[S01:E02b] "Flopped Quimbumba"

National Park, Região de Johto;

Levantou uma das sobrancelhas, aliviado da tensão anterior, no entanto, um pouco em choque mesmo que fora de perigo. O que raios aquele homem estava falando? Inclinou levemente a cabeça para o lado como um animal curioso, em meio a sua tranquilidade costumeira. Nem necessitava dar recomendações como de costume ao pequeno Ignace, que deu uns passos para trás depois de ficar parado sem entender nada. Não ligava para a população ao lado e suas reações.

Apenas soltou uma leve risadinha irônica e bateu palmas lentamente.

— Isso foi realmente... imprevisível, e saúdo isso. — Parou de bater palmas enquanto Ignace vinha ao seu lado, ainda sem entender muito o que havia ocorrido. — Realmente suas habilidades como mentalista me deixaram impressionado...  quem sou eu para discordar, certo? — Gesticulava, um tanto teatral, eloquente. — Que seja, camarada. — Deu os ombros, despreocupado e se virou, mas como estava planejando em sua mente, aquilo era só uma saída teatral, já que pareceu se virar logo em seguida. — No entanto, as regras não diziam que certo dano causado ao seu amiguinho com grandes e brilhantes olhos nesse tempo dado seria premiado? — Apontou, tranquilo, para o Sableye, e sorriu calmamente com o canto dos lábios, mesmo segurando o doce entre eles. — Acho que devido as circunstâncias da última rodada de batalha que culminou no chilique... você simplesmente ordenou algo que machucou seu camaradinha aí.

Coçou o cabelo, lançando ali seu blefe para não sair de mãos abanando daquela perda de tempo e saliva. Não custava nada, não é? Talvez no máximo sair correndo, mas nada de novo. Já era experiente nisso, Ignace também, o pequeno Cyndaquil mais esquivava do que atacava em todos os anos anteriores desde que se conheceram.

— Que seja, batata doce, com prêmio ou sem prêmio. — Iria esperar um tempinho antes de partir daquele fiasco.

Após o tempo, acenou com a cabeça para o Cyndaquil e saiu dali praticamente assobiando com as mãos nos bolsos do casaco. Meh, murmurou, desanimado, mas tentando não transparecer para Ignace, para quem sorriu tranquilo logo em seguida, ficando pensativo em sua caminhada de volta para Goldenrod. Com certeza haveria outras coisas divertidas para se fazer, no entanto... não havia o famigerado patrocínio para o tal, de grandes corporações. Nem queria. Burguês tem é que se ferrar, lembrava do engomadinho chiliquento em Sootopolis comemorando sua vida com cartão corporativo e chances, tudo à base do patrão cagar com tudo, biomas inteiros. Canalhas, pensou.

— Ei Ignace, pelo menos você se divertiu um pouco desde que chegamos, né? — Falava tranquilamente para o Cyndaquil. — Então melhor voltarmos sem desvios. Precisamos conhecer nosso novo amigo e talvez tirar aquele cochilo. Nunca se sabe se algo novo vai acontecer? Ou se teremos que dar oi para o velho Urbina. — Bocejou levemente, coçando a cabeça em seguida. Não havia prometido dar uma ajuda com estoques para a filha do velho? Mas que gasto de energia... fazer o quê? Temos que ajudar quem nos ajuda, não é, Connor?

Suspirou, e dali partiram.


CONNOR veste uma simples camisa social branca com riscas negras, nada extraordinário, um casaco cinzento folgado, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.

National Park, Região de Johto;

Caminhou, caminhou. Mas parecia que essa coisa não tinha fim. Desse jeito chegaria tarde demais em "casa". Coçou o cabelo encarando o céu calmo, um tanto despreocupado, importava tanto assim? Barulho, barulho. Felicidade, olhou com o canto dos olhos para os lados. Começava até a ficar um tanto frio... pegou novamente a caixa de Pocky de Chocolate calmamente, com o mesmo movimento de que um fumante pegaria um cigarro no maço. Levantou as sobrancelhas, já precisaria pegar outra caixinha na bolsa? Fez uma leve careta, pegando o doce e colocando entre os dentes.

Voltou o olhar para Ignace, aparentemente sem nenhum problema com a falta de calor. Deveria estar mais aquecido que ele. Uma expressão tranquila e até alegre surgiu em sua face com o olhar do bicho o encarando. Poderia voltar, não é? Cruzou os braços, se aquecendo um pouco, pelo menos tentando. Olhou para a barraca com a atenção necessária dos materiais que havia achado... hm, doaria materiais em troca de algo completo, só isso? Pelo menos não precisaria dum cartão corporativo, veja só. Havia consigo outras duas bonecas, quais guardou, assim como outros prêmios que provavelmente teria a oportunidade de ver como teriam serventia para ele.

Aproximando-se da tal barraca roxa, sentiu a velha máquina a qual usava para comunicar-se, um típico e velho aparelho celular sem muitas funções práticas para um aventureiro, havia vibrado.

"Não acredito que você se perdeu tão facilmente, do jeito que estará hoje se não voltar, vai ter que gastar com medicamento, só avisando." — Minerva Urbina havia realmente clicado no nome dele na lista, que fofo. Colocou os materiais que havia obtido sobre a banca da barraca. Para um desajustado, ele até havia guardado eles de forma segura, sem danos. Havia coordenadas de volta ao pub em Goldenrod. O senso de direção dele não era ruim assim... ela estava duvidando dele? Levantou uma das sobrancelhas olhando aquilo e rapidamente digitou; "Não se preocupe. Estou vivo."

Com aquilo, com o aparelho em uma das mãos, encarou a pessoa por trás do balcão.

— Olá, tenho essas coisas que usam pra fazer esse bonecos. — Apontou tranquilamente para as coisas ali, antes de olhar para Ignace que o encarou e então prestou atenção na cena.

Tinha que ver como abordar o tal "Fennekin", estava demorando demais, pensava. Enquanto isso mexia no celular aparentemente não prestando atenção no atendente, mas ele estava. Só estava multitarefa... olhando para a tela dum aplicativo que seus amigos haviam lhe falado que funcionava para quem estava em jornada. Muitos procuravam um bom treinador ou coordenador verificado para não viajarem sozinhos na estrada por uma rota ou outra, nunca se sabe quando o perigo espreita, não é?

Quem dera fosse verdade, os mais desavisados ainda caíam ou até encontravam um par desavisado também para viajar junto, mas muitos usavam aquilo como segundas intenções para um encontro para curtir a liberdade. Hm, nada de novo nisso. Hoje procurava uma garota com um discurso firme no texto, seja lá o que isso é na cabeça de Connor, belos olhos, aparente coragem de aparecer nessa porcaria de aplicativo, falta de amor por canalhas dos conglomerados e claro, uma aparência ao modo tomboy, para completar. Espírito forte, livre e isso junto, ria consigo mesmo, ah, o tipo perfeito para irritar com frases sem sentido mas respeitosas, afinal, não era um troglodita, claro! Ignace encarava isso com certa curiosidade na expressão do treinador, e logo soltou um grunhido levemente com bronca, "presta atenção na barraca, raios".

Connor suspirou, porque não havia possibilidades de encontros, até então, para depois do festival. Seria tão perfeito aproveitar da hospitalidade de Minerva e descolar alguns drinks e tira-gostos por conta da casa. É, nada eram flores, ele também podia ser um traste às vezes. Enfim, guardou o celular e prestou atenção.


CONNOR veste uma simples camisa social branca com riscas negras, nada extraordinário, um casaco cinzento folgado, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.

National Park, Região de Johto;

Inclinou a cabeça para o lado, garoto do Fennekin? Notícia se espalhava rápido. Roeu mais um pouco do doce em sua boca, pensando no que raios pegaria ali. O Cyndaquil também não sabia o que fazer, também, nem poderia perguntar o que poderia levar. Que vida, coçou o cabelo, um tanto preguiçoso.

— É, sou eu, Connor. — Confirmou com a cabeça num tom tranquilo, depois sorriu tranquilamente com o canto dos lábios. Encarou ela, fingindo não analisar, bem nova para soltar alguma piadinha sem compromisso, jogar o verde para um encontro com essa deixa de esperar visita. — Não é sempre que as pessoas ficam esperando o agiota bater a porta, jovem. Não que eu seja um agiota, mas vim com a intenção de pegar algo e vim com meu fiel capanga. — Apontou no meio daquela brincadeira despreocupada para o Cyndaquil que deu um pulo e grunhiu em desaprovação. — Ignace, seu senso de humor é peculiar. — Achou graça da reação, e então voltou a atenção a garota.

— Hm, você e sua irmã. Vejo que são uma dupla e tanto nisso então... — Dizia, até ser surpreendido por um bicho esquisito, um palhaço. Não no tom pejorativo, pois era mesmo um palhaço. Caramba, o que esse cara tomou para ficar desse jeito? Parecia alguma planta das boas. Claro que Ignace deu outra saltitada, assustado e desconfiado. Connor por sua vez, só levantou uma das sobrancelhas, mantendo a frieza. Aquilo foi um tanto imprevisível. Esse evento de certo tinha algumas figuras...

Socar um Diglett? Isso parecia um tanto... errado. Se levar ao sentido real da palavra. Você colocaria seus punhos para descer o cacete num Pokémon? Num que brota da terra? Não era hipócrita que poderia apelar à uma rinha em face ao perigo ou esporte naquela jornada. Mas socar Digletts gratuitamente? Parecia insano, riu por dentro.

Mas se a menina das bonecas manjava quem era o bicho aí que apareceu com um martelão na mão. Qualquer coisa, correr é uma solução. Correr, sempre. Por mais que seja um gasto de energia... salva para poupar energia da próxima vez.

— Um tanto impossível negar uma chamada dessas... — Brincou com um sorriso tranquilo de canto dos lábios, para tanto o palhaço, para a garota e para o Cyndaquil. Pegou uma Pokébola e a usou. O Fennekin saiu, um tanto confuso, até mais que a naturalidade confusa de Ignace, pois o bicho ali tinha motivo para estar confuso. — Olá, camaradinha. — Agachou, cumprimentando tranquilamente, com um leve aceno ao Fennekin, que deu um passo para trás, desconfiado. — Perdão pelo vacilo de antes. Mas meu amigo ali... — Apontou para Ignace, que virou a atenção para a cena. — Tá perdido, então posso te pedir um favorzinho? — Sorriu gentil, algo raro de se ver as vezes. Sincero. Se levantou e apontou para a pelúcias. — Saberia me indicar qual boneco levar para nós?

Ignace deu mais um salto, surpreso, não por ciumes, sim porque Connor era esquisito mesmo e mesmo com alguns anos de convivência ainda deixava o Cyndaquil perplexo. O Fennekin inclinou levemente a cabeça em silêncio, encarando tudo à sua volta e depois para a direção acima, apontado pelo treinador. O novo membro da equipe, meio que de forma forçada, suspirou da forma dele, dando um passo a frente e encarou Connor como se não pudesse fazer nada com a situação atual.

Inesperadamente, o rapaz pegou o Fennekin cautelosamente, e de forma confortável.

— Melhor agora? — O bicho esta meio que tremendo de estranheza e Ignace tremendo de nervosismo que aquilo iria dar problema, pois sentia que o Fennekin parecia mais avançado que ele para o natural combate. Hm! — Grunhiu o bichinho novato e encarou fixo uma das bonecas. — Essa é melhor? — O bicho o encarou com o canto dos olhos e depois voltou o olhar para outra direção. — Agradeço a ajuda. — Sorriu calmamente com o canto dos lábios, tranquilo como era.

Colocou a tal novo amigo vulpino-vulpuroso ao lado de Ignace, que o encarou, mas sentiu levemente a pressão do momento. Era até engraçado de se ver, coitado.

— Tá decidido, aquela ali, de aparência fofinha. — Apontou para a Boneca da Alice. — Parece que o Fortune gosta das daminhas loiras. — Brincou, fazendo com que Ignace tremesse olhando a reação do Fennekin, ou a Fennekin, mal sabiam se era macho ou fêmea. Também nem importava tanto para Connor. O Fennekin encarou aquilo, perplexo, mas nada fez. Connor o chamou de Fortune na cara dura. Ignace estava com medo do treinador sair chamuscado dali. Mas parecia que para um Pokémon de Fogo, o Fennekin era mais calmo que o Cyndaquil. — Ué, Fortune nunca decidiu nada conosco, Ignace. Temos que dar uma chance, um começo. — Piscou para o Cyndaquil.

— Pluplu, vocês tem bonecos legais, algum contato se eu precisar de algum serviço? — Céus, ele já estava dando apelidos para memorização de cara-crachá. Sorriu, teatralmente inocente, antes de talvez receber a boneca, guardar e prosseguir para o desafio do palhaço louco com Ignace e Fortune. Se a irmã de Plushie fosse bem mais velha, adoraria negociar. Adorava as artistas. Idiota demais as vezes que parecia que até era um personagem do mesmo. Esse era Connor.



CONNOR veste uma simples camisa social branca com riscas negras, nada extraordinário, um casaco cinzento folgado, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.

National Park, Região de Johto;

Pegou a boneca e mostrou aos Pokémon com um sorriso de canto de lábios meio bobão. Ignace parecia satisfeito, feliz. Fortune era difícil de ler ainda. Precisava de tempo, ainda era complicado para ele esse conceito de capturas, meio esquisito. Mas preferia não comentar sobre.

— Conheço Ecruteak, nasci e morei lá por um tempo. Qualquer hora vou lá ver as obras de arte que produzirem. — Piscou para Plushie. — Preciso mandar uma lembrancinha da minha passagem por Johto para babãe, acho que ela adoraria uma dessas no esquema de cor certo para combinar com a estante dela.

Arqueologia? Hm, era algo que tinha certa facilidade, tinha estudado um pouco sobre na escola de Sootopolis até ano passado. Não o suficiente para se considerar um perito recorrente, precisava de mais tempo, apetrechos e um lugar ótimo para tal onde já tenha uma equipe. Era um tanto entediante, trabalhoso, mas divertido. No mundo ela caminhava lado à lado com a Paleologia Pokémon, assim como com genética, para reviver os seres do passado, revitalizar espécies. Poderia realmente encontrar um fóssil e mandar informações para sua antiga professora ou para seus amigos, pois não sabia onde raios poderiam estudar tais coisas em Johto, por mais que seja o continente onde ele nasceu e tinha certa afinidade.


— Está falando com um profissional da área arqueológica, minha jovem, anos de estudo. — Estava exagerando, na postura teatral com uma leve reverência. Anos de estudos básicos mais em biblioteca do que em campo, diluído por áreas gerais, já que era um centro educacional comum também, para adolescentes. Nessa lógica poderia ser considerado ator, músico, literato ou até botanista. Conhecimento base de convivência com ambientes dessas funções citadas.

Saiu praticamente sendo puxado pelo palhaço esquisito para uma barraca velha e vazia. Mas como dizia, haviam Digletts... mecânicos. Fortune apertou os olhinhos encarando aquilo com desconfiança, mas em silêncio, enquanto Ignace se aproximou de Connor e encarou aquilo tudo, e por fim, o treinador soltando um leve grunhido preocupado.

— Tá... né? —Olhou a marreta, era para ele fazer isso, certo? Milagre, suspirou. Fortune soltou um grunhido desanimado, mas observando a cena qual Ignace também fitava com os olhos, por mais que possamos dizer que é raro ver o que um Cyndaquil olha, não é?

Connor calmamente focou-se naquilo, um olho nisso, um olho no ambiente em sua volta, e começou o jogo como deveria ser feito, ele mesmo dessa vez.



CONNOR veste uma simples camisa social branca com riscas negras, nada extraordinário, um casaco cinzento folgado, calça jeans cinzenta escura e um tênis-bota escuro e discreto. Possui pulseiras de artesanato e alguns anéis de metal quase negro. Seu fone de ouvido com abafador, não muito grande, de cor preta com detalhes em verde neon repousa em volta do pescoço. Carrega consigo uma bolsa de alça um pouco longa de couro sintético escura.