.

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