[Minori] Searching Job in a Forest City

Fortree Streets

Eles não tinham exatamente um plano, mas provavelmente seria o mais próximo disso que encontrariam. Não havia muitas outras opções; como Minori havia bem enunciado. Naquela suposta missão, eles estavam sozinhos. Ou não exatamente, se Patrício estivesse correto. Talvez pedir ajuda à polícia enquanto uma instituição não fosse inteligente — assim como tentar resolver aquilo por conta própria —, mas um oficial decente provavelmente era uma boa aposta.

— Parece uma boa ideia. Melhor que não fazermos nada, ao menos — disse  o coordenador, em resposta ao outro jovem. Ele então olhou para a loira, para ver o que esta pensava. Afinal de contas, Minori era muito melhor nesse tipo de coisa que Ren; e provavelmente, que Patrício também.

Fortree Streets

O coordenador ficou um pouco surpreso ao ouvir aquilo de Minori. Não era algo que se escutava todo dia. Subitamente, ma série de coisas fazia muito mais sentido na mente de Ren. A maneira com a qual ela parecia estranhamente familiar com aquela realidade, a forma como ela analisava a situação, e até mesmo o fato de ela parecer exausta e talvez até mesmo um pouco assustada; após lidar com aquilo tudo basicamente sozinha.

A força costuma surgir de situações adversas, e a loira certamente era uma pessoa muito forte. Enquanto aguardavam pela resposta do habitante de Fortree, o especialista em feéricos aproximou-se de Minori novamente. Olhava para baixo, novamente evitando contato visual. Mas mesmo assim, colocou sua mão direita sobre o ombro da treinadora. Ele tinha noção de que, em situações como aquela, palavras de pesar não adiantavam muito. Mas ele queria passar, através daquele gesto silencioso, uma mensagem: "eu sinto muito".

Talvez prender-se no passado, nas memórias daqueles que já partiram, não seja uma boa ideia. Mas é intrigante perceber como este fato é capaz de moldar os laços do destino. De criar encontros e futuro. Afinal, eles estão sempre vivos em nossos corações... Vez ou outra aparecendo para dizer um olá.

Fortree Streets

Com tudo isso certo, Patrício guiou ambos os treinadores até o que Ren achava ser a delegacia municipal, para irem atrás do Oficial que o outro rapaz havia comentado acerca. Não demorava muito, e logo um homem aparentemente grande os abordava. Escutando a conversa que este tivera com o admirador de pássaros, logo ficou claro que era Otávio, o oficial de confiança de Patrício. Mas bem, algumas outras coisas pareceram não ficarem tão claras assim; com este último embolando sua fala.

— Ah, oi, eu sou Ren — disse ele, acenando para o homem, enquanto começava a falar para ajudar o outro jovem. — Estávamos ajudando Patrício a ver tudo isso. Sabe, os Taillow estão causando uma confusão nos bairros, parecem estar famintos... — comentou então, lembrando-se das aves que encontrara no jardim do Senhor Myagui. Elas realmente pareciam não comer já há um bom tempo.

— Fomos atrás de Patrício então, e ele nos levou até um dos bairros mais periféricos para fazermos uma checagem rápida. Não foi muito confortável, mas minha amiga aqui — apontou com o queixo para Minori — Conseguiu dar conta de lidar com o pessoal, e logo em seguida descobrimos que há uma substância narcótica sendo vendida na região. De acordo com Patrício, parece ser feito com algo relacionado aos Wurmple, principal comida de Taillow selvagens.

Ao ouvir a loira voluntariando-se, o coordenador hesitou um pouco. Sinceramente, ele já estava ficando um pouco cansado de Fortree, e queria mesmo era voltar para um lugar mais aberto e confortável; como talvez, as praias de Slateport. Contudo, ele não poderia deixar uma situação como aquela em aberto. Além disso, já havia se enfiado naquilo. Não iria desistir agora. — Eu... Eu vou também. Com todos nós juntos, não deve demorar, e nem ser muito complicado, certo? — perguntou, ainda que um pouco desconfiado.

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— Foi sim. Acabamos de voltar de lá, viemos direto para cá — explicou o especialista em feéricos. Não havia muito mais a adicionar, visto que Otávio já parecia estar para dar um jeito em tudo, inclusive saindo brevemente para trocar de roupas. O oficial parecia logo ter se arrumado, e avisava o restante da equipe que iria resolver um caso. Não muito tempo depois, o grupo — agora com Otávio nele, mas sem Patrício — tornou a andar pelas ruas de Fortree.

E então prosseguiram, voltando ao tal bairro periférico. Ren estava prestes a perguntar o que deveriam fazer então, quando ouviu e viu algo alarmante. O traficante que havia dado um dos pacotes para Minori estava ao lado de um outro rapaz, e este não parecia muito bem. Eles estavam pedindo por uma... ambulância? O aprendiz de Lisia olhou para Otávio, assustado. — V-você sabe primeiros socorros?! — perguntou, alfito, antes de aproximar-se. — O que aconteceu?! — perguntou por fim, ao traficante.