Há! Aquilo era como tirar doce de criança! Minha experiência com nós de escalada foi bem a calhar naquele momento, consegui soltar a corda rapidamente e retirar o aparelho dali. Agora tudo que restava era voltar para o seco, me enxugar, me aquecer e continuar a missão. Esta, inclusive, me parecia já estar no final…
Sabe aqueles momentos em que tudo ao seu redor fica em câmera lenta? As imagens, os sons, suas próprias reações. Tudo para numa elipse lenta e torturante, onde diante de meus olhos vi uma grande estalactite se desprender do teto e ir bem na minha direção. Era morte certa, se me atingisse. Por sorte consegui me desviar, mas a força do impacto era tamanha que formou-se um ponto de pressão tão grande que fui puxado para baixo, para o sentido da fraca correnteza, que agora estava bem forte e com alta pressão. Já viram como funciona o efeito sifão das descargas de vasos sanitários? Algo parecido… e sim, a expressão “estar na merda” não poderia se encaixar tão ironicamente bem no contexto.
Senti um baque forte na parte de trás do capacete, forte o bastante pra fazer tudo girar. E aos poucos as luzes foram sumindo. Não ouvia mais as vezes desesperadas gritando por mim, só o som de bolhas e água corrente me levando para… sabe-se lá onde!
Não faço ideia de quanto tempo se passou, nem se estava no mesmo dia. Só sabia que estava vivo quando, abruptamente, ergui meu tronco e comecei a tossir quantidades consideráveis de água. De bruços, encarando o solo ainda rochoso, ouvi uma respiração pesada. Quente. Precisei de toda a concentração possível para abrir os olhos e constatar o que estava bem diante de mim. Não era preciso uma PokéDex para reconhecer aquele Pokémon. Salamence. O dragão dormia, roncava. E eu estava completamente perdido. Tentei olhar em volta, próximo de mim apenas o aparelho de detecção e o capacete. Esperava que ao menos a lanterna estivesse funcionando, senão… seria ainda muito pior!
Sabe aqueles momentos em que tudo ao seu redor fica em câmera lenta? As imagens, os sons, suas próprias reações. Tudo para numa elipse lenta e torturante, onde diante de meus olhos vi uma grande estalactite se desprender do teto e ir bem na minha direção. Era morte certa, se me atingisse. Por sorte consegui me desviar, mas a força do impacto era tamanha que formou-se um ponto de pressão tão grande que fui puxado para baixo, para o sentido da fraca correnteza, que agora estava bem forte e com alta pressão. Já viram como funciona o efeito sifão das descargas de vasos sanitários? Algo parecido… e sim, a expressão “estar na merda” não poderia se encaixar tão ironicamente bem no contexto.
Senti um baque forte na parte de trás do capacete, forte o bastante pra fazer tudo girar. E aos poucos as luzes foram sumindo. Não ouvia mais as vezes desesperadas gritando por mim, só o som de bolhas e água corrente me levando para… sabe-se lá onde!
POV - Pokémon :
Tudo aconteceu muito rápido. Em questão de segundos, Kinney viu aquela grande massa rochosa indo na direção de seu mestre, seu amigo… melhor amigo! Não havia tempo para reagir ou fazer qualquer coisa. Galvanis fora arrastado pela correnteza e engolido pela rocha. Os joelhos da felina fraquejaram, cedendo ao chão. - NÃÃÃO! - um grito agudo de uma desesperada Pokémon floral rompeu, ao mesmo tempo que Lucy se jogava à margem do pequeno poço. - Mestre! Mestreee! - gritava a pequena, desesperada. Um outro rompante, sonoro e luminoso, seguiu, soltando estática e eletricidade por todo o lugar. - MAS QUE PORRA! - dessa vez era Logan que gritava, enfurecido, triste, desesperado. Elune encarava o veterano canino, incrédula. - O… o que… que… - aos poucos, ia dando passos para trás, até que sentiu um corpo atrás de si. Leona estava encolhida, abraçando suas pernas. - Não é possível. Não é… fui fraca... de novo… - uma aura obscura começava a se formar ao entorno da pequena bailarina. Elune sentia o vazio de sua amiga, e chorou, soltando o mais doloroso dos uivos. A dor era forte em todos, mas Kinney estava petrificada. - Eu falhei… falhei com ele? - balbuciava, com os olhos fitando o nada. A única coisa que a fez voltar para a realidade foi o abraço de Lucy, também chorando muito, o que fez uma lágrima solitária escorrer pelo rosto da noturna.
Aquele seria um momento de muita dor, se não fosse um terceiro rompante. Dessa vez, um mais intenso, mais determinado. Diante de todos ali, Cassidy reuniu todas as forças presentes dentro de si. Uma aura azulada envolveu todo o seu corpo, os olhos arregalados, brilhando em rubro. - OHM! - gritou o lutador, se fazendo ecoar por toda a caverna, expandindo sua aura por todas as partes! Depois, ele caiu, exausto, ao chão. - Cass! Cass! - Kinney correu para perto dele, segurando a cabeça do companheiro com as garras. Seus amigos a seguiram, ficando em volta de Cassidy. Aos poucos, o Pokémon voltou a abrir os olhos, ofegante. - Aura do mestre… não encontrar… mas vivo… sei que está! - ele dizia para Kinney, que sentiu o ar lhe faltar os pulmões por um momento - Forte… mestre é… nossa ajuda… precisar… - ele tentava se colocar de pé, para novamente tentar expandir sua aura e tentar encontrar Galvanis. Kinney mordeu o lábio inferior, a ponto de brotar uma pequena gota de sangue. “Idiota!”, pensava. Sob protestos, Cassidy voltava a reunir forças, mas Kinney o impediu. Todos estranharam muito o fato da felina ter um pequeno sorriso em seu rosto. - Sim, ele está vivo! - disse para seu amigo, que sentiu novamente o peso do cansaço e soltou os ombros
- Escutem, todos vocês. Não precisamos temer nada. Gal, nosso mestre e amigo, está vivo! Mas perdido… - ela olhava para o rosto de todos, que ficavam admirados em ver a grandeza que aquela Weavile ganhou - Ele precisa de nós, seu time de resgate! Nós temos que resgatá-lo! Foi pra isso que ele nos reuniu, e nos treinou! Vamos trazer nosso amigo de volta! - o olhar de determinação de Kinney incendiou à todos ali, que pareciam não ter mais aqueles sentimentos de dor e angústia, pelo o contrário. Ali, surgia uma erupção de determinação.
- Logan!
- Já sei! - respondeu o Electrike, já farejando o ar atrás de algum rastro
- Acho que encontrei! - do outro lado, Elune também fazia o mesmo
- Ajudar… eu vou… - Cassidy tentava se levantar novamente
- Vai com calma, Cass! Vamos fazer isso juntos da próxima vez! - Leona amaparava seu companheiro de equipe
- Eu vigio a retaguarda! Cuida dele, Leo! - completava uma Lucy mais do que determinada!
- Equipe, essa é nossa maior missão, e vamos conseguir! - bradava Kinney. A felina ainda virou-se para Jass e Cindy as garotas tão desesperadas quando ela com toda a situação. Repetindo o gesto de reverência que Galvanis fez assim que as conheceu, ela clamou - Por favor! Nos ajudem a salvar nosso mestre! - era um pedido tanto para as garotas quanto para seus Pokémon. Depois, saltou para um ponto mais alto para ter uma noção maior do terreno. A equipe de Galvanis estava pronta para resgatá-lo!
Aquele seria um momento de muita dor, se não fosse um terceiro rompante. Dessa vez, um mais intenso, mais determinado. Diante de todos ali, Cassidy reuniu todas as forças presentes dentro de si. Uma aura azulada envolveu todo o seu corpo, os olhos arregalados, brilhando em rubro. - OHM! - gritou o lutador, se fazendo ecoar por toda a caverna, expandindo sua aura por todas as partes! Depois, ele caiu, exausto, ao chão. - Cass! Cass! - Kinney correu para perto dele, segurando a cabeça do companheiro com as garras. Seus amigos a seguiram, ficando em volta de Cassidy. Aos poucos, o Pokémon voltou a abrir os olhos, ofegante. - Aura do mestre… não encontrar… mas vivo… sei que está! - ele dizia para Kinney, que sentiu o ar lhe faltar os pulmões por um momento - Forte… mestre é… nossa ajuda… precisar… - ele tentava se colocar de pé, para novamente tentar expandir sua aura e tentar encontrar Galvanis. Kinney mordeu o lábio inferior, a ponto de brotar uma pequena gota de sangue. “Idiota!”, pensava. Sob protestos, Cassidy voltava a reunir forças, mas Kinney o impediu. Todos estranharam muito o fato da felina ter um pequeno sorriso em seu rosto. - Sim, ele está vivo! - disse para seu amigo, que sentiu novamente o peso do cansaço e soltou os ombros
- Escutem, todos vocês. Não precisamos temer nada. Gal, nosso mestre e amigo, está vivo! Mas perdido… - ela olhava para o rosto de todos, que ficavam admirados em ver a grandeza que aquela Weavile ganhou - Ele precisa de nós, seu time de resgate! Nós temos que resgatá-lo! Foi pra isso que ele nos reuniu, e nos treinou! Vamos trazer nosso amigo de volta! - o olhar de determinação de Kinney incendiou à todos ali, que pareciam não ter mais aqueles sentimentos de dor e angústia, pelo o contrário. Ali, surgia uma erupção de determinação.
- Logan!
- Já sei! - respondeu o Electrike, já farejando o ar atrás de algum rastro
- Acho que encontrei! - do outro lado, Elune também fazia o mesmo
- Ajudar… eu vou… - Cassidy tentava se levantar novamente
- Vai com calma, Cass! Vamos fazer isso juntos da próxima vez! - Leona amaparava seu companheiro de equipe
- Eu vigio a retaguarda! Cuida dele, Leo! - completava uma Lucy mais do que determinada!
- Equipe, essa é nossa maior missão, e vamos conseguir! - bradava Kinney. A felina ainda virou-se para Jass e Cindy as garotas tão desesperadas quando ela com toda a situação. Repetindo o gesto de reverência que Galvanis fez assim que as conheceu, ela clamou - Por favor! Nos ajudem a salvar nosso mestre! - era um pedido tanto para as garotas quanto para seus Pokémon. Depois, saltou para um ponto mais alto para ter uma noção maior do terreno. A equipe de Galvanis estava pronta para resgatá-lo!
Não faço ideia de quanto tempo se passou, nem se estava no mesmo dia. Só sabia que estava vivo quando, abruptamente, ergui meu tronco e comecei a tossir quantidades consideráveis de água. De bruços, encarando o solo ainda rochoso, ouvi uma respiração pesada. Quente. Precisei de toda a concentração possível para abrir os olhos e constatar o que estava bem diante de mim. Não era preciso uma PokéDex para reconhecer aquele Pokémon. Salamence. O dragão dormia, roncava. E eu estava completamente perdido. Tentei olhar em volta, próximo de mim apenas o aparelho de detecção e o capacete. Esperava que ao menos a lanterna estivesse funcionando, senão… seria ainda muito pior!