Como era de se esperar, apenas mais uma simples saraivada de golpes se mostrou mais que suficiente para dar cabo dos lutadores, independente se magricelas ou rechonchudos, deixando-os não só livres para arremessar suas esferas para tentar capturar cada qual, mas também para que continuassem o caminho e, principalmente, recuperassem o objeto que era aparentemente causador da disputa dos até então selvagens. Dito isso, ora, é extremamente compreensível que se apressassem em descobrir de que tipo de coisa se tratava a brilhante coisinha disputada pelo trio e, hah, qual não foi sua surpresa ao se deparar com um exemplar parecidíssimo àquelas pedras que detinham em mãos justamente para descobrirem qual pokémon poderia ser fortalecido por tal!
— Você acha? Mas, isso poderia significar que existe um bocado de Megas por aqui dando sopa... — Respondeu, franzindo de leve as sobrancelhas e pegando a esfera das mãos de Luch, revirando-a pacientemente entre os dedos para observá-la mais de perto.
— Nesse caso, acho bom que a gente comece a minerar por aqui, também! — Riu, um sorriso ameno brincando pelo rosto enquanto olhava ao redor, analisando cuidadosamente o lugar.
— Eu acho difícil que alguém tenha abandonado um negócio desses. Mais fácil perdido, principalmente se o pessoal que veio sabe à respeito das megas. Mas, se não for o caso, a gente joga um jo-ken-pô pra decidir quem fica com ela, que tal? — Brincou, dando uma piscadela ao moreno, mas concentrando-se mais na paisagem que nas palavras propriamente ditas.
Olhou, mais uma vez, ao buraco que flertava à sua frente.
...Hm.
— ...Eu posso estar errada, mas... — Disse, devagar, mordendo com delicadeza o canto do lábio inferior.
— Considerando que tinham pokémons brigando aqui em cima, talvez não tenha passado ninguém pro lado de lá. Ou seja, a gente pode ter que descer... — Murmurou, entregando a Stone mais uma vez nas mãos de Drac e, então, recuou para suas costas, abrindo sua mochila e fuçando suas coisas, sem pressa.
— 'Cê disse que tinha trazido corda, não foi? Deixa eu ver aqui... — Mexe, remexe...
— Ah, achei! — Exclamou, tirando o rolo grosso dos pertences do companheiro, antes de fechar seu zíper uma vez mais.
— Eu sei que parece meio apressado, mas eu realmente acho esse buraco conveniente demais pra estar do lado de um negócio desses. — Riu, meio sem jeito, ajeitando brevemente uma das madeixas avermelhadas por detrás da orelha.
— Então eu preciso ver o que tem lá embaixo, ou vou ficar com isso na cabeça o resto do dia. Se quiser, posso ir sozinha e você segue depois, qualquer coisa... — Comentou, se aproximando da borda do abismo e se abaixando ao lado dele. Os orbes acinzentados passearam rapidamente pelo solo, e a moça capturou a maior pedra que conseguiu para largá-la em direção ao fundo do poço, contando os segundos para descobrir aproximadamente a sua profundidade.
— O que não é ruim, porque você pode dar um suporte pra corda, qualquer coisa. É. Não sei! — Disse, se erguendo mais uma vez e olhando ao redor por onde poderia amarrar uma das pontas.
— Um rapel parece aventureiro demais nesse labirinto? — Sorriu, franzindo a ponte do nariz num gesto de graça. Não podia dizer que as coisas estavam paradas demais, mas tinha consciência que podia parecer assim quando se levava em consideração a maneira como simplesmente projetara um rascunho de plano sem sequer parar para pensar duas vezes.
Enfim... Estalactites, estalagmites, rochas - buscou a mais firme de todas para que pudesse amarrar, firme, uma das pontas de corda que usurpara do companheiro. Claro, o trabalho era feito com calma, considerando que não queria que um nó frouxo fosse responsável por fazê-la se estatelar no andar de baixo mas, bem, nem esse pensamento fê-la desistir da ideia tão repentina que tivera. Enrola um, forçou dois laços para garantir a firmeza do negócio, e ainda deu alguns puxões na extensão da corda para garantir que estava seguro o suficiente.
E, se não houvesse nenhum impedimento aleatório...
Descer nós vamos!
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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?